30 dezembro, 2003

Circulamos pela cidade com o dia amanhecendo e me dei conta de como a minha cidade é linda ao crepúsculo. E, como eu sempre digo, nada como estar acompanhada de um boêmio de boa cepa.
Uma casa de pães, nos Jardins, foi a próxima parada. Chopp, é claro.
Quando já se começava a discutir a opção sexual de Papai Noel, achamos por bem pegar o caminho da roça.
Eu ainda tinha guincho e mecânico pra encarar.Voltamos pra Charles Miller.
Meu amigo, gentleman que é, ainda queria me acompanhar até o mecânico. Era um esforço desnecessário.
Despedidas sempre são chatas. Particularmente, eu as odeio.
Tive que seguir meu rumo. O dia estava apenas começando.

Seguimos meio que sem rumo até chegarmos ao bar do Estadão, que eu ainda não conhecia. Fauna variadíssima: travecos, putas e desocupados em geral. Aprendi tudo sobre a produção de pernil de porco assado, especialidade daquele estabelicimento familiar. Lugar divertido, mas barulhento. Nada é perfeito. Umas 4 cerpinhas depois, estávamos em busca de um novo abrigo etílico. Difícil encontrar cerveja gelada depois das 5 da madrugada. Juro que não entendo a razão.
Seguimos pra Vila Madalena. Mais chopp e conversa fiada.
- Vocês vão querer mais alguma coisa? Estamos fechando a cozinha.
- Pode fechar a cozinha. Só não pode fechar o chopp.
- Também estamos fechando, senhor.
Veja que modo mais elegante de se mandar um cliente pro olho da rua.

Paramos numa padoca e pedimos uma ampola pra abrir os trabalhos. Só tem lata ou chopp. É. Não há mais padarias como antigamente por aqui.
O tempo passou rápido e fomos gentilmente expulsos do recinto. Fechamos o primeiro negócio da noite.

E assim começou a nossa maratona noturna:
- O carro tá aquecendo.
- Tem água?
- Grrrr. Tem.
- Deixa eu ver. Sim. Fez bolha no radiador. Tem que sangrar a mangueira.
- Entendo... mas, não é melhor a gente tomar uma e depois chamar o guincho? Bora?
- Tem guincho?
- Tem
- Com socorro mecânico?
- Acho que sim.
- Então, bora.
- Bora.

Finalzinho de tarde. Preguiça na medida certa. Tinha deixado recados e enviado mensagens a um amigo que eu queria muito, muito reencontrar. E não é que ele me ligou? Ueba.
Lá fomos eu e Cascão pra Vila Madalena. O bicho começou a pegar logo ao sair de casa, quando me dei conta de que eu não tinha a menor idéia do trajeto Jaçanã/Vila. Escolhi um caminho burro. Quase absurdo. Mas era o mais garantido. Então fui. Ainda em Santana, a bomba: termômetro avisando superaquecimento no Cascão. Merda.
Parei num posto de gasolina. Tinha água no radiador, nem vem.
O sujeito jogou mais um pouco, só pra garantir e mandou eu seguir viagem.
Tudo parecia normal. Atravessei o Campo de Marte (ó o perigo) e quando estava no início da Pacaembu, a bosta do termômetro acendeu de novo. Avenida escura e deserta. Comecei a achar que eu estava mesmo em sérios apuros. Forcei o carro até a banca da Charles Miller. Foda-se.
Era o mais seguro a fazer.
Liguei lá pro meu amigo, contando minha história triste. Ele veio me socorrer.
- Nossa, você está ótima. A Amazônia está te fazendo muito bem.
- Deve ser o ar puro.
- Você e sua filha estão muito parecidas. Parecem irmãs. (Menos, doutor, menos).
- Tó. Trouxe pro cê.
- Posso abrir?
(não, Pedro Bó) – Muita parcimônia ao beber isso, entende?
- ???? (ele é meio burro, às vezes, não repare)... Voltou pro seu namorado? Aquele.
- Não. Game over. Tô solteríssima.
- Isso é bom. (bom pra quem, misifio?)
- Em setembro, teve um congresso nacional de veterinária, lá em Manaus. Lembrei do cê. Andei pelas ruas, prestando atenção. Pensou se a gente se encontra?
- Em janeiro eu vou pra lá. Como eu faço pra te encontrar?
- Anota aê. O prefixo é 92.
Será que ele pensa mesmo que eu acredito? Tolinho.

Sexta-feira. Dia de ir às compras. Totalmente Becky Bloom. Foda-se. Fui uma boa menina e me lasquei um bocado, o ano todo. Eu mereço presentinhos. :O)
Rê e Oli a bordo do Cascão.
Almoço comemorativo: Rê, comportadíssima, atacou as saladinhas do Viena, a Oli, de pizza Hut e eu, de camarão com shitake, casquinha de siri e um balde de chopp (ataquei um teco da pizza também). Bom pra diabo.
Oli precisava comprar uma calça e eu, tudo que fosse possível. Nenhuma calça me serve mais, não agüento ver minhas blusas e tem o enxoval pra minha casa nova. Ai, minha Santa Edwiges.
Sem muita inspiração, comprei só um jeans e dois jogos de lençóis. Pausa pro café. Tava precisando mesmo tomar uma caneca gigante de capuccino e colocar parte das fofocas em dia.

Antes da meia-noite e depois da pizza, sucumbi ao cansaço. :O)
Foi difícil adormecer. Bombardeio na vizinhança. Gritaria da molecada na rua, até altas horas.
Só 4 horas de sono agitado. Mas, às 6h30 da madrugada, já estava eu de pé. Sabe criança? Era eu.
Toda saltitante, doida pra dirigir. Eu iria buscar a Oli na casa do pai dela. Ueba. Mais de 18km.
Você pode estar pensando: que bobagem.
Bobagem nada. Eu não dirigia desde 19 de julho. Tava com saudade disso também.
Se eu perdi a prática? Ora, é que nem andar de bicicleta. Acho.

O dia 23 de dezembro foi especialmente cansativo e estressante. A emoção da viagem tava inundando tudo. Saí de casa, a caminho do trabalho, logo às 7h. Fui fazer as penúltimas compras, na hora do almoço. Trabalhei até às 19h. Voltei pra casa correndo, fui arrumar a mochila (sim, tudo pra última hora), tomei banhão, me pus bela e, de bagagem nas costas, segui pra festa de confraternização da agência. Já meio atrasada, fui pro aeroporto. Mais comprinhas, porque sempre falta alguém. Embarquei às 2h30 da madruga. Conexão em Brasília. Sono. Cansaço. Como é longe essa porra. Pisei em solo paulistano às 9h30. Deu uma vontade filha da puta de chorar. Engoli o choro, apaguei o cigarro e segui pra casa da Dona Cecília. A paz voltaria a reinar. :O)

Então, eu fui lá. Mas já voltei.
Foi tudo muito rápido. Quatro dias que me soaram como 48 horas.
Não fiz metade das coisas que eu havia planejado, ao comprar a passagem.
Mas tudo o que eu dei conta de fazer foi muito bom. Eu tava mesmo precisada de carinho e atenção da família e dos amigos. Sinto-me outra, hoje.

20 dezembro, 2003

Até Deus tem dia de cabelo ruim.

Há pouco mais de duas décadas, Deus, todo atrasado nas costuras pra entregar, inventou de fazer a 8a revisão da humanidade. Tudo estaria muito bem, não fosse o fato Dele ter acordado com o pé esquerdo.
Sabe-se lá por que, baixou-Lhe um espírito de porco. E daquele dos bons: feio, sujo, malvado e zombeteiro.
Então, Ele, ainda possuído, resolveu criar um ser para testar o limite da escrotidão humana. Um protótipo. Tinha que ser um homem, é claro. Escolheu Fortaleza como cidade natal (caso não desse certo, seria facinho desovar a criatura no mar. É, Deus pensa em tudo). Para nossa sorte, Ele escolheu um casal de origem humilde, porém com caráter e bom senso para ser pai e mãe.
E, então, no ano de (sei lá), aos (hã?) de algum mês, nasceu Alessandro. Escroto até a tampa, desde criancinha. Seus pais bem que notaram, deram-lhe uma educação rígida, mas, vocês sabem, contra a vontade divina não há porrada que dê jeito.
Um belo dia, Deus, aliviado do encosto, caiu em si e viu que tinha exagerado um pouco. Concluiu que 20% daquela escrotidão toda já tava na marca pra recriar um Haggar, o terrível e ainda tinha uma reculhamba pro Angeli com seu Bob Cusp e, claro, Os Escrotinhos.
Tendo concluído seus experimentos, Ele pensou em descartar a criatura. Mas era tarde demais. Ele já havia se apegado ao menino (achava o cabra engraçado pra caralho).
Resolveu escondê-lo no mato.
Reza a lenda local que foi assim que o Alessandro desabou em terras manauaras: obra da piedade divina.
Até aí, tudo bem. Mas ele precisava dividir a estação de trabalho comigo, lá na agência, porra!
Ô, inferno.

18 dezembro, 2003

Doações à Fome Zero.
Ainda na ilusão de que eu era a feliz inquilina de um lar meio capenga, acordei de madrugada, famélica.
Enquanto esperava a água do miojão ferver, comecei a examinar o que tinha sobrando na dispensa e geladeira. Eu, sem geladeira e sem fogão, vou precisar apenas do telefone do China in Box, ora, ora.
Estava animada que só.
Resultado do inventário:
1 miojo sabor pizza, 2 de strogonoff, 2 de quatro queijos. Mentira, o de pizza eu comi.
1 caixinha de creme de leite
1 frasco de adoçante
Na geladeira, 1/2 pacote de queijo ralado Raladinho. Juro, esse é o nome dele.
3 cebolas, que quase posso jurar serem feitas de um material muito durável. Estão lá, com a mesma cara, há mais de mês.
1/2 barra de manteiga
1/2 embalagem de mini-pizza Clubinho de muzzarela
E o maldito bolinho que foi servido no vôo que me trouxe aqui.
Preciso explicar melhor essa parada do bolinho.


Tudo ainda está indefinido.
Consegui, na segunda, um ap., no mesmo prédio onde estou.
Eu tinha 95,5% de chance de morar no oitavo andar. Era baratinho, direto com o proprietário. Parecia até um presente de aniversário enviado pelo destino.
Perfeito. Mas sem mobília. Quase perfeito.
Uma cama e armários no quarto, cozinha e banheiro e só.
Posso perfeitamente viver sem sofá, geladeira e fogão. Preciso apenas de um caixote pra apoiar a TV que vou comprar de segunda mão, planejei.
Hoje, a notícia fatal: o maldito viajou, sem data pra voltar.
Tô na rua de novo. Bosta

15 dezembro, 2003

Quero agradecer todo mundo que mandou mensagens, comentários, homenagens. Thanks!
Agora, fala sério. Não há o que comemorar.
O que de fato aconteceu foi que meu plano de saúde ficou mais caro e minha carteira de motorista venceu.
Sem falar na lei da gravidade. Odeio essa lei.

12 dezembro, 2003

Ontem.
Um colega, cheio de costura pra entregar, coitado.
- Ana, mor de deus, quem canta essa música: menina, uma vez te fiz chorar. Te carregei..
- Sei, sei
- Quem canta essa porra?
- Putz. Eu sei, mas não lembro o nome do cabra.
- Tenta lembrar
- Olha, não lembro não. Mas lembro que minha tia cantava muito. Serve?
- Vá te lascar

11 dezembro, 2003

Muita calma nessa hora, crianças.
Disse que fiz a reserva, apenas por via das dúvidas.
Ainda não tive resposta se estou dispensada no dia 26.
As orações devem continuar. ;O)
Vai começar tuuudo de novo.
Talvez em homenagem à volta dos meus arquivos, voltei a brigar com a Vasp. Vocês devem estar lembrados do meu tempo de ponte aérea.
Fui tentar ver se havia vôo, fazer reserva, essas coisas.
Claro, esqueci minha senha, há tanto tempo sem uso.
Cliquei pedindo envio da dita por e-mail.
Pois voltei pra página, fui tentando, tentando, até que na 8a vez, lembrei. Foi uma recordação triste. Enfim, o fato é que fiz a porra da reserva. Confirmei e imprimi.
O e-mal com a minha senha chegou 45 minutos depois.
Tem coisas que não mudam nunca, não é?
ELES VOLTARAM!!! :O)))
Todos eles. Meus arquivinhos.
Tô feliz. Muito feliz.

10 dezembro, 2003

Vou tentar recuperar meus arquivos.
Reza aê.

09 dezembro, 2003

Atendendo a pedidos.

