30 maio, 2001

Três passos depois do primeiro gole, o tráfego dos carros estava interrompido nas vias próximas à festa. Portanto, tinham trocentos guardas do CET tentando organizar o trânsito. Tarefa insana, tadinhos.
Caminhando ao lado da Oli e da Rê, dei de cara com um guarda de trânsito.
Como uma cretina de boa cepa, olhei pra ele, olhei pra latinha. Instintivamente, a escondi nas minhas costas e saí de lado, como se eu fosse uma adolescente flagrada fumando, escondida no banheiro da escola.
Na hora, meu estômago gelou e pensei: - Fodeu! Lá se foi minha carteira de motorista!!!
Dez segundos depois, "cai em si, e me dei conta do bizarro da situação.
Travei. Eu num ria, não andava. Fiquei parada. Parada.
A Rê veio a mim, perguntando se estava tudo bem.
Acho que levei uns 10 segundos até ter coragem de contar a ela o que tinha se passado por aquela mente temporariamente insana.
E lá se foram mais uns 45 segundos pra esperar a Rê e a Oli pararem de rir de mim.

Portanto, aprendam: quando sair para andar, pode beber uma latinha de cerveja, sem culpa. Mesmo que tenha um maldito marronzinho do CET na esquina.
Mereço!
Quem mandou se condicionar a só sair de casa de carro? Hunf!
Já que eu comecei a falar do Manueladas (link ao lado), lá vou eu.
A Rêzinha falou que eu me escondi do guarda do CET, na festa da Liberdade, ano passado.
Posso explicar.
Não sem antes tecer algumas explicações sobre minha pessoa, dá licença?
Desde pequena, tenho uma certa dificuldade em reconhecer pessoas não próximas a mim, fora do contexto ao qual estou acostumada.
Por exemplo: se eu entrar no Mc Donalds, numa terça-feira, às 3 tarde, e encontrar o Mick Jagger na fila, vou ficar olhando pra criatura e vou pensar:- ~Conheço esse cara.. Acho que esse cara foi meu professor no Cursinho..
Confesso, confesso! Tenho mesmo esse problema, que até hoje não sei se é de origem genética ou cognitiva. Rezo a Deus que não seja de ambos.
Enfim.. Estávamos eu, a Rezinha e a pequena Oli, passeando pelas barraquinhas e lojinhas, lá na Liberdade.
Apesar de ter sido em julho, tava um dia lindo, céu limpo, sol quase quente.
Paramos numa barraquinha e o saldo do prejuízo foi uma lata de cerveja pra Rê, outra pra mim, e uma latinha de refri pra pequena Oli.
Tínhamos a árdua tarefa de buscar miniaturas originais dos Pokemóns, para a coleção da pequena Oli.

29 maio, 2001

Tava lendo o Blog da minha amiga Rê, o Manueladas (link ao lado), e sou obrigada a fazer algumas correções.
Rêzinha, fó-fis, aquela festa que a gente foi, ano passado, na Liberdade, era sobre aquela amor amaldiçoado entre a princesa e seu amante, que por uma praga qualquer, só conseguiam se encontrar uma vez por ano.
(suspiros - essas histórias me emocionam, cês sabem ;O)
A tal festa só rola no segundo sábado de julho, quando é permitido aos dois amantes se encontrarem. Bosta. Perdi o folhetinho onde tinha a história completa.
Por isso, tenha dó do pobre Buda. O gorducho não tem nada a ver com essa parada. :pp
E, relax, Rê. Até julho tem tempo.
Sim... Pra não perder o costume.
Vendo Cascão. Ano 96, modelo 97, mortor 1.tendendo a zero.
Vermelho, faróis novos, amortecedores novos, pneus novos, rodas alinhadas (só rasparam 3 vezes na calçada).
Única dona. Carro de moça.
E você ainda leva de brinde o manual do proprietário, praticamente sem uso, e o Godzila no banco traseiro.
Aceito Astra 2.0 - 0km, como parte do pagamento.
Topas?
É pegar ou largar.
Cascão, o apagão.
Meleca! Cascão agora deu de fazer essas gracinhas.
Desligo o motor. Quinze minutos depois, vou dar a partida... :[[
Num é a primeira vez que isso me acontece, em menos de 15 dias.
O legal é que o puto só faz isso à noite. Grr.
E num é que há uns 5 dias ando sem tempo até para ler jornal?
Nem vem! Eu num tô reclamando. Juro! Tô achando ótimo.
Xi. Terça-feira e nem sinal de vida do Marujo.
Se ele estiver comendo gente, será um homem morto.
Hunf!

