24 junho, 2002

Sunshine Days!! :O)))

No próximo domingo, vou a Belém. Cuidar dele, dar carinho, preparar chazinhos, essas coisas.
Ganhei a passagem de presente.
Bosta. Sou apaixonada por ele, fazer o quê?
O Marujo tá com pneumonia. Pneunonia branda. Mas uma pneumonia.
Saco!!!!
Na primeira semana de julho é aniversário do Marujo. E fui eu que ganhei o presente, uia só! :O)))
A Orca, minha boa e velha Orca tá prenha. Fez um cio seco e o Marujo não se deu conta.
A Orca costuma produzir uma ninhada generosa.
Aguardem emoções fortes. Hunf!

08 junho, 2002

Estou morta! Dia duro, hoje.
Acordei às 5h30 da manhã, achando que o jogo era às 6h.
Maldição!

Raios duplos: perdi o bolão, armado pela molecada aqui do prédio.
Apostei no bom e velho 2 X 1.
Lá se foram dois réa. :/

Por volta do meio-dia, segui pros lados desconhecidos de Santo André, a bordo da pequena Oli, que me fez o favor de armar uma parada suicida: ir buscar duas amiguinhas delas em suas respectivas casas, uma beeeemmm longe da outra. E chegarmos em Santo André, num lugar que eu não tinha a menor noção, às 13h30. Tudo isso pra enfrentar uma maratona de 4 horas, num amistoso de futebol de salão dos meninos da escola dela, sob um ginásio coberto com telhas de amianto, à uma tempertura de 31o C .
Topas?

Ok, quem mandou?
Agora, güenta o tranco, fofa!



E lá fomos nós...
Um calor dos diabos.
E eu com a vaga impressão de que estava errando o caminho.
Sabe-se lá como, chegamos.
Eu daria meu braço braço direito por uma cerveja gelada, mas não era o caso.
Na cantina da tal escola só tinha refrigerante, isotônicos e chá diet de limão.
E alguns pães de queijo de aparência duvidosa.

Oli olhou no fundo dos meus olhos e, sem noção de perigo, disparou ..: - Errrr. Agora que eu lembrei.. E se a gente desse um pulinho lá em casa pra pegar umas tampas de panela??? Fazer um panelaço na torcida? Hã? Tipo: "ai, ai, ai, ai, em cima, em baixo, puxa e vai". Que nem a Tina, do BBB!!!! ;O)
- Esquece. :/

E lá foram as meninas, fazer sucesso na torcida da escola.
E eu, pagando o mico: você que é mãe da Oli? Vc que trouxe as meninas? Que lindo, né? Que amizade linda a deles, né?
E eu olhava pra cima e pensava: quem foi o filho da puta que armou esse ginásio com telha de amianto, deusdocéu?
Sorry! É tudo muito meigo, mas dá um desconto.

E fizemos um vôo no stop, de Santo André rumo ao Shopping Paulista. Eu no comando. Cansada, destreinada, a bordo das 3 pré-aborrecentes, rumo ao segundo round: a festa no PlayLand.

Ao avistar o cenário, confesso que comecei a sentir saudade de Godzila, do meu sofá e do meu micro.
Caraio!


Relax!
Nada pode ser tão cruel hoje que piore, amanhã.
Domingão é dia de atravessar mais trocentos quilômetros, pra visitar Cissa-Mãe. E com Godzila a bordo. Emoções fortes, pensa o quê? ;O)

Tô morrendo de saudade da Cissa-Mãe.
No fundo, no fundo, me diverti um bocado com as meninas. E torci como uma doida pela vitória mais do que merecida dos meninos.
Foi um dia divertido.
Bizarro, mas divertido.


Tenha fé! Amanhã será pior! ;O)

05 junho, 2002

Meu Marujo tá doente.
Tadinho.

Estou mais ou menos feliz.
Assisti ao Os Normais. :O)
Adoro Os Normais.
Meleca! Há uma semana, eu tava lá, comendo pizza quadrada com catchup e vinho.
Saco!
Amo meu Marujo, mais do que assistir ao Os Normais sozinha em casa.
Meleca!

03 junho, 2002

Voltei.
Acabo de desembarcar em casa. Foram dias longos. Longos e divertidos.
Aliás, fazia tempo em que eu não tinha dias tão ativos.