Essa história é antiga, já bloguei acho que ainda este ano. Mas vá lá.
Eu, em visita a Deus Grego sou surpreendida por esse primor da cantada moderna. E eu despedicei essa.
Estávamos em consulta. Raramente Deus Grego fechava a porta do consultório. Naquela tarde, não só fechou como trancou. Hum.
E deu início a uma saraivada de elogios.
- Você tá linda.
- Obrigada
- Você anda sumida.
- Não. Não tô não.
- Culpa daquele seu namorado, aposto.
- Não é.
- Você podia namorar comigo.
- Não dá. Você casou, lembra?
- Você é ciumenta?
- Nem um pouco. :O)
E então pegou a minha mão e levou-a em direçã ao seu peito
Realmente, seu coração estava disparado e notei que o bicho ia pegar. Tratei logo de fugir.
Burra.
Ele afirmou que eu seria a grande responsável por um suposto ataque cardíaco. Perguntou se eu cuidaria dele caso tivesse que ficar internado.
- Não será necessário. Ataques cardíacos em homens da sua idade costumam ser fatais. Você seria um homem morto.
- Cê é foda, mulé.
- Desculpa aê. (peguei Godzila e me mandei)
Eu fui cruel, sei disso. Cruel e burra.
E então, outro dia, sem ninguém perguntar, afirmei: o algoz que roubou minha alma levou consigo a certidão de habite-se do meu coração.
Faz um pagode aí com essa porra.
Ele é lindo. Esteticamente é um dos seres mais lindos que já vi na vida. Uma espécie de John Stamos de olhos casttanhos e sem topete. Quase capaz de deixar Geoge Clooney no chinelo. Eu disse quase.
O fato é que o homem é lindo. Lindo, lindo, lindo. Paixão à primeira vista.
Ontem, feriado aqui, liguei pra ele. Ele atendeu. Impossível não reconhecer aquela voz. E ele reconheceu a minha. Uau.
Pedi ajuda: um dono para o meu cão. Tarefa simples. Ele se recusou. Disse que dessa forma eu iria sumir definitivamente da sua vida. De certa forma ele estava certo. Já chorei muito por conta disso.
Perguntou um pouco sobre a minha vida. Eu contei. Ele lamentou a distância. Eu também. Perguntou a idade do meu cão. Seis anos. Porra, já faz todo esse tempo que a gente se conhece? Deus Grego do Céu!
Hoje, penso, fui muito burra, isso sim. Doutor Deus Grego era pra ter sido o homem da minha vida e eu deixei passar impunemente. Marujei.
Burra, burra, burra. Jamanta, Jamanta, Jamanta!!!!
Pronto. Passou.
Burra.
Vou voltar pra casa no Natal e vou passar lá pra dar um beijo. Na boca. Do jeito que ele merece. Tá decidido.
Aquela história do ataque cardíaco eu nunca esqueci. Ele é tão deliciosamente tolo. Chega a dar raiva. E eu tô sem vacina.
Chifre. Você ainda vai ter um.
Conversa que rolou por aqui, nesta semana:
- O pobrema não é o Ricardão. Não é ele quem me preocupa. A testa coça mesmo é com o tal do Josenor.
Você chega em casa e pergunta: Mas quem consertou a porta?
- O Josenor passou aqui e consertou.
- E quem trocou a lâmpada da varanda?
- Já que ele tava com a mão na massa, aproveitou e trocou. Faz tudo o Josenor. Prestativo que só.
- É, rapaz. Josenor é um perigo.
- Nem me fale...
Ai, ai, daria tudo por uma dose de querosene agora....

04 dezembro, 2003

Foi a pior TPM que a história da humanidade já teve registro.
Choro compulsivo. Impulsos homicidas. Genocídio. Mulheres, crianças e idosos não seriam poupados. Nem George Clooney.
Passou, passou.

03 dezembro, 2003

A pérola do século:
Não existe traição. O que existe é um elemento insatisfeito em busca de uma nova oportunidade.
(o autor prefere o anonimato)
Hoje, quarta-feira é dia de jantar na feira.
Prático e econômico.
Pra minha sorte, esse tal de inferno astral dura só (??) um mês.
É. O pior já passou.

02 dezembro, 2003

- Onde vais, assim, com esse seu jeito betacaroteno de ser?
Isso é que dá vir trabalhar usando camiseta laranja.

01 dezembro, 2003

Morreu ou não morreu?
Isso foi lá pelos idos de setembro. Eu juro que não tinha bebido. Mas eu vi, eu vi uma apresentação do Tim Maia no Faustão. E era ao vivo. Eu vi no canto da tela o aviso. Achei meio estranha aquela parada e caí na besteira de perguntar aos meninos, na segunda-feira. Claro, todos me olhavam com cara esquisita e aqui ninguém perdoa nada, vocês sabem.
Agora, toda segunda-feira é assim: eles fazem a chamada pra saber quem tá vivo ou morto.
Tá. Eu sei, Elvis não morreu. Mas que o finado Tim Maia tava ao vivo no Faustão, ah, tava que eu vi! :p
Momento Becky Bloom.
Sábado fui ao shopping. Antes que eu ficasse absolutamente convencida de que uma mulher não pode ser feliz sem possuir um anel em ouro branco enfeitado com couro de surubim
(R$ 280,00) resolvi sair correndo e entrei numa livraria.
Saldo do prejuízo: dois Mario Prata e um Veríssimo.
Melhor assim.

23 novembro, 2003

Tempo perdido.
Desabei meu esqueleto no shopping. Comi alguma coisa e, já que eu tava na merda mesmo, uma a mais, outra a menos, who cares?
Decidi que eu iria chegar, finalmente, à praia de Ponta Negra. E não ia seria de táxi. De bumba mesmo, como manda o figurino.
Então eu fui. Dois bumbas, com uma baldeação num terminal assustador.
Cheguei. Isso é o que importa.
Ponta Negra é legal, mas eu tava num humor do cão. Nem George Clooney ajudaria a melhorar a paisagem. Eu tava puta nas calças.
Pra completar o quadro, tava rolando um evento por lá.
Concurso estadual e municipal de bandas e fanfarras.
Uma esbórnia.
Manhê!!


Inexperiências imobiliárias - a novela continua.
Sábado, acordei com a macaca. Levantei decidida a resolver essa porra desse pobrema, nem que fosse preciso matar alguém.
Fui tomar café da manhã na praça, comprei o jornal e chapei num tijolinho que anunciava: Central Park (caraio, é ao lado da agência!!!!), dois quartos, totalmente mobiliado para executivos. Ora, eu sou uma executiva. Esse ap. é meu.
Corri pra casa, liguei na imobiliária. Uma corretora mulher. Ótimo, só uma mulher pra entender meu drama.
Contei minha história triste.
Meia hora depois, a corretora tava na porta do meu prédio, pra me levar ao ap. Legal, economizei um vale-transporte. :O)
Eu tava ali no banco do passageiro, só notando que a mulé tava fazendo um caminho meio esquisito. Merda. Quando ela entrou na Getúlio Vargas, foi a minha conta. Péra aê, pra onde você tá me levando?
Central Park I.
Eu combinei que era o Central Park II, caraio, na Paraíba.
Bosta.
Bosta.
Bosta.
Tem que ter uma paciência chinesa. Acreditem.
O pior ainda está por vir.

EU QUERO MINHA CIÇA-MÃE!
Hoje é o aniversário dela. Saudades, muitas saudades.

22 novembro, 2003

21 novembro, 2003

Inexperiências imobiliárias.

As minhas últimas semanas têm sido assim: pesquisas alucinadas nos anúncios de classificados e telefonemas surreais à imobiliárias ou ao proprietário do imóvel. Imóvel? Sinta o drama. Alguns aps. eu vi com meus próprios olhos.

Apto. com 1 suíte, mobiliado, no Centro. R$250,00.
A verdade nua e crua: Um quarto com cama, armário, penteadeira e banqueta. Por 350 reá você fica num com banheiro individual.

Apto 1 quarto, banho, living, cozinha e varanda. Totalmente mobiliado.
R$ 650,00. O pobrema é que o "totalmente mobiliado" é literal. Ninguém consegue andar ou respirar lá dentro. Nem na varanda.

Lindo apto., 1 quarto, mobiliado, com varanda. Ótima localização.
A mobília: 2 armários no quarto e uma estante pra tv. No térreo. A varanda fica na porta de entrada do prédio. Grr.
Fé, Jamanta. Você consegue.

Apto. 2 quarto, coz., living, a.s., gar., piscina, totalmente mobiliado.
R$ 1.400,00. Tratar com Sra. Amanda.
Ora, francamente, dona Amanda, vá se foder.

E a pérola das pérolas:
Ap. ideal para solteiro ou casal sem filhos, com 5 compartimentos. Ótima localização.
What?
Imagino que seja uma espécie de área coberta com 5 caixotes de laranja. Perfeito mesmo para casais em séria crise conjugal. Dormem em caixotes separados.
Pensando bem, pode ser bom pra mim. Não corro o risco de cair da cama.
Amanhã vou ligar lá, pra saber quanto custa.

A última: agora à tarde, liguei pra uma outra imobiliária e, amanhã vou visitar um ap. de 2 quartos, condomínio com piscina e tudo. Mui rico.
Detalhe: o corretor é argentino.
Um arsênico duplo e sem gelo, por favor.

20 novembro, 2003

Os 120 dias.

De falsa magra à magra esquelética em 4 meses.
Incrível como 2kg me fazem falta.

19 novembro, 2003

Lullaby - Creed.
Ouvi umas 15 vezes, hoje.
Acho que estou um pouco triste. E melancólica.

18 novembro, 2003

Chata, eu?
Segunda-feira, levei pra agência uma foto muito bonita que tirei do pôr-do-sol no Rio Negro. Queria que os meninos fizessem um porta-retrato pra mim. Foi aí que começou a minha desgraça.
Tive que ouvir o seguinte diálogo:
- Rapá, essa mulé tá ficando insuportável. Deu tudo quanto foi palpite na gravação, vive dando pitaco na direção de arte, agora inventou de ser fotógrafa. Danou-se.
- Pois tá insuportável mesmo, rapá.
E eu quieta no meu canto.
Então chega o outro: - É fácil. Já viram Um Corpo que Cai? É isso. Dia desses vai cair um corpo lá do quarto andar, e aí a gente tem sossego.
A barra tá pesada pro meu lado, ou é impressão minha?



16 novembro, 2003

Que merda é essa?
Porra, será que perdi meus arquivos de novo?
Bosta.

15 novembro, 2003

Fotos.
Mandei revelar um montão. Ficaram ótimas.
Preciso parar com essa porra de comprar filme de 36 poses. Sai muito caro. :{
Não tem nenhuma minha. Tô magra demais pra ser fotografada. Sem sacanagem, se eu mando uma foto agora pra Ciça-mãe, ela vai achar que eu tô passando fome, tadinha.
Viva eu.
Só hoje me dei conta que ainda não havia comemorado minha contratação. Tirei o dia pra fazer isso.
Acordei cedão e já fui ligando pra 3 imobiliárias. Descobri que tem um ap. pra alugar no mesmo prédio onde estou. Bingo. Agendei uma visita a outro pra segunda-feira.
Estou mais animadinha com isso.
Resolvi só cuidar de mim. Fui ao salão de beleza depilar as pernas - isso era urgente. Tomei suco de taperabá com tapioquinha na praça e fui ao shopping. Dei-me de presente uma bolsa de lona maravilhosa, pra ser minha nova companheira de minhas andanças insanas. Cabe tudo nela. Tem até um bolsinho externo pra colocar minha câmera. Chique no úrtimo.
Juro que não vou abandonar minha cesta de palha linda de morrer. Uma não exclui a outra. :O)
Casa da Sopa.
Conheci esse achado na noite de quinta-feira. Fui com uma colega. É um buffet com 12 tipos de sopas da melhor qualidade, esquema cê-que-serve-se, a 8 reá.
Você pode estar se perguntando: Jama, sopa nesse calor da porra?
Juro que eu pensei a mesma coisa. Mas, acredite, é uma delícia. Matei 5 cumbucas: 2 de creme de palmito, uma de abóbora com camarão, uma de caldo verde com paio e outra de legumes.
O legal é forrar a cumbuca com um montão de pedacinhos de queijo-manteiga e jogar a sopa por cima pra derreter. Não seja louco de fazer isso com o caldo verde.
Acampanham toneladas de biscoito de polvilho fresquinho e torradinhas de pão francês.
Adorei a Casa da Sopa.
Na trave.
Quinta-feira, quase consegui uma casa legal, perto da praia de Ponta Negra. Não rolou. Impossível morar lá e trabalhar onde eu trabalho sem carro. Voltei à estaca zero. Bosta.

08 novembro, 2003

Na quarta-feira, tava eu na parada de ônibus, quando uma mocinha me segurou pelo braço e pediu que eu a avisasse quando o ônibus dela chegasse. Foi quando eu reparei que ela era portadora de um estrabismo muito grave. Tremenda sacanagem. Ela me disse que esperava o 600 ou 651. Ok, xá comigo.
Então, passou 561. Achei melhor tirar minha dúvida: 651 ou 561?
- 651.
Puta merda, presta atenção, Jamanta! Conversamos um pouquinho, mas logo em seguida passou o 118, que é o meu. Eu me despedi e segui meu caminho. Eu me arrependi amargamente por ter feito isso. Não tinha porra nenhuma pra fazer em casa e eu podia muito bem ter esperado o ônibus da mocinha passar, caramba.
Estúpida.
Chegando em casa, pensei: a fraca das vistas pára pra pedir ajuda à uma fraca das idéia. Isso não tinha como acabar bem.

