31 outubro, 2007

Em breve, A Matemática do Inferno.
Você não perde por esperar.
Trust me.
Meus infernos astrais deram pra ser temáticos. Muito chic,
isso.
O de 2005, acho que nem tive. Estava apaixonada demais.
O inferno de 2006 foi marcado por tragédias financeiras:
quebra de carro a cada 3 dias, táxis, despesas não
planejadas, clonagem de cartão de débito, pequena
fortuna saqueada.
Em 2007, o tema é violência urbana. Tá difícil.
Os tempos de tragédias financeiras foram bem mais mansos.


Em um intervalo de 7 dias, sofri abordagem brutal em loja de
conveniência e trote indireto de falso seqüestro, em
plena madrugada.
Como consolação, ganhei uma esofagite level 5, que se
encontra devidamente auto-medicada e completamente fora de
controle.
Preciso de um especialista, desde que me seja permitido o
consumo desenfreado de chocolate e Häagen Dazs. Quero
apenas um milagre, não é pedir demais.
Emoções fortes por aqui, perceba. E pra dezembro ainda
tem chão. Oremos.

25 outubro, 2007

E agora, Zé?

19 outubro, 2007

Quando eu afirmo que vivo em regime semi-aberto, neguinho fica achando que é draminha meu.
Hoje, entrei em uma reunião às 10h, escapei, fui sofrer no Dr Horse, voltei em meia hora e entrei em outra reunião que acabou às 19h.
Desculpa, Alê. Sobrou pra ti.

18 outubro, 2007

Coisas más acontecem a pessoas boas. Isto é incrível. Eu juro que estava tudo normal, normal quando eu saí de casa, pela manhã. Tive que voltar porque não tinha deixado a diária de Santa N.>E tudo permanecia na santa paz.Uma hora depois, Santa N. telefonou anunciando a tragédia.O cano que liga o vaso à parede se rompeu, sozinho (SIC)e a casa estava inundada.Ok. Eu já deveia ter contado com a hipótece isso ocorrer, em algum momento da minha vida. Porque, se você se recordar, não faz um mês que o chuveiro pifou e eu fiquei praguejando. Entendo agora que fui uma pessoa muito feliz naquele tempo, porque eu sofria com a água gelada, mas havia água no banheiro, o que me fornecia uma dignidade humana que só agora dou valor. Diante dos fatos, me restam algumas providências:
- Negar a realidade e fazer de conta que nada acontece
- Ir morar com a minha mãe, até essa fase difícil passar
- Me mudar pra um motel
- Dar uma de joão-sem-braço e procurar um hospital que me abrigue, porque alé;m de banho quente e TV no quarto, eles devem também servir uma sopa quentinha e eu economizo um troco.
Dentre todas coisas que têm me preocupado, como o motor do
Cascão, o encanamento do banheiro que arrebentou de vez e
a fome no mundo, a maior delas é o comportamento do colega
aqui da firma.
A mudança tem sido nítida. E não me parece que ele
está tentando ser uma pessoa melhor.
A causa: Tropa de Elite.
Eu ainda não assisti ao filme, mas tá na cara que a
história perturbou a mente do menino.
Em parte, sinto uma certa culpa. Eu passei o link do blog do
Capitão e o Teste da Tropa.
Então ele descobriu que no filme ele seria o Baiano e,
pela cara de orgulho, isso não pareceu ser boa coisa.
Numa tarde de uma outra sexta-feira, o elemento comentou que
precisava ir às compras, no sábado.
Pensei que era presente para a filhinha. Não, era coisa de
macho, tipo metralhadora e munição.
Outro dia, apareceu usando um boné altamente suspeito.
Eu tô preocupada com esse cara. Muito preocupada.

17 outubro, 2007

Eu conheço um cara que imita umbigo. É isso.
O cara imita umbigo. Vejo com que tipo de gente eu tenho
lidado.

16 outubro, 2007

Me explica essa coisa do Ze Padilha. Pq, puta merda, neh?
Deve ser culpa do sobrenome.
Me acuda.
Eu seria perfeitamente capaz de me casar pra sempre, tipo
pro resto da vida com Ze Padilha.
Puta cara fofo.
Ze Padilha eh um homem irresistivelmente sexy.

12 outubro, 2007

Luto fechado.
Por Paulo Autran

11 outubro, 2007

Sinuca para mulheres I.
Vá, é superlegal, mas não passe vergonha. Passe na manicure antes.


