28 julho, 2004

Mau humor, eu?
Só pra provar que não, aqui vai uma do Joãozinho, que a Millady me mandou. Valeu, Mi!
 
A professora ralhava com o Joãzinho:
_JOÃZINHO , a que distância vc mora da escola?
_A doze quilômetros, professora!
_E a que horas vc sai de casa?
_As sete e quinze, professora!
_Então, se vc tem quarenta e cinco minutos para percorrer apenas dois quilometros, por que é que chega atrasado?
_É que tá cheio de placas escrito:"Devagar, Escola".
Alerta: o conto do espinafre.
Eu já caí nesse duas vezes, em estabelecimentos, até então, confiáveis.
Você vê um creme de espinafre lindo de morrer e tenta se afogar nele. Eis que você, tarde demais, descobre que está lotado de coentro. Posso afirmar que o gerente de compras agiu de má fé.
Outro dia, fui novamente iludida. Canelone de ricota com espinafre, era o que dizia a plaquinha do quilão bacana, quando tratava-se, na verdade, de ricota com coentro. Não queiram saber o que é isso.
Então, pessoas, fiquem atentas. O inimigo se mimetiza em qualquer lugar. É um ser do mal.
Justiça seja feita.
Punição para sequestro seguido de morte: coentro.
Pena para bigamia: coentro.
Punição para crime da mala e outros esquartejamentos: coentro.
E assim por diante.
Alguém me tire daqui!!!!!!
Socorro. Nõa aguento (cadê o trema?) mais. Não sei que diabo deu no povo do Biruta. Há 15 dias, tudo tem coentro. Tudo.
Estou há dois dias almoçando melancia. Praga maldita.

26 julho, 2004

JamaTour ? Retrospectiva 2004.
Sábado ? 10/04. Olívia desembarca no Eduardo Gomes, às 14h. Almoço no shopping e prospecção de gastos futuros, para a minha desgraça. À noite, um brinde com Sunny Days.
Domingo ? 11/04. Ressaca. Preguiça. Café da manhã na pracinha. Varanda. Bubuia. Dia de comer na hora que dá vontade.
Segunda-feira ? 12/07. Meu primeiro dia de férias. Yabadabadoo. Dia de acordar tardão. Manicure, pedicure e almoço no Mostarda. Visitamos o Teatro Amazonas e caminhamos um bocado até o mercado. Oli ainda se recente um pouco com o calor e não vê nenhuma graça no Adolpho Lisboa. Voltamos de táxi para o shopping e, confesso, não lembro onde almoçamos.
Terça-feira ? 13/07. Almoço no Allegro e novas prospecções de gastos futuros. Ó, Senhor.
Quarta-feira ? 14/07. De volta ao centro da cidade. Mercadão da Beleza e Adolpho Lisboa. Supermercado para garantir congelados do jantar.
Quinta-feira ? 15/07. Almoço no Fiorentina, visita à agência no final da tarde e happy hour no Biruta.
Sexta-feira ? 16/07. Preparativos para o embarque. A floresta nos aguarda. À noite, a primeira focagem de jacaré.
Sábado ? 17/07. Trilha na selva. Piscina. Segunda focagem de jacaré.
Domingo ? 18/07. Praia do Tupê. Piscina e regresso para Manaus.
Segunda-feira 19/07. Volto para o trabalho. Buá. Oli almoça comigo no Biruta e conhece meu amigo anão, o Paulão. Passa boa parte da tarde no cyber e conhece também meus colegas de trabalho.
Terça-feira ? 20/07. Almoço no Biruta. É encontrado um pedaço de durex no filé ao molho madeira. Blagh. Olívia passa a tarde no cyber e tem happy hour no Biruta.
Quarta ? 21/07. Dia de folga. Ueba. O jeito é ir às compras. Centro de Artesanato Branco e Silva e depois, shopping. Valha-me Deus. Almoço no Allegro e mais algumas comprinhas. Tamerda.
Quinta ? 22/07. Dia de trabalho. Almoço com Oli e as superpoderosas no Mostarda. Happy hour no Biruta.
Sexta-feira ? 23/07. Almoço no Sabor a Mi e happy our no Biruta.
Sábado ? 24/07. Passeio de barco, supermercado e à noite, brinde de despedida co Sunny Days.
Domingo ? 25/07. Ressaca, preguiça. Vontade de chorar. Despedidas.
Funny Days.
Sabatina ? Novo repertório III.
- Como chama aquela fruta do suco no hotel?
- Taperebá.
- Aquela outra?
- Abacaba.
- A árvore do leite?
- Amapá.
- Pernilongo?
- Carapanã.
- Aquela flor que parece bromélia?
- Maria mole.
- Agito no rio?
- Banzeiro
- Papo pro ar?
- Bubuia.
- Pobre?
- Reculhamba.
Sabe tudo essa menina. :O)
Diga cheese.
Temos muitas fotos. Contabilizei 53 até agora, mais as 36 que ainda estão na máquina. Oli disse que vai postar algumas em seu blog. Se ela postar alguma minha, eu juro que enforco.