28 maio, 2001

Tem coisas que, por mais que você seja racional e aprumada na vida, num tem como explicar.
Vivo a mais de 500km longe do Marujo.
Hoje, ele embarcou pra mais longe.
Não estamos incomunicáveis, mas a maior distância me deixou muito frágil.
Posso com isso?
Pode me mandar à merda, eu mereço. :[

27 maio, 2001

Eu precisava mesmo tomar uma sopa nutritiva.
Deu preguiça de preparar.
Nada que uma pizza de catupiry não dê conta.
Godzila!!!!!!!! Senta e fica!
Hoje, tudo que eu precisava era almoçar e tirar uma sonequinha gostosa na casa da minha mãe. Saudade dela.
Tem coisas que só carinho de mãe dá um jeito.
Tá certo que acordei cedo. Mas choveu, fez frio e eu tinha trabalho pra entregar hoje.
Meleca. É longe. Mas, de domingo que vem não passa!!!!!
O bom e velho Catarro voltou ao ar.
Leio sempre, enquanto assisto ao Bom Dia São Paulo.
O humor cáustico do Sérgio dá um soco no queixo, pra gente começar bem o dia.
Smack, Sergiô!! :O)

26 maio, 2001

Tô cansadona, hoje.
Minha cervicobraquialgia bilateral tá mandando notícias.
Bah! Nada que um vinhozinho básico não dê conta.
Já volto!
Ora, ora! Então quer dizer que voltamos. É isso?
Sabe que eu até já tinha perdido as esperanças?
As coisas por aqui até que vão indo.
Mas o frio vai embora quando, mesmo?

24 maio, 2001

Será que o apagão do Blogger já passou?

22 maio, 2001

Meleca!
São mais de 4h.
Daqui a pouco, vou ter que "estar acordando e estar procurando um lugar para estar enviando o fax da prescrição do exame, pra Central do plano de saúde estar liberando a maldita senha. E depois estar ligando pra mocinha educada estar confirmando meu exame".
Eu quero a minha mãe, um Lexotan e uma Absolut (dupla, se possível) .
Garçom, uma coca-light, plizzz!
Voltando do ortopedista, resolvi almoçar numa padoca. Tava com saudade disso.
Parei na Sagres, que eu gosto muito. Fazia tempo que eu não ia lá.
Pedi o meu bom e velho pão fresquinho com manteiga na chapa recheado de queijo branco FRIO!
É difícil encontrar algum chapeiro que entenda essa lógica, sei lá porquê.
Pois não é que o cara se confundiu e lá vou eu, de novo, traçar um pãozinho maravilhoso com queijo minas derretido????
Conselho: nunca deixem que façam isso com vocês. Queijo branco derretido na chapa fica com gosto de cheese bacon.
Recuse!
A pergunta que não quer calar é: qual é o predador natural do urso?
Tô comprando.
Tem um urso roncando no meu sofá.
Semana passada, tive uma crise braba. Minha cervicobraquialgia bilateral voltou a atacar, com força total.
Calma! Isso é apenas uma dor no pescoço, insuportável. Frio é uma merda, é o que eu sempre digo. :p
Hoje, voltei ao bom e velho Dr. Sergio, meu ortopedista de plantão.
Prescreveu um analgésico que eu sei que não vou tomar, porque analgésico não resolve porra nenhuma. Vou fazer o exame que ele pediu.
Liguei pra um hospital conveniado ao meu plano de saúde.
Marquei o exame.
A mocinha, delicadíssima e muito educadamente, solicitou que eu "estivesse entrando em contato com a Central para estar pegando a senha da autorização e depois estar ligando de volta para estar passando a senha e confirmando a autorização".
Putz. Já vi tudo.
Que a minha cervicobraquialgia bilateral tenha piedade de mim.
Fui roubada!!!!
Godzila seqüestrou minha manta azul. Aquela que eu trouxe da minha infância.
(todo mundo tem uma).
Pois não é que desde de domingo, quando me estiquei no sofá, ele se aninhou nela e lá ficou?
Desde então, só levanta pra comer, fazer um xixizinho básico e volta a dormir.
E eu que pensava que tinha um cão em casa. Doce ilusão.
Na verdade, eu tenho um urso.
Tá lá, no sofá, hibernando. Hunf!
Recebi um e-mail hoje que não tem cara de ser spam.
O sujeito falava sobre a economia que representa desligar os aparelhos da tomada.
Coisa de 20% no total da conta.
Tuuuudo bem. A partir de agora, vou desligar TV, videocassete e microondas da tomada.
O pobrema vai ser eu lembrar, no dia seguinte.
Eu sei, eu sei.
A ordem é economizar energia.
Péra aí, também. Num vou ficar economizando palito, não.
Tem algo de estranho por aqui.
Acho que estou mudando meu fuso horário.
Durmo quando tenho sono e acordo quando estou descansada.
Tá certo que dormir às 21h e acordar às 3h é um pouco de exagero, né?
Mas é tão bom..

