31 julho, 2001

Após um longo final de semana, cá estou de volta.
Fui para o Rio. :O)
E, pra não perder o costume, fui e voltei de Vasp. :[
Juro que não é masoquismo, não. É necessidade, mesmo.
Mas, desta vez, os caras abusaram da paciência desta pobre Jamanta que vos tecla.
(há de chegar o dia em que eu vou poder voar de primeira, sem stress, né Santa Edwigêês? ;O))
Na seqüência, vai um jornalzão corrido, porque tô com preguiça, cansada e precisando desabafar. Meleca!

Sexta-feira, flight 4032. Hora: 20h46
(Hã,hã.. sei,sei..)

Frio. Chuva. E eu, desta vez, a bordo da pequena Olívia. Puta responsabilidade.
Chegamos ao Aeroporto de Congonhas, pontualmente, às 20h00.
(Não foi nada muito tranqüilo, se você considerar que era uma sexta-feira tipicamente paulistana, chovendo e um trânsito da porra.)
Enfim, fizemos a nossa parte. Na hora do check-in, a gente tava lá, e sem excesso de bagagem. Isso foi, praticamente, um milagre :O))

O cara do check-in até que não tentou me enrolar, quando olhei no fundo dos seus olhos e falei em tom simpático: - Diga tudo, não esconda nada. A que horas essa porra vai decolar?
Candidamente, ele retrucou: - Chamada prevista para as 21h50, sra..
(GRRRRRR...)) Se eu tivesse apostado, teria faturado um Lambrusco. : /

Como tudo tem seu lado bom, pelo menos, eu e a Oli poderíamos descansar um pouco na sala Vip podre de chic do Diners. Quase que já me acostumei. :O))


Lá pelas 20h45, lembro que não falei com o Marujo durante o dia. Portanto, não confirmei o meu embarque, como de praxe.
Bah! Nada que um telefonema básico não resolva.
Elementar, obv... Claro que ele vai estar nos esperando..

20h46 - Celular do Marujo ocupado. Ah! Ele deve estar conversando com um amigo..

20h56 - Celular do Marujo ocupado. Ele fala pra caramba, mesmo. Isso é normal.

21h15 - Celular do Marujo ocupado. A conversa deve estar boa...

21h30 - Celular do Marujo ocupado. Com quem esse @#$##@#@ tá falando todo esse tempo?

21h32 - Celular do Marujo ocupado. %$%#%@%%@%&!!!!!!!!

21h34 - Celular do Marujo ocupado. (notem que começo a ficar compulsiva)

21h35 - Sim, ele deve ter esquecido o celular em casa e ficou sem bateria. É claro! Como não pensei nisso antes. ...

21h36 - Ocupado, de novo.. Ou ele deve estar passando pelo túnel. Tá sem sinal.. Relax.

21h37 - Não tem uma tacinha miserável de Prosseco aqui, não??? O serviço desta espelunca já foi melhor. Preciso de um pão de batata com queijo. Tô com fome, conclui.

21h40 - Putz. Ele pode ter sido assaltado e está, agora, sob a mira de seus seqüestradores. Caraiio!!!!

21h42 - Ou ele pode ter sido atropelado. Deusdocéu... =O/

21h50 - Não! Ele deve ter entendido que eu ia no sábado e não vai estar no STD nos esperando. Bosta. Por que eu não liguei pra confirmar??????

22h00 - A mocinha da sala Vip podre de chic do Diners (embora não tenha tido Prosseco desta vez) anuncia que estão fechando a espelunca. Chamaram o nosso vôo.
Bosta, bosta, bosta!!!!!!!!!

22h01- Perguntei pra mocinha se o serviço do Diners teria alguma indicação de um hotel bom e barato pelas imediações do STD, já que eu não tinha conseguido falar com a pessoa que iria nos esperar lá. Hunf!

22h02 - A infeliz recomendou que o Hotel Glória seria a opção mais segura. Quase dei um soco na criatura, mas relevei, porque vi que ela teve boa vontade. Apenas não entendeu o briefing, tadinha. : / Ela é gente boa.
(mas, eu tenho cara de rica, por acaso???)

22h10 - Na sala de embarque. Última tentativa. Ocupado, de novo! Maldiçããããooooo!!!!!!!

22h15 - Eu e a pequena Oli, socadas dentro do ônibus que nos levaria até a aeronave. As duas de pé, NO DEGRAU DO ÔNIBUS LOTADO!!!!!! Tipo um Santana - Parque Edu Chaves, às 6 da tarde, manja?
Sim, lembrem-se: Na Vasp, você é 10!!!!!!

22h20 - Chegamos à aeronave.. Quero dizer.. Descemos do busão.
Chovia... Muito. Ventava... demais. Gelado.
Vôo lotado. Trocentas pessoas pra embarcar.
APENAS A PORTA DA FRENTE ESTAVA LIBERADA PARA O EMBARQUE.
A Oli tomando uma chuva desgraçada e todos os funcionários da Vasp com capa de chuva e cara de paisagem.
Respire fundo. Acalme-se e lembre-se: Na Vasp, você é 10!!!!! É o que eu sempre digo.

22h30 - Finalmente, o vôo 4032, aquele das 20h46, decolou.
Eu já devia ter me acostumado a isso. Mas minha vida profissional me obriga a cumprir prazos, independentemente das condições de temperatura e pressão... se é que vocês me entendem ;O)

22h33 - Aí começa o meu drama. O que fazer quando desembarcar, mais de 23h15.??? Se eu tivesse sozinha, zudo bem.