E o Papai Noel que não chega, hein?
Da arte de pedir quentinha pelo telefone.
Então, sobrou pra mim. Peguei o pedido de todo mundo. Teve um que pediu uma picanha completa. Então tá. Liguei lá pro moço das quentinhas.
Disse lá: - Pra fulano, você manda uma picanha completa, com roda de liga leve e ar-condicionado.
- Hã?
- Nada não, esquece.
Essa tava na área, sem goleiro.
Desculpa aê.
Semana corrida. Mal tem dado tempo pra escrever aos amigos.
Continuo sem ter onde morar. É bem provável que eu acabe morando em algum puxadinho em cima de uma lajii. Ó, céus.

03 novembro, 2003

Enquanto isso...
Tenho que achar uma moradia rapidinho.
Estou pesquisando o preço de uma canoa e buscando um igarapé limpinho pra morar.
Minha mãe morreira de desgosto, mas ela há de entender. :O)
Vem chumbo grosso.
Liginha vem morar em Manaus. Támerda. Isso nõa vai prestar.
Liginha é uma amiga muito, muito, muito querida. E vem pra cá de mala e cuia. Chegará em janeiro.
Aguardem emoções fortes. Liginha é mais atrapalhada do que eu. Ela consegue.

Homeless
Então, ficou assim. Fui efetivada. :O)
Passei pelo período de experiência e cá estou.
Uma paulistana da gema, hoje manauara de paixão.
Agora começa uma nova etapa: procurar um ap. pra euzinha. Isso vai dar trabalho. O esquema de imoboliária e classificados rola de um jeito muito diferente de Sampa.
Tudo começa na segunda. Não existe plantão. Semana inglesa. Quando você consegue ligar e alguém atender, o caboclo responde: - Fica ali, ao lado do prédio tal.
E você, do outro lado, pergunta: - Você pode me dizer o nome da rua?
A que seu interlocutor responde: - Égua, sei não.
Então tá.
Daí liguei pra um hotel. Falei com a Joyce e contei minha história triste. A Joyce é ótima. Ela me deu altas dicas. Mandoyu eu esquecer essa parada de morar em hotel, que sai caro pra burro e pasme, pediu para eu ligar de volta, porque ela iria achar um ap. legal pra mim. Agora, eu pergunto a você: dá pra ser infeliz numa terra como essa?

27 outubro, 2003

Xingamentos que eu adoro.

Burro
Palhaço
Paspalho
Desgraçado
Ordinário
Lazarento
Cretino
Cachorro
Nojento
Sua anta
Bicha
Filho de uma que ronca e fuça.
Infeliz das costa oca.
Vadia
Safado
Salafrário
Abestado
Calhorda
Babaca

Pronto, passou.

26 outubro, 2003

Saudades.
Tenho muitas. De todo mundo: da minha filha, minha mãe, minha família, minhas melhores amigas, dos amigos mais próximos. Até de Deus Grego eu morro de saudades.
Quase liguei pra ele, ontem, ouvindo 10,000 Maniacs.
É uma história divertida. Dia desses eu conto pro cês.

Pequenas indulgências.
Sonhos ruins me abalam. Eles conseguem isso.
Pra compensar, me dei um presente. Ao sair do trabalho, no sábado, fui dar uma voltinha no shopping, tirar um troco no caixa eletrônico pro final de semana, enfim, arejar a cabeça.
Dei de cara com uma VHS do acústico do 10,000 Maniacs.
Achei que eu merecia, como de fato mereço.

Dias difíceis.
Eu tô aqui, brincando, brincando, mas a vida não tá fácil.
Ontem foi um dia de cabelo ruim.
Sexta foi feriado. Trabalhei.
Sábado, trabalhei.
Não reclamo disso. O que odeio é acordar constatando que sonhei com fantasmas do passado. Odeio, odeio, odeio.
O perigo vem do céu.
Vocês devem ter notado que há muito tempo eu parei de cair.
Pois não é que outra noite, saindo da agência, eu quase morri? E não foi de tombo, não. Uma manga quase caiu na minha cabeça.
É sério. Foi por pouco. Uma fração de segundos. Desviei no reflexo.
O duro foi chegar no dia seguinte e contar pro povo.
Já tavam dizendo que o traje adequado pra mim seria uma armadura medieval.
Depois dessa, armadura e capacete vai ficar difícil.

Acabou outra novela.
Ganhei dois cachos de pupunha. Um de pupunha vermelha e outro de amarela. Adorei. Achei a vermelha mais legal.
Entrou para o meu cardápio regional, ao lado do queijo coalho, tucumã, jaraqui, feijão verde e sorvete de açaí.

19 outubro, 2003

Pensando bem...
Ontem foi um dia mesmo especial.
Enquanto estava lá no quiosque de frente pro rio eu pensava na vida. Nas coisas do passado. Feridas antigas e recentes. O saldo geral foi muito estimulante. Há exatos 6 meses eu havia tomado um pé na bunda de proporções catastróficas. Achei que nunca iria me recuperar daquele tombo e daquela dor. E cá estou. Livre, feliz e atrapalhada como sempre.
A vida é mesmo uma coisa muito cínica.
A andarilha.
Nessa brincadeira de sair pra comprar pupunha acabei fazendo uma porrada de coisas legais.
1- Fui ao mercado central, o que é sempre muito divertido.
2- Consertei dois relógios que estavam com a bateria pifada. E vale aqui um conselho de amiga: nunca comprem aqueles óculos de grau em camelô. Principalmente se o cara que vende óculos também conserta relógios e é míope. Deu pra entender?
3- Tirei uma porrada de fotos. Da praça da Matriz, do mercado, do porto.
4- Fui a pé ao Teatro Amazonas. Mais uma porrada fotos. Fiz a visita monitorada e aprendi um montão de coisas legais. Deixei minhas anotações em casa. Dia desses conto tudo pro cês.
5- A louca que vos tecla saiu do Teatro Amazonas e foi a pé até o Galo Carijó, sob uma temperatura de 39 graus. A distância? Difícil de calcular. Apenas posso dizer que é longe pra caralho.
6- Finalmente comi jaraqui com muuuita pimenta (adoro pimenta, sem ligar o nome à pessoa, que fique bem claro.) e baião de dois. Amei aquilo.
7- Segui pro Educandos. Ver o rio e pensar na vida. Outra porrada de fotos. Acho que ando pensando muito na vida, porque tenho voltado lá com muita freqüência. Gosto disso.
8- O ônibus de volta pra casa é uma das coisas mais divertidas da vida. Preciso escrever tudo que acontece nele. É muito legal.
9- Cheguei em casa morta. Acho que foi o dia mais agitado dos últimos 3 meses. Caralho!!! Três meses. Amanhã é dia 20 né? Pois, então, é isso. Três meses.
10- Hoje acordei de bem com a vida. Agora, vou lá no Caranguejo almoçar. É bem provável que eu coma caranguejo. E vou continuar lendo Debaixo da Minha Pele. A autobiografia de Doris Lessing. Ando precisando da referência de mulheres fortes, ultimamente.

Boa semana pro cês. :O)



A novela da pupunha.
Após resolver a parada da câmera fotográfica, eu precisava de uma sarna nova pra me coçar. Se não for assim, sou capaz de morrer de tédio.
Então cismei que estou morrendo de vontade de comer pupunha, como de fato estou. De verdade.
Há duas semanas eu tento comprar um cacho de pupunha e não consigo. Quando encontro, estou sem grana. Saio de casa com grana e a pupunha some.
Ontem, pensei: hoje a porra da pupunha não me escapa.
Pois escapou. Não tinha pupunha no mercado central. Nem pra remédio.
Buá.

14 outubro, 2003

Acabou a novela. :O)
Minha câmera fotográfica está novinha em folha.
Agora vai.

12 outubro, 2003

Curiosidades manauaras.
Risoles é risolio (nem sempre com acento). Tem de queijo, carne, presunto com queijo, camarão ou caranguejo. Muita cautela com o de caranguejo. A vida me ensinou.
- Ponto de ônibus é parada de ônibus.
- Aqui se diz "saltar" do ônibus e não "descer" do ônibus. Tem gente que "cai" do ônibus, mas isso é muito feio e dói um bocado. Esqueça.
- Um sanduíche é meia xanduice. Muito complicado? É fácil. Pura matemática. Assim ó: meia xanduice = um sanduiche. Uma xanduice = dois sanduiches.
Entendeu? Ok. Demorou um pouco pra eu me acostumar também.
- x-burguer = hamburguer, queijo, alface e tomate (dois reá)
- x- salada = idem + presunto e ovo (treis reá)
- x- tudo = idem + nem queira saber - posso adiantar que tem até calabreza na parada (cinco reá)
- kikão = cachorro quente. Não tem muita firula: salsicha, creme de leite (= molho branco) e muita cebola. Muito bom. Eu adoro. (só um reá)
- x-kikão = idem + pasme você, muito queijo. Maravilhoso. (1 reá e cinqüenta)
Confesso pra vocês que essas diferenças de nomenclaturas regionais causam alguns constrangimentos.
Por exemplo, é difícil ligar pra lanchonete e pedir: manda aê um kikão pra mim, no capricho.
Pensa bem.
Alô, criançada, o Bozo voltou.
Perdão pela falta de notícias. Vida corrida por aqui. Não tem dado tempo de blogar. Rascunhei uma porrada de coisas. Aos poucos, vou colocar a vida em dia.

05 outubro, 2003

Hoje, o dia é só dela.
Se eu disser que Olívia é uma garota linda, inteligente e brilhante ninguém vai acreditar. Eu sou altamente suspeita, sei disso.
Então, vamos ver o que os famosos diriam sobre ela:
- Ela é uma gracinha (Hebe Camargo)
- A Olívia? Ô môdeus!!!!!! ( Louro José)
- Olívia é uma gata. (Marcelo Antony)
- Concordo. Ela é uma gata (John Stamos)
- Acho a Olívia magrela demais. Deveria engordar um pouco. (Preta Gil)
- Vejo que, mais uma vez, Olívia passará de ano (Mãe Dinah)
- Nossa!!! Ela está mais alta do que eu!!!! (Ferrugem)
- A gente ainda vai falar muito sobre ela (Leão Lobo)
- Que a paz esteja sempre convosco (Padre Marcelo)
- Olívia é uma linda garota. Incrível como ela se parece com a mãe.
(George Clooney ) Tá. Menos, menos, desculpa aê. :p
- Acho que ela canta muito mal. (Britney Spears)
- Escreve muito bem e tem um grande senso de humor a Olívia (Mario Prata)
- Olívia é a definição da garota chic. (Glorinha Kalil)
- Acho que ela se veste muito mal. (Geena Davis)
- Tenho muito o que aprender. Ela sabe fazer compras. (Becky Bloom)
- Olívia dança muito bem (John Travolta)
- Eu adoro a Olívia. Ela também gosta de pizza de catupiry. (Godzila)
- Acho que ela deveria falar mais merdas, cê tá me entendendo? (Fernanda Young)
- Olívia é uma garota pato firme. (Magda)
- Deveria, de verdade, ganhar uma guitarra. (Eric Clapton)
- É uma grande artilheira. (Ronaldinho)
- Mais do que bom gosto, Olívia tem bom senso. (Danusa Leão)
- Olívia tem um sorriso lindo, que vem da sua alma (Arnaldo Jabor)
- Olívia é o amor da minha vida. (Ana Almgren)

Feliz Aniversário, Olívia.
Saudades muitas.

23 setembro, 2003

Jamanta Produções Oníricas.

Noite passada, sonhei que eu estava chegando em uma festa, acompanhada de um amigo. A festa ficava numa chácara. O quintal escuro era vigiado por muitos cães e notei a presença de 3 felinos. Comentei com ele: - Parecem ser onças.
- São onças.
Ops.
E continuamos a procurar a casa, andando lado a lado.
Até que eu virei para o meu amigo e pedi, muito calmamente:
- Você pode me ajudar a tirar essa onça pendurada na minha mão? Os dentes dela afiados pra burro.
- Não vai dar.
- Por que não?
- Porque eu me cago de medo de onça.
Ô, modeus!
Lembro que me livrei da onça e entramos na casa. Meu amigo foi conversar na cozinha e eu fui para o quarto dormir. Eu estava morrendo de sono e de dor na mão. Os cães e as onças subiram na cama e não me deixavam adormecer.
Agora danou-se de vez.
Eu já tive tudo quanto é tipo de sonho nessa vida. Mas sonhar com a própria insônia foi a minha primeira vez.