Cheguei em Belém, na quarta-feira passada, às 12h30.
Isso significa que acordei às 6h00 pra arrumar tudo, não esquecer nada e embarcar às 7h30. Uma correria do cão.
A TAM e meu anjo da guarda armaram uma força-tarefa do bem e tudo deu certo, sem muito stress. Eles tavam me devendo essa, faz tempo.


Quando Marujo me encontrou no aeroporto, ele tomou um susto. Ficou muito mal impressionado com meu aspecto cadavérico.
Hunf! Saco! Perdi mais de 3 kilos naquela brincadeira da crise gástrica.
E eu tava cansada: há mais de 6 horas em trânsito. Tá certo que eu tive a sorte de pegar um assento no corredor e nenhuma criatura sentada na fileira do meio.
Aprendi o caminho e todos os truques pra não morrer de tédio, com as cinco horas de vôo: saindo de São Paulo, assista ao filminho que passa na telinha enquanto degusta o serviço de bordo. Tire uma soneca até chegar em Brasília.
Quando decolar do JK ao Val-de-Cães, leia um jornal inteirinho. Leia tu-do- editorial, agrofolha, classificados, obituário, horóscopo, o diabo. Se o vôo estiver atrasado, aproveita pra fazer palavras-cruzadas também. Passa rapidinho. :p


Marujo decretou um feriado oficial de engorda pra essa pobre Jamanta que vos tecla.
Ele me desovou em casa e seguiu de volta pra Marinha, de uniforme e quepe branco. Uau! |:O) .
Fiquei em casa. Adorei. Nem quis ficar com o carro. Tava com saudade. Na verdade, ainda não tive tempo suficiente pra assumir completamente a função de rainha daquele lar. :O)
Tudo seria perfeito se tivesse algo comestível na geladeira. Tinha água sem bolota, coca-light sem gás, 2 garrafas de vinho, queijo ralado, um camembert com validade vencida, nenhuma migalha de pão e super bonder.
A desgraça daquele lugar é que não tem nenhuma padaria ou boteco nas imediações. Quase morri de inanição.
Marujo voltou eram mais de 21h e eu tinha impressão de que eu estava uns 2kg mais esquelética. Li Freud, ouvi Jam Garbarek, assisti alguns DVDs, li alguns artigos sobre cães, evitei assistir programas de culinária, por motivos óbveis. Enfim, sobrevivi.



Ok. Vamos ficar em casa. Vamos pedir pizza e tomar vinho. Dormir cedinho, pra acordar com o dia amanhecendo e aproveitar bastante os próximos dias.
Ueba!
Cinqüenta minutos depois, e eu mais 1kg mais magra, chegou a pizza.
Uia só! A pizza é quadrada!!!!! Eu nunca tinha comido pizza quadrada, rapaz!
Então, já que é assim, passe o catchup pra cá, por favor.
(Lá em Belém eles entregam pizza quadrada com meigos sachês de catchup e maionese. Medo! )
Cheguei à brilhante conclusão que pizza quadrada com catchup e vinho é uma combinação interessante. Desde que esteja rolando um DVD de Carlos Santana na telinha, é claro. Mantenha uma distância segura do meigo sachê de maionese.


É divertido cantar Smother , com Rob Thomas em dupla com Carlos Santana, a bordo de uma pizza quadrada lotada de catchup. :O))

Acordamos relativamente cedo no dia seguinte.
A geladeira continuava apenas com a mesma água sem bolota, a coca-light sem gas, etc, etc. A diferença é que agora tinham dois pedaços de pizza quadrada, um sachê de catchup e trocencentos de maionese. E uma garrafa de vinho vazia repousando sobre a pia.
Vida dura.

Lembro de ter despertado com o som do telefone tocando. Resmunguei algo incompreensível. Talvez um "puta merda" básico.
Trinta segundos depois, o Marujo comunica, triunfante: - Levanta! A gente vai pra Salinas!
Caraios me fodam! Agora? Hã? Como assim?
Quando me dei por si, estávamos rumo a Salinópolis, a 260km de Belém, em comboio amigo, com a adorável companhia do casal Trinta - Lili e o Comandante Trinta, a bordo das gêmeas, Ju e Bel - duas garotas do balacobaco, do alto da sabedoria dos seus sete anos de idade, recém-completos.

E lá fomos nós.
Salinópolis fica na região Oceânica do Pará.
Uma cidade adorável.
E em Salinópolis tem o Farol, pelo qual o Marujo é responsável.
Notem que foi, praticamente, uma viagem a trabalho. ;O)
A tarefa do feriado era conhecer e inspecionar o Farol de Salinópolis. Unir o útil ao agradável.