22h40 - Já sei. Vamos nos hospedar no Marina, no Leblon, que é mais em conta do que o Glória e amanhã a gente vê o que faz da vida. Caraio!!!!!!!!!!!! E se o Marujo foi mesmo seqüestrado???? Droga! Droga!!!!!!

23h30 - Desembarcamos no Santos Dumont. Oli cansadona e eu me borrando, fazendo as contas do quanto eu ia morrer com um pernoite no Marina.

23h34- Na sala de desembarque.. Lá tava ele, o Marujo, nos esperando, calmamente, com seu grande sorriso nos lábios.
Tive ímpetos de dar um soco. Juro. Mas lembrei a tempo que não é legal dar um soco em alguém que você ama, simplesmente porque a criatura manteve o celular ocupado por mais de duas horas..
Apenas perguntei, resgatando o pouco de sanidade que restava, porque o celular tava ocupado.
A resposta me soou como um soco no estômago: - Porque não paguei a conta e a Telemar desligou meu sinal. Não lembra que eu te contei isso, ontem?

Putz... Como não pensei nisso antes?

Ao chegar em Nikiti, relatei, calmamente, tudo que me minha mente insana imaginou.
A resposta foi contundente: - Cê num acha que anda meio paranóica, não???

Juro que não! Tenta você aí em casa voar, quinzenalmente, pelo flight 4032 pra ver o que acontece. ;O)

26 julho, 2001

Lição do dia: estacionar em vaga de deficiente físico pode ser perigoso. Notaram que dá um certo azar.
Saindo do trabalho, tive que passar no shopping pra comprar a bosta do livro que eu suspendi o pedido na saraiva.com
Achei na terceira livraria. Fui obrigada a comer um pão de batata, depois de uma caminhada tão longa. E com bastante cheedar, pra comemorar que o nível do meu colesterol está como o de uma menina de 15 anos. Ueba!
Normalmente, sou uma pessoa que chega a irritar as pessoas que estão ao meu lado, nos momentos de stress no trabalho. Administro o caos profissional com o pé nas costas. Mas, hoje, abusaram da minha pobre paciência. Sobrou rosnada até pra quem não merecia. Odeio. Esse número costuma apertar meu pé. : [
Lembrei que eu tinha que ter uma conversa muito séria com o pessoal da saraiva.com
Encomendei um livro há 15 dias. Tá certo que eu levei 6 dias pra me tocar de que eu tinha dado o endereço errado para entrega. Mas, nem vem. Há exatos 7 dias eu havia feito a alteração e os caras tinham prometido a entrega pra segunda-feira. Quinta-feria, e nada? Aproveitei que eu tava a fim de matar um, e liguei. O sujeito levou 7 minutos pra descobrir que não sabiam onde estava minha encomenda. Educadamente, mandei dobrar e enfiar. Não sem antes, também educadamente, pedir o estorno da fatura. Grrrrrrrrr..
Peguei um trânsito da porra. Tinha que parar no laboratório pra pegar o resultado do meu exame de sangue.
Estacionamento lotado.
Hoje é dia!
Como nem tudo é só desgraça por aqui, o resultado foi mais ou menos normal. Claro, nada é muito normal por aqui.
Chego à porta eletrônica quase ensopada. Deu preguiça de abrir o guarda-chuva.
Tinha um cara na minha frente. A porta travou.
Sem brincadeira, foram uns 5 minutos pro segurança deixar a criatura entrar.
Hunf! Voltei para o carro mancando um pouco pra disfarçar a roubada da vaga.
Eu sei que isso é podre.
Ao sair, chovia torrencialmente.
Bosta.
Tá, eu sei que a gente tá precisando, e muito, mas... Hunf! O trânsito deve estar uma gracinha. :[
Cheguei à porta do banco e não tinha lugar pra estacionar.
Quer dizer, tinha uma. Aquela reservada a deficientes físicos.
Eu sei que isso é muito feio. Mas era uma emergência.
Foda-se.
Hoje foi um dia estressante. Pauleira, mesmo.
Ontem, trabalhei muito e cheguei em casa por volta da meia-noite.
Tive insônia. Adormeci às 3h da matina.
Bosta. Perdi a hora.
Saí de casa eram mais de 9h, mas antes de tomar caminho, eu tinha que passar no caixa eletrônico, pegar a grana sagrada da Santa Nice, voltar pra cá. deixar a grana e, aí sim, tomar caminho pro trabalho.
Adoro emoções fortes. :p
Saudade daqueles dias que eu conseguia chegar em casa antes das 20h30.
Uau! Ando meio cansada, ultimamente.

23 julho, 2001

Lembram do surto da minha geladeira?
Pois é. A louca continua congelando tudo, sem dó, nem piedade.
Mas, se ela pensa que eu vou gastar os tubos para um técnico vir aqui, coçar a cabeça, e falar que "o pobrema é no termostático, dona", vcs estão redondamente enganados.
Estou terrível ultimamente. Saquei qual é a jogada dela.
Agora eu faço assim: deixo a louca ligada durante a noite e desligo antes de sair, pela manhã.
He,he.. Não contavam com minha astúcia, hã? ;O)))

E como nada é perfeito, ele está de volta: o frio.
Brrrr.... O-dei-o!
Agora, eu pergunto: chocolate mancha?? :[
Acho que perdi uma calça branca, na empreitada.
Bosta.
Sucesso de público e de crítica.
Deu certo!!!
Os espetinhos de morangos cobertos com chocolate fizeram o maior sucesso.
Estou orgulhosa de si. Acho que vou ser eleita a mãe do ano. :O)))