22 setembro, 2003

A vista lá no Panorama é mesmo maravilhosa.
Fui disposta a ver o entardecer e acabei ficando até tardão.
Cheguei em casa exausta e feliz. Acho que encontrei minha praia pro aqui. Voltarei sempre. Mas prometo ser uma boa menina e nunca mais subir no 704. Au. Meu braço ainda dói.
Coisas que até Deus duvida II
Após desabar meu esqueleto no Amarelinho, percebi que eu estava doida de vontade de fazer xixi. Óbvio. Consumi 700ml de água nessa andança toda. Fui ao banheiro e qual não foi minha surpresa: 2 vasos sanitários no mesmo ambiente. What?
Então, pensei: o povo do amarelinho leva essa coisa das muulheres irem juntas ao banheiro a sério demais.
Tentei analisar, mas, entendam, era uma urgência. (700ml de água, eu já disse)
Desabei no primeiro vaso sanitário que vi pela frente.
Enquanto a natureza fazia seu trabalho, eu refletia: não é assim que funciona. O legal de 2 mulheres no banheiro é conversar, retocar maquiagem, falar mal dos outros. Procurei a descarga e não achei. Ops. Olhei pro vaso ao lado e ela estava lá. Então me dei conta de que havia algo de muito errado no projeto daquele banheiro. Olha a situação.
Tarde demais. Já foi. Agora, pensa bem: dá pra criar uma máxima com isso. Algo do tipo: - Mijei na bacia errada.
Ou quando você está aconselhando um amigo, você pode dizer: - Rapaz, você mijou na bacia errada. Que coisa.
Grande lição de vida esse banheiro do Amarelinho.
Coisa que até Deus duvida I
A bordo do 702, tinha uma freia anã. Eu nunca tinha visto uma freira anã. Essa linha 700 nos revela grandes surpresas mesmo. A freirinha era muito fofa. De um alegria que só vendo pra crer.
He,he.
Meia hora depois, eis o 702. Ueba!
A cobradora conersava animadamente com uma amiga de longa data. Oh, boy! De novo, não!
- Errr, desculpe interromper a conversa de vocês, mas eu queria pagar a passagem e saber onde saltar para ir ao Panorama. Pode ser? Note que eu estava decidida, mas um tanto puta nas calças. A cobradora e sua amiga de longa data foram muito simpáticas, prometeram me avisar e continuaram lá no pa-tá-ti-pa-tá-tá. A viagem foi longa. Pra mais de meia hora. Passei pelo Cachoeirinha, depois pela Base Aérea, SIVAM. Uma espécie de city-tour a R$1,50. Adorei. Chegamos no ponto final de 702 eu, o motorista, a cobradora e sua amiga matraqueira. (como falavam aquela duas, môdeus).
Andei mais umas duas quadras e desabei meu esqueleto na melhor mesa do Panorama, mais conhecido no submundo do crime como Amarelinho.
Num falei pro cês que eu chegava? :O)
À estaca zero.
Perdi o rumo. Segui de volta pra parada de ônibus, aquela onde tudo começou. Agora virou questão de honra. Eu vou chegar na porra do Restaurante Panorama e de ônibus, o 702 ou eu não me chamo Ana Jamanta Almgren, cacete.
O 702.
Eu fiquei mais de 1/2 hora criando raízes na parada de ônibus. E nada do 702. Parou um 704, cuja placa dizia ir para o Educandos. Pensei: o que são 2 números de diferença, afinal? Ok. Eu nunca fui muito boa em números.
Subi o 1o degrau e tentei perguntar à cobradora se o dito passava perto do Panorama.
A criatura mugiu algo ininteligível, enquanto falava ao celular. Não entendi a resposta. Perguntei novamente. O ônibus arrancou no exato momento em que a bovina proferiu: - Não, não passa lá.
Vaca.
Fiquei no degrau onde eu estava e esperei a próxima parada. Eu não pago passagem de ônibus errado, ora pois.
Então, o ônibus parou, um passageiro subiu e eu tentei descer.
O motorista lazarento acelerou e eu fui arremessada para fora do coletivo.
Em slow-motion. Coisa de cinema.
Saldo de prejuízo: um corte no tornozelo - coisa pouca e a tampa do meu cotovelos esquerdo ficou no asfalto. Au. Isso dói.
Resolvi seguir em frente e tomar um café no quiosque do Pina. Pedi um café, uma água e um marlboro lights. (o Pina vende cigarro a preço de tabela. Uia. Adorei o Pina)
Fiquei l'apensando o que fazer da minha vida. Decidi perguntar que ônibus eu deveria pegar para ir ao Educandos (nome bonito para um bairro). O pina é um senho a caminho dos seus 60 e poucos anos, franzino, olhos azuis-turqueza e uma retração gengival preocupante. Perguntei sobre o Restaurante Panarama e ele deu seu sábio veredito: pega o 702 na parada do outro lado e peça ao motorista que te avise quando chegar.
- 702?
- 702.
- 702? Mesmo?
Eu estava indo para a o ponto do ônibus, quando o Pina alertou: - Vai pela passarela que é melhor.
Parece até que ele me conhece.
O grande dia.
Em comemoração aos 2 meses em Manaus, resolvi fazer algo diferente, mas ainda não sabia exatamento o quê.
Antes de qualquer coisa, fui ao correio (primeiro a obrigação), depois fui tentar, pela 3a vez, consertar minha câmera. É inadimissível eu não ter nenhuma foto daqui até agora. Saí do shopping, peguei o buzão e desci no terminal em frente ao porto. Andei pra caraio até chegar na loja que consertaria a bendita. Eram 13h33. Loja fechada. Grande. Eu devia ter ligado antes pra me informar. Mas, um dia de comemoração merece uma cota básica de atrapalhações e imprevistos nesta minha saga (ops) jamantácea.
Primeiro, eu tinha saído de casa disposta a voltar ao Bar do Galo Carijó pra comer jaraqui. Cheguei numa encruzilhada cruel: à direita , andando um pouco, eu chegaria no Bar do Armando (um estabelecimento muito tradicional) ou, à esquerda eu seguiria para o Carijó. Santa Indecisão, Jamanta. Acorda.

20 setembro, 2003

Apenas pra constar.
Hoje completo exatos 2 meses em Manaus.
Que coisa.
Já comi tapioquinha na praça, agora vou ao correio, depois vou ao centro da cidade ver se consigo, finalmente, consertar minha câmera. E se ainda me restar forças, vou comer jaraqui. Tá um calor dos diabos.

19 setembro, 2003

E só pra lembrar, não perdam!!!!!
Maratona Seinfeld, sábado e domingo, a partir das 14h.
Eu não perdo um. :O)
O quase fim da insônia.
Noite passada, deu quase tudo certo.
Dobrei minha caminhada noturna. Descobri, pasmem vocês, que meu condicionamento físico melhorou visivelmente. Não chego em casa tão cansada quanto chegava antes. O jeito é andar mais.
Dobrei o consumo de suco natural de maracujá. Tomei, literalmente, 1 litro.
Dobrei o n. de cápsulas fitoterápicas. Tomei 4.
Mantive as 2 canecas de chá durante Sienfeld.
Capotei antes das meia noite. Ótimo sinal.
Acordei após um sono profundo e repousante.
À 1h20 da madrugada e morrendo de vontade de fazer xixi.
Onde foi que eu errei????
Dando início às comemorações dos meus 2 meses aqui em Manaus, Momento Cala a Boca, Magda I:
Foi na minha primeira semana. No terceiro ou quarto dia de trabalho. Eu estava precisando ir ao supermercado, e tinha o visto o comercial de dois, na tv.
Virei-me pra um colega e disparei, toda cheia de segurança:
- Onde fica o OB?
- =:o !!!!!
- O OB, o supermercado.
- Tem o CO e o DB. Qual você quer?
- Putz, foi mal. As siglas me confundem.
Corta.
Eu tô me achando.
Tava eu na parada de ônibus, quando uma garota me perguntou qual ônibus passava na porta de um determinado supermercado.
- Você pode esperar o 118 ou o 404. Mas, ó, pode pegar esse aí, que ele pára lá.
Rá. Eu tô manjando tudo por aqui. :p
Fiquei lá esperando o meu bumba, e me lembrei de um episódio ocorrido logo na minha primeira semana aqui. Uma jamantada clássica, que merece ser registrada. Ei-la.


18 setembro, 2003

Outro dia, comprei uma tesoura. Sei lá porquê. O preço tava bom. E a tesoura era legal pra caramba. Nunca soube qual utilidade prática ela teria na minha vida.
Noites passada, sonhei (tá, estou insone, mas ainda não virei zumbi) que eu usava a tesoura para colher tulipas e enfeitar minha mesa de trabalho. Não é uma coisa meiga?
Ciclo vicioso
Mais uma noite praticamente em claro.
Pela primeira vez, quase, mas quase perdi a hora. Foi por pouco. Tinha sobrado um anjo-da-guarda, também insone, de plantão.
Parece que a coisa não é só comigo. A Luciana comentou que a Rita Lee tá padecendo do mesmo mal. Esqueci do Saia Justa e liguei direto no Law & Ordem: Criminal Intent. :O)
Ontem à noite, tomei meio litro de suco natural de maracujá com duas cápsulas de um calmante fitoterápico à base de Valeriana, Melissa (já notou que essas duas estão sempre juntas nessas formulações?) e de um tal de Cratacavalus (que imaginei ser uma espécie de Contacarneirus).
Enquanto assistia Seinfeld, tomei duas canecas chá para bebezinhos. E nada do sono chegar.
Especialistas dizem que não é legal ir pra cama sem estar no estado capotante. Voltei pra varanda e comecei a ler. Nada.
Liguei a tv. Nada.
Voltei pra cama. Desisti. Estava começando a ficar no estado enervante.
Voltei pra varanda. Contei estrelas. Várias delas. Assisti a mais um episódio inédito de Mad About You.
Fui pra cama. Não sei como adormeci.
Acordei às 7h15. Puta merda. Isso não é hora de acordar. É hora de estar no ônibus. Meleca.
Agora, 13h30, horário local, já tomei meio balde de café, mas continuo no estado capotante.
MANHÊÊÊ!!!!


17 setembro, 2003

Bobagens.
Os meninos, na sexta-feira, contando a vida pregressa de suas famílias.
Então, um começou: - É, eu tinha a tia Fulana, irmã de mamãe. Tia Fulana era terrível. Dava pra Deus e todo mundo. Ela deu pra tanta gente, que resolveu virar freira.
- Sim, já que deu pra todo mundo, tava faltando dar pra Deus.
- É isso mesmo, rapaz. Ela entrou pra um convento carmelita. É daqueles que a mulher entra, não pode receber visita, só sai de lá morta.
- Já ouvi falar. Congregação Carmelita. É... Congregação Carmelita é o Big Brother do Senhor.
Ô, modeus.
Só passei aqui pra avisar que estou bem, gozando (hã?) de ótima saúde. A insônia tem acabado um pouco comigo. Mas, entendam, tudo tem seu lado bom. Pelo menos, tenho assistido a Mad About You toda madrugada.

14 setembro, 2003

Hoje, é só pra ela.
Niver da Bia, niver da Bia, niver da Bia.
La, la, ri, la, ri, la.
Bia é minha 1a afilhada, por ordem cronológica. (sou madrinha da Babica também)
Lembro-me até hoje da sensaçao de pegar a Bia no colo, em seu 3o ou 4o dia de vida, ainda na maternidade.
Foi quando, pra mim, ela passou a ser a Bióca. Tao pequena, tao querida.
Mas a Bióca passou a infância deixando todo mundo de cabelo em pé.
Nao comia nada a Bióca. Era de enlouquecer. Vontade de dar um soco.
Cresceu à base de miojo, batata frita, hamburguer do Bob´s e chicletes Ploc.(desconfio que ela colecionava as figurinhas).
Contrariando todos os dogmas de médicos, nutricionistas e das revistas femininas sempre de plantao, Bia tá linda, leve e poderosa, a bordo dos seus 16 anos. Eu tento imitar a dieta dela, mas nao dá o mesmo resultado.
Quis o destino que eu nao estivese presente na festa dos seus 15 anos. Eu estava em Belém, a trabalho.
E cá estou, longe de novo.
Sinto-me uma madrinha desnaturada, eu confesso. A pior das madrinhas.
O que me resta a dizer?
Feliz aniversário, Beatriz.
Eu amo você.

08 setembro, 2003

Noite insone. Estou em frangalhos.
Depois eu conto.

05 setembro, 2003

Ei???
Cheguei um pouco mais tarde do que de costume na agência.
- Bom dia
- Ana, você quer ir na Chácara com a gente? (note que a criatura nem me falou bom dia)
- Tá, o que é isso?? (sempre é bom perguntar)
- Um puteiro legal. Bora?
- Eu já te mandei à merda, hoje? (enquanto, calmamente, eu me servia de café)
Aos poucos, a equipe foi chegando. O trânsito tava mesmo brabo. Todo mundo chegou um pouco atrasado.
Lá pelas tantas:
- Ana, vc precisa me emprestar esse vestido.
- What???? (enquanto eu tirava o fone de ouvido)
- Ano passado, eu fui fantasiado de Mary Pink. Neste ano, quero ir com seu vestido. Me empresta?
Alguém pode me explicar o que está acontecendo por aqui, cacete?
Ninguém me explicou.
Quase na hora do almoco, reuniao de pré-produção de uma foto.
Conversa daqui, conversa dali, meu dupla dispara:
- Acho que o vestido da Ana seria uma toalha de mesa perfeita.
Danou-se.
Virei-me pro meu chefe e avisei: - Aê, chefia, vou chegar um pouco atrasada do almoco. Tenho que ir pra casa, trocar de roupa.
- ????
- Primeiro, me chamam pra ir a um puteiro, depois querem o meu vestido pra usar em desfile gay, agora pra toalha de mesa. Olha a situação.
Ele, pessoa muito séria, gargalhou.
O povo estava mesmo com a macaca, naquele dia.
Meio da tarde, producao pra foto toda montada. Parecia obra de prédio: 3 peões trabalhando e cinco em volta só olhando, manja? Era véspera de feriado, dá um desconto.
Até que um descoordenado derrubou café no chão. Senti 8 olhares esquisitos em minha direção.
- Nem vem! PANO DE CHAO, NÃOOOO!!!!!!!
Aromaterapia

A véspera do feriado foi muito divertida.
Um dia absurdamente quente, com céu azul, azul.
Parecia que todos os motoristas da cidade resolveram tirar suas carangas da garagem. Uma esbórnia.
Minha madrugada de quarta pra quinta havia sido desconfortável. Só adormeci por volta das 3h. Sono superficial e agitado. Na preguica de pensar, escolhi o primeiro vestido que vi no armário. Pela 1ª vez, lembrei de usar filtro solar. Minhas sardas triplicaram, desde que cheguei. Saí rtumo ao ponto de ônibus e comecei a me sentir melhor, apesar do sono absurdo. Notei que algo estava me deixando feliz. Muito feliz. Comecei a prestar aten´cao em mim e concluí que o aroma do filtro solar mudou meu estado de espírito. Eu me sentia em férias,, na praia. Delícia. Usem sempre, amigos. É muito bom.
Ueba!
Hoje é feriado por aqui.
Vou aproveitar o dia pra colocar a casa em ordem. Assistir Anjo Mau. :O)))
E se eu encontrar uma alma caridosa que me indique o ônibus correto, talvez eu vá à Praia de Ponta Negra. Tá um calor dos diabos e o céu tá lindo de morrer.