O acaso me surpreende a cada semana.Quinta-feira passada: chopp, pastel, bolinho, telão, jogo do São Paulo, num boteco de catigoria.
Eu não entendo xongas de futebol mas minha amiga do Leste
Europeu bem que merecia levar uma garrafada na cabeça por dar um soco nas costas do desconhecido, torcedor do Flamengo, que estava na mesa ao lado.
Terça-feira, sinuca, cerveja e rock and roll, numa pocilga singela, que aparentemente foi um puteiro num passado remoto, e a cozinha não inspirava a menor confiança. Eu nunca soube jogar.


Sinuca para mulheres II.
Pulseiras e mesa de sinuca são elementos incompativeis entre si. Nem fica bem insistir.


Sinuca para mulheres III.
Feltro é um tecido mais frágil do que aparenta.


Eu ainda não assisti a nenhum capítulo de Duas Caras e confesso que tô; sem a menor curiosidade.
Existe algo de libertador em não assistir novela. Preciso confirmar esta hipótese.


Sinuca para mulheres IV.
Nunca pergunte o que é uma sinuca de bico.
Pra isso Deus lhe deu intuição, querida.


Sinuca para mulheres V
Não seja Ross. Bola 8 e Eight Magic Ball têm funções diferentes, embora visualmente sejam idênticas. Ok?
Na dúvida, reveja Friends, 8a temporada.

Da madrugada de segunda-feira até a manhã de hoje, dormi exatas 18 horas. É pouco.
E não há razão aparente para isso.
Paixonite? Não. Coração permanece no freezer.
Problemas no trampo?
Os de sempre.
Planos para o futuro?
Nenhum. Apenas o desejo inquietante de que algo positivamente avassalador aconteça em minha vida. Hugh Laurie, por exemplo.
Mas isso não justica apenas 18 horas de sono.


Sinuca para mulheres VI:
Seu adversário olha pra vc e diz: vc me sinucou!
Como isso funciona na pratica?
É uma linguagem cheia de duplos sentidos.
Foi apenas ação da Lei da Inércia, fia.
Abstraia.


Sinuca para mulheres VII:
Cuidado com o excesso de confiança.
Sempre.


Sinuca para mulheres VIII - O resgate final.
Vá de salto agulha, se quiser, mas não seja louca de ir de saia.
Fui clara?

10 outubro, 2007

06 outubro, 2007

Eu vou sentir muita falta disso tudo. Muita, muita.

Mês passado, na semana do feriado, sala de reunião,
quase madrugada, pra fechar o conceito da campanha. Foi
tenso, muito tenso, no final cliente aprovou, deu tudo
certo. Mas durante, teve o momento brainstorm. No caso,
shitstorm.
A.1, o redator e regente da parada: - Qual a imagem?
A.2, no caso, eu: - Agulha, seringa.
D., diretor de arte - E se a gente desse um close num
ventríloquo?
A.1: - ???
A.2: - What?
D. - Vai ficar bonito. A gente mostra o ventríloquo,
página inteira, e A2 faz um puta título. Fechou.
Silencio
A.1 retoma: - Imagem?
A.2: - Putz. Tenho que pensar mais..
D.: - Por que vocês não gostaram do meu ventríloquo?
Tem tudo a ver.
A.1: - Cala a boca.
A.2: - D., cê tá bem?
D.: - Ventríloquo não é aquela válvula do
coração, tem duas, o ventríloquo direito e o
ventríloquo esquerdo?
A.2:- Puta merda, D. Hello!
A.1: Ventrículo, animal. Ventrículo.
D.: - Ventríloquo é o boneco? Não é a válvula?

D. me pareceu um tanto confuso naquela noite. Todo mundo
cansado.
............
Quarta-feira desta semana, um mês depois, horário de
almoço, japa, esquema 30-reá-e-come-até-morrer. Lindo.
À mesa, D1, que era o D., o perturbado da sala de
reunião do mês passado, D2, um rapaz que eu julgava
inocente e A., no caso, eu .
D2 despeja shoyo na vasilhinha e nela mergulha um sushi
diferentão, que parecia um barquinho com o casco feito de
pão, eu nunca tinha visto aquilo.
Silêncio contemplativo. Os três de olho no shushi
diferentão, mergulhado naquele mar de shoyo.
D2, em tom quase pueril: - Olha! O mar de shoyo se abriu
para a Arca de Moisés passar!
Silêncio.
D1. e A. se entreolham, tentando concordar telepaticamente
que D2 tava zoando.
D2 continua maravilhado com a imagem do mar de shoyo que se
abriu para a Arca de Moisés passar.
Por um momento, A. teme que D2 afirme que a Arca de Moisés
transportava uma porrada de hebreus fugitivos do Egito.
Não. D2 apenas devora a Arca de Moisés, num bocado
só. E o mar de shoyo se fecha.
D1 faz questão de esclarecer, professoralmente, a D2 o
brutal equívoco histórico.
A. colabora, trazendo uma informação atual e relevante,
tipo, em breve, vai chegar ao Brasil O Todo Poderoso 2, que
trata exatamente da reconstrução a arca de NOÉ, aquela
que transportava casais de bichinhos.
E todos voltam ao trabalho quase morrendo de tanto comer. E
A., eu, intui que, em breve, um fato novo há de acontecer
para fechar todo esse ciclo de surtos bizarros.
E eu juro pra vocês que a gente nunca bebe quando tá de
serviço. Juro.Nem usamos drogas.