22 julho, 2001

Conforme eu temia, fui lá conferir, e os morangos estão sequinhos.
É chegada a hora da verdade.
Vou cobrí-los com chocolate.
Rezem aí.
Depois eu conto que bicho deu.
Estou postando esta papagaiada toda porque estou esperando os morangos secarem.
Tá, eu explico.
Pequena Olívia inventou que quer morangos cobertos com chocolate.
Nas docerias são caríssimos. Vou fazer, eu mesma.
Ei, eu sei cozinhar. Tá rindo do que? :O)
Meleca! Eu tava animada demais.
Mas, ó, eu tava mesmo precisando comprar roupinhas novas. Dar uma repaginada.
Foram só dois terninhos basiquérrimos, mas podres de chic. Não resisti. Precinho de ocasião. :p
Um jeans que me caiu como uma luva. Não dava pra deixar passar batido.
E uma jaqueta de couro. Couro? Hum.. Uma jaqueta legal por 30 conto. Não dava pra perder. Nem vem. :p
Decidi ir almoçar no shopping.
Danou-se.
Tava tudo em liquidação. Socorro! Tirem-me daqui!
Saí de lá me sentindo outra. Tá certo que com 1/2 litro de sangue a menos.
Mas tirei um peso enorme das minhas costas.
Eu tava animada, mas tão animada, que decidi tirar tudo que era enrosco da frente.
O Cascão, por exemplo. Levei o menino no mecânico e, pasmem, a novela acabou:
Cascão, finalmente, tá de bateria novinha em folha.
Acabaram-se os micos de pedir para transeuntes empurrarem o mala pra pegar no tranco.
Agora, só falta consertar os freios. :p
A mulé é mesmo sádica.
Tirou quase uma mamadeira de sangue da minha veia.
Ei, eu num vim aqui pra doar, não, lembra disso? :pp
Ao terminar, disse para eu ir para a lanchonete.
Aquilo me soou como um atestado de bom comportamento.
Corri para lanchonete e ganhei um copo interinho de capuccino e meio sanduiche de presunto e queijo, só pra mim.
Não podia acreditar naquilo. Parecia um sonho. :O)
Finalmente, a mocinha chamou meu nome.
Arre. Mais um pouco eu ia desmaiar de fome e ia ser um vexame.
Caraio! É ELA!!!!!! (aquela que me negou um copinho de água quando eu tava entrando na tumba barulhenta, lembram?)
Então. Era a pópria. E com aquele mesmo sorrizinho sádico nos lábios.
Mandou eu me sentar. Era legal a cadeira. Parecia de dentista (embora eu odeie dentista).
Amarrou o garrote no meu braço. Ei, precisa apertar tanto? Isso dói.
Amarrou, apertou a porra do negócio e foi preparar aqueles tubinhos de laboratório que nem os do meu jogo do Pequeno Químico.
Ei! Tá demorando. Meu braço vai gangrenar!
Cheguei lá no laboratório, tinha uma fila kilométrica. Meleca! Tô com fome. :[
Meu n. era 119 (bom palpite pra jogar no bicho) e estavam chamando o 92. Bosta.
Isso aqui vai demorar.
Se tem uma coisa que é meio patética na vida é sala de espera de laboratório. Fica todo mundo com cara de passageiro de metrô, num sei porquê.
Tá, eu sei que é chato ficar numa sala de espera, mas o povo podia puxar conversa, né? A hora passa mais rápido..
Pois é.
Fui lá, ontem.
E sobrevivi à noite de inanição (é com c cedilhado mesmo?)
Terminei de asssitir à série Os Normais e emendei a noite no Telecine. Assisti a um filme chamado Entre o Amor e a Possessão. Uma bosta. Deu um soninho....
Acordei no meio da madrugada e comecei assistir a outro, que eu não lembro o nome. Até que era legal. E, por sorte, ninguém comia nada. Aliás, ninguém comia ninguém ali. Voltei a dormir.
Despertei às 8h30, com a TV ligada.
Foda-se. O Ministério do Apagão há de me perdoar. Foi por uma causa nobre.

20 julho, 2001

Acho melhor eu acabar de assistir Os Normais e ler Os delírios de consumo de Beck Bloom no aconchego da minha cama.
Depois do jantar, esqueci de tomar meu chazinho de camomila.
Será uma noite longa.
Bosta.
Vê como as coisas são psicológicas, né?
Jantei exatamente às 20h33, de modo que, se eu acordar às 8h (o que eu duvido), às 8h30 estarei no laboratório (às vezes, acho que eu deliro) e às 9h00 já estarei tomando aquele lanchinho legal que eles servem lá para o povo que tira sangue.
São 23h20 e meu estômago já está colando nas costas.
Foooooooooooooooome!
Sinta o drama.
Liguei lá pra mocinha daquele Centro de Diagnóstico onde eu fiz aquele exame da tumba barulhenta.
Gentil, como sempre, pelo telefone, deu minha sentença: jejum de 12 horas e 24 horas sem tomar café e bebida alcoolica.
24 horas??? Capuccino pode???
- Não, senhora. (grrrrr...... odeio que me chamem de senhora, ninguém aprende isso? )
- Hum.. Jejum de 12? Sei.. Mas, err... um chazinho de camomila sem açucar, antes de dormir, pode, né?
- Apenas 12 horas antes do exame, sra. (grrrrrrr, um dia ainda mato um)

Num é que eu tenha medo de agulha, não.
Faria 42 exames, no mesmo dia, sem pobrema nenhum.
Agora, eu pergunto: precisa essa porra de jejum de 12 horas? Precisa?
Que frescura...
Meleca!
Amanhã, vou fazer um maldito exame de sangue. Num tem como adiar mais. Já foi prescrito há um mês.
Grrr...

