29 agosto, 2003

Projeto Corsa 1.0 adiado temporariamente.
Tive que ficar na agência no horário de almoço e não deu pra ir à locadora. :{
Ficou pra outra semana. Mas se eu acordar animada, no domingo vou fazer um passeio de barco que estou adiando há séculos.
Foi nesta semana.
Tinha uma estagiária por aqui. E, desavisada, veio trabalhar com roupinha de verão. O frio aqui na sala é sempre cruel e notei que a pobrezinha estava sofrendo muito. Lembrei que um ex-colega tinha abandonado uma jaqueta, na primeira gaveta, e sugeri que ela a usasse.
Então, meu dupla dispara:
- Isso, usa mesmo. Tá certo que ele andou um tempo com uma micose, mas acho que não em problema, não.
Eu, já prevendo a merda: - Pois é. Foi feia a coisa.
- É. Impigem.
- Coitado. Tão novo.
- Mas ele teve sorte. Sarou.
- Rapaz, isso é muito raro. Impigem é uma praga. Quando pega....
E virando-se para a menina, ele disparou o tiro de misericórdia: - Mas pode usar a jaqueta sim, porque acho ele mandou lavar.

Acho que já estou pegando o espírito da coisa.

28 agosto, 2003

Planos para o final de semana.
Rá. Não contei pro cês.
Vou alugar um carro.Yes. É bararinho. Carro 1.0.
Eu queria mesmo uma pick-up, mas todas estavam um pouco acima das minhas posses. Não faz mal. Um Celta já tá ótimo, pra começar.
Aguardem emoções fortes.
Pensando bem, seria de bom alvitre eu dar uma passadinha na livraria pra renovar minha nova biblioteca. Ando precisada de leituras mais leves.

Acabou.
Terminei o Vivendo no Limite.
Uau. Um pesadelo a menos na conta.
Continuo com o Um Amor Transatlântico. Faltam ainda umas 260 páginas.
Mas isso é um pesadelo de outra natureza. Xá pra lá.

27 agosto, 2003

E eu tô lendo essa papagaiada toda da proximidade de Marte. Que outra assim, só daqui a 55.000 anos. De minha parte, só estou esperando o segundo sol.
Ah, esses pesadelos.
Eles de novo. Essa noite foi cruel.
Sono leve e agitado. Difícil de adormecer.
Sonhei que uma pessoa conhecida minha, não me recordo quem, me indagava se eu era a autora do livro Causa Nobre.
Acordei no meio da madrugada.
Menos, Ana, menos.
Depois de muito custo, peguei no sono novamente.
Sonhei que estava andando por uma rua, com um amigo meu e fomos abordados por bandidos armados. Eles atiravam em nossa direção e eu tentava nos defender. Conseguia desviar os projéteis com a mão. Um ato de extrema bravura e inacreditável destreza psicomotora. Mas meu amigo foi atingido. Coitado do Marquinho. Teve morte instantânea. E acordei gritando que eu tinha sido atingida no fígado esquerdo. Isso mesmo. Fígado esquerdo, seja lá o que isso signifique. Passado o susto, comecei a refletir a razão dessa merda toda.
Ok. Estou nas páginas finais do Vivendo no Limite. Eu já havia contado pro cês que a leitura exige um certo estômago. Adormeci por volta das 5 da manhã, concluindo que são necessários também dois fígados.

26 agosto, 2003

Dia esquisito.
Amanheceu fazendo frio por aqui. É sério. Vento gelado e tudo.
Já tem gente até falando que esses fenômenos começaram a ocorrer depois que eu vim pra cá. Isso eu acho pouco de exagero. Quase maldade.