Decisões radicais.
Há algum tempo, decidi que não quero mais na minha vida cão, gato, passarinho, papagaio, peixinho dourado, bodó, furão, hamster ou deuses gregos. Para ser mais exata, nada que defeque.
Uma samambaia de plástico a gente pode até negociar.
Se bem que uma preguiça.... Hum. Sei não.
Pense em outra coisa que passa, Jama. Já.
Os seis pecados capitais.
Vamos raciocinar. Com essa coisa de inveja, soberba, cobiça, gula, avareza, ira eu até posso concordar. Inveja é mesmo uma merda e a gula não leva a pessoa a lugar nenhum, a não ser à obesidade mórbida. E se todo mundo fosse avarento, não existiria Becky Bloom. Tudo foi muito bem pensado, tenho que admitir.
Mas a preguiça NÃO, dá licença!!!!!
Você olha pra ela, e ela sorri assim pra você: :]
Assim mesmo, bradipodídea desdentada que é. :]
E parece não ter nariz. Apenas narinas. Assim: :]
Ela agarra forte seu dedo com as três unhas superpontudas e sorri assim ó: :]
A preguiça é uma criatura desprovida de testa. Vai dos olhos ao longo topete penteado pra trás, sem escala.
A preguiça é muito fo-fa. Não é justo ser pecado.
Os malas do IBAMA que se fodam. Quero uma pra mim. :]


Corrida de canoa.
É uma coisa muito divertida. O grupo foi dividido em 4 canoas motorizadas e os canoeiros decidiram apostar corrida, rio acima. Um banzeiro irado. Delícia. Nossa canoa ficou em terceiro lugar. Merda.

O encontro das águas.
Nós fomos, no sábado. Típica excursão de turista.
Coreanos: milhões deles. Japoneses: trilhões deles.
Americanos: dois deles. Paranenses: cinco deles.
Cariocas: três deles. Baianos: nenhum deles. Paraenses: uma mala.
Manauaras: muitos deles.
Mas, vocês sabem, excursão sempre é uma excursão. Não tem pra onde fugir. É pagação de mico em estado bruto.
O encontro das águas em si é muito bacana. Manja um bolo frapê? Pois é.
Não se misturam mesmo. Não na nossa frente. Só pra lá, a uns 18km de distância. Ou seriam 8km? Coisa de doido. Só vendo.

Às compras.
Quarta-feira passada, tinha pouco trabalho por aqui e meu santo chefe camarada sugeriu que eu tirasse mais um dia de folga pra ficar com a Oli.
Foi assim que começou nossa ruína financeira.
Olívia queria levar presentinhos pra um batalhão de gente e a coisa pegou pro meu lado.
Nem queiram saber. É o tipo da situação na qual cabe a sábia indagação do meu dileto amigo Fred: o que é apenas um peido quando se está todo cagado?
Bora mudar de assunto.
PS: Rezinhaaaaa! Ligue pra Oli porque tem uma lembrancinha pro cê. :O)

Buá. II - JamaTour News ? Última edição.
Então, ela se foi . Já está em São Paulo e fez uma boa viagem.
Agora, é botar força na peruca mais um pouquinho só, porque se você parar pra pensar, vai ver que o Natal praticamente já chegou. E aí será a minha vez de visitar família e amigos em Sampa. Falta pouco. Muito pouco. Me aguardem e reserve você aí um tempinho pra nossas cervejotas sagradas, porque assunto é o que não falta e tem ampola de Real na parada.
Fui clara?

25 julho, 2004

Buá.
Ela embarcou há pouco, com destino a Sampa. Passei em casa e parece tudo vazio.
Amanhã eu volto pra colocar tudo em dia. Sorry.