18 julho, 2001

"Becky Bloom " é o máximo.
Tá quase virando meu ideal de ego. Falta pouco! :O)
Uma jornalista especializada em mercado financeiro, que vive estourada no limite do cartão de crédito.
Uma consumidora compulsiva. Ói só o pirigo!!!!
Tá certo que Becky não é tão atrapalhada como a imbatível como Bridge Jones. Mas ela tem um carisma adorável.

Ok, ok. Vou voltar a ler o meu bom e velho "Um Amor Transatlântico" - S. Beauvoir.
Dei um tempo, lá pela pág. 229, pq começou a me incomodar demais.
Os motivos são bastante óbveis, né? ;O)

O Marujo não pode esconder um certo ar de estranheza, ao ver a minha nova aquisição literária.
Mas, porra, no aeroporto, com o vôo atrasado, eu ia comprar o que?
"O Discurso do Método", de Descartes ????
Dá um desconto, vá?! :O)
Comprei um livro novo, no último final de semana, na La Selva de Congonhas, antes de embarcar para o Rio.
"Os delírios de consumo de Bechy Bloom" de Sophie Kinsella
(sei que não é algo que se confesse publicamente, mas foda-se.)
Tô adorando.
(confessar isso é pior ainda.. :ppp)
Mas é engraçadíssimo.
Leitura de sala de embarque.. (caso vc esteja em trânsito). Ou leitura de banheiro,.. (caso vc esteja no aconhego do seu lar).
Ora, um pouco de frivolidades também faz bem à alma! Relax!
Caraio..
Além do trânsito estar maravilhoso, há dois dias, a temperatura local se mantém no modo ambiente.
A vida tá perfeita.
Deve ter chumbo grosso pela frente. Num é possíver.. ;O)

É.. A coisa tá pior do que eu imaginava.
Há dois dias, o Cascão dá partida, logo cedo. Sem reclamar. E, por conta disso, não cheguei atrasada.
Isso é paranormal... :O)
Hum.. Tem algo de muito mais estranho rolando por aqui.
Há dois dias, meu chefe está um anjo.
Sinistro... Isso não é normal.

16 julho, 2001

Desembarquei no Rio às 22h50.
E fiquei mais 10 minutos esperando a porra da minha mochila ser desovada na esteira. Hunf!
Mas a faca tava lá dentro. Embrulhada pra presente. ;O)

Cheguei ao balcão do Check-in, joguei a mochila e fui enfática: -
Tem uma faca aqui dentro e não me deixaram embarcar.
A moça deu um pulo e me olhou como uma cara esquisita_ - HÂ?????
MELECA!!!!!!!!! EU COMPREI UMA FACA DE SASHIMI DE PRESENTE E A MOÇA DE LÁ NÂO DEIXOU PASSAR!!!!!!!!!!
- É , num pode mesmo!
- Mas é só uma faca de sashimi. Um presente. Olha pra mim, ó! Eu tenho cara de que vou matar alguém.
(a moça olhou pra mim,,, Well, àquela altura do campeonato... Tuuudo bem, xá pra lá)
Aí, o mocinho do check-in resolveu tumultuar. (eu vi que ele tava rindo do inusitado da situação, mas, porra!!!!!! Já tinham chamado meu vôo)
E ele tumultuou, sem dó, nem piedade: - A sra. (grrrrrrrrrrrrrrrrrrr eu odeio que me chamem de sra.) pode deixar a faca aqui com a gente.
- Não. A faca tem que ir.
- Mas a faca não pode ir no vôo. Tem ir no compartimento de carga.
- Err.. Tipo assim: se eu deixar a faca com a aeromoça.. Ela guarda pra mim, e, quando desembarcar, eu pego com ela, que tal?? ;O)) Quebra essa, vá? A esteira do Santos Dumont deve estar o caos, numa hora dessa. Deixa, vá? Eu juro que não tenho intenção de cometer nenhum homicídio. .. ;O))
- Não. A Sra. (grrrrrrrrrrrrrrrrr.) então, embarca com a mochila e pega a faca na esteira.
- Ué? Num tem perigo de extraviar a faca?
- Perigo sempre tem, né, sra? (grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr.)
- Porra! Então não é mais jogo eu despachar logo a mochila?
- Sim! É mais garantido. (e sorriu pra mim)
Num dá vontade de dar um soco????
Eu só não estressei demais pq deu pra sacar que o menino tava se divertindo com a parada e, no final, eu também.
Estava eu e minha mochila, na sala VIP podre de chic do Diners, tomando uma taça de um Proseco que me era de direito, quando me lembro: - Hum,,,, Eu tô com a faca de sashimi que eu comprei pro Marujo na mochila. Isso vai dar merda. É arma branca.
Foi uma intuiçãozinha rápida que me passou pela cabeça, sãb? Nada muito persecutório.

Meia hora depois, olhei pra minha mochila. Ela olhou pra mim. Conclui: - Sim, isso vai dar merda.
Minha intuiçãozinha acabou virando convicção dos diabos, em menos de 30 segundos.
Bendita convicção!


O relógio bateu 21h30. Grrrr.
Minha convicção sugeriu-me que seria de bom alvitre eu me adiantar até a sala de embarque, mesmo com a previsão de decolagem do vôo estar marcada apenas para pras 22h00. Grrrrr.. Bendita seja ela.