18 maio, 2001

Como está um frio insuportável e eu falei que vou parar de resmungar, melhor é tentar conferir se tem algo de interessante passando na TV. :O)
E, amanhã, lá vou pra mais uma aventura que promete.
Festa na casa do meu priminho.
Ai, ai, ai.
Calma. Não é nada disso que você está pensando. Meu priminho está completando apenas 11 anos de idade.
Festa família.
O pobrema é que é longe praca.
E o mala do Cascão (meu carro, que vive sempre sujinho) deu agora de achar legal essa coisa do apagão.
Tá caolho o pobrezinho. Só uma lanterna funciona. Bosta.
E ainda por cima me deu um sustão, no túnel do Anhangabaú, em pleno domingo do Dia das Mães.
Nunca vi tanta ingraditão. :p
Enfim, se tem uma coisa que é reconfortante na vida é saber que temos amigos.
Hoje, tive duas grandes boas provas disso.
Ontem, mais umas tantas.
Bah! Eu devia mesmo parar de reclamar tanto. Que coisa! Mania de ser reclamona! Parei com isso.
Tá bom. Eu sei que inverno pode ser divertidinho. Fondues. Vinhos, comidinhas diferentes, em todos os aspectos.
Mas, puta que me pariu. Dá um desconto. ;O)
Definitivamente, o-dei-o o frio.
Pronto, passou.
Ouvi novas notícias sobre o tão temido apagão.
E eu que tenho que ecomizar meus míseros 200KWH. Vou ficar fazendo o que, aqui em casa? Emitindo sinais de fumaça?
Hunf!
Deusdocéu.
O dia mais frio do ano, aqui em Sampa. Saí de casa às 8h da madrugada e não acreditei na temperatura do vento.
Isso num é pra mim, não.
Passei o dia parecendo um repolho. Quatro blusas, mais o casaco.
Ao que tudo indica, será um longo e tenebroso inverno.

17 maio, 2001

Não se deixem impressionar pelos números..
Das 14 visitas, umas 8 são minhas mesmo.
Xá pra lá. :O)
Putz, esse blog tá ficando cheio de onda, né?
Contador de visitas e tudo.
Obrigada, Rô!!!! :O)))
Nada de banho GAP, hoje. Não, não, era um dia especial, apesar do frio desgraçado e da economia de energia elétrica.
Cabelo lindo, roupinha legal.
Saí pra dar uma voltinha, lá pelas bandas da Cidade Jardim com a Nove de Julho.
E num é que isso faz bem pra alma, mesmo?
Espero ter que voltar sempre. ;O)