Acordamos na quinta-feira, com a dura tarefa de conhecer a cidade. :O)
Comprar filtro solar, sabonete e creme dental. Nada é perfeito.
Fomos conhecer o Farol.
Tava fechado. É claro, mané! Feriado! O Faroleiro também é filho de Deus, dá um desconto, ora pois!
Em frente ao Farol, tinha uma biroska onde preparavam uma tapioquinha com queijo e café preto dos deuses. Eu precisava entrar no regime de engorda, afinal.
Na seqüência, fomos pra Atalaia, quase ali perto.
Coisa folclórica!
Uma praia linda. Geograficamente linda.
Mas com trocentos carros passando pra lá e pra cá, com sons dos mais diversos rolando, às alturas. Um sincretismo musical divertidíssimo: brega, axé, skank, uma zona federal.
E uma zona gastronômica igualmente maravilhosa.
Trouxemos porradas de cocadas: de cupuaçu, de maracujá, cocada branca, cocada queimada. Casadinhos, brigadeiros, um tal de um doce chamado de Monteiro Lopes. Delícias. Delícias!
Um sacão lotado de guloseimas.
Não sei quem, nem sei de onde anunciou: - O Monstro Pimentão vai atacar!!!!!!
E aí nasceu o mistério e a brincadeira do feriadão! :O)

Ao entardecer, saímos Atalaia à fora, de carro, eu e o Marujo, pra tirar umas fotos.
A maré tava enchendo.
Well.. Notem que isso pode dar merda. :O)
Pedi pra dirigir o carro.
Tiramos uma porrada de fotos.
A maré enchendo.
E o 4X4 da Ranger lá, no level hight.
Eu sentia a direção meio esquisita. Olhava pro retrovisor e eu via um rastro meio anormal, coisa de mais de 20cm de areia afundada.
Hum.... - Marujo, plizz, assuma o leme.
Sim, minha intuição funcionou: a gente ia mesmo atolar na areia.
Porque lá, os canais vão se enchendo, enchendo de água, amolecem o solo e quando você acorda, é tarde demais: o carro afunda! Bosta.
Marujo assumiu o leme, botou o 4x4 em slow e chegamos em casa. ;O)

Saímos pra jantar no Bife de Ouro.
Esse restaurante merece uma nota aqui, nesse cantinho gastronômico.
É do caraio!
Eu na dieta de engorda, e o Marujo de dieta de emagrecimento.
Nada incompatível, quando a gente tá lá, no Bife de Ouro.
Camarão com legumes grelhados, arroz, fritas, e farofa de mandioca amarela.

Então, anota aí: numa chapa de ferro, jogue um tico de manteiga, um punhadão de repolho em microtirinhas, com cenoura ralada no ralo grosso e cheiro verde. Deixe murchar um pouquinho. Jogue os camarões, daqueles que parecem um gancho de telefone. Nada mais que 3 minutos, plizz.
Tá feita a festa.
Comi como uma alucinada.

No dia seguinte....
Voltamos pra Atalaia e estacionamos na piscina do Hotel.
Um Hotelzão legal, que habita por lá.
Uma delícia.
Chapa de legumes e frutos de mar.
Cerpa gelada à vontade e a rodo.
E tobo - águas!
E as meninas, as gêmeas, alucinadas pra comer docinhos: brigadeiros, casadinhos. :O)
E o Monstro Pimentão atacou!
Comeu a metade dos docinhos das meninas. Mordeu o isopor da caixa de sorvete de açaí.
O Monstro Pimentão barbarizou! :O)

Ao entardecer do domingo, todos nós, a Família Trinta, eu, Marujo, com a orientação do bom e não tão velho Paulino, o Faroleiro lá de Salinópolis, subimos os 245 degraus e chegamos lá. Todo mundo, de um jeito ou de outro, tinha medo de altura.

Uma vista maravilhosa. Um trabalho maravilhoso que o Faroleiro Paulino tá fazendo por lá.
Assinamos o livro de visitas, do Farol de Salinópolis.

E o Monstro Pimentão pairava, na brincadeira.
A Ju e a Bel tavam se borrando de medo do Monstro Pimentão.
Sacanagem!
Monstro Pimentão não faz mal há ninguém! :O)
É apenas um sujeito guloso, que gosta de sorvete de açaí.
E que estar casadinho :O)