21h40. Tô chegando na sala de embarque. Tiro minha mochila das costas, pra passar pelo detector de metais. Tudo ok.
Coloco minha mochilona azul na esteira.
A merda do detector de metais apita.
A filha da puta da mocinha, grita: - Tem uma faca nessa mochila. Não pode passar, não.
Detalhe: sala de embarque lotada. : [
Um executivo elegante, que estava à minha frente, me olha com ar de reprovação.
Ei!!! Num é nada disso que vocês estão pensando! Eu posso explicar. Olha de novo! É uma faca! Mas tá embrulhada pra presente!!!!!!

Num teve acordo. Tentei, pausadamente, convencer a mocinha que fica lá inspecionando a intimidade alheia de que era um presente inocente e que eu não era uma terrorista infiltrada.

Dancei.


Sob olhares esquisitos das pessoas que estavam ao redor, saí, roxa de vergonha, a bordo da minha mochilona azul, de volta ao check-in, pra despachar a dita cuja.
Detalhe: tinham acabado de chamar meu vôo. Aquele que era pra ter saído às 20h45 e eram quase 22h. Grrrrrrr.... Se eu perder esse, agora, só amanhã!!!
MALDIÇÃO!!!!!!
Como eu já tô com meu pobre saco pra lá de cheio com essa história de tomar canseira na sala de embarque, resolvi ficar esperta. Lembrei que eu tenho direito a permanecer na sala VIP do Diners. Uau! Podre de chique, né?
Hunf! Eu preferia a minha parte em pontualidade. :p
Pois é. A coisa foi feia mesmo, na sexta-feira.
O vôo só saiu de Congonhas por volta das 22h00. Grrrr.
Cê deve estar se perguntando: - Por que, afinal, essa anta insiste em voar pela Vasp?
Respondo: é que tem aquela Promoção, sãb? Se você juntar 9 comprovantes de embarque, o décimo trecho é de grátis. E eu já tô com 8. Sacou, agora? Hã, hã? :O))
Na próxima eu vou de Gol pra ver que bicho dá.
Voltei pra Sampa, hoje, pela manhã. Buá.
Foi uma viagem lotada de fortes emoções. Mas isso é papo pra muita cerveja. Güenta aí. Depois eu conto.

13 julho, 2001

Vou lá ver para que horas atrasaram de novo meu vôo e já volto.
Tô chutando pra algo em torno das 22h20.
Façam suas apostas.
Já sei, já sei. Meu trench coat é uma elegante capa de garoa. Perfeita para São Paulo, que vive nesse chove e não molha.
Faz sentido,faz sentido.
A pergunta que não quer calar é: Por que diabos tem uma etiqueta, em letras garrafais: SOMENTE LAVAR A SECO em minha capa de chuva???
Alguém pode me explicar essa lógica? Hein? Hein???
Tudo estaria razoavelmente perfeito se:
1- eu tivesse notado que o punho direito do trench coat estava meio sujinho.
2- se eu não tivesse deixado um pedaço do cinto pra fora do táxi, na hora em que eu bati a porta.Um motorista solidário me avisou. :[
(sim, esqueci de contar que o Cascão não pegou,logo cedo)
3- se eu não tivesse deixado cair um pinguinho de molho, na hora do almoço.
A melhor solução, nesse caso, é fazer cara de que não é comigo e apelar para o bom e velho "faz de conta que sujou agora"
:O)
Todo mundo falou que estou chiquérrima, hoje.
Ui.Isso faz bem pro ego.
É que eu cansei daquele visuca meio cara de trabalho e resolvi dar uma caprichada, hoje.
Malha bege, colete de lã preto, calça de risca-de-giz preta e um trench coat clarinho, meio cor de gêlo.
Perfeito, não?
Má ô meno.
Pois é. Eu já nem ligo mais.
São 21h11 e meu vôo das 20h45 foi estilingado para as 21h30.
Me engana que eu gostcho.
Antes das 22h, essa merda não decola.
Hunf.

11 julho, 2001

A garrafa de coca-cola acabou de congelar.
Socorro! Padre Quevedo tá aí, de plantão?
É. A coisa anda feia mesmo pro meu lado.
Melhor ir mimir..
:/
Bosta.
Sexta-feira, 13, vou voar pro Rio.
Já viram que a merda promete ser de bom tamanho, né?
Wagnão! Pega leve, rapaz! Caso queira continuar SÓ atrasando os vôos da Vasp, zuuudo bem, viu? Não faça cerimônia, não.
Vc é 10, viu, fo-fo!
Eu, hein? |:/


Caraios me fodam.
Tem um exú-tranca-rua hospodado na minha geladeira.
É sério.
Num entendi o que tá rolando por lá, não.
A despirocada da minha geladeira deu, de ontem pra hoje, de congelar, aleatoriamente, algumas coisas, sem nenhum critério. Tá possuída, a coisa.
Saldo do prejuízo: um queijo minas novinho em folha, um galão de 2l. de suco de maçã e 2 latinhas de cerveja completamente congelados.
Engraçado que os Yakults continuam com seus lactobacilos vivinhos da silva e minha sagrada embalagem de catchup Heinz continuam intactos.
Vá de retro, satanás!!!
Diazinho desgraçado por aqui.
Humor do cão.
Num repara, não. Uva também passa.
Blaaaaag! (Essa foi podre, Jamanta.)
Falei pro cês que a coisa num tá boa, por essas bandas.