15 maio, 2001

Rê e Alê! Tô de olho, hã?
Bah! Deixa pra lá!
Pouco juízo, meninas!
Qualquer coisa, Tia Jama tá sempre aqui, pra oferecer uma caneca de capuccino e um ombro amigo!
A minha amiga Ale também tá blogando. www.aleber.blogspot.com
A Rê www.manueladas.blogspot.com começou a blogar.
Hoje, em homenagem ao frio insano que faz por aqui, tomei um banho GAP.
Antes de contar como funciona o truque, preciso registrar o invento na Marcas e Patentes e na Biblioteca Nacional.
Já volto.
Meleca!
Tô com medo dessa coisa de apagão.
Sou meio cagona e tenho pânico de escuro.
Mulher precavida que sou, descobri, hoje, que minha lanterna está quebrada. Hunf!
Tá certo que tenho algumas velas por aqui. Mas, se eu bem me conheço, vou fazer caquinha.
Vocês já podem imaginar as causas do incêndio, quando lerem os jornais do dia seguinte, né? Sim, foi a descoordenada, aqui.
Descobri também que o farol do Cascão está queimado. Mais despesas pela frente.
Ô fase desgraçada, viu?
Afê!

14 maio, 2001

Você vão me desculpar... Mas tá um frio selvagem em Sampa.
Odeio. Odeio. Odeio.
Tudo fica mais difícil no frio.
E com o apagão que se aproxima, vou ser obrigada a desencavar das tumbas a técnica de banho GAP que eu criei, ano passado. Brrrrrr.....
Dia desses eu conto como o banho GAP funciona.

13 maio, 2001

E lá se foi mais um Dia da Mães.
Esse foi meu décimo.
Até que é legal viver um Dia das Mães, como uma mãe, é claro.
Mas a pergunta que não quer calar é: porra, precisava ser num domingo?
Olha a chance que a gente perde de ter mais um feriadão durante o ano.
Já pensaram nisso? :p

12 maio, 2001

Como Deus é pai e não é padrastro, no final deu tudo mais ou menos certo.
Foi a paella improvisada mais bem sucedida do planeta.
Frango, peixe, camarão fresco, mariscos, temperos criteriosos, vinhos do cacete.
A pergunta que não quer calar é: pq diabos os vinhos portugueses tem denominações tão estranhas.
Porca de Murça foi o vinho eleito para o evento.
Atenção, meninas de plantão!
Conselhos da Tia Jama: Muita cautela. Porca de Murça em dia fértil pode ser perigoso.
Fui clara? ;O)
Foi uma deliciosa operação de guerra.
Guerra mesmo. Quase campal.
Estava cortando o frango em cubinhos milimétricos e o Marujo devorando todos. Grrrrr... Vai estudar, menino! :p
Com o Marujo devidamente expulso da cozinha, prossegui na minha tarefa.
Cortei todo o frango e tava dando conta do caldo de camarão e do cozimento dos mariscos.
Distraí-me com meus pensamentos. Aquele mar tava foda mesmo.
Olho para a pia e dou pela falta dos pedaços de frango.
ORRRRCAAAAAA!!!!!!!!!!! Vc comeu tudo!!!!!! Grrr...
A Orca é uma pateta, mas sabe ser bem espertinha quando o assunto é gastronomia.
Lá vou eu, de novo, cortar mais pedacinhos de frango.
Hunf! Isso aqui vai demorar séculos.
Perpetrando o almoço. Sim, eu consegui!
Hora de começar a organizar a bagunça.
Cacete! Mar revolto mexe mesmo com a gente. Uau!
Cortar o frango.
Picar os temperos.
Limpar os camarões. Onde eu tava com a minha cabeça-de-pudim ao comprar camarões frescos? Dá uma trabalheira do cão limpar e descascar um por um.
Eu sei, eu sei. O amor é lindo, mas camarões congelados são tão mais práticos! :p
Planejando o almoço - terceira etapa.
Hora de passar no supermercado.
Vinho meia-boca pra perfumar o cozimento dos frutos do mar.
Uma bandejinha de mariscos limpos e congelados, porque eu não sou boba nem nada, certo? :p
Melhor tomar rumo de casa. Carai... 14h00!!!! Será que os camarões ainda podem ser classificados como frescos?
Eis o mistério da fé. :p
Quase de volta pra casa, me bateu uma curiosidade incontrolável de ver como estaria o mar na praia de Camboinhas.
Uma cena inacreditável. O mar invadiu completamente a faixa da areia e as ondas arrebentavam com uma violência sem adjetivos.
O vento era forte, incômodo e quase gelado. O sol insistia em tentar aquecer o dia. Sempre ele! ;O)
Minha sensação geral era muito confusa. Estava maravilhada com o cenário, mas era um misto de fascínio e um sentimento de fragilidade.
A maioria dos quiosques da praia estava fechada. Apenas um se arriscou a trabalhar.
Pedi uma cerveja e fiquei ali, observando a arrebentação e a reação das pessoas.
Jung tinha mesmo razão. O mar e o inconsciente têm movimentações muito, muito próximas.
Acho que por uma meia hora, mergulhei em reflexões profundas sobre os rumos da minha vida. Nada muito conclusivo, mas era um momento absolutamente necessário.
Uma onda de uns 4 metros estourou bem diante de mim. Senti seus respingos no meu corpo. Uma garoa imensa e gelada se formou e durou por alguns minutos. Acho que era tudo o que eu precisava.
Era hora de voltar pra casa, sob o risco dos camarões deixarem de ser frescos.
Bendita ressaca!

