31 outubro, 2006

Pobre mortal.
Eu me sinto plenamente identificada com as camadas menos favorecidas da população.
Usei meu bilhete único e quase comprei fritura pesada na barraquinha do terminal.
Fiquei admirada. Nunca vi tanta gente bonita e cheirosa dentro de um coletivo. Oba! Vou ter ?amiguinhos do ônibus?.
Acho que vou optar pelo transporte público diariamente. Muito mais legal.
É.
Cascão pifou.

27 outubro, 2006

O dia.
O carro quebrou.
O táxi era até Cotia.
Trânsito lento.
O caminho, quase errado
A reunião atrasou.
O recibo não valeu.
A alça da bolsa arrebentou.
A unha quebrou.
E eu nem caí do salto.
Ainda.
E foi assim que eu voltei a me sentir a mulher quase mais feliz do mundo.
Eu disse quase.
Foi um longo dia.
Amanha, vai ser tbm.
Melhor eu dormir.
Nao sei se consigo.

26 outubro, 2006

Na boa.
Hoje, após um belo insight, tive a sensação de que tudo vai se resolver a contento. Só que de um modo completamente diferente do que eu sonhava. Tenho apenas que aceitar que vai ser assim. E pronto.
Chega de sofrer.
Sei não.
Desconfio que meu novo corte requer vistas quinzenais ao cabelereiro.
Me ferrei.

24 outubro, 2006

Momento Gilmore Girls.
Noite de domingo passado, voltando de um dia feliz na casa da Ciça-mãe.
Em plena 23, quase no Ibira.
Do nada, surgiram lembranças remotas dos tempos da Oli, ainda na fase da Pré-Escola. Coisa muito cuti-cuti. Ela era uma fofa e escrevia muito bem. Tinha idéias geniais, embora me deixasse louca com a opção quase religiosa de sobreviver à base de uma dieta pouco recomendada pelos médicos e pelos dentistas.
Eu: - Legal mesmo foi quando você respondeu, numa prova de História, que os homens primatas alimentavam-se de caça e de salsicha.
Ela: - Eu escrevi isso?????
Eu: - Escreveu. Preciso achar onde guardei essa pérola.
Ela: - Onde eles achavam o porco pra fazer a salsicha? Que absurdo! Há, há!
Eu: - O porco é o de menos, fia. Com um pouco de boa vontade ou de sorte, talvez desse pra encontrar. Mutações eram muito freqüentes, naquela época. Duro mesmo devia ser descolar um jornal em condições. Porque, você sabe, salsicha sem jornal pra temperar, não fica a mesma coisa.

Eu juro que tento ser uma mãe exemplar. Juro. É a maldita influência de Greg House que tem me prejudicado. :O)
A Mesa das 7 Mulheres. - Episódio inédito.

Final de tarde de um outro, outro sábado nublado, quase frio, porém alegre. Churrascaria.
Mesa redonda.
Água Tônica à vontade, sem uma gota sequer de gim na parada, note bem.
Uma conversa fiada rolando, daquelas que invariavelmente terminam no assunto filmes, esquema ?cinema + combo pipoca-refri, eu fui!? ou ?DVD + chocolate, eu desabei!?.
Eu ando deveras desatualizada nesse quesito, confesso. Só tenho visto enlatados americanos, na casa da minha mãe. Prudente que sou, fiquei apenas de ouvinte atenta. Acompanhe a conversa.

- ... então, é aquele filme que tinha sido rogada uma praga. Lembram? A pessoa seria transformada em algum ser do mar...
- Sei, eu vi! Eu vi! Mas num lembro o nome.

Até aí, eu tava boiando. Mas continuava tentando entender o pressuposto.

- Sim, a pessoa podia ser transformada em qualquer coisa, até numa sereia. Eu assisti!
- Mas virar sereia não é praga! É lindo! Lindo!
- Também acho... Pensou? Eu quero ser seria!

Comecei a me preocupar profundamente com o rumo daquela prosa. Fiquei na minha, porque todo mundo sabe que eu não sou de falar besteira. E o assunto prosseguia.

- Não, não acho que ser transformada numa sereia é uma praga. Eu sempre quis ser uma sereia, desde pequenininha...