10 julho, 2001

Aproveito, então, o ensejo: troco pescoço seminovo por um zero kilomêtro, com atestado negativo de cervicobraquialgia bilateral. De brinde, dou Godzila, com todas as revisões de fábrica e um sofá meia-boca. É pegar ou largar. Aceito contra-proposta.
Dia meio perdido, hoje. :[
Caí na besteira de morrer de dozinho do Godzila, ontem à noite e me fodi.
Dormi no sofá, com ele. Acordei com o pescoço completamente inutilizado.
Doendo pra caraio.
Meleca. Há umas duas semanas que ele não doía desse jeito.

09 julho, 2001

Aproveitei a viagem e também assisti ao enterro do Comandante Rolim.
Bonita, a cerimônia.
Ok, sei que o trocadilho foi infeliz. Mas num resisiti. É meu jeintin..
:O)
Feriadão em plena segundona é um troço do grande caralho, né?
Adorei!
Acordei meio-dia. Não fiz porra nenhuma.
Assisti aos jornais locais e aos programas femininos, da pogramação da tarde.
Que povo vagabundo. Ninguém ao vivo. Tudo reprise. Receitas requentadas.
Vida boa, hein?
Augusto Pinochet tá tentando se safar, alegando demência.
Se der certo, isso pode significar que a mente capta que vos tecla pode se safar também, se cair na malha fina do Leão?

08 julho, 2001

Amarrei com nó de Marinheiro :O))) meus pedidos nos bambus.
Fui bastante criteriosa.
Que Orihime e Kengyu entendam minha letra, desta vez, plizzz! :O)
Saldo do prejuízo de nossa passagem pelo Tanabata Matsuri:
- dois espetinhos de bolinho de peixe e duas cervejas, pra mim e pra Rê.
Saldo do prejuízo dos espetinhos de bolinho de peixe: Igor comeu duas bolinhas do meu espetinhos e duas do da Rê. Cara guloso. Hunf!
- dois tempurás de camarão, do tamanho de uma pizza brotinho e mais duas cervejas.
Igor! Senta e fica! Hunf! ;O)
- Comprinhas, comprinhas, comprinhas: dois filmes de 24 poses a 4,50 cada. Pechincha! Ueba!
- Achei a faca pra sashimi, nível 1, a 35 reá. Pechincha! Dá-me dos. :pp
- Mais tempurá de camarão e rolinho primavera, porque a gente ainda tava com fome.
Delícia!
E a festa foi boa!
Fomos eu, a Rê e o Igor. ( o suspeito husky branco)
Não deu pra entrar num restaurante por causa do Igor. Enfim, comemos nas barraquinhas.
Foi divertido. Os transeuntes arriscando seus palpites sobre a raça do Igor.
É um akita.
Olha, um husky.
Uia, que cachorrão bonito..
É um akita.
He,he.. mal sabem eles...
Eis o mistério da fé.
Um fato é inegável: cão em local público é um fator delicioso de socialização.
Pena que Godzila odeie tanto sair de seu ninho. :[
No final das contas, ontem acabei despencando na festa lá na Liberdade.
A Tanabata Matsuri. Transcrevi o texto do folheto oficial.
Taqui ó:

Tanabata Matsuri - A origem
Ao se conhecerem, uma princesa chamada Orihime e seu amado Kengyu dedicaram-se apenas ao amor, esquecendo-se completamente de suas obrigações. Por esse motivo, foram castigados pelos Deuses, sendo transformados em estrelas separadas pela Via Láctea. Um único encontro anual, no mês de julho, foi concedido ao casal apaixonado.
Esta lenda, de mais de 4.000 anos, deu origem ao Tanabata Matsuri ou Festival das Estreals.
Date Masamune, rei do norte do Japão, no início do século XVII e fundador da província de Miyagui, foi o maior incentivador deste festival. Comemorado em grande estilo na cidade de Sendai, capital de Miyagui, o Tanabata Matsuri é considerado uma das mais belas e maiores manifestações do folclore oriental.
Este Festival foi trazido para o Brasil em 1979, com o nome de São Paulo-Sendai Tanabata Matsuri, sendo realizado anualmente no mês de julho. A comemoração também ocorre nas cidades de Açaí (PR), Belo Horizonte (MG) e Niterói (RJ). Durante o evento, são realizados concursos de fotografias, decoração, haiku, haikai e Miss Tanabata.
No dia do Tanabata é tradição amarrar papeletas (Tanzaku) nos ramos de bambu (sassatake). Segundo a crença, no momento mágico do encontro das estrelas, os pedidos serão atendidos.
Os enfeites são produzidos artesanalmente, por voluntários que dedicam seu tempo para a realização deste evento tão belo, projetando o espírito da Festa das Estrelas. Diz o folclore que se o espectador contemplar as estrelas com este sentimento terá sua alegria multiplicada.
Rapaz! O Comandante Rolin foi pra vala.
Ironia do destino, né? Espatifou-se, de helicóptero.
Sinistro.
Eu, hein?
Reza a lenda que o Wagner Canhedo está consternado com a notícia.
Wagnão!!!! A exemplo do finado, pontualidade nos vôos da Vasp é pedir demais, hã??? Hã???
Num precisa nem do tapetinho vermelho. Sair na hora já tá bão, meu fio! ;O)
E num é que hoje é domingo e eu nem me dei conta?
Gostei! Quero feriado toda segundona, dia de rodízio. :O)