22 julho, 2004

Por hoje já deu, né?
Amanhã tem mais. E o Alce chegou. Agora danou-se. Olívia não vai querer mais saber de mim.
Ah, sim. Pessoal do comments, amanhã eu atualizo tudo, tá?
Pequenas correções.
Voltamos para o hotel por volta do meio-dia.
Aquela rotina não muito animadora: almoço, piscina, fechar a conta e uma preguiça boçal de arrumar as coisas.
Mas, já que era inevitável...
Quase na hora de embarcar, todo mundo no pier jogando conversa fora e eu estendida na rede, fingindo que dormia, mas de butuca na conversa.
Duas senhoras, aquelas do pré-pânico quando ficamos à deriva, falavam sobre a trilha que tinham feito pela manhã.
- A gente viu goiaba de.....
(um dá palpite); - Goiaba-de-capivara, né? A gente viu ontem.
- Não, não era capivara....
(outra afirma, categórica): - Goiaba-de-paca....
E eu pensando: puta merda.
- Isso mesmo, goiaba-de-paca.
Juro, eu não podia deixar ficar assim, contribuindo para a ignorância nacional.
- ANTA!!!
A senhora olhou pra mim como se eu a tivesse chamado de puta.
Repeti:
- ANTA! GOIABA-DE-ANTA.
E, satisfeita pela missão cumprida, ouço o uníssono:
- Isso, isso, isso.
E a prosa seguiu seu rumo, quando outro desavisado indaga:
- As senhoras tomaram leite de macapá.
Ah, não. Isso já está indo longe demais.
Fui obrigada a interferir, de novo: leite de amapá. E se os senhores me dão licença, preciso fechar a bagagem.
Fui para o quarto imaginando que eles deviam estar chamando maria mole (uma flor) de pé-de-moleque.
Ai, ai, se não sesse eu, fala a verdade.


O primeiro banho.
Confesso. Nunca havia entrado num rio antes.
Foi praticamente um batismo.
Adorei a brincadeira. Fiquei surpresa ao notar que a água do rio Negro é vermelha. Tô falando sério.
Nadei até a mão enrugar. Já tive notícias de que a sensação de nadar no rio Negro é, mais ou menos, como mergulhar num potão de geléia. Comigo, não foi bem assim, embora eu não tenha ido além de 5 metros da margem.. Será que faltou-me profundidade?


Programa Sede Zero.
Um casal bacana salvou a pátria. O cara tinha levado um trocadinho. Todo gentil e cheio de solidariedade, foi lá na barraca, comprou uma bolha gigante de coca-cola, outra de fanta e ninguém passou necessidade.
E apenas pra provar que a lei daquele menino, o Morph, existe mesmo, o cara era abstênio, acreditam? Cerveja, nem pra remédio, amigos.


O confessionário.
Notei um silêncio meio constragido no grupo.
Aqueles dois casais separatistas não contam, porque eles nunca abriam a boca mesmo, a não ser pra se beijar e olhe lá.
Mas todo mundo tava quieto. Eu só pensando na porra da grana que eu esqueci de pegar e aquele monte de cerveja olhando pra mim. Isso não é justo.
Até que o pai daqueles adolescentes deu a mão à palmatória: esqueci a carteira no hotel. Era o que precisávamos ouvir, porque todos confessaram o que, até então, era inconfessável. Só os filhos da puta daqueles dois casais levaram grana, se fizeram de mortos e ficaram nos esnobando e se exibindo com suas garrafas de coca-cola e água mineral geladas. Manés.


A praia.
O lugar é lindo. Complemente diferente do que eu tinha imaginado.
Depois de dois dias num isolamento quase completo, onde tudo que você vê é água e mato. pensei numa praia completamente selvagem, desfrutando apenas a companhia de carapanãs irados.
Pois não é que lá havia toda uma infra? Barraquinhas vendendo peixe na brasa e todo tipo de bebidas. Até banheiro tinha. Eu e minhas ilusões...

Sem lenço, sem documento..
Acordamos meio tristonhas, no domingo. Último dia é sempre meio melancólico, não reparem.
A gente tava gostando tanto daquela parada, que mais 2 dias não seria uma má idéia.
Tomamos o café da manhã animal de sempre e fomos nos arrumar para a ir à praia.
Movimentação intensa no pier. A gang dos gringos estava de partida para Manaus, acompanhada do felino com olhos de águia azuis. Gente de sorte. E a reculhamba esperando pra embarcar na nossa catraia furreca.
Enquanto via o recreio elegante se distanciar, pensei: aquilo era uma friaca dos diabos. Acompanhe meu raciocínio: bonito e carismático demais da conta, além de ser casado.
Homem bonito e carismático sempre acaba em desgraça. Já passei por isso. E depois, minha empresa de demolição de lares foi definitivamente encerrada no dia 17/04/03, eu me lembro como se fosse hoje.
Isso posto, vá com Deus, bonitão.
Pronto, passou.
Quase chegando à praia, meu coração parou.
Não posso dizer que estava sem lenço, porque tinha uma canga na bolsa, o que é praticamente a mesma coisa. Mas, estava sem documento e, puta que me pariu, sem um puto, de novo.
Cabeça-de-pudim.
PS: esqueci também a escova de cabelo e o filtro solar. :[

JamaTour News.
Episódios inéditos.