03 setembro, 2003

P.F.
Mudei o roteiro e fui almoçar no restaurante da Faculdade de Enfermagem. Arroz, feijão preto (eu amo), farofa, espaguete e um filé de frango grelhado do tamanho de um prato de sobremesa.
Suco de cupuacú e picolé de açaí. Tudo a 4 reá.
Preciso comer lá pra sempre. Tenho comido muita tranqueira, ultimamente.
ACHEI!!!!
Ueba. Sou a mulher mais feliz do mundo. Meu Armani estava escondido num compartimento qualquer da minha mochila.
Estou saltitante.
Obrigada, São Longuinho. Obrigada, São Longuinho. Obrigada, São Longuinho.

02 setembro, 2003

Lágrimas de sangue.
Perdi meu óculos Armani que eu amava de paixão.
Não o encontro em lugar nenhum. Estou inconsolável.

29 agosto, 2003

Projeto Corsa 1.0 adiado temporariamente.
Tive que ficar na agência no horário de almoço e não deu pra ir à locadora. :{
Ficou pra outra semana. Mas se eu acordar animada, no domingo vou fazer um passeio de barco que estou adiando há séculos.
Foi nesta semana.
Tinha uma estagiária por aqui. E, desavisada, veio trabalhar com roupinha de verão. O frio aqui na sala é sempre cruel e notei que a pobrezinha estava sofrendo muito. Lembrei que um ex-colega tinha abandonado uma jaqueta, na primeira gaveta, e sugeri que ela a usasse.
Então, meu dupla dispara:
- Isso, usa mesmo. Tá certo que ele andou um tempo com uma micose, mas acho que não em problema, não.
Eu, já prevendo a merda: - Pois é. Foi feia a coisa.
- É. Impigem.
- Coitado. Tão novo.
- Mas ele teve sorte. Sarou.
- Rapaz, isso é muito raro. Impigem é uma praga. Quando pega....
E virando-se para a menina, ele disparou o tiro de misericórdia: - Mas pode usar a jaqueta sim, porque acho ele mandou lavar.

Acho que já estou pegando o espírito da coisa.

28 agosto, 2003

Planos para o final de semana.
Rá. Não contei pro cês.
Vou alugar um carro.Yes. É bararinho. Carro 1.0.
Eu queria mesmo uma pick-up, mas todas estavam um pouco acima das minhas posses. Não faz mal. Um Celta já tá ótimo, pra começar.
Aguardem emoções fortes.
Pensando bem, seria de bom alvitre eu dar uma passadinha na livraria pra renovar minha nova biblioteca. Ando precisada de leituras mais leves.

Acabou.
Terminei o Vivendo no Limite.
Uau. Um pesadelo a menos na conta.
Continuo com o Um Amor Transatlântico. Faltam ainda umas 260 páginas.
Mas isso é um pesadelo de outra natureza. Xá pra lá.

27 agosto, 2003

E eu tô lendo essa papagaiada toda da proximidade de Marte. Que outra assim, só daqui a 55.000 anos. De minha parte, só estou esperando o segundo sol.
Ah, esses pesadelos.
Eles de novo. Essa noite foi cruel.
Sono leve e agitado. Difícil de adormecer.
Sonhei que uma pessoa conhecida minha, não me recordo quem, me indagava se eu era a autora do livro Causa Nobre.
Acordei no meio da madrugada.
Menos, Ana, menos.
Depois de muito custo, peguei no sono novamente.
Sonhei que estava andando por uma rua, com um amigo meu e fomos abordados por bandidos armados. Eles atiravam em nossa direção e eu tentava nos defender. Conseguia desviar os projéteis com a mão. Um ato de extrema bravura e inacreditável destreza psicomotora. Mas meu amigo foi atingido. Coitado do Marquinho. Teve morte instantânea. E acordei gritando que eu tinha sido atingida no fígado esquerdo. Isso mesmo. Fígado esquerdo, seja lá o que isso signifique. Passado o susto, comecei a refletir a razão dessa merda toda.
Ok. Estou nas páginas finais do Vivendo no Limite. Eu já havia contado pro cês que a leitura exige um certo estômago. Adormeci por volta das 5 da manhã, concluindo que são necessários também dois fígados.

26 agosto, 2003

Dia esquisito.
Amanheceu fazendo frio por aqui. É sério. Vento gelado e tudo.
Já tem gente até falando que esses fenômenos começaram a ocorrer depois que eu vim pra cá. Isso eu acho pouco de exagero. Quase maldade.

25 agosto, 2003

Ah, o Bill.
Droga. O livro está acabado. Economizei o quanto eu pude. Mas restam apenas 6 ou 7 crônicas. Buá.
Foi o Bill quem me fez descobrir a razão para eu tropeçar tanto nas coisas.
das duas, uma: ou minhas pernas nunca foram devidadamente apresentadas uma à outra, ou eu tenho duas pernas esquerdas.
Bingo. Bill Bryson é o máximo.
As batatas.
Desde que cheguei aquim eu tava paquerando o carrinho de batata e banana fritas que fica no ponto de ônibus. Eu já havia experimentado as famigeradas e aclamadas bananas chips que vendem no supermercado. Não achei muita graça nelas. São de uma higiene quase hospitalar. Punk e autênticas mesmo são aquelas que o velhinho vende no ponto de ônibus. É certo que se você for uma pessoa razoavelmente sensata vai notar que aquele óleo no qual elas são fritas é de uma procedência bastante duvidosa. Sem contar a poeira e uma série de outros fatores. Mas é exatamente isso que torna a aventura tão emocionante. Na sexta-feira, resolvi arriscar (note como eu sou ajuizada. Escolhi a noite de sexta-feira porque caso meu fígado entrasse em colapso, eu teria o final de semana todo pra me recuperar. Eu ando pensando em tudo).
Então, tomei coragem e pedi um copinho de batata frita. Já cheguei chutando o balde e pedi logo o de 1 reá. (tem copinho de R$ 0,70, mas esse não inclui o catchup e a maionese). Lotei as batatas com catchup até a tampa e me senti a mais valente das criaturas.
Foi exatamente nessa hora que o 118 chegou. Meleca. Copinhos de batata fritas cheios de catchup e ônibus lotado não nasceram um para o outro. Mas a sorte estava a meu favor. Tinha um lugar no último banco. (isso, no banco dos bobos). Comecei a devorar as batatas assassinas - acho que podemeos chamá-las assim. Percebi que aquela mistura saturada de sal e gordura reciclada era mesmo bombástica. Notei que o cobrador me observava. Havia um misto de desaprovação e piedade naquele olhar. Eu compreendo. Estava chegando a minha hora de descer e nada das batatinhas acabarem (pensando bem, eu devia ter comprado o copinho de R$ 0,70). Pra localizar o $ da passagem, tive que apoiar o copo imundo de batatas na mesinha do cobrador. Não teve outro jeito. Notei naquela hora um misto de desaprovação e ódio em seu olhar. Não posso culpá-lo por isso. Pedi desculpas e desci. Emfim, sobrevivi. Às batatas e à ira do borador.
Sexta-feira que vem, vou experiemntar o copinho de banana frita. O de R$ 0,70. E acho que vou voltar de táxi. É só aguardar.

24 agosto, 2003

ô, saudades!!!!
Oli, minha pequena, estou roxa de saudades de você. Meleca.

ô, preguiça II
Hoje eu tinha planejado ir ao sambódromo assistir aos jogos finais do campeonato de volei de praia. Os insanos locais montaram uma quadra com areia. Esquemaço. A coisa deveria ser animada. Acordei às 7 horas, mas não deu coragem. O sol já estava feroz e a caminhada até o sambódromo é tarefa pra gente grande. Fiquei fazendo preguiça lânguida em casa, até às 11, e depois fui pro Caranguejo. Pra comer caranguejo, é claro. Só pra não perder o costume.
Ô, preguiça. I
Não fiz nada no final de semana. Saí pra fazer uma pequena caminhada, no sábado, logo cedinho. E só. Fiquei em casinha. Dormi pra caramba à tarde. TAva mesmo precisando. Foi uma semana meio enlouquecedora essa que acabou de passar. De bom mesmo, conversei com a Rê. , na sexta. Conversei também com meu primo-irmão/compadre Wal e com a minha mãe, no sábado. Fiquei animada com o saldo geral. A Rê está tirar férias e planeja passar uns dias por aqui. O Wal deve ira à Venezuela em breve e, na volta, talvez passe uns dias por aqui também. Setembro promete ser divertido. Que assim seja.

22 agosto, 2003

Noite insone. Leituras torturantes.
Nada demais. Nada mesmo.

One day.
(The Verve) eles, de novo, merda.

One day maybe we will dance again
Under fiery skies
One day maybe you will love again
Love that never dies

One day maybe you will see the land
Touch skin with sand
You've been swimming in the lonely sea
With no company

Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The roads, the highs, breaking up your life
Can't you hear this beauty in life?

One day maybe you will cry again
Just like a child
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end

Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The times, the highs, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?

Oh, you're too afraid to touch
Too afraid you'll like it too much
The roads, the times, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?

One day maybe I will dance again
One day maybe I will love again
One day maybe we will dance again
You know you've gotta
Tie yourself to the mast my friend
And the storm will end
One day maybe you will love again
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end

20 agosto, 2003

A última dos meninos
Tava eu tomando um cafezinho, um deles chegou perto de mim e começou a cutucar a minha têmpora.
- Tem uma coisinha branca, aqui.
- Papel?
- Não. Mas não quer sair.
- Pasta de dente?
- Não sei. Vai lá ver no espelho.
- Depois. Tô com preguiça.
(O outro) - Se eu fosse você, iria correndo. Você sabe.... Michael Jackson começou assim..
Agora pergunto: Eu preciso de inimigos? Preciso?
A coisa começa a complicar.
Por uma grande ironia do destino, tentei pagar a conta de energia elétrica pelo telefone. Aquele serviço básico que todo banco oferece para maior comodidade dos seus clientes, sabe? Levaram alguns minutos para a mocinha do outro lado da linha concluir que o banco não está habilitado a receber pagamentos de contas da Manaus Energia.
Que delícia. Vou ter que ir de ônibus à uma agência dos Correios. Quer coisa mais de pobre do que isso? Melhor entrar no clima e comprar também uma Telesena da Independência logo de uma vez.
Por que só comigo?
Eu tinha que ajeitar um monte de documentos, organizar meus papéis, ontem. Pois foi eu chegar em casa, pimba: caiu uma tempestade descomunal e acabou a luz. E eu, morrendo de fome, sem conseguir enxergar nada na cozinha.
Então, está anotado tudo na próxima lista de compras. Um maço de velas, um guarda-chuva e, claro, um gerador de energia.
Hunf.
Hoje faz um mês que cheguei aqui em Manaus.
Já fiz tanta coisa e ainda não conheci nem /3 do que eu havia planejado. Ok. Não é preciso ter pressa. E nem vou me atrever a falar sobre a saudade que sinto da minha família e dos meus amigos. Senão eu choro.

14 agosto, 2003

Como as notícias se espalham.
Conversa fiada, logo cedo, na agência.
- Ana, você gosta de Cae?
- Hã?
- De Cae.
- Isso é de comer?
- Não. A Ana gosta mesmo é de caí.
Nunca vi tanta maldade.
Tô de parabéns.
Já são 3 dias sem acidentes domésticos e 6 sem acidentes no trabalho.
Obrigada, obrigada!

13 agosto, 2003

Acidentes domésticos: as estatísiticas comprovam tudo.
Por uma grande coincidência, tava lendo isso aqui, ontem a noite. Olha só que legal.

Mas, doutor, eu só dei uma deitadinha...
por Bill Bryson.