Cheguei na praia de Itaipu e tomei um susto enorme com o que eu vi.
Itaipu é uma praia que, normalmente, dá sono de tão parada.
Marolinhas que não assustam nem uma mosca.
Mas, naquele dia, o mar estava irado. Ondas imensas invadiram a areia e já estavam batendo na porta das casas.
Uau! Era assustador, mas absolutamente fascinante.
Comprei um pouco de camarões frescos, lindíssimos. E confesso que dei graças aos céus por não ter mariscos.
O pescador contou que eles não pegaram nenhum, por causa da agitação do mar.
Entre nós.. Limpar mariscos é um porre, né? Ufa! Bendita seja a ressaca! :p
Planejando as compras.
A alguns poucos quilômetros de casa tem uma pequena vila de pescadores, em Itaipu.
Lá se pode comprar peixe fresquinho e frutos do mar da melhor qualidade, logo cedo.
Boa! Vou comprar um pouco de camarão e um pouquinho de mariscos.
Se tiver vôngole, melhor ainda... Posso fazer aquela sopa de vinho maravilhosa, como entrada.
Peguei a chave do carro e lá fui eu, de sacolinha, às compras.
Detalhe: tava uma ventania de dar medo. Só então me dei conta que eu estava ouvindo o barulho do mar, e olha que a gente fica a, mais ou menos, uns 2km da praia.
Enfim... tomei meu rumo.
Planejando o almoço.
Tínhamos na geladeira uma quantidade irracional de arroz, alguns pedaços de frango e duas garrafas de vinho branco, criteriosamente escolhidas pelo Marujo.
No freezer, algumas postas de peixe.
Há, háááá!!!!! Vamos improvisar uma paella.
Isso, isso, isso!!!!
E lá fui eu!
Domingo passado eu estava no Rio.
Depois daquela maratona pra chegar lá, descansei muuuuuito no sábado e, finalmente, tive um domingo agradável e divertido.
Tudo começou por volta das 10h da matina. Hora de planejar o dia.
Marujo tinha que estudar feito um condenado e eu, mulher compreensiva que sou, decidi que eu iria pra cozinha preparar um almoço digno de nota e passar o que restar da tarde assistindo TV.
Vá ser Amélia assim na puta que pariu, vc deve estar pensando.
Mas o amor é lindo, é o que eu sempre digo ;O)
Os dias têm passado rápido demais, ou é impressão minha?
Caramba! Hoje já é sábado e nem vi esta semana passar.
Pensando bem, até que foram dias produtivos.
Arre! Até que enfim uma visão otimista.