20 julho, 2004

Amanhã, a penúltima edição do JamaTour News, onde você poderão saber sobre o último dia no hotel, o passeio à praia do Tupê e a viagem de volta a Manaus. Mas, não fiquem tristes. Sábado, temos programado um passeio até o encontro das águas e, se tudo der certo, o Alce também vai. A aventura continua.
Não perda.
Espero vocês, amiguinhos. :O)
A segunda focagem.
A turma da reculhamba toda reunida, ou seja, só os brasileiros. O guia, um peruano de poucas palavras. O barqueiro, nosso herói, o bom e velho Tampinha.
Fizemos um percurso diferente da noite anterior. Mas isso não quer dizer que a gente tenha dado de cara com um jacaré. Como persistência é tudo na vida, continuamos nossas buscas. Enquanto navegávamos pelo igarapé, notei que o motor da canoa não tava lá essas coisas e que a merda estava próxima.
Gente, eu já tive um Fiat 147. Eu sei como é isso.
Entramos em um igapó e o motor começou a falhar até morrer.
Não disse?
O Tampinha deu a partida com a aquela correira de puxar e deu tudo certo. Cinco metro depois, puf.
Tampinha puxou, puxou, puxou até conseguir arrebentar a correira.
Porra, Tampinha, cê tá foda, hoje, hein?
Ficamos à deriva.
Só o barulho da água batendo na canoa e nós lá.
E, vocês sabem, numa hora dessa, cada um reage como pode.
Duas senhoras ensaiaram um pré-pânico, devidamente controlado em 5 minutos. Eu, como sempre, comecei a falar merda e a fazer piadas de humor negro. Uns 15 minutos depois, chegou nossa canoa-resgate, com 6 passageiros a bordo. Juntando os 12 do nosso grupo... Aperta que cabe.
O guia peruano queria deixar o Tampinha lá. Houve um motim a bordo. Todos exigindo que a canoa-resgate também rebocasse o Tampinha.
E assim chegamos de volta ao hotel: sem ver nenhum jacaré, mas pelo menos os meus pés estavam limpinhos.


Bubuia.
De volta ao hotel, almoço frugal: comi beterraba e batatas cozidas, cenoura crua e uma posta de dourado. Abacaxi de sobremesa.
Depois, fui para o bar da piscina escrever e Oli foi brincar com aqueles adolescentes enfezados, que já não me pareciam mais tão enfezados assim.
Enquanto escrevia, o felino de olhos de águia azuis passou por mim, sorriu e eu puxei assunto. Queria saber onde tem uma caldeirada de bodó decente (se é que isso é possível), em Manaus. Ele me falou de um lugar manjadíssimo, em Cacau Pereira, na casa do caralho, Em Manaus, falou de um lugar onde eu já fui e sei que não tem. Cheguei à triste conclusão que o felino de olhos de águia não entende porra nenhuma de caldeirada de bodó.
No final da tarde, ele voltou, e eu continuava escrevendo. Perguntou o que eu fazia, eu respondi, e aproveitei o gancho pra contar que eu iria para a focagem de jacaré, de novo. A decepção: ele não seria o guia, dessa vez.
Buá.

A trilha na selva.
Seguimos naquela fila indiana clássica, comandada pelo Tampinha e seu facão implacável.
Vimos aranhas, pássaros, conhecemos algumas plantas que têm cheiro de vick vaporub.
Tampinha cortou a folha de uma palmeira, enrolou as folhas e improvisou uma espécie de sapatilha pra subir numa palmeira de abacaba. Colheu alguns frutos pra gente experiementar no hotel. Tampinha é um cara batuta.
Com seu facão, fez uma fenda numa árvore enorme e eu experiementei leite de amapá, que tem gosto de leite de magnésia.
E o moleque pentelho atrás de mim o tempo todo, sem calar a matraca:
- Papai, os cogumelos são venenosos?
- Papai, papai, olha aqueles cogumelos!!!!!!
- Papai, por que os cogumelos são venenosos???
- Papai, posso levar aquelas folhas pra casa?
- Papai, posso levar essa árvore pra casa?
Depois de quase hora e meia, eu já tava quase dizendo:
- Lindinho, vem cá que a titia vai dar uns cogumelos bem to-to-sos pra você. Vem.
Ô, moleque mala. Olívia achou ele fofo.
A trilha acabava numa pequena praia, onde havia apenas a casa de um caboclo que montou uma vendinha, com água de côco, refri, cerveja e água.
E nós sem lenço, sem documento e.... sem um puto no bolso.
Quando eu iria imaginar que iria precisar de grana, em plena floresta?
Mancada do Tampinha. Ele bem que podia ter nos avisado.


The day after.
Acordamos completamente relaxadas. Tomamos um café da manhã magistral: suco de taperebá, goiaba e graviola, fatias de mamão e abacaxi, tenros pãezinhos de leite com presunto, queijo, ovos mexidos, tapioca com queijo, banana frita e cafézinho preto pra encerrar.
Às 9h em ponto, todos a bordo da canoa que nos levaria até a trilha, com o molequinho pentelho incluso no pacote. No comando, o Tampinha, que foi o barqueiro da focagem e agora seria o nosso guia.
Eu e Oli partimos sem lenço, sem documento e... sem um puto no bolso.