Eis aqui um fato. Segundo as últimas estatísticas publicadas no Statistical Astract of United States, todos os anos mais de 400 mil norte-americanos sofrem acidentes domésticos com camas, colchões e travesseiros. Pense um pouco nisso. São quase 2 mil acidentes por dia. Enquanto você lê este artigo, 4 americanos terão, sabe-se lá como, tido um acidente com seus apetrechos de dormir. Meu objetivo aqui não é sugerir que os norte-americanos sejam mais ineptos que o resto do mundo na hora de deitar e dormir (embora obviamente existam milhares que se beneficiariam com um treinamento adicional), e sem observar que não existe quase nenhuma estatística relacionada com esta vasta e esparramada nação que não nos faça parar pra pensar.
[...] Mas é aí que está o xis da questão dos acidentes dométicos, a se acreditar na Tabela no. 206 (a dos acidentes relacionados a produtos de consumo) - eles podem acontecer com praticamente qualquer coisa. Em 1992, (útilmo ano para o qual há dados disponíveis) mais de 400 mil pessoas nos Estados Unidos sofreram acidentes com cadeiras, sofás e sofás-camas. O que pensar deste número? Será que ele nos diz algo de contundente sobre o desenho do mobiliário moderno ou simplesmente que os norte-americanos são absolutamente descuidados na hora de sentar? O certo é que o problema está se agravando. Houve 30 mil acidentes a mais com cadeiras e sofás-camas do que no ano anterior, o que sem dúvida é preocupante, mesmo para aqueles que são definitivamente destemidos diante de sofás e poltronas. (Aliás, talves esteja aí o nó da questão: excesso de confiança).
[...] Também gostaria muito de bater um papo com qualquer das 263 mil pessoas feridas por tetos, paredes e lambris. Impossível pensar em algum ferido por um teto que não tenha alguma história para contar.
[...] Mas quem eu realmente gostaria de conhecer são os 142 mil infelizes que tiveram de passar por tratamento de emergência por terem sido feridos por roupas.

E ele finaliza brilhantemente:
[...] O que isso sisgnifica, claro, é apenas que, estatisticamente falando, em New Hampshire tenho uma probalidade muito maior de ser ferido pelo meu teto ou pelas minhas cuecas – para citar apenas dois dos exemplos potencialmente letais – do que por um estranho e, francamente, não acho isso nem um pouco reconfortante.
20 de outubro de 1996
Milagres acontecem.
Dois dias sem nenhum acidente doméstico e 5 dias sem nenhum acidente no trabalho. Muito bem!
Efeito Raquel.
Examinando melhor meu braço, parece mesmo que eu levei uma raquetada. Tá feia a coisa.

11 agosto, 2003

O tombo do século.
Foi horrível. Eu acordei em queda livre. Tarde demais. Nada a ser feito. Isso mesmo. Eu caí da cama. Pronto, contei. Não me pergunte como eu consegui, porque eu não saberei responder.
Saldo do prejuízo: um hematoma horrível no braço direito, um galo na testa, dores no corpo todo. Sem falar na humilhação.
Acho que antes de ir pra casa, vou parar no shopping. Vou comprar um berço pra mim. É mais seguro.
Agora vai.
No sábado, fui ao Mercado Central e comprei uma panela. Perfeita. Vou voltar a cozinhar em casa e preparar omeletes e batatas-rosti maravilhosas. Eu já estava farta de jantar sanduíches de queijo toda noite. A única coisa que não tem como enjoar é sorvete de açaí. Duas bolotas, todas as noites.
E a novela, hein?
Acredita que eu perdi o capítulo da bala perdida?
Dormi.
Que ódio.
Fuso horário.
Tenho que me acostumar com essa porra. Ainda não consegui. Meu corpo já deu conta de se adaptar. Mas eu não. É muito estranho chegar em casa já com a novela começando. Dá um nó federal na minha cabeça.
TV a cabo.
Tem tudo por aqui. menos Warner. Buá. Não pude ver o último episódio de Friends. E não vejo mais E.R. É muito triste ir dormir sem ver George Clooney. Muito triste. Resta-me assistir a maratona Will & Grace. Na Sony, de segunda à sexta, às 20h30 - horário de Brasília.
Voltei.
Bem que eu tentei mandar notícias, ontem. Mas deu pane em todos os computadores do cyber. Cá estou. Sobrevi a mais um final de semana.

08 agosto, 2003

Mas já?
Não me dei conta de que hoje já é sexta-feira. Semana agitada passa mais rápido.
Amanhã eu passo aqui pra contar tudo.

05 agosto, 2003

Tombaço.
Caí sozinha. Assim, do nada, andando na rua em pleno horário de almoço.
Saldo do prejuízo da quinzena: um band-aid no dedo do pé direito, outro no pé esquerdo e o joelho direito pronto pra ser jogado no lixo. Não serve mais pra nada. Meleca.
Notícias de Godzila.
A Simone me ligou, ontem. Contou que o maleta tá ótimo e brinca com todo mundo. Parece que nem está sentindo mais a minha falta. Ingrato.
Depois fiquei pensando: bem que Deus Grego podia ter cumprido a promessa de montar um pet hotel na clínica dele. Preciso me lembrar de mandar um cartão postal. Suspiros.

03 agosto, 2003

Sonho recorrente.
Nesta madrugada, ele, de novo. Oh, boy!
Não exatamente o mesmo sonho. Mas o mesmo tema. Uma espécie de continuação do filme. Bosta. Não quero mais dormir, nem sonhar. Não esse sonho. Traga-me um outro cardápio, por favor. Acordei travada, novamente. Não, não. Chega.
Antes de levantar-me, tomei algumas decisões importantes:
1- Nunca mais ouvir Velvet Morning na vida, o que inclui jogar o CD do The Verve no lixo, sem dó, nem piedade. Que dó.Sou contra radicalismos.
2- Dar um tempo na leitura do livro Vivendo no Limete. Tenho sérias suspeitas de que ele é o grande culpado na origem dessa porra toda. Mas, justo agora que eu tô quase acabando? Só mais 5 minutos, vá!
3- Não ficar parada em casa. Sair. Ver gente na rua. Descobrir coisas. É isso.
Sair, bom. Ficar em casa, não bom.
Amanhã é segunda. Tudo de volta à normalidade.
Pesquisa de preços.
Se tem uma coisa que sobra nesta terra é salão de beleza. É sério. Sem sacanagem. Tem um em cada esquina. Tem mais salão de beleza do que butecos. Só aqui, no bairro, já contei uns 5. Sem falar daqueles nos shoppings. Esses são pra madame, portanto não entram na conta.
Tô falando de salão de beleza pra pobres mortais, assim como nós.
Então, eu tava num pequeno shopping, onde habita meu supermercado predileto (sim, eu já tenho um) e vi um salão de beleza com uma tabela de preços colada na porta. Aquela listinha básica que toda mulher conhece desde o berço. O que me chamou a atenção foram os últimos ítens:
- depilação básica e artística (sic) - R$ 15
- enrolados em geral (sic) - R$ 10
Achei melhor sair correndo dalí.
A melhor tapioquinha do mundo.
Ela mora aqui, bem perto de casa. Na pracinha do Conjunto Eldorado, perto da lavanderia.Descobri isso ontem, olha só. Toda tapioquinha que eu já comi na vida era sempre feita de dois jeitos: ou dobrada como um crepe, ou enrolada como uma panqueca.
Pois a mulher da pracinha faz uma recheada. Isso mesmo. Ela prepara duas bases de tapioquinha e coloca o queijo no meio pra derreter. Fica do tamanho de uma pizza brotinho. Depois ela corta em 4 triângulos e serve num prato retangular. Um charme. E aí, você senta-se à uma mesa sob uma árvore e lê o jornal do dia, enquanto degusta aquele manjar dos deuses. Acompanha um café preto.
Não existe brunch melhor. Acredite.
Momento Seinfeld.
Na lavanderia, a moça tava conferindo as roupas e ficou mais tempo do que o normal olhando pro meu vestido marrom. Na hora, lembrei-me do episódio de sexta-feira, quando o Jerry levou o seu terno Armani pra lavanderia e, à noite, enconcontrou o tintureiro usando o próprio, na fila do cinema.
Se eu encontrar a moça da lavanderia na rua usando meu vestido marrom, juro que eu mato. Morte lenta e com requintes de crueldade.
Sorry. Eu morro de ciúmes do meu vestido marrom.


The Day After - Sábado, 10h.
Acordei com uma ressaca existencial braba. Talvez eu precisasse ir à agência, mas nada confirmado. Eu estava sem reação.
Bora resolver a vida, sua anta, pq você não viajou mais de 15.000 km pra ficar de bobeira, certo? Certo. Liguei pra agência, conversei com o chefe. Ueba! Ele aprovou, por telefone, o texto que eu havia deixado sobre sua mesa, na tarde de sexta-feira. Meu chefe é mesmo um anjo.
Mas já era um pouco tarde pra ir ao Mercado Central. O legal é ir logo cedo.
Decidi levar minhas roupas à lavanderia, fazer uma caminhada pelo bairro e depois ir ao supermercado pra garantir os víveres da semana.
O dia e alma não estavam pra grandes performances.

Noites terríveis.
Tudo começou na noite de 5a.-feira passada.
Tava terminando um episódio de Seinfeld, quando começou a barulheira.
Um maldito show de pagode, a algumas quadras de casa. A maldição começou eram mais de 22h30. Notem que lei do silêncio não existe por aqui. Se existe, pelo menos às 5as-feiras está liberado. Pois a porra toda rolou até 2h30 da madruga.
O som parecia vir da minha sala.
Ninguém trabalha amanhã, não? Merda.
Cheguei na agência com um humor do cão. Os meninos foram logo me avisando que o pior ainda estava por vir. Ensaios de escola de samba também costumam rolar por alí. Além do que, na sexta-feira teria um show da Ivete Sangalo. Puta que me pariu. Assim não dá. E assim foi. Na noite de sexta-feira, logo depois do Seinfeld, começou a barulheira de novo. Sim, são pontuais os filhos da puta.
Eu estava tão exausta que capotei por volta da meia-noite.
Tive o sonho mais estranho dos últimos anos. Não foi um pesadelo. Foi um sonho. Um sonho inquietante. Angustiante é a palavra exata.
Acordei achando que já era de manhã. Bosta. Ainda era 1h30.
Vi o dia amanhecer, enquanto bitucas de cigarro se acumulavam no cinzeiro improvisado.
Bem feito. Quem mandou ouvir Velvet Morning durante a tarde? Quem Mandou? Bem feito.
E trate de comprar logo um cinzeiro de gente.

02 agosto, 2003

Só um oi.
Vim pra avisar que estou viva. O dia amanheceu chuvoso e minha alma,meio nublada. Nada grave. Tudo sob controle.
Eu tinha uma porrada de coisas pra contar, mas acho melhor deixar pra amanhã.

31 julho, 2003

O longo caminho de volta.
Saí da agência um pouco mais tarde. Perdi o 118. (aqui, você pede o ônibus pelo número). Como depois do 118, sempre vem o 404, fiquei esperando. Passaram o 645, 613, 403, 405, 407. Depois vieram o 516, 504, 508, 13 e o 407 de novo. Deu vontade de pegar o 403 que, afinal, é vizinho do 404, se a gente for pensar bem.
Mais de 20 minutos e nem sinal do 118, nem do 404.
Minha vontade mesmo, era de pegar um taxi. Antes que eu voltasse a blasfemar compulsivamente, surgiu o 118.
Nada como chegar em casa e desmaiar na cadeira da varanda, não?

Dia de cão.
Todo mundo tem um. E o meu primeiro dia de cão em Manaus foi ontem.
Eu tinha que ir a um Banco 24h para efetuar um depósito, na hora do almoço. Coisa simples: pegar um ônibus, chegar lá, depositar, pegar outro ônibus de volta. E com um pouco de sorte, ainda daria tempo de comer alguma coisa.
Então, eu fui. Peguei o ônibus certinho. Desci no hipermercado onde tem um 24h. Descobri que aquele equipamento não aceita depósitos. Voltei para o ponto do ônibus. Um calor também do cão. Nada do ônibus passar.
Consegui chegar ao Caixa Eletrônico, dentro de um posto de gasolina.
Tentei mandar o doc. Não sabia o n. do banco. Esqueci o celular na agência. Entrei no Select pra comprar cartão telefônico. Andei até o orelhão. Liguei pra São Paulo. Anotei o n. do banco. Voltei ao Caixa Eletrônico. Consegui mandar bendito o doc. Voltei ao Select, comprei cigarros a preço de tabela (isso é raríssimo por aqui) e tomei um copo de iogurte. Caminhei uns 200 metros até o ponto de ônibus, sob uma temperatura de 36 graus. Peguei um ônibus errado, que me deixou a uns 300 metros da agência. Cheguei com a camisa grudada no corpo e os cabelos ensopados. Eu era puro suor e blasfêmias. Temperatura da sala: 19 graus. Ainda vou morrer disso.