25 agosto, 2003

Ah, o Bill.
Droga. O livro está acabado. Economizei o quanto eu pude. Mas restam apenas 6 ou 7 crônicas. Buá.
Foi o Bill quem me fez descobrir a razão para eu tropeçar tanto nas coisas.
das duas, uma: ou minhas pernas nunca foram devidadamente apresentadas uma à outra, ou eu tenho duas pernas esquerdas.
Bingo. Bill Bryson é o máximo.
As batatas.
Desde que cheguei aquim eu tava paquerando o carrinho de batata e banana fritas que fica no ponto de ônibus. Eu já havia experimentado as famigeradas e aclamadas bananas chips que vendem no supermercado. Não achei muita graça nelas. São de uma higiene quase hospitalar. Punk e autênticas mesmo são aquelas que o velhinho vende no ponto de ônibus. É certo que se você for uma pessoa razoavelmente sensata vai notar que aquele óleo no qual elas são fritas é de uma procedência bastante duvidosa. Sem contar a poeira e uma série de outros fatores. Mas é exatamente isso que torna a aventura tão emocionante. Na sexta-feira, resolvi arriscar (note como eu sou ajuizada. Escolhi a noite de sexta-feira porque caso meu fígado entrasse em colapso, eu teria o final de semana todo pra me recuperar. Eu ando pensando em tudo).
Então, tomei coragem e pedi um copinho de batata frita. Já cheguei chutando o balde e pedi logo o de 1 reá. (tem copinho de R$ 0,70, mas esse não inclui o catchup e a maionese). Lotei as batatas com catchup até a tampa e me senti a mais valente das criaturas.
Foi exatamente nessa hora que o 118 chegou. Meleca. Copinhos de batata fritas cheios de catchup e ônibus lotado não nasceram um para o outro. Mas a sorte estava a meu favor. Tinha um lugar no último banco. (isso, no banco dos bobos). Comecei a devorar as batatas assassinas - acho que podemeos chamá-las assim. Percebi que aquela mistura saturada de sal e gordura reciclada era mesmo bombástica. Notei que o cobrador me observava. Havia um misto de desaprovação e piedade naquele olhar. Eu compreendo. Estava chegando a minha hora de descer e nada das batatinhas acabarem (pensando bem, eu devia ter comprado o copinho de R$ 0,70). Pra localizar o $ da passagem, tive que apoiar o copo imundo de batatas na mesinha do cobrador. Não teve outro jeito. Notei naquela hora um misto de desaprovação e ódio em seu olhar. Não posso culpá-lo por isso. Pedi desculpas e desci. Emfim, sobrevivi. Às batatas e à ira do borador.
Sexta-feira que vem, vou experiemntar o copinho de banana frita. O de R$ 0,70. E acho que vou voltar de táxi. É só aguardar.

24 agosto, 2003

ô, saudades!!!!
Oli, minha pequena, estou roxa de saudades de você. Meleca.

ô, preguiça II
Hoje eu tinha planejado ir ao sambódromo assistir aos jogos finais do campeonato de volei de praia. Os insanos locais montaram uma quadra com areia. Esquemaço. A coisa deveria ser animada. Acordei às 7 horas, mas não deu coragem. O sol já estava feroz e a caminhada até o sambódromo é tarefa pra gente grande. Fiquei fazendo preguiça lânguida em casa, até às 11, e depois fui pro Caranguejo. Pra comer caranguejo, é claro. Só pra não perder o costume.
Ô, preguiça. I
Não fiz nada no final de semana. Saí pra fazer uma pequena caminhada, no sábado, logo cedinho. E só. Fiquei em casinha. Dormi pra caramba à tarde. TAva mesmo precisando. Foi uma semana meio enlouquecedora essa que acabou de passar. De bom mesmo, conversei com a Rê. , na sexta. Conversei também com meu primo-irmão/compadre Wal e com a minha mãe, no sábado. Fiquei animada com o saldo geral. A Rê está tirar férias e planeja passar uns dias por aqui. O Wal deve ira à Venezuela em breve e, na volta, talvez passe uns dias por aqui também. Setembro promete ser divertido. Que assim seja.

22 agosto, 2003

Noite insone. Leituras torturantes.
Nada demais. Nada mesmo.

One day.
(The Verve) eles, de novo, merda.

One day maybe we will dance again
Under fiery skies
One day maybe you will love again
Love that never dies

One day maybe you will see the land
Touch skin with sand
You've been swimming in the lonely sea
With no company

Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The roads, the highs, breaking up your life
Can't you hear this beauty in life?

One day maybe you will cry again
Just like a child
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end

Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The times, the highs, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?

Oh, you're too afraid to touch
Too afraid you'll like it too much
The roads, the times, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?