Uma onda sonhadora começou a inundar aquela mesa.
Xii.
Comecei a refletir sobre o aspecto prático da coisa, se é que você me entende.
Achei melhor entrar com um dado de realidade, mesmo não tendo assistido à tal da fita:
- Meninas, onde vocês estão com a cabeça?
- ???? (em uníssono)

Minha indagação não surtiu o efeito esperado. Era chegada a hora de partir pra ignorância:

- Uma mulher transformada em sereia está condenada à inatividade. Impossibilita o principal. Mó friaca!
- ???? (novo uníssono)
- Anatomicamente pensando, meninas!... Hello-ow!!!

As fichas finalmente caíram.

23 outubro, 2006

Inacreditavel.
Pela primeira vez, em quinze dias, consegui chegar em casa pouco depois das 20h30.
Desacostumei. Nem sei o que fazer com essa eternidade de tempo livre.

21 outubro, 2006

"Nao ha bala perdida. Apenas desencontros."
(Ivan Lessa - revista Piaui - outubro/06)
Cortei o cabelo.
Estou me sentindo nua.
Na ultima vez que fiz isso, Olivia ficou uma semana sem falar comigo. Ela tinha 4 anos de idade. :O)
Desta vez, ela adorou.
Quero a segunda opiniao.
Liga?

05 outubro, 2006

No iPod: Roam - B52
Pra garota Gilmore.
:O)

04 outubro, 2006

São Francisco, rogai.
Embora o problema seja na bateria e nao na ventuinha, vou vestir minha camiseta do ventilador.
Bosta.
Reuniao as 9h, sem hora pra acabar.
Sao pouco mais de 7h e quem tah acabada sou eu.
O Cascao nao quer pegar. Problema na bateria desde sexta-feira passada.
Mecanico soh abre as 8h e tem hora certa pra fechar.
Entao tah.

02 outubro, 2006

Frivolidades absolutamente necessarias.
- Tenho me comportado muito bem, me alimentado direitinho e nao vislumbro mais renovar meu guarda-roupa com a colecao Primavera-Verao na Petistil.
- Preciso daquela bolsa preta da Dior, que eu vi na Elle. AGORA.
- Comprei uma bota gelo, bico fino, cano alto, salto agulha 9 cm. Linda. No pe esquerdo, tava pegando um pouco. Na sexta-feira, fui trabalhar. Na rua, as pessoas olhavam. Nao sei bem se era pra beleza da bota, ou se estavam notando o meu andar manquitola. Tava doendo pra burro. Faltou-me um Chandler pra me carregar.(lembra do episodio de Friends, 8a temporada?)Pois eh.
- Se alguem souber como se faz pra remover hematoma sob a unha do pe, serei eternamente grata. A unha do dedao do pe direito ficou bastante prejudicada. E nem doeu. Tenho que voltar ao esmalte vermelho nos pes. Vermelho.
- Eu e Oli bem que tentamos, mas foi impossivel assistir O Diabo Veste Prada. Lotado. Nos acabamos de engordar na Parmalat, pra nao perder o passeio. :O)
- Compramos um vestido lindo,em sociedade,numa loja completamente improvavel. Essa eh a vantagem de ter filha adolescente, somada ao talento de uma mae boa no garimpo.:O)
- Oli escreveu um depoimento lindo pra mim, no Orkut. Chorei.
Eu sou uma besta quadrada.:O)
1907.
Lembro-me disso como se fosse hoje.
Arrepios.
Era início de abril. Eu, sentada na minha varanda ampla, com calendário e bloco de notas pessoais sobre a mesa, ouvindo Oasis. Tracei planos sobre os meus vôos futuros.
Uma vinda a São Paulo estava inclusa naquele pacote hipotético.
Justamente naquela sexta-feira, 29/09. Pra cumprir o tal do dever cívico, no domingo. E comemorar o aniversário da Olívia, no dia 5/10.
Muito provável que seria naquele vôo finado. Tudo iria depender apenas da melhor tarifa, conforme a indicacao da minha santa Izabel, o meu anjo manauara pra esses assuntos de deslocamentos.
Quis o destino que eu entrasse em rota de colisao bem antes. Voltei pra casa. Esse penaulti não era meu.
Sensação estranha.
Fiquei passada.