07 julho, 2001

Acabo de lembrar que o Marujo tinha me pedido pra eu comprar uma faca de sushi pra ele.
Vou aproveitar o ensejo e dar conta da encomenda.
Falei pro cês que vai dar merda... He,he.
Já volto.
Vejam vcs como são as coisas.
Tô acabando de postar estas mal tecladas e a Rê acaba de me ligar.
Conforme minhas previsões, a festa lá na Liberdade começa hoje.
Tô indo pra lá, agora.
Aguardem. Jamanta em local público sempre acaba fazendo caquinha
Estávamos lá pela terceira Xingu, fazendo uma avaliação de nossas vidas. Voltamos nossas lembranças aos pedidos pendurados naquela festa. Concluímos que evoluímos um pouquinho. Mas, no geral, tudo tá na mesma merda.
Quando o garçom repousou nossa quarta Xingu na mesa, concluí: É isso!! Como não pensei nisso antes!!????? É craaaaro! Escrevemos nossos pedidos em letra cursiva. Da próxima vez, tem que escrever em letra de forma!!!!!! Os Deuses não nos atenderam, simplesmente, por que não entenderam nossa letra. Obv!
Fé, irmãos!!!!!! :O))))
Garçom, uma coca-light, plizzz.
Fofocamos, obvs, sobre todos nossos conhecidos. Amigos e canídeos. Sim, caros leitores. Não escapou um! :O)
Melancolicamente, lembramos que há um ano, fomos à festa lá na Liberdade, quando eu fiz aquela merda com a latinha de cerveja e o marronzinho do CET. (a história toda deve estar num dos arquivos por aqui).
Pelas nossas contas, a festa deve se repetir no próximo domingo.
A Rê vai viajar e eu tenho que dar conta de alguns compromissos familiares.
Buá. Saldo do prejuízo: este ano, não vai ter papeizinhos manuscritos com os pedidos, amarrados nos bambus da praça. :[[
Ei! Péra aí. Tô lembrando agora: a gente tinha ido num sábado! Rê! Será que ainda dá tempo????
Fazia tempo que eu não saía à noite. E há alguns muitos meses, não encontrava pessoalmente a Rê - antiga companheira de algumas baladas por bares paulistanos, e de alguns saraus gastronômicos. A vida tá corrida pra todo mundo.

Ontem, fui ao Parrilla Argentina com a minha amiga Rê. A vizinha aqui do Manueladas, sãb?
Poderosérrimas, enchemos a lata na medida. De Xingu, gelada no ponto certo, porque não somos bobas. E fechamos a noite com algumas rodadas de Original, porque Xingu a R$ 5,50 a garrafa é pra apreciar mesmo com moderação. Buá.
Caímos de garfo e faca num queijo branco grelhado maravilhoso, coberto com um molho indescritível. Tinha orégano a dar com o pau e uma porrada de temperinhos. Quero a receita! :p

05 julho, 2001

Dilema existencial básico: preciso cortar meu cabelo. Ele está intransitável.
De sábado, não passa.
Carregar esse edredom nas costas tem me custado uns 10 kWh, (é assim que se escreve, Sergiô, do Catarro?) na minha conta de luz. Lavar madeixas com quase meio metro de comprimento gasta um chuveiro federal, pensa o que?
Meleca! Chanelzinho, nem pensar. Me deixa com cara de ovo.
Já sei. Vou apenas aparar as pontas. Um dia, lavo. No outro, faço uma trança. No outro, também. Depois, boto uma peruca ruiva pra combinar com minhas sardas. Volto a desfilar de trança e lavo o edredom apenas 1 vez por semana. Isso, isso, isso!!!!
Eu juro que não vi. Foi uma amiga que me contou. Disse que a filha viu na tv:
Carla Perez está lançando um kit de depilação sem dor.
Deus do céu.
Só agora a moça descobriu que raspar a perna com gillette não dói?
Vocês hão de concordar comigo.
Quinta-feira é um dia muito mais civilizado, não?
É véspera de sexta. Dia de tomar cervejotas, sem culpa. E significa também que o pior já foi. A quarta.
Tá certo que toda quinta é um prenúncio vago de que algo pior ainda logo vem: o domingo. Mas ainda faltam 3 dias. Relaxe! Pensa noutra coisa que passa! ;O)