10 maio, 2001

Era um quarto simples, daqueles quartos normais, limpinhos, básicos.
Como aqueles em que você se hospeda quando está viajando com uma certa dignidade, embora sem muita grana, manja?
O divertido da brincadeira foi que, pela primeira vez, eu me senti hospedada como uma Turista, dentro da minha própria cidade.
Nunca tinha ido ao Largo Santa Ifigênia. Não sob esse ângulo.
No banheiro, tinha um janelão enorme, com vista panorâmica para as ruas estreitas locais (se é que isso é possível)
Ah! Vc entendeu, vá. Dá um desconto!
Confesso que eu me perguntei quem foi o arquiteto tarado, exibicionista, capaz de projetar um banheiro com uma janela daquele tamanho. Um sujeito normal ele não era, não! ;O).
Esqueci a fome, (o cardápio do Hotel não era lá essas coisas, pelo adiantado da hora).
Abri a janela do banheiro, acendi o que eu tinha prometido ser o penúltimo cigarro da minha vida, abri uma lata de cerveja e passei parte daquela madrugada observando o movimento da rua, dos mendigos, dos catadores de lixo, e, criteriosamente, tentando descobrir o mistério sobre o que estava rolando num ap. de um prédio em frente. Coisa esquisita.
Pensando bem, o Marujo tinha razão. (como sempre, Hunf!)
Foi divertido.
Lá pelas 5h00, eu tava morrendo de sono.
Mas eu tinha que acordar às 6h30, para estar de volta ao Congonhas às 7h30, no táxi pago pela Vasp (he-he !!!)
Buá.
Sono. Fooooomeeeeeee!!!!!!!
Não preciso dizer que o vôo das 7h40 saiu com mais de uma hora de atraso, né?.
Desabei meu esqueleto, em casa de Nikiti, às 11h30.
Dia desses ainda dou um soco no Wagner Canhedo por essa, mas que foi divertido foi. :O)


Exausta, estressada, famélica, sozinha e, tá bom, confesso, com um certo medo, entrei no táxi e segui rumo ao tal hotel.
O motorista do táxi era um tiozinho boa gente, indignado com a sacagem que a Vasp tinha armado.
Meninos, eu vi: eu tava entrando no táxi, em Congonhas, e ainda tinha vôo da Varig e da Tam decolando. Detalhe: eram mais de 23h30.
Xá pra lá. Pobre é uma merda.
Cheguei no Hotel.
Era um treco meio engraçado, meio patético.
Deu pra sacar que nos áureos tempos já deve ter sido um Hotel legal. Mas anda meio decadente.
Deixei pra lá meu mal humor e comecei a me divertir com a parada.
(Não sem um certo medão, é claro. Eu tava sozinha, ai!. De certa forma, estava mesmo me sentindo um pouco indefesa. Mas nada que aquele meu olhar de Dr. Spock não desse conta, pra impor um respeito de classe.)

09 maio, 2001

Se tem um conselho que eu dou a vocês é: nunca contrariem uma sagitariana quando ela está com fome e cansada.
Isso é um risco de vida ou, no mínimo, de levar um soco. Juro.
Decidi, no estresse: eu vou nessa porra desse vôo HO-JE!. Não vou voltar pra casa e pagar outro táxi. Não vou! Não vou! É desaforo!
Despejei minha ira sobre o nanico que veio dar a notícia e, na seqüência, confesso: fiquei com dozinho do pobre.
Juro que eu não queria estar na pele dele.
E quando eu digo que, no fundo, sou uma boa alma, vcs não acreditam, hã?
Contei minha história triste (que o celular do Marujo estava fora do ar, e que se ele visse que o vôo estava cancelado, eu iria chegar no STD às 2h00 e teria que dormir na calçada, à sorte dos piores riscos, etc,etc.).
O nanico se comoveu (minha história era mesmo triste, vá!)
E o nanico foi na sala da Vasp (grrrr.) pedir pra chamarem o Marujo pelo alto-falante, lá no STD. Olha a merda armada.
Pensando bem, até que o nanico era um cara legal.
Três minutos depois... O Marujo me ligou. (Deus é Pai, é o que eu sempre digo! :O).
Como a única pessoa que eu conheço capaz de driblar a ira daquela, então, sagitariana famélica, cansada e mal humorada é o Marujo, ele me convenceu a ir para o hotel que a Vasp (grrr.) estava pagando e embarcar no dia seguinte, no primeiro vôo. (grrr....)
Peguei o táxi, por conta da Vasp (grrrr..), e despenquei meu exausto esqueleto, à 1h da manhã, num hotel no Largo Santa Ifigênia.
Só então me dei conta de que o que estava acontecendo tinha um fundo divertido, e, por que não, bizarro.
Eu mereço!