A pergunta que não quer calar: cobra tem rins?
Biólogos de plantão, manifestai-vos.

Em tempo.
O cheiro do xixi de cobra sai com um bom banho de óleo de maracujá, sim, viu Sr. Auki? ;O)

A primeira noite.
Sexta-feira, após a focagem, estávamos exaustas. Eu precisava, no mínimo, de uma cerveja e um cigarro.
Fui direto para o banho, por razões óbvias.
Capotei na cama, tentei ler pelo menos um capítulo da Becky Bloom (muito legal, viu, Cacau!), mas adormeci feito uma pedra, embalada pelo suave balanço do rio Negro.
Ou seja: dormi famélica, sem cerveja e sem cigarro.
Isso sim foi um ato de bravura.


Parada técnica
Uma pequena pausa nos relatos do Jama Tour News para uma singela homenagem ao Dia do Amigo.
Essa data me faz lembrar que há exatamente 1 ano, 20/8/03, eu estava decolando do Aeroporto de Congonhas, após despedida chorosa da minha mana-bródi Rê (tô sem menu pro link) e com o coração em frangalhos. Cinco horas depois, eu desembarcava no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, sem sequer saber o nome da criatura que estaria me esperando. Hoje, bem..., vocês sabem como eu estou.
A todos os meus amigos, beijos, beijos muitos.
Saudades.

19 julho, 2004

Well, por hoje é só.
Pra amanhã, tenho aqui algumas anotações sobre a trilha na selva, a segunda focagem de jacaré, na noite de sábado e o banho de rio na praia do Tupê.
Não perdam as próximas notícias do JamaTour News. :O)
Focagem de jacaré ? Saldo geral.
1- É diversão para todas as idades, sem restrição.
2- Bricandeiras sobre a beleza inebriante do guia à parte, os profissionais envolvidos sabem o que estão fazendo e não brincam em serviço.
3- Jacarés não vimos nenhum. Mas não são bichos contratados para pousar pra fotos. Focagem é uma loteria.
4- É uma prática que não agride o animal. Tá certo que ele pode tomar um sustão e mijar em você. Mas o cheiro asqueroso sai com um bom banho. Eu garanto. E recomendo.


Focagem de jacaré IX - Última tentativa
Atravessamos para outro igarapé. Olhos de águia azuis achou outra jibóia na árvore. Essa era mesmo linda, em nuances marrom e castanho. Eu continuo achando cobra um ser meio repugnante, mas envolta naquela mão... Hum.
Com a desculpa de registrar a focagem a cobra, acho que tirei uma foto dele. Não sei se saiu, porque eu me atrapalhei e a porra do flash disparou desenfreadamente. Tomara que tenha ficado legal.
Ele disse que já viu uma cor de esmeralda que é a coisa mais linda do mundo.
- Uma azul turquesa, da cor dos seus olhos, nem pensar, né? ? pensei.
Eram quase 22h30 e a brincadeira já tava começando a perder a graça. Ele decretou: - Bora de volta pra casa.
Ó, que fofo. Ele tem sotaque local. :O)


Focagem de jacaré VIII? Felino ferido.
Felino cm olhos de águia azuis localizou um jacaré entre cipós.
Obstinado, fez o diabo pra focá-lo.
Acabou cortando o lábio numa folha de tiririca.
Ta-di-nhô!

Focagem de jacaré VII ? Os sons da floresta.
Entramos num igapó muito irado, com mata bem fechada.
Ele apagou o holofote e o barqueiro deslicou o motor.
Silêncio. Ouvimos grilos, cigarras e rãs.
Os pássaros, como nós, também estavam em silêncio.
A luz do céu fazia com que as copas das árvors inundadas se refletissem no rio, dando impressão de estarem com a altura duplicada.
A moça do primeiro banco rompe o silêncio e indaga.
- O que a gente está ouvindo são jacarés??
- São rãs, minha senhora. Rãs.
Caralhos me fodam.

Focagem de jacaré VI ? Ah, não!
O japonês do primeiro banco perguntou ao italiano:
- Desde quando você gosta tanto de cobra?
- Desde criança. Eu via uma e queria pegar.
Pelamor de Deus, não. Diga que não.