28 julho, 2003

Livros
O susto inicial: não há livros para se comprar nessa terra. Cheguei até a pensar em deixar um bilhete pro povo da agência dizendo: valeu, meninos. Foi lindo, mas não vai dar pra eu ficar, não.
Medo. Até que eu achei uma bookstore.
Alívio. Não só tinham livros interessantes, como também tinha uma barraquinha de ofertas: qualquer título a 9 reá.
Uma maravilha.
Estou lendo 4.
- Mrs. Dalloway de Virgínia Wolf, com tradução de Mario Quintana. Esse eu me dei de presente, primeiro porque eu mereço e também porque o livro da Simone de Beauvoir estava me deixando profundamente deprimida. Eu odeio Nelson Algren. Odeio.
- Megalomania de Freud de Israel Rosenfield.
É o tipo de leitura que não recomendo para leigos. Pra entender a ironia do tema, tem que ter lido muito Freud na vida. Lamento ter deixado o Freud Além da Alma, de Sartre em Sampa. A leitura simultânea seria perfeita.
- Vivendo no limite de Joe Connely.
É o livro que inspirou Martin Scorsese no filme com o mesmo nome. O filme é foda. O livro também. O porra-louca do Joe viajou tudo que pode pelos EUA, até que decidiu fazer um curso de enfermagem e desabou no Harlem como paramédico. O cara é bom. Mas só pra quem tem estômago, se é que me entendem.
Crônicas de um País bem grande de Bill Bryson.
Um americano que viveu por 20 anos na Inglaterra e, já a caminho da meia-idade, voltou aos EUA. É uma leitura que estou economizando. Leio 2 ou 3 crônicas, choro de rir, fecho e deixo o restante para depois. Sim, algumas leituras me obrigam a isso. Eu gosto tanto que não quero que acabe. Fiz isso com Viciada em Feing Shuy, cujo autor é, surpreendentemente, um homem.
MAs, enfim, estou completamente apaixonada pelo Bryson. Ele é genial.


Mudança de hábitos alimentares.
Tenho comido pouquíssima carne e muito peixe. Incorporei o hábito manauara de comer banana frita com a comida. Adorei essa brincadeira. A única coisa que não tem acordo é com o pão francês. Não encontrei nenhum decente até agora.

O trânsito em Manaus.
Se tem uma coisa complicada aqui é a vida de pedestre. O risco de atravessar uma rua é enorme. Ninguém respeita as faixas de rolamento. Uma selvageria.
Andar de ônibus até que é fácil de encarar. Na boa. E antes que me perguntem, já vou logo adiantando: ainda nao levei nenhum tombo no ônibus. Mas é tudo uma questão de tempo. É só aguardar.

26 julho, 2003

O primeiro passeio.
Pelo menos até agora, tá tudo dentro do planejado.
Acordei cedo e fiquei bundando um pouco em casa. Decidi que eu iria conhecer o Mercado Central. Acho que esse é um hábito que herdei do meu avô, um grande viajante: eu sempre preciso conhecer o mercado central das cidades por onde eu passo. Fumei um cigarro na varanda e me lembrei das recomendações de um colega:
- Se você vai ao mercado sozinha, tudo bem, mas tenta não parecer muito turista pra não ser assaltada.
- Tá. Como eu faço isso?
Silêncio. - Hum, não tem muito jeito não.
- Melhor rezar?
- Melhor rezar, e não levar bolsa.
- Certo, mano.
E lá fui eu, crente que estava mimetizada entre os nativos.
Desci na estação hidroviária e ao dar o primeiro passo sobre a calçada, um homem me aborda, oferecendo serviços de passeios de barco e city tour de taxi.
Puta merda, eu não acerto uma.
No final, deu tudo certo.
Me diverti um bocado. Fiquei menos do que eu imaginava, tá certo. Mas, o calor estava começando a ficar insuportável, por volta das 11h.
E eu que tava doida pra comer um caboquinho, tive que mudar de planos.
Calma, aê. Caboquinho não é gente, é um sanduba feito com casca de tucumã e queijo coalho.
Comprei uma cesta de palha linda de morrer, pra transportar pequenas compras cotidianas e as roupas pra lavanderia. Nela estou trazendo pra casa o jornal do dia, maços de cigarro, mamão papaia, sabonete líquido de andiroba, um garfo e uma faca. Parei no supermercado e me dei de presente uma garrafa da Sunny Days pra brindar as minhas vitórias.
Amanhã eu passo aqui de novo, pra contar mais coisas. Deixei minhas anotações em casa.
Ah, sim. Comprei eu caboquinho pra viagem. E não fui assaltada.
A primeira semana.
Poucas coisas são mais embaraçosas na vida do que o primeiro dia de trabalho.
Mas o povo da agência é muito divertido, e logo nas primeiras horas já estava me sentindo em casa.
No segundo dia, começou a vida dura pra valer. O que significa ir e voltar do trabalho de ônibus. Não deixa de ser interessante. A gente saca um bocado sobre o comportamento humano. Na quinta-feira, já tinha aprendido um pouco sobre as leis: Deus criou o cotovelo pra abrir passagem nos ônibus lotados. Essa é a lição n. 1.
O novo shopping.
O Shopping Amazonas tem tudo que os shoppings de São Paulo tem. O que já é um fato preocupante. Pra piorar, tem lojinhas com colares. Sim, daqueles que eu gosto. E uma loja cosméticos importados. Olha a situação. Que Deus me dê juízo. Todo que eu preciso.
Reconhecimento do terreno.
O flat é uma delícia. Tudo no jeito. Naquele domingo faltava apenas descobrir o que fazer. No meio da tarde, eu estava famélica. Peguei um táxi e fui comer alguma coisa no shopping, que fica relativemente perto. Com um pouco de boa vontade, dá até pra ir a pé. Notem o perigo. Isso ainda vai dar merda.
A chegada.
Foi tudo muito mais tranqüilo do que minha mente paranóica tinha imaginado. Um colega da agência foi me esperar no aeroporto, levou-me até o flat onde ficarei nos próximos meses. Sem stress. Isso é raro. Muito raro.
Pânico no ar.
Conexão em Brasília, com destino a Manaus. Avião lotado até a tampa.
Meu nariz já começou a se amotinar contra o ar condicionado.
Dei pela falta dos cartões de embarque com os comprovantes da bagagem. Puta merda. Sem eles, não tenho roupas para usar. Na sacola de bolotas só tem sapatos. Maldição.
Essa idéia me atormentou o resto da viagem, o que de certa forma foi bom. Neutralizou a choradeira.
A pouco minutos de pousar, achei os benditos no meio do meu livro.
Agradeci a São Longuinho. Não pude dar 3 pulinhos, porque o avião tava lotado e eu estava na janelinha. Tô devendo essa.
A partida.
Foi uma das coisas mais difíceis que já fiz na vida. Mas não havia mais chance de recuar. Ao ver o aviso da última chamada para o vôo, abracei minha dileta amiga e subi para a sala de embarque aos prantos.
Eu e a maldita sacola de bolotas que sobrou como bagabem de mão.


Pessoal do comments.
Os comentários pendentes já estão devidamente respondidos, certo?

23 julho, 2003

Manaus 40 graus
Temperatura dos ambientes com ar condicionado, 18 graus.
Ninguém falou que iria se fácil. :O)

22 julho, 2003

Notícias rápidas.
Tá tudo certo por aqui.
Assim que der jeito, conto tudo como foi.
Descobri um cyber café perto de casa. Vai ficar mais fácil blogar de lá.

20 julho, 2003

E teve o bota-fora.
Foi um monte de gente legal, de quem eu gosto pra caraio.
Isso merecia um post gigante, contando mais detalhes. Mas agora não dá tempo. Depois eu conto. Só posso adiantar uma coisa: Alê, você é uma mulher mor-ta. Fui clara?
Despedidas familiares.
Então, teve um jantar em família, na casa da minha mãe.
E entrou um maldito mosquito na cozinha. Um mosquitinho, menor do que uma drosófila. E a Olivia inventou de matar o infeliz. Corria pela cozinha, plac, errou. Plac, errou. Já tinha dado duas voltas em torno da mesa, plac. Errou de novo.
Plac. Agora ela acertou.
- Porra, Olívi-a. O mosquito caiu sobre o queijo.
- Hum, foi mal.
Confesso, vou sentir falta disso.
É hoje.
Manaus, lá vou eu.

19 julho, 2003

Ligações perigosas.
Por falar no maleta, preciso lembrar de ligar pro vet. do Godzila para avisá-lo. Tantos anos, ele cuidando tão bem do ser. Poucas vezes na vida a criatura ficou doente. Ele salvou a vida de Godzila quando o alucinado devorou um frasco de Cataflan e quase morreu. O cara é mesmo competente. Acho que merece essa consideração. Merece, merece. Eu sei, ter um caso com o veterinário do seu pet é uma coisa Jim Davis demais da conta. Não é o meu número. He,he. ;O)
Alucinações.
A casa totalmente em silêncio. Tudo de relevante já quase embalado.
Tv a cabo já desligada. Cada vez que eu me movimento em direção ao banheiro, ao quarto ou à cozinha, ouço as patinhas do maleta me seguindo.
Pára com isso. Ele tá legal.
Momento Mãe e Filha.
Churrascaria. Só nós duas. Recordando bons momentos. A gente já se divertiu muito ali. Comemos mais dos que os nossos dois magrelos esqueletos são capazes de suportar. Recordamos e praticamos o velho truque do café com chantily. É assim: a gente pede o café com chantily. A mãe toma o café e a filha come o chantily. Bons tempos.
Conversamos feito gente grande.
Eu, Oli e Godzila.
Estávamos aqui. Muita coisa pra conversar.
Algumas apurrinhações pra resolver. Mudanças são assim, não tem jeito.
Então, ficou assim: - Godzila, cuida da Oli, eu já volto.
E lá fui, pensando em tudo.
Resolvi o que tinha a ser resolvido.
De volta, pela sombra sob a porta, ele tava lá, cuidando da Oli e da segurança amiga da casa.
Meleca.
Haja coração.
É chega a hora. Godzila vai pro hotel da Simone.
A gente tem a plena certeza de que ele estará bem com ela.
Ele sente o esquema.Cobertor e brinquedos socados na mochila. Ele uiva e chora.
A gente segura a onda. A Simone vai cuidar bem dele, sem dúvida. Relax.

17 julho, 2003

ELA VOLTOU! :o)
Olivia está em São Paulo. Feliz, cheia de coisas pra contar.
Ganhei um presente lindo, que ela me fez prometer que vou usar.
Claro que sim.

16 julho, 2003

Saia Justa.
Pois é. Hoje vão falar sobre a entrevista do S.S.
Não perco essa por nada.
O que vai e o que fica.
Sinceramente, eu não sabia que tinha tanta tralha em casa. E o que é pior: eu não tinha noção de que era tão apegada a elas.
Numa hora dessa, Godzila é o de menos. Sacanagem.
Sobrou porrada pra todo mundo.
E.R. tá num esquema Cidade Alerta.
Dr. Carter apanhou da residente. Dr. Ross - suspiros - apanhou e está sendo processado. Tadinho.
Dói.
Meu pescoço tá com a macaca, de novo. Assim não dá. E não tem miorelaxante que dê conta. Desisto.
Medo, medo, medo.
Decisões são coisas complicadas, mesmo.
O duro é sentir na pele que as decisões mais convenientes não são, necessariamente, as mais simples. Ai, ai.
Tornado em Atlanta.
Olivia mandou notícias. Vai ver se consegue embarcar de volta, hoje. Tá há dois dias só com a roupa do corpo. Tadinha.

15 julho, 2003

Meleca.
A tempestade em Orlando foi feia mesmo
O vôo de volta foi adiado. A gente tá aqui, morrendo de saudade.
Ela deve estar lá, se divertindo pra caraio. Merecidamente.
Eu amo aquela pateta. Dá licença.
Smack, Oli.
Faltam 14 dias pra última temporada.
A última temporada de Frieds está um must. Não perdam, plizz. ;O)
Apareceu a Janice, das cinzas. Ela é muito escrota. E o John Stamos é o canditado à inseminação artificial na Monica. Inseminação artificial, fofa? Uau. Acorda, Monica!
Sem sacanagem, eu encho o saco de todo mundo com Friends. Eu sei. Mas o povo de lá é bom. Ninguém brinca em serviço, não. Tem o David, cujo sobrenome é uma sopa de consoantes impronunciável, - o mala do Ross, o palenteólogo - que escreveu e participou de um episódio lindo do Wonder Years - lembra disso? Eu sempre chorava no final.
Anos Incríveis, passava na TV Cultura. Hoje, passa lá pelas 7h30 da madrugada, no Multishow. I love Wonder Years. :O) I love Friends, foda-se. ;O)
Vou sentir falta dessa porra. Sei disso.
Onde foi que eu errei???
Além de tudo, agora todos os posts estão fora de ordem e gordos. Tudo em bold. Eu mereço. :[
Crianças não tomam Lipton.
Perfeito. Eu amo aquilo. Mad about You. Tá certo, o horário não colabora. Às 16h é coisa pra gente desocupada. Mas tem reprise às 4 h da manhã.
Helen Hunt. Acho aquela mulher o máximo. Ela grávida. O marido, juro que não sei o nome dele. São ótimos. Jamie e Paulie. É muito bom aquilo. O texto deve ter sido escrito por um judeu. Pronto, agora eu apanho. Mas os judeus são ótimos redatores, fazer o que?
Caramba.
Os dias não passam. Meu cabelo está gelado. Odeio o frio. Odeio.
Episódio inédito de Cybill. Ela tá deprimida. Tá divertido. Tem reprise às 16h30.
Merda. Pára de ver TV. Coragem, mulé.
Ok, às 13h eu saio.
Caraca. .