No dia seguinte, A ., no caso, eu, recebe um e-mail do amigo
G., que nem é de São Paulo. O cara mora longe.
Subject: A verdadeira história do sacrifício de
Abraão.
Perceba que todo um horizonte divino de merdas possíveis
vai se abrindo.
A piada, muito boa por sinal, contava que Abraão amarrou o
filho na árvore (outro equívoco histórico, né?) e na
hora que iria matar o garoto, ouviu a voz do Homi:
- Solta o moleque, Abraão! Eu só tava te testando,
rapaz!
E rolou aquela indagação toda, tipo: - Mas não foi o
Senhor mesmo que mandou?
- Solta o moleque! Deixa de leseira, Abraão!
Abraão obedece, desamarrra o filho e o dito cujo saiu
correndo.
E Abraão grita: - Filho, filho, o Senhor te perdoou.
Volta, volta, filho!
E, enquanto corria, o moleque gritava: - Perdoou, o
caralho! Se não fosse o ventríloquo, eu tava fodido!

Notou?
Desconfio que seja esta a minha função na Terra: o poder
de síntese.

Copiei a piada que G., oriundo lá do extremo Sul do
país, inocentemente mandou.
Encaminhei pra D1, o cara do ventríloquo, e pra D2, o
rapaz da Arca de Moisés.
Apenas com duas pequenas observações necessárias:.
D2, assim ó: esta parada do Abraão rolou bem depois
daquele lance da Arca de Moisés, ok?
D1, onde lê-se ventríloquo, leia-se ventrículo, tá?
Beijo.

Não obtive resposta.

04 outubro, 2007

03 outubro, 2007

Chuveiro Quente.
Por que me abandonastes? :’|

02 outubro, 2007

Como tudo na vida é uma questão do acaso, tenho
assistido a M.A.S.H. todo dia, pra equilibrar. Encontrei
zapeando.
Foi o seriado que me apresentou solenemente à
escrotidão humana, em tenra idade. Adorava. E não guardo
traumas.
Alan Alda ainda era broto. Muito broto, hoje eu avalio com
critério adulto. Ele era o capitão Hawkeye, médico
cirurgião e escroto até a tampa. Escrevia cartas fofas
ao pai, contando sobre o acampamento, durante a guerra com a
Coréia. Ele era um cara sensível, no fundo.
Hawkeye foi o primeiro homem mais velho por quem eu me
apaixonei na vida. Eu tinha 9 anos.
Porque Hawkeye era Alan Alda, na fase broto, muito broto. E
um escroto bom caráter. Caso contrário, não teria a
menor graça. Nem eu teria me apaixonado.
Passa no FX, às 7h30 da madruga.
Eu acordo cedão, todo santo dia, o que você quer que eu
faça, numa hora dessa? Que adquira discernimento pela TV?
Tá dominado. Pouco mais de 20h30, seis profissionais
altamente capacitados, que ocupam cargos importantes numa
das mais premiadas agências do Brasil, dentro do segmento,
gente com diploma do estrangeiro, assistindo Pocoyo pelo
youtube.
E juro que não fui eu quem começou. Eu só perguntei se
alguém conhecia. Juro.
Então, ficou assim: a gente vai fazer sessões, no final
do expediente. Chamaremos os colegas do andar de cima. Mas
só um episódio por dia. Um. E cada um pra sua casa,
porque todo mundo tem família.
Cogitou-se tele, com o pessoal de Nova York, mas pode rolar
um choque cultural. Melhor não.
Amanhã, veremos Olimpic Games. Um dos meus prediletos. :O)
Eu odeio tomar banho frio. O-de-i-o-ô.
Pequeno atraso no cronograma.
Quando iniciei o tratamento antitabaco, em 01/07, a meta seria a alta em 01/10, de modo a comemorar o niver da Oli com pele linda. Ocorre que eu andei esquecendo de tomar o medicamento, vez ou outra. Note que isso nem pegou nada. Desconfio que eu fui sorteada pra integrar grupo dos otários do placebo, no estudo duplo-cego :). Consegui cumprir a parada definitiva no dia marcado e assim vou seguindo, atravessando provas de fogo diversas, sem lembrar que cigarro existe. Para alegria dos leitores, ainda teremos mais 8 ou 10 dias/noites de sonhos anormais pela frente. Ainda nao sei bem como vou viver sem eles. Mas parar de fumar foi a melhor coisa que eu consegui fazer por mim, nos últimos 15 anos.