Pois é: 20h30 da sexta, tava a otária aqui, lá em Congonhas.
Decolagem marcada para 22h00.
21h45. Nada de chamarem o maldito vôo.
22h00. Na-da.
22h10. Hunf!
22h20. Grrr....
22h30. Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr;
22h40. Eu quero a minha mãe!
22h50. Fodeu. Congonhas vai fechar e já vi tudo: eu me fodi. Vou dar um soco no Wagner Canhedo.
22h55. Um nanico foi destacado para enfrentar ira das feras insandecidas na sala de embarque.
A notícia derradeira: os passageiros serão transportados de ônibus pra Cumbica e embarcarão à 1h00. Previsão de chegada no Santos Dumont é para às 2h00.
22h56. Eu quero a minha mãe, um pão de batata e que a porra do celular do Marujo funcione, pelamordedeus!
Modéstia a parte, sou uma boa pessoa, temente a Deus, e que quando manda os outros à merda, não é de coração. Por isso pergunto: por que sempre eu??????
Buá.
Contrariando também minhas outras previsões, não desembarquei no Rio na sexta-feira, às 22h30.
Despenquei por lá, com as olheiras pelo queixo e num cansaço deplorável, no final da manhã do sábado.
Reza a lenda que "Na Vasp você é 10".
Não se pode confiar em mais nada hoje em dia, né?
Contrariando todas as minhas previsões, às 20h17 desta quarta-feira, voltei a pisar sobre o solo paulistano.
Nada contra a minha terra de berço, mas, porra. Xá pra lá.

04 maio, 2001

Sacanagem.
Parece que Godzila está adivinhando que eu vou me ausentar por algum tempo.
Basta eu fazer qualquer movimento e o pobrezinho pula do sofá, de orelhinha murcha com cara de "não me deixe só!".
Tadinho. Tá certo que ele é um mala, que rouba meus sanduiches e toma metade dos meus potinhos de sopa da Gerber.
Mas é uma boa alma.
Relax, Godzila! Mom nunca vai abandonar você, fofo!
Daqui a pouco embarcarei para o Rio.
Estou mesmo merecendo emoções fortes. ;O)
Prometo comer empada na praia todo dia. De camarão e de queijo com cebola.
E comer muito queijo coalho grelhado. Com cerveja, obvs.
Vou preparar ótimos risotos e ampliar meu repertório de piadas de argentino, se o Mau e Frida aparecerem por lá.
Prometo que não vou me meter em ciclovias sem saída e nem me meter em tantas encrencas.
Bah! Mas se eu não me meter em encrencas, vou deixar de ser Jamanta. Assim não tem graça. Esquece!
Ah! Sim, prometo não me arriscar no mar, se ele estiver brabo. E preparar purê de man-tata baroa dia sim, dia não, pra não enjoar.
Torçam por mim. Espero não ter que voltar ;O)
E hoje é aniversário do Hebert Vianna.
Tive notícias de qua ainda não falaram pro pobre que a Lucy subiu no telhado.
Entre nós, acho isso muito esquisito. Enfim, os caras devem saber o que estão fazendo.
Hoje, voltei lá na japonesa com cara de CDF pra pegar o comprovante de entrega do I.R.
Ela perguntou por que eu sou tão brava.
Imagina! Eu sou um poço de candura. Eu, hein?
Pois é. No final acabou dando tudo mais ou menos errado.
O motoboy lá do sebo teve pobrema e eu fiquei com preguiça de pegar metrô até a Xavier de Toledo.
Paciência. O Marujo vai ficar sem presente. Mas, pelo menos descobri onde tem o livro que ele tanto quer.

03 maio, 2001

Sobre o Sebo.
E num é que os caras são bons, mesmo?
Liguei pra lá e resumi minha história triste: tenho que estar com a porra do livro em mãos, na sexta-feira.
Falei que não tinha como ir ao Centro da cidade.
Acreditam que vão me trazer o bendito livro aqui em casa? Tô esperando. Assim que chegar, eu divulgo o nome do tal sebo.
Adorei o selviço!

01 maio, 2001

Ói!
Assumi a árdua tarefa de encontrar um livro relativamente antigo, já esgotado, entre os trocentos sebos desta paulicéia.
E num é que pelo Cadê achei vários?
Um livreiro me escreveu formalmente, falando sobre o livro, detalhes técnicos, estado geral de conservação e preço.
Amanhã ou depois eu vou lá buscar. Tenho urgência e não dá pra esperar até completar os procedimentos de depósito bancário, envio de fax e recebimento do Sedex. Fica mais fácil ir lá, já que agora sei onde tem. ;O)
Depois eu conto no que deu. Mas amei a agilidade e, principalmente, a cordialidade do serviço.
Como boa brasileira que eu sou, ontem foi meu dia de entregar a declaração pro Leão.
Sim. Como diria Kalvin, meu redator predileto: "O melhor momento é sempre o último" .
E lá fui eu. Como sabia que eu tinha grandes chances de fazer caquinha, recorri aos serviços de um contador de plantão.
Cheguei lá, era uma contadora, japonesa, com cara de CDF.
Fodeu.
Levei uma bronca desgraçada por causa da bagunça na minha vida financeira.
Ei! Péra aí! Quem tá pagando sou eu. Que mulher mala!
De posse do disquete com as preciosas e sigilosas informações, e da via impressa da declaração, cheguei à Nossa Caixa
(Ah, se ela fosse minha..)
Ninguém lá. Sem fila. Ueba! Tudo vai dar certo!
A moça me atende. Lê a declaração e me diz solenemente: - Agora é só você estar assinando.
- Legal. Onde?
- Ah, é! Tá faltando o formulário. Cê tem que estar me trazendo o formulário da capa, onde tem um campo para você estar assinando e só assim a gente vai poder estar recebendo.
-Sei.. Mas, tipo assim.. (he,he). Onde eu posso estar encontrando esse formulário?
(Não, a marmota não percebeu a ironia)
- Tá no programa da declaração.
- Sim, então quer dizer que está dentro deste disquete. Certo?
- Acho que sim..
A mulher levantou-se e foi consultar uma colega. Conversa vai, conversa vem, ela levou 10 MINUTOS para voltar.
- É, você tem que estar trazendo aquele comprovante assinado, pra gente poder estar carimbando.
Grrrrrrr..... Polida e ironicamente, pergunto:- Você não pode estar abrindo o disquete e imprindo a página que falta pra mim?
- Não.
Hunf! Hunf!!! Hunf!!!!! A marmota iria ter que estar abrindo a porra do disquete, de qualquer jeito.
Voltei lá na japonesa CDF. Bosta.
No final tudo deu certo e não tive que estar voltando para estar falando novamente com aquela marmota com cara de mofo.
Ah! Se a Nossa (????) Caixa fosse minha. Grr.
E também não quero ver a japonesa com cara de CDF nunca mais.
E o Leão, nem morta! Eu hein?
E mataram a secretária do Carlos Minc.
Crime hediondo. Com requintes de crueldade.
O algoz foi encontrado morto, algemado, enforcado por um fio de ventilador amarrado à maçaneta da porta.
A Polinter sustenta a versão de suicídio. Sei.
Não vi as fotos, mas não tenho notícias de que o assassino era um anão.
O que será que o nobre deputado tá dizendo sobre isso, hein? Essa eu faço questão de procurar nos jornais cariocas.
Pois é, a vida tem dessas ironias, né?
Por mais que eu me esmere em minhas sofisticadas pesquisas culinárias, passo um feriado inteiro cozinhando macarrão sem molho. Nem um rosbifinho especial pra animar... Hunf!
Saldo do consumo geral, em 3 dias, aqui em casa.
Pouco mais de 750g. de macarrão colorido e 5 pacotes de Miojo, sabores variados.
Nenhuma pizza, até agora. Calma! O feriado ainda não acabou. Temos muitas horas pela frente. Acho que vou querer a minha com muitos 4 queijos, pra variar.