04 julho, 2001

Como nem tudo é só tragédia ou ventania por aqui, hoje, apesar de ser uma quarta-feira, almocei no Servidor (meleca, como se faz pra teclar um arroba com uma letra "e" dentro? Bah! Vc entedeu). Aquele restaurante que fica no prédio do UOL, ali na Faria Lima, sabe qual é?
Gostei da parada.
Atendimento eficiente. Comida boa (uma abobrinha com um toque de curry impagável, no buffet de saladas). Preço honestíssimo e uma ambiente pra lá de agradável.
Pensando bem, não foi a pior quarta-feira da minha vida. ;O)
Quarta-feira, 9h15 da madrugada, saindo de casa. Banho GAP e roupa bonita.
Atraso regulamentar de 15 minutos. Perfeito, levando-se em conta que é uma quarta-feira ,óbvio. Tudo dentro do chamado "atraso social". Lindo.
Fiz um belo milagre, se você considerar que eu levantei às 8h40, é claro. Bosta.
Cheguei ao Bradesco, pontualmente, às 9h30. Ueba! Às 10h15 devo chegar ao trabalho, com apenas (GLUMP!!) 45 minutos de atraso. Tudo vai dar certo. Fé, irmãos!
Nove e trinta e dois , tava eu lá, sentadinha no sofá, à espera do atendimento da gerente da minha ex-conta.
Notem que eu tive o cuidado maquiavélico de me informar, antes, com a mocinha do Bradesco, (aquela sorridente traírona, que sempre fica logo na entrada, manja?), se era com a gerente mesmo que eu tinha que resolver o meu caso. Há, há! Pensaram que iam me mandar de bobeira pra fila do caixa, desta vez, hã?
Cinco minutos de espera. Hunf!
A assistente da gerente me atende. (Sorry, que frase horrível.. )
Conto minha história triste: que eu tinha encerrado a porcaria da minha conta em abril, mas que uma infeliz do telemarketing, em janeiro, encheu tanto o meu pobre saco, que eu acabei aderindo ao tal nem lembro mais o nome, que é um título de capitalização, a uma módica quantia de 9 reá/mês, fora o buzão, debitada tomaticamente da minha conta. Como a dita conta foi encerrada, eu podia jurar, pela lógica de seres pensantes normais, que eles teriam anulado a operação, ou que deveriam ter me consultado se era esse meu desejo. Faz sentido, não?
Não! Pra eles, não.
A pobre ficou me olhando com cara de ué?
Explico tuuuudo novamente, o que em português claro, pode ser traduzido, laconicamente: - quero me ver livre desta merda!!!!!!
Nova cara de ué??? da menina.
Mereço.
9h45 - A menina preenchendo, sem brincadeira, 4 vias de um documento, manualmente.
9h50 - Assinei as 4 vias, que deveriam me livrar, definitivamente, de qualquer contato com o maldito Banco.
Atrasadérrima, louca, babando, pego a minha via e antes que eu fosse capaz de jogá-la dentro da bolsa, a moça dispara a pérola do dia: - Vc tem um crédito a receber. Assim que for liberado, será depositado na sua conta corrente.
Sim, aquela, que eu encerrei em abril, lembram????
Pergunto pro cês: num é o caso de contratar um capanga e mandar soltar uma bomba numa porra dessa?
Como eu sou da paz e num me estresso facilmente, cês sabem disso, perguntei se num seria o caso dela ligar pra mim, quando liberassem a pícola fortuna a que tenho direito. (nada além de 9 reá)
Esperei mais 10 minutos, até a mocinha, após passar mais 7 minutos ao telefone, concluir, brilhantemente: - Tudo resolvido!!! :O))) Me dá seu telefone, que eu ligo pra você, assim que o dinheiro for liberado.
GRRRRRRRRRR.....
Dá vontade de dar um soco, não dá não?
E a quarta-feira chegou.
Como eu sempre digo, quarta-feira é um dia mala. Muito pior do que o domingo. Sempre foi assim. A vida inteira.
Hoje, não foi diferente. E nem tinha motivo para ser diferente. Pelo contrário, tinha um agravante.
Acordei atrasada. Meleca.
Atrasos às quartas-feira sempre me pareceram mais cruéis do que os atrasos às segundas, por exemplo. Sei lá. Uma espécie de culpa por me sentir obrigada a estar em plena atividade, gozando (oopss) de grande disposição e capacidade criativa a todo vapor. Bah! Esquece.
O que me atormentava, na verdade, era aquela maldita carta que eu recebi do Bradesco, semana passada, convocando para que eu comparecesse à agência pessoalmente, para resolver uma pendência de uma bosta de uma conta que eu tive que abrir, ano passado e que já encerrei, sem dó nem piedade, em abril passado.
Brasdesco e quarta-feira são duas coisas que não combinam.
Aliás, definitivamente, Bradesco e quarta-feira não combinam com nada.
Blaaag!
Apesar da correria, não pensem vcs que a Vasp não pisou na bola, de novo.
Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr.
Embarquei na sexta-feira, para o Rio, com hora e meia de atraso no vôo. Zudo bem.. Começo de final de semana e férias de julho... Chegar mais tarde.. Cês sabem que eu não sou de comprar briga.O tráfego aéreo tá foda. Zuuudo bem.
Na segunda, de volta a Sampa, em pleno Santos Dumont, o mocinho do check-in foi categórico: o das 10h34 vai sair na hora.
Saldo do prejuízo: o vôo decolou por volta das 11h40.
Preciso dizer que me fodi, de novo???
Pergunto: por que sempre eu? Hã?

03 julho, 2001

Correndo, louca, babando, antes da quarta-feira chegar.
Blaag. Poucos dias da semana são mais escrotos do que uma quarta-feira.
Quarta-feira é o limbo existencial de qualquer criatura.
Fujo das quartas-feiras. Argh!
As lembranças do final de semana insistem em se esvairem pelo ralo e ainda tem uma quinta e uma sexta-feira pela frente.
E eu que achava que os domingos eram os piores. Nada como um dia após o outro, hã?
A morte é feia. Sim, ela é. E ponto.
Ela dói e assusta. De um modo muito cruel, pra quem fica. Pobre de nós.
Porque traz o relembrar da boa e velha consciência de nossa finitude.
(Por favor, sejam delicados. Foi a minha primeira vez, como testemunha ocular.)
Enfim, uma pessoa muito querida se foi, sábado, do alto dos seus 91 anos, e sem cair do salto.
Ela deve ter, também a bordo do mais alto grau de sua grande sabedoria, negociado seu up-grade, por mais alguns ou tantos minutos.
Grande figura ela. Sempre adorável. Que soube, exatamente, quando e como se despedir de cada um que esteve ali presente.
E o fez do modo mais doce, firme e sereno. Sem dor, sem agonia. Partiu em paz.
E é a exemplo dessa paz que a vida deve seguir seu curso. A despeito de tudo.
Inté amanhã.