Focagem de jacaré V ? Grandes emoções.
Frustrada a tentaiva da primera focagem, o felino de olhos de águia azuis localizou, sabe Deus como, uma jibóia na copa de uma árvore.
Mandou o canoeiro embrenhar o barco entre os galhos e para que pudesse alcançá-la.
Porca miséria, esse italiano é leso.
Arrancou a camisa, cortou um galho, tentou capturá-la, mas não conseguiu. Jogou a camisa de novo e pegou a pobre no muque mesmo. Gosto de gente assim: determinada.
Era uma jibóia de coloração bem clarinha. Falou sobre as características da espécie, como gente que entende mesmo do assunto. Ele percebeu meu certo incômodo e perguntou se eu queria segurá-la.
- Nem fodendo, bonitão ? pensei.
- Não, obrigada ? respondi.
Olívia quis. E eu iria fotografar a cena.
Tudo estaria certo, não fosse o fato da maldita cobra inventar de mijar bem na hora. Foi uma lambança desgraçada e muitos respingos atingiram meu pé.
Ele apenas sorriu e disse que em 12 dias o cheiro sai.
Cazzo. Fala sério.


Focagem de jacaré IV ? Localização privilegiada é tudo.
Eu e Oli nos sentamos no segundo banco da canoa. Nosso guia, em pé lá na frente, comandava tudo com extrema maestria. Vez ou outra, se aproximava do 2o banco (suspiros) para dar explicações e orientar procedimentos.
Eu localizei um jacaré ao mesmo tempo que ele. (note nossa perfeita sintonia). Ele ordenou que o barqueiro se aproximasse. E o jacaré lá, paradão. Foi quando ele notou uma malha de pesca e mandou o canoeiro recuar. Veja como ele zela pela nossa segurança, acima de qualquer coisa. Não é um amor?
Praticamente, um felino com olhos de águia azuis. (suspiros) :O)

Focagem de jacaré III ? A grande emoção.
Navegar numa canoa motorizada com 13 pessoas a bordo, na escuridão do ri Negro é o tipo da coisa que dá um certo frio na barriga, logo nos 10 minutos iniciais. Depois, você relaxa, quando entende que é um caminho sem volta.
O céu estava muito estrelado, mas sem luar. O holofote e a luz própria do guia felino deram conta da iluminação.


Focagem de jacaré II ? A bela surpresa.
Na hora do embarque, o coordenador do hotel me explicou que o passeio teria uma duração de 1h30. O que poderia tornar a jornada mais cansativa é que tinham hóspedes americanos e italianos no barco, de modo que a explicação seria em 3 idiomas. E, gentilmente, nos apresentou ao guia da focagem: sim, o póprio felino italiano poliglota.
Mamma mia!

Focagem de jacaré I ? A grande hora.
Após o jantar, a espera da aventura-mor em nossa jungle tour, com saída marcada para às 21 horas.
A expectativa era grande, assim como a movimentação dos hóspedes.
Notei um ser especialmente lindo, vangando entre o deck e o pier, conversando ora em inglês, ora em italiano. Uau.
Me Jama, you Tarzan. Você falar meu língua? ? pensei.

Por que sempre eu?
Às 19 horas, em ponto, estávamos no refeitório.
Comida variada, predominantemente regional. donde se entede: qualquer coisa pode ter coentro. Se bobear, até na banana frita. Ok. Não se pode querer tudo na vida.
Olíva comeu pepino, arroz, farofa e frango assado. Teve mais sorte.
Eu quis dar uma de esperta e me lasquei: peguei algumas rodelas de beterraba cozida, pedaços de frango com espagueti, que, surpeendentemente, continha o quê? Hã? Hã?
Puta merda.


Novo repertório II:
- Mãe, como chama isso mesmo?
- Mojica
- E o suco é tapiroba, né?
- Não.
- Taperoba?
- Ta-pe-re-bá. Repete.
- Xá pra lá.

Novos hóspedes.
Ficamos observando o entardecer e lendo à beira da piscina. Notei uma movimentação diferente. Garçons correndo com rechaus, caldeirões, conchas e cuias. Alguns correndo com baldes de gelo e champagne. Isso tá começando a ficar bacana.
Um garçom me ofereceu uma cuia de mojica. Nunca tinha experimentado. Tomei e gostei.
Olívia, pasmem, topou experiementar também. E, pasmem novamente, ela gostou. Mas, não ganhamos champagne, que estava reservada apenas para os gringos.
Buá.
Novo repertório I.
- Mãe, suco de que a gente tomou?
- Taperebá.
- Taperoba?
- Taperebá.
- Ah, tá.

Curiosidade.
Você passa, obviamente, 24 horas por dia flutuando. Dá um certa leseira, mas não enjoa.

Não tema. Com mamãe Jama não há problema.
Deixei Oli descansando no quarto e saí em busca de víveres.
Encontrei um garçom disposto a preparar um misto quente para nós.
Comecei a me apaixonar por aquele lugar.

Notícia boa.
Ao contrário do que vocês devem estar pensando, não há quase mosquitos. Ueba.