One day maybe I will dance again
One day maybe I will love again
One day maybe we will dance again
You know you've gotta
Tie yourself to the mast my friend
And the storm will end
One day maybe you will love again
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end

20 agosto, 2003

A última dos meninos
Tava eu tomando um cafezinho, um deles chegou perto de mim e começou a cutucar a minha têmpora.
- Tem uma coisinha branca, aqui.
- Papel?
- Não. Mas não quer sair.
- Pasta de dente?
- Não sei. Vai lá ver no espelho.
- Depois. Tô com preguiça.
(O outro) - Se eu fosse você, iria correndo. Você sabe.... Michael Jackson começou assim..
Agora pergunto: Eu preciso de inimigos? Preciso?
A coisa começa a complicar.
Por uma grande ironia do destino, tentei pagar a conta de energia elétrica pelo telefone. Aquele serviço básico que todo banco oferece para maior comodidade dos seus clientes, sabe? Levaram alguns minutos para a mocinha do outro lado da linha concluir que o banco não está habilitado a receber pagamentos de contas da Manaus Energia.
Que delícia. Vou ter que ir de ônibus à uma agência dos Correios. Quer coisa mais de pobre do que isso? Melhor entrar no clima e comprar também uma Telesena da Independência logo de uma vez.
Por que só comigo?
Eu tinha que ajeitar um monte de documentos, organizar meus papéis, ontem. Pois foi eu chegar em casa, pimba: caiu uma tempestade descomunal e acabou a luz. E eu, morrendo de fome, sem conseguir enxergar nada na cozinha.
Então, está anotado tudo na próxima lista de compras. Um maço de velas, um guarda-chuva e, claro, um gerador de energia.
Hunf.
Hoje faz um mês que cheguei aqui em Manaus.
Já fiz tanta coisa e ainda não conheci nem /3 do que eu havia planejado. Ok. Não é preciso ter pressa. E nem vou me atrever a falar sobre a saudade que sinto da minha família e dos meus amigos. Senão eu choro.

14 agosto, 2003

Como as notícias se espalham.
Conversa fiada, logo cedo, na agência.
- Ana, você gosta de Cae?
- Hã?
- De Cae.
- Isso é de comer?
- Não. A Ana gosta mesmo é de caí.
Nunca vi tanta maldade.
Tô de parabéns.
Já são 3 dias sem acidentes domésticos e 6 sem acidentes no trabalho.
Obrigada, obrigada!

13 agosto, 2003

Acidentes domésticos: as estatísiticas comprovam tudo.
Por uma grande coincidência, tava lendo isso aqui, ontem a noite. Olha só que legal.

Mas, doutor, eu só dei uma deitadinha...
por Bill Bryson.

Eis aqui um fato. Segundo as últimas estatísticas publicadas no Statistical Astract of United States, todos os anos mais de 400 mil norte-americanos sofrem acidentes domésticos com camas, colchões e travesseiros. Pense um pouco nisso. São quase 2 mil acidentes por dia. Enquanto você lê este artigo, 4 americanos terão, sabe-se lá como, tido um acidente com seus apetrechos de dormir. Meu objetivo aqui não é sugerir que os norte-americanos sejam mais ineptos que o resto do mundo na hora de deitar e dormir (embora obviamente existam milhares que se beneficiariam com um treinamento adicional), e sem observar que não existe quase nenhuma estatística relacionada com esta vasta e esparramada nação que não nos faça parar pra pensar.
[...] Mas é aí que está o xis da questão dos acidentes dométicos, a se acreditar na Tabela no. 206 (a dos acidentes relacionados a produtos de consumo) - eles podem acontecer com praticamente qualquer coisa. Em 1992, (útilmo ano para o qual há dados disponíveis) mais de 400 mil pessoas nos Estados Unidos sofreram acidentes com cadeiras, sofás e sofás-camas. O que pensar deste número? Será que ele nos diz algo de contundente sobre o desenho do mobiliário moderno ou simplesmente que os norte-americanos são absolutamente descuidados na hora de sentar? O certo é que o problema está se agravando. Houve 30 mil acidentes a mais com cadeiras e sofás-camas do que no ano anterior, o que sem dúvida é preocupante, mesmo para aqueles que são definitivamente destemidos diante de sofás e poltronas. (Aliás, talves esteja aí o nó da questão: excesso de confiança).
[...] Também gostaria muito de bater um papo com qualquer das 263 mil pessoas feridas por tetos, paredes e lambris. Impossível pensar em algum ferido por um teto que não tenha alguma história para contar.
[...] Mas quem eu realmente gostaria de conhecer são os 142 mil infelizes que tiveram de passar por tratamento de emergência por terem sido feridos por roupas.

E ele finaliza brilhantemente:
[...] O que isso sisgnifica, claro, é apenas que, estatisticamente falando, em New Hampshire tenho uma probalidade muito maior de ser ferido pelo meu teto ou pelas minhas cuecas – para citar apenas dois dos exemplos potencialmente letais – do que por um estranho e, francamente, não acho isso nem um pouco reconfortante.
20 de outubro de 1996
Milagres acontecem.
Dois dias sem nenhum acidente doméstico e 5 dias sem nenhum acidente no trabalho. Muito bem!
Efeito Raquel.
Examinando melhor meu braço, parece mesmo que eu levei uma raquetada. Tá feia a coisa.

11 agosto, 2003

O tombo do século.
Foi horrível. Eu acordei em queda livre. Tarde demais. Nada a ser feito. Isso mesmo. Eu caí da cama. Pronto, contei. Não me pergunte como eu consegui, porque eu não saberei responder.
Saldo do prejuízo: um hematoma horrível no braço direito, um galo na testa, dores no corpo todo. Sem falar na humilhação.
Acho que antes de ir pra casa, vou parar no shopping. Vou comprar um berço pra mim. É mais seguro.
Agora vai.
No sábado, fui ao Mercado Central e comprei uma panela. Perfeita. Vou voltar a cozinhar em casa e preparar omeletes e batatas-rosti maravilhosas. Eu já estava farta de jantar sanduíches de queijo toda noite. A única coisa que não tem como enjoar é sorvete de açaí. Duas bolotas, todas as noites.
E a novela, hein?
Acredita que eu perdi o capítulo da bala perdida?
Dormi.
Que ódio.
Fuso horário.
Tenho que me acostumar com essa porra. Ainda não consegui. Meu corpo já deu conta de se adaptar. Mas eu não. É muito estranho chegar em casa já com a novela começando. Dá um nó federal na minha cabeça.
TV a cabo.
Tem tudo por aqui. menos Warner. Buá. Não pude ver o último episódio de Friends. E não vejo mais E.R. É muito triste ir dormir sem ver George Clooney. Muito triste. Resta-me assistir a maratona Will & Grace. Na Sony, de segunda à sexta, às 20h30 - horário de Brasília.
Voltei.
Bem que eu tentei mandar notícias, ontem. Mas deu pane em todos os computadores do cyber. Cá estou. Sobrevi a mais um final de semana.

08 agosto, 2003

Mas já?
Não me dei conta de que hoje já é sexta-feira. Semana agitada passa mais rápido.
Amanhã eu passo aqui pra contar tudo.

05 agosto, 2003

Tombaço.
Caí sozinha. Assim, do nada, andando na rua em pleno horário de almoço.
Saldo do prejuízo da quinzena: um band-aid no dedo do pé direito, outro no pé esquerdo e o joelho direito pronto pra ser jogado no lixo. Não serve mais pra nada. Meleca.
Notícias de Godzila.
A Simone me ligou, ontem. Contou que o maleta tá ótimo e brinca com todo mundo. Parece que nem está sentindo mais a minha falta. Ingrato.
Depois fiquei pensando: bem que Deus Grego podia ter cumprido a promessa de montar um pet hotel na clínica dele. Preciso me lembrar de mandar um cartão postal. Suspiros.

03 agosto, 2003

Sonho recorrente.
Nesta madrugada, ele, de novo. Oh, boy!
Não exatamente o mesmo sonho. Mas o mesmo tema. Uma espécie de continuação do filme. Bosta. Não quero mais dormir, nem sonhar. Não esse sonho. Traga-me um outro cardápio, por favor. Acordei travada, novamente. Não, não. Chega.
Antes de levantar-me, tomei algumas decisões importantes:
1- Nunca mais ouvir Velvet Morning na vida, o que inclui jogar o CD do The Verve no lixo, sem dó, nem piedade. Que dó.Sou contra radicalismos.
2- Dar um tempo na leitura do livro Vivendo no Limete. Tenho sérias suspeitas de que ele é o grande culpado na origem dessa porra toda. Mas, justo agora que eu tô quase acabando? Só mais 5 minutos, vá!
3- Não ficar parada em casa. Sair. Ver gente na rua. Descobrir coisas. É isso.
Sair, bom. Ficar em casa, não bom.
Amanhã é segunda. Tudo de volta à normalidade.
Pesquisa de preços.
Se tem uma coisa que sobra nesta terra é salão de beleza. É sério. Sem sacanagem. Tem um em cada esquina. Tem mais salão de beleza do que butecos. Só aqui, no bairro, já contei uns 5. Sem falar daqueles nos shoppings. Esses são pra madame, portanto não entram na conta.
Tô falando de salão de beleza pra pobres mortais, assim como nós.
Então, eu tava num pequeno shopping, onde habita meu supermercado predileto (sim, eu já tenho um) e vi um salão de beleza com uma tabela de preços colada na porta. Aquela listinha básica que toda mulher conhece desde o berço. O que me chamou a atenção foram os últimos ítens:
- depilação básica e artística (sic) - R$ 15
- enrolados em geral (sic) - R$ 10
Achei melhor sair correndo dalí.
A melhor tapioquinha do mundo.
Ela mora aqui, bem perto de casa. Na pracinha do Conjunto Eldorado, perto da lavanderia.Descobri isso ontem, olha só. Toda tapioquinha que eu já comi na vida era sempre feita de dois jeitos: ou dobrada como um crepe, ou enrolada como uma panqueca.
Pois a mulher da pracinha faz uma recheada. Isso mesmo. Ela prepara duas bases de tapioquinha e coloca o queijo no meio pra derreter. Fica do tamanho de uma pizza brotinho. Depois ela corta em 4 triângulos e serve num prato retangular. Um charme. E aí, você senta-se à uma mesa sob uma árvore e lê o jornal do dia, enquanto degusta aquele manjar dos deuses. Acompanha um café preto.
Não existe brunch melhor. Acredite.
Momento Seinfeld.
Na lavanderia, a moça tava conferindo as roupas e ficou mais tempo do que o normal olhando pro meu vestido marrom. Na hora, lembrei-me do episódio de sexta-feira, quando o Jerry levou o seu terno Armani pra lavanderia e, à noite, enconcontrou o tintureiro usando o próprio, na fila do cinema.
Se eu encontrar a moça da lavanderia na rua usando meu vestido marrom, juro que eu mato. Morte lenta e com requintes de crueldade.
Sorry. Eu morro de ciúmes do meu vestido marrom.


The Day After - Sábado, 10h.
Acordei com uma ressaca existencial braba. Talvez eu precisasse ir à agência, mas nada confirmado. Eu estava sem reação.
Bora resolver a vida, sua anta, pq você não viajou mais de 15.000 km pra ficar de bobeira, certo? Certo. Liguei pra agência, conversei com o chefe. Ueba! Ele aprovou, por telefone, o texto que eu havia deixado sobre sua mesa, na tarde de sexta-feira. Meu chefe é mesmo um anjo.
Mas já era um pouco tarde pra ir ao Mercado Central. O legal é ir logo cedo.
Decidi levar minhas roupas à lavanderia, fazer uma caminhada pelo bairro e depois ir ao supermercado pra garantir os víveres da semana.
O dia e alma não estavam pra grandes performances.

Noites terríveis.
Tudo começou na noite de 5a.-feira passada.
Tava terminando um episódio de Seinfeld, quando começou a barulheira.
Um maldito show de pagode, a algumas quadras de casa. A maldição começou eram mais de 22h30. Notem que lei do silêncio não existe por aqui. Se existe, pelo menos às 5as-feiras está liberado. Pois a porra toda rolou até 2h30 da madruga.
O som parecia vir da minha sala.
Ninguém trabalha amanhã, não? Merda.
Cheguei na agência com um humor do cão. Os meninos foram logo me avisando que o pior ainda estava por vir. Ensaios de escola de samba também costumam rolar por alí. Além do que, na sexta-feira teria um show da Ivete Sangalo. Puta que me pariu. Assim não dá. E assim foi. Na noite de sexta-feira, logo depois do Seinfeld, começou a barulheira de novo. Sim, são pontuais os filhos da puta.
Eu estava tão exausta que capotei por volta da meia-noite.
Tive o sonho mais estranho dos últimos anos. Não foi um pesadelo. Foi um sonho. Um sonho inquietante. Angustiante é a palavra exata.
Acordei achando que já era de manhã. Bosta. Ainda era 1h30.
Vi o dia amanhecer, enquanto bitucas de cigarro se acumulavam no cinzeiro improvisado.
Bem feito. Quem mandou ouvir Velvet Morning durante a tarde? Quem Mandou? Bem feito.
E trate de comprar logo um cinzeiro de gente.

02 agosto, 2003

Só um oi.
Vim pra avisar que estou viva. O dia amanheceu chuvoso e minha alma,meio nublada. Nada grave. Tudo sob controle.
Eu tinha uma porrada de coisas pra contar, mas acho melhor deixar pra amanhã.