E eu não vi setembro passar. Nem a primavera chegar.

Estou insone e vou me ferrar se eu não dormir exatamente agora.

Eu e Oli estamos numa cruzada insana, em busca de adesivos, bonecos e/ou camisetas do Pocoyo.
Nada consta no mercado nacional. :/
Dri, minha chefa, grávida de 4 meses, esteve em NY, semana passada. Não encontrou nada. Está atualmente em Miami, onde também nada consta. O mundo ainda nao descobriu o verdadeiro valor de Pocoyo. :/
Pocoyo eh consumo secreto de muito marmanjo, eu sei. Poucos têm coragem de assumir publicamente. Sem querer, apenas jogando verde, eu já flagrei 3 diretores de arte fazerem carinha meiga, apenas quando eu cito: POCOYO! (pronuncia-se po-co-yô (com circunflexo no último o)
Ok, os d.as. têm filhotes pequenos, o mais velhinho deles tá no Maternal II. Mas todo mundo em casa assiste e ama. Né? Numa tarde dessas, descemos todo mundo pra tomar café no Café, como a gente faz sempre que dá jeito, e surgiu o assunto. Diretor de arte, pai do garotinho do Maternal II, bem apontou a genialidade do cenário, ou seja, a ausência de.
Isso é mesmo genial. Os elementos vão surgindo, conforme a história evolui. O cenário, em tese, é branco e o episódio termina numa grande festa de elementos coloridos. A redatora, no caso, eu, apontou para a genialidade da narrativa. Pocoyo é o garotinho mais expressivo do mundo. Tem 3, no máximo, 4 anos de idade. Pouco fala. É quase monossilábico. Tem amigos imaginários: o pato chamado (buh!) Pato e uma elefanta cor-de-rosa de mochila azul chamada Elly. Tem uma cachorrinha filhotona chamada Lolla e um passarinho que só dorme, chamado errr... Sonequita. Eles brincam todos juntos, mas Sonequita sempre dorme. E os elementos da brincadeira vão entrando no cenário, conforme eu já falei. E se a imaginação os mandar para outras paragens, eles têm uma Pokonave, que, por sinal, é muito mais legal e tem muito mais opcionais que o meu Cascão. Só que tem também um narrador, acompanhado de uma platéia imaginária de crianças um pouquinho mais experientes, tipo 5 ou 6 anos de idade, que ensinam coisas bacanas ao Pocoyo. As histórias sempre se encaminham pra aquela coisa de que o mundo sempre pode ser melhor, que é sempre bom fazer amigos e todo aquele universo do discurso edificante, tendendo pra PNL. (confesso que no episódio do aniversário da baleia eu chorei no fim).
Tem dias também que eu fico de saco cheio, porque essa merda passa às 6h30 da manhã. E nao é todo dia que você acorda achando que o mundo pode e deve ser melhor, muito pelo contrário. Eu assisto aquilo e penso: esses três roteiristas estão tentando criar toda uma geração de frouxos e despreparados para a vida. Depois eu mudo de idéia. Porque aposto que você não viu no dia que Pocoyo e Elly inventaram de criar um restaurante de mentirinha e convidam o Pato pra jantar. E o Pato chegou ao estabelecimento morrendo de fome e ficou puto da vida porque a comida era fake.
Foi do caralho. :O)
Passa todo dia, às 6h30 e reprisa às 16h, no Discovery Kids. Você vai ficar com cara de retardado, vai emitir sons regredidos, tipo Ohn, tchuco!, ohnnnnnn! Pocoyo! (com circunflexo no último o;). Acontece com todo mundo.
Assista e depois me conta.




2h15, agora, e eu vou me ferrar.

01 outubro, 2007

Noite que promete ser longa, na agência.
- Eu não gosto de comer fruta porque a gente nunca sabe se
vai estar doce ou azeda.
- Isso. Não é que nem um chokito, que a gente abre e
sabe exatamente o que vai encontrar.
É o que eu sempre digo: falta de assunto dá nisso.
Como prova de que Murphie existe e gosta de mim, o chuveiro
queimou alguns dias depois que eu solicitei o cancelamento
temporário na academia
Diante dos fatos, minhas alternativas são:
- Negar a realidade e fazer de conta que nada está
acontecendo.
- Nunca mais lavar o cabelo
- Passar a tomar banho de favor na casa dos outros (e
aproveitar a viagem pra filar um rango)
- Me mudar pra um motel
Não é por nada, não, mas sinto cheiro de inferno
astral chegando, com a antecedência exagerada de sempre.