Inanição II.
O impacto da chega é enorme. Confesso que até fiquei emocionada. É lindo, lindo, lindo.
Estruturas modulares flutuantes formam o pier, que se encosta no deck da piscina, e este no grande container onde fica o corpo principal do hotel. É de enlouquecer.
Fomos recepcionados por garçons sorridentes, que serviram suco de taperebá geladinho.
Embora pequenos, os quartos são confortáveis, impecavelmente limpos e bem decorados. Todos têm nome de pássaros ou peixes regionais. Um charme.
Ficamos hospedadas no quarto 18, o Papagaio. Escapamos por pouco do 16, o Piranha. :O)
Apesar desse encantamento todo, nossa situação não era nada boa: não tíhamos almoçado, o bar da piscina estava fechado e o jantar só seria servido às 19 horas.
Calma nessa hora.

O primeiro choque.
A matéria que li sobre o hotel, dizia que ficava a APENAS 40 MINUTOS de Manaus. O jornalista sofreu um rasgo de otimismo muito grande. Na verdade, o percurso é de UMA HORA E QUARENTA MINUTOS de Manaus.
Frio (sim, vento frio) e fome (quase morremos de inanição a bordo).
Aonde eu estava com a cabeça quando fui inventar essa porra?
Tarde demais. Relax.


Fuleragem pura.
Enquanto esperávamos o comandante tomar uma atitude, fiquei observando as outras embarcações. Todas bonitas, imponentes, com a tripulação uniformizada e tudo. A bordo, entravam turistas alemães, italianos, suíços. Coisa fina.
Observei a nossa situação e fui obrigada a encarar a realidade dos fatos.
Nossos companheiros de jornada eram, até então, 3 casais com cara de poucos amigos, um jovem casal meio antipático, com um moleque pentelho de uns 5 anos e outro casal de meia idade com 2 aborrecentes enfezados.
Seviço de bordo: água.
Mas, alto lá, era água mineral, pensa o quê?
E nenhum turista bonzeado.
Bosta.
Jungle tour.
Sexta-feira, 16 de julho. Embarcamos eu e Oli rumo à nossa primeira aventura na selva amazônica.
Na bagagem, apenas o estritamente necessário. Elegantérrimas.
O primeiro mico começou no pier do Tropical Hotel. Chegamos a bordo de um táxi 2 portas furreca e sob uma chuva torrencial.
Descemos carregando nossa bagagem e chegamos à embarcação com frio e os pés encharcados. Um belo começo.

15 julho, 2004

Vamos sair no tapa.
Acabamos de comprar A Lista de Casamento de Becky Bloom.
No caixa da livraria, já começou a discusão de quem vai ler antes.
Primeiro os mais velhos, é o que eu sempre digo. :O)
Cyberianas
Ops.. Perdão pelo trocadalho. :O)
Estamos aqui, no cyber do shopping, fazendo uma horinha pra seguirmos pra arrepiauer com os malucos da agência. Num vai prestar.

13 julho, 2004

Vouchers em mãos.
A partir de sexta-feira que vem, estaremos aqui, ó.
Fé, irmãos! Sobreviveremos à focagem de jacarés. Ou não. :p
Cunhã-poranga & Cunhã-baranga. Estamos nos divertindo um bocado, apesar da Olívia ter se ressentido um pouco com o calor, nos primeiros 2 dias.
Já fomos ao Teatro Amazonas e fizemos uma tentativa tímida de explorar o Mercado Municipal. O calor tava castigando até a mim, que já estou climatizada. Amanhã, a gente tenta de novo.


11 julho, 2004

Puta merda.
Olívia também quer saltar de pára-queda.
Danou-se.
Agora é definitivo.
O Sebastião não é o Caetano. Olívia falou e quem sou eu pra duvidar?
Pogramação.
Ainda não sabemos se vamos ao Mercado e depois ao Teatro Amazonas, ou se não vamos fazer porra nenhuma.
Estou desacostumada com essa coisa de estar de férias, entende?
Despressurização.
Oli ainda está se acostumando ao clima. Há que se dar um desconto. O choque é brabo. Tá um calor de lascar e a magrela tá sofrendo um bocadinho. Ontem, almoçamos no shopping. No Mc, craaaro. Fizemos algumas comprinhas básicas.
Fiquei feliz por ela ter se encantado com a sandália de couro de tambaqui. Vamos comprar em sociedade. :O)
Hoje, foi dia de bubuia completa. Fizemos sanduíches pro almoço, com morangos de sobremesa e comemos na varanda.
Dia lindo em terras manauaras.
HU-Huuuu-Huuuuuu!!!!
Até segunda ordem, estou de férias, até o dia 19. Só pra ficar minha minha filhota.
Portanto, até lá, notícias só quando der pra passar no cyber.
UH-HUUUUU!!!!!!!!
Ela chegou, mais linda do que nunca. :O))

07 julho, 2004

Frase edificante do dia:
O negócio é morrer atirando.
(autor falecido)

Falta pouco Muito pouco. :O)

Pogramação básica.
Teatro Amazonas, CIGS (Jardim Zoológico), INPA (Bosque da Ciência, onde, entre outras coisas, tem tanques de peixe-boi), Mercado Adolpho Lisboa, shopping (é craaaro), passeio de barco até o encontro das águas (com um pouco de sorte a gente pode ver o boto vermelho), Museu do Índio e um final de semana no Jungle Palace (trilhas na floresta, focagem de jacaré e um pouco de bubuia). Talvez visitar o Aeroclube e saltar de pára-queda. Vamos ver, vamos ver.