Não consigo dormir.
Saco.
Ok, daqui a pouco começa Full House.
John Stamos. Uau, tudo em casa.
Em tempo.
Quem souber sobre a música de Friends. Banda, título. Essas coisas. Procurei pelo Google e não achei. Ouvi a música na 89 FM, no meio de um trânsito insano. Não deu tempo de anotar. Vou sentir saudade dessa porra. Eu faço tudo pelos meus amigos. Até sacaneá-los. É meu jeitinho. Cês sabem. ;O)
Controle Remoto.
Milagres da tecnologia. Pouco mais da 3 da matina e descubro que vai reprisiar o episódio de Friends. Ueba.
Quero que a Bósnia se foda. E Smallvile também.
Zap.
Odeio.
Tudo fechado por aqui. Portas, janelas, essas coisas. Tudo vedado. Mas o vento vaza. Eu odeio o frio. Isso não é vida de gente.
Daqui a pouco, vai começar Uma Estrada para a Bósnia. Telelecine Premium. É a minha boa e velha insônia de plantão. Meleca.

14 julho, 2003

Negócios fechados.
Já que ele contou, então eu conto também.
Fechamos dois bares. Pois é. Eu tava fora de forma. Há séculos eu não fazia isso.
Não lembrava que os bares de São Paulo fechavam às 4h da manhã.
Francamente, isso não é hora. Custava muito fechar às 6h? Que coisa.
Franz Café eu me recuso.
Central Perk.
O episódio de hoje de Friends está imperdível. Participação especial de quem??? Hâ? Rá. Ele. Robin Willians. E sem mensagens edificantes, no final. Serve pra nada, é o que eu sempre digo.

12 julho, 2003

Programa de índio.
Tenho planos de passar um final de semana em um hotel flutuante na floresta. Deve ser divertido.
Descobri ontem a origem da expressão "programa de índio".
Depois eu conto. Mas não tem nada a ver com o show de lançamento do cd do Apolinário, por exemplo.
Coisa selvagem.
A previsão do tempo informa: esta será a noite mais fria do ano.
Sem sacanagem. Isso não é vida.
Odeio o frio. E odeio o Apolinário mais ainda.
Sem nota.
O SPTV 2a edição não falou nada sobre o show do Apolinário.
Rá. Bem feito.
Eu odeio o Apolinário.
Tudo culpa do Apolinário.
Fui visitar minha mãe. O trânsito travou em frente ao Clube Tietê. Perguntei a um vendedor de chiclete o que estava acontecendo. Ele contou que o Apolinário ia fazer o show de lançamento do seu cd.
Certo. O Apolinário deve cantar bem pra caramba, porque tinha gente que não acabava mais.
Levei 35 minutos para conseguir chegar até a av. Cruzeiro do Sul.
Eu odeio o Apolinário.
A frase do ano.
A selva é verde, mas não tem alface.
[Jorge de Souza - jornalista da revista Viaje Mais]
É profundo isso. Pensa bem.

11 julho, 2003

Tarefas do dia.
Ir à Subprefeitura resolver uma parada da taxa do lixo.
Ir ao Banco do Brasil. Ir à Caixa Econômica Federal.
Dar uns 385 telefonemas burocráticos.
E tomara que chova.
Acho que preciso de um arsênico. Duplo, por favor.
Elixir da juventude.
Essa eu li numa revista, na sala de espera da terapia. O texto era relativamente longo. Não deu tempo de ler inteiro. Mas, a idéia desse elixir é devolver à pele suas funções, etc, etc. Aquela papagaiada toda que a gente bem conhece.
O legal era que o kit, formado por umas 4 ou 5 ampolas, custava a bagatela de R$ 1.140,00. Tudo feito com malte e cevada fermentada.
Péra aê. Uma latinha de Bohemia não sairia mais em conta, não?

10 julho, 2003

O mistério continua.
Ainda não consigo acessar meus arquivos.
Meleca.
Palavra cruzada, depois do almoço.
- Filhote de coelho.
- Coelhinho.
- Com 5 letras.
- Coala. Pode ser?
- Grrrrrr......

09 julho, 2003

Momento "Então tá".
Estávamos eu e a Rê no balcão da padoca, pra um lanchinho rápido.
Nenhum gardanapo ao nosso alcance.
Olhei pro lado e, gentilmente, pedi ao velhote que estava ao meu lado.
- Por favor, os gardanapos.
- Você quer a TV?
- Hã?
- A TV - e apontou para o suporte de guardanapos.
Caiu a ficha. Entendi a piada.
Pensei: - Depende, em que canal está?
Eu juro. Só pensei.
Respondi: - Sim, empreste a TV, por favor.
Engraçadinho aquele velhote.
De novo, não!
Não pode ser insônia. Tava tudo tão normal.
Já sei. Quem mandou tomar café expresso às 7 da noite?
Bem feito.

06 julho, 2003

Turbulência.
Vai passar hoje, no Domingo Maior.
É uma tremenda babaquice. Mas o filme é divertido, se você considerar que é domingo à noite, depois do Fantástico.
Incrível como quando tem algum assunto envolvendo aviões na minha vida, surge um filme que trata de tragédias aéreas.
No final, tudo dá certo. Tudo dá certo.
Adote um raposinha.
A Ro encontrou um filhote abandonado, lá na Chácara Viana. Ela não tem esquema de ficar com o filhote.
Olha só o que ela me mandou:
[...] Ele parece uma raposinha, porte médio, peludinho, ruivo, com um rabo espanador. É muito inteligente, e parece q faz de tudo pra não incomodar. Coisa de vira-lata [...]
Se alguém se interessar, é só escrever que a gente manda uma foto do pequeno Raposa. Combinado?
Notícias da Disney.
Soube que a Oli chegou direitinho e tá toda feliz.
A única coisa é que sofreu um bocadinho no vôo até Atlanta. Reclamou um pouco do serviço de bordo. Começo a concluir que isso deva ser genético.
Pensa bem.
Você teria coragem de deixar seu carro numa oficina mecânica chamada Paradão?
Sinceramente.

05 julho, 2003

Promessa de ano novo.
Momento Becky Bloom.
Parar de fumar - ainda não, mas eu chego lá
Academia - não vai rolar
Arrumar os armários - semana que vem,talvez
Tirar as roupas da mochila de viagem - deixa quieto, nunca se sabe. Nunca se sabe
Organizar as fotos - hum, tá bom assim. Bagunça organizada
Começar a escrever aquele livro, aquele - tá bom, tá bom. De amanhã não passa
Não gastar com bobagem - eu tento, é o mundo que não colabora
Comprar um mouse novo - eu prometi não gastar com bobagem, não inventa.
Não perder tanto tempo assistindo TV - enlouqueceu? Mad About You, Seinfeld, Friends, E.R., Becker, Caroline in the City, CSI, Law & Order Criminal Intent, Less than Perfect, Newsradio, 3rd Rock From the Sun??? Enlouqueceu, foi? Não prometa o que não pode cumprir, sua tonta
Lavar a louça todo dia - quiá, quiá, quiá
Não comprar mais anéis e colares - autopunição não vale, pára com isso
Vender Godzila - só se for agora. Não, tadinho, esquece.
Tá vendo? Promessa de ano novo é uma coisa que não serve pra nada. Tipo assim, filme com Robin Williams. Pura enganação. :p
Eu e minhas ilusões.
Ai, ai. Um dia eu aprendo. Juro que aprendo. Palavra de bruxa.
Síndrome de abstinência.
Há exatos 3 dias que não assisto a um único episódio de Seinfeld. Tô passando mal.
Minha própria mãe!!!!!
Ela falou: - Filha do céu, cê ficou a cara da Hilda com esse cabelo.
Sinceramente, ainda não entendi se isso foi um elogio. Ninguém merece.
Becker.
Eu amo o Becker. No episódio de hoje, ele está conseguindo se superar. Quando era estudante de medicina, ele pulava corda com intestino de cadáver. Ele é o médico mais escroto do planeta. Adoro.
Ela foi.
Pois é. Pequena Oli embarcou agora à noite.
Acredita que eu já tô com saudade?

03 julho, 2003

Então, eu fui lá. ;O)
Cês já devem saber. Visitar a nunca é um sacrifício.
A gente ficou lá, falando sobre a vida. Perdemos a novela. E também o episódio inédito de E.R. Faz mal, não. No domingo tem reprise.
O legal de ter uma amigaça, do jeito que ela é, é isso: cê liga lá, pede um livro pra sua filha emprestado. Avisa que tá levando um pedaço de torta, que tá sobrando na geladeira. Fica lá, por horas, jogando conversa fora.Comemorando por ter encontrado muita gente boa durante o dia. Recebendo beijos dos cães. Tudo em casa. Tudo em casa.
Isso é tão bom. Verdade.


É brincadeira!
Minha bolsa aprontou comigo, de novo.
O anel, aquele lindo de morrer, que eu tinha a impressão de tê-lo perdido. Pois é. Tava lá. Num compartimento perdido.
Agora, tô aqui, a bordo dele. Tão lindo. Adoro aquele anel. É a minha cara. Ele tem ondas, brilhantes. Tem movimento. E combina com o meu dedo indicador. Adoro.
É amanhã!
Oli, finalmente, vai pra Disney.
Ela merece!
É uma menina que tem juízo. ;O)
Ainda tenho que dar conta de uma correria por aqui: ela quer levar "Becky Bloom na 5a Avenida".
Oh, boy! Contenha-se, Oli, plizz.
Vou ter que passar na casa da , pra pegar o livro emprestado. Aproveito a viagem e levo os pedaços da torta de canela que estão criando raízes aqui na geladeira. Perfeito.


Quer saber?
Adorei. Tá certo que levei um susto, ao acordar.
Ok. É assim mesmo. Eu demoro um pouco pra acordar.
Então, tomei banho, lavei o cabelo e parti pro enfrentamento com meu maior inimigo: o espelho. E ele tava lá, de plantão. Até que a gente se entendeu bem.
Gostei da mudança.
Oli disse que eu pareço 10 anos mais moça. Fui obrigada a concordar com ela.
Gostei. ;O)

02 julho, 2003

Crise de identidade.
Cortei o cabelo. Sim. Foi radical a coisa.
Tava aqui fazendo as contas. Acho que desde 86 eu não cortava a franja. Sempre vivi oscilando naquele limbo: deixa o cabelo reto, compridão. That´70s Show. Depois radicaliza pra um chanelzinho clássico, comportadíssima. Daí, deixa crescer de novo. E assim levei a vida. Um tédio. Grandes ousadias nunca foram o meu número.
Hoje, chutei o balde. Mandei cortar, sem dó nem piedade. E lá se foi a minha franja. Ou melhor, agora eu tenho uma franja e não sei exatamente o que fazer com ela. Franjinha. Inferno. Eu me olho no espelho e não sei se estou parecida com o Cascatinha ou com a Hilda (a irmã da Helena, da novela, sabe?).
Pois é. Daí eu começo a reparar direito no tamanho do estrago e noto que a alucinada da cabelereira mandou pro chão mais de 20cm do meu cabelo.
Meleca. Ele está pouco abaixo do meu ombro. Daí, eu coloco meus óculos. Sim, eu preciso de óculos pra ver tv ou teclar. Olho pro espelho e penso: o que o Ferrugem tá fazendo aqui?
Merda. Acho que serão longos dias, até eu me acostumar.
Relax. Cabelo é o tipo da coisa que cresce rapidinho. Pensa em outra coisa que passa. Pensa em outra coisa.


Deusdocéu.
Sumiu tudo por aqui.
Tudo.
Socorro.
Oh, boy.
Vou ter que comprar ração pro Godzila.
Que Deus tenha piedade de mim. Ninguém merece.
Oli já me falou: entra lá, perguntando se tem CD de jazz.
Isso, isso
- Tem CD de jazz??????
- ????
- Rex!!!!!!
Hunf
Então, tá tudo certo.
Vamos combinar o seguinte: eu boto força na peruca e bola pra frente.
Certo?
Certo.
Eu disse CERTO, compreendeu?
Uau!
Venci mais um dia.
Terça-feira complicada essa. Ninguém tem noção do quanto eu chorei.
Mas passou. Cá estou. Força na peruca.

01 julho, 2003

Meleca.
Acordar cedo, tudo bem. Mas às 3h da manhã é um pouco de exagero, né não?
Grrrr.

30 junho, 2003

Calcule seu IMC.
É segunda-feira, né? Então aproveite e calcule seu Índice de Massa Corpórea, antes de matar a aula na academia ou mandar a dieta às favas.
É assim: confira o seu peso em kg. Anote. A sua altura, em m., multiplique por 2. Anote.
Agora pegue o seu peso e divida pela sua altura ao quadrado. Refaça as contas, pra ter certeza de que tá tudo certo.
Deu um score entre 20 e 25? Parabéns. Tudo ok com seu esqueleto.
Se você tá na marca perto dos 30, é sobrepeso. (tem ífem essa coisa?). Corte o chocolate, o chopp, o fandangos e siga em frente. Vá à academia e coma salada.
Entre 30 e 40, meu filho, fica esperto. Você está obeso.
Mais de 40? Sorry. Obesidade mórbida. Passou demais da conta.
Aprendi essa no pograma da Orga.
Meu score? 18. Saco. Preciso de um pacote de Rufles.
Oli, minha filha, fica fora disso. Essa tabela só vale pra gente maior de 17 anos, combinado?