11 fevereiro, 2001

Outro diálogo flagrado por esta pobre Jamanta que vos tecla, naquele mesmo quilão meia-boca, onde a gente almoça todo dia.
(M) - Olha só. Tem chuhu. Não sei em que Deus tava pensando quando criou o chuchu.
(N) - É. O homi tava fraco naquele dia.
(M) - O que mais temos aqui: frango à milaneza. E Merluza Surpresa. Rapaz, mataram a Merluza?
(N) - Cê num soube?
(M) - E eu nunca comi a Merluza, rapaz..
(N) - A Merluza eu num cheguei a comer, mas a prima dela.. não era fraca, não.
(M) - A prima dela... A Danuza, carnão ela, né?
(N) - Tá viva ela?
(M) - Cê num soube????


Entre nós, eu mereço isso?

06 fevereiro, 2001

Por mais que eu tivesse resistido contra, a manhã de segunda chegou.
Hora de voltar.
Buá.
Cá estou. Mas um dia, eu chego lá. De vez.
Domingo, lá pelas 17h45.
Um calor da porra. Eu viajei 500km e vou voltar sem dar um mergulho?
Sua anta! Já pra água, pensei!!!
Fui.
Pois é. A arrebentação tava foda.
Mas consegui vencê-la! Hu, huuu! Eu sou foda!
Só então descobri que além da arrebentação também residem alguns perigos. É foda!
Ficamos conversando, eu e o Marujo, sobre a vida e nos divertindo em driblar as marolas.
Grandes.. Pula, que essa é grande.Ueba! Puta que me pariu, essa é enorme!
Caraaaaio.... não dá mais pé pra mim!!
- Pra mim também não!!
Bosta!!!!!
- Pega jacaré na marola, Jamantaaaaa!
Bosta!!!!!! Eu não consigo sair do lugar!
Não vi de onde veio. Tenho certeza que não foi do além.
Mas quando "eu se dei conta", tava sendo arrastada por um salva-vida, em direção à terra firme.
Não bebi água, não me afoguei, tampouco desmaiei.
Apenas saí da água, conduzida por um anjo da guarda vestido de vermelho, que me deixou na areia e saiu correndo pra dar uma dura no povo e mandar todo mundo sair da água. O Marujo, inclusive. E todo mundo obedeceu. Vá ter autoridade assim lá na..
A pergunta que não quer calar é: como ele consegue atravessar a arrebentação, enfrentar ondas fortes rebocando uma jamanta, sem deixar o boné cair? Ele saiu da água de boné na cabeça. Como ele consegue isso?


Domingo, por volta das 17h30.
Um calor da porra e uma ressaca do cão.
Chegamos à praia e deu fominha.
Hum,, bom sinal. Melhor obedecer aos sinais do corpo e comer um pouco.
Algo consistente, nutritivo.
Saldo do brunch improvisado: uma empadinha de camarão cada e um pedação de queijo coalho grelhado cada.
Perfeito! Comecei a me sentir outra mulher.
Adoro passar as tardes de domingo no Rio. Isso me dá a impressão de que eu não tenho mais que voltar pra Sampa.
Uma sensação dos deuses!
Domingo tava um sol de lascar.
Nada que uma nova ajeitada na agenda não desse conta.
Os cães devidamente cuidados e o canis limpos, enganamos os estômagos, castigados pelo excesso de chopp e batata frita. E dá-lhe água, pq a desidratação tava foda.
Seguimos pra praia, finalmente, lá pelas 17h00.
Comportadíssima eu. Pela sensibilidade extrema da minha tez, é o horário recomendado pelos dermatologistas de todas as crenças.
Filtro 15, pq eu não sou boba, nem sou de ferro.
Ui! Mais politicamente correta, impossível.
Uma ressaca do cão, confesso.
Bem feito! Quem mandou?
Ora, Jamanta, vamos lá.
Você é uma mulher ou uma anta?
Coragem, fo-fa!
Ok. Fui ao encontro, foi delicioso, pessoas divertidas, novos amigos.
Bebemos pracaraio e chegamos em casa mais de 4h30 da manhã.
Acordamos às 14h00 e logo vi que eu perdi a praia, de novo.
Sim, eu sou uma anta.
3/2.
Sábado. Meio-dia e meia.
Me-le-ca!!!!! Fui dormir às 4h30.
Um sol de rachar, uma porrada de coisa pra fazer, a faxineira não vem mais aos sábados e grrr... adeus praia.
Agenda lotada: comer, tirar uma soneca, fazer preguiça na cama, levantar, cuidar dos cães, ir até o Meier comprar ração pros cães, visitas familiares e um encontro marcado com um pessoal legal que eu conheci numa lista de discussão.
Mêda! Sou tímida e estava quase decidida a declinar do pograma e trocar o encontro pela praia, que eu fiquei me devendo pela manhã.

Tá certo. Confesso. Fiquei um tempo sem postar nada.
Mas semana de embarcar pro Rio me deixa um pouco desconcentrada.
Sexta-feira, 2/2, cheguei por lá.
Atrasada como sempre, mas o calor estava maravilhoso.
Uma sucessão de trapalhadas, como sempre. Isso é normal.
O amor é lindo.