Eu não quero nem que este dia termine bem. Terminando logo já tá bom.


Diálogo insano.
- Porra, aquele tal de Hércules não pára em nenhum emprego, hein?
- Hã?
- Não é o cara que teve doze trabalhos? Doze.
Ora, francamente.

02 julho, 2004

Funk do Biruta.
Ainda está em fase de acabamento. Falta muito pouco.
Você vai se divertir com as travessuras de Paulão, o garçom anão, que não alcança a mesa e senta no colo dos clientes.
Aguardem.
Muxoxo pra vocês.
UAI ktober Fest.
Os preparatvos continuam e avançam a passos largos.
Cheddar Stone e Robert Roquefor já confimaram a presença.
E estamos fechando cotas de patrocínio com as cervejas UAIser e BudUAIser. Tudo é questão de negociar.


Nem a telefonista salva.
- Alô. Fulano taí?
- Tá.
- Então chama Sicrano.
Zuzo bem.

Ômega 3.
Acabei de comer meio caboquinho. A outra metade, eu tracei pela manhã.


É batata.
Semana inteira de sol a pino.
Sexta-feira, desaba um temporal e o céu fecha de vez.
Já vi tudo.

YA-BA-DA-BA-DOOO!!!!
Olívia chegará no dia 10.
Vou conhecer Manaus sob a ótica teenager. :O)
Ô, saudade.

01 julho, 2004

Tá bom por hoje, né?

Pesadelo.
Sonhei que tinha nariz de batatinha.
Era só o que me faltava na vida.
Em breve.
Depois do sucesso retumbante do Samba do Biruta, está em fase final a criação do Funk do Biruta. Baseado em fatos reais.
Tem até anão na parada. Você não perde por esperar.
Pergunta insana.
Anão quando vai num bordel paga meia?

Abstinência.
Estou há 10 dias sem tomar café.
Ontem, me perguntaram quando eu vou largar a cerveja.
E quando foi que eu falei em penitência, mô Deus?

UAI ktober Fest.
Será em outubro. Vai ter queijo quente, queijoada. Uma coisa de louco.
Não perdam.

Atualizações
Amigos do comments, tomei vergonha na cara e respondi alguns, tá?

Falta pouco.
Ela vem chegando. :O)))))

As perguntas que não calam:
Como o Sebastião encontrou a do Carmo e as crianças? Como eles foram parar naquele sítio? De quem é aquele sítio?
O Sebastião é o Caetano?

Ninguém merece - Fim da novela.
Esperei o quanto pude, ontem à noite.
Fui salva pela falta de luz no Biruta Café, o que fez com que alguns colegas biriteiros retornassem à agência. Peguei carona de táxi com um redator. Ainda chovia. Trânsito infernal. E quando digo isso, não me refiro a um congestionamento qualquer. Falo do comportamento selvagem do motorista manauara, agravado pela verdade universal de que todo motorista fica meio leso para dirigir sob a chuva, em qualquer lugar do mundo.
Para melhorar tudo, não tinha energia elétrica em quase toda cidade, de modo que o caixa eletrônico que tem no caminho estava desativado. Minha última opção, antes do suicídio sumário, seria o shopping. O motorista errou o caminho. Merda.
Fui desovada do táxi em frente ao shopping. Tudo resolvido. Tirei uns poucos trocados que restavam na conta e fui ao Carrefour. Era dia 30. Dia de pagamento. Bosta. Supermercado lotado. E eu, sem água e suco em casa. Lembrei da indagação edificante do meu amigo Fred: o que é um peido, quando se está todo cagado? Pois, então, o jeito era encarar. Tava tudo indo mais ou menos bem, até a hora de passar no caixa. Duas amigas, irmãs, sei lá, duas putas com o carrinho pela metade. Pensei: vai ser fácil, elas em duas, uma descarrega o carrinho, enquanto a outra embala as compras. Aquela coisa de gente normal, que não encara uma ida ao supermercado como um passeio ou exercício de poder. Ledo engano. As duas caboclas ali, paradas, observando sadicamente a pobre da moça do caixa registrar as compras e colocar tudo nas sacolinhas. Definitivamente, não foi um dia muito bom.
A bordo de minhas compras, parei na tabacaria, comprei cigarros e segui de táxi para o aconchego do meu lar, para assistir ao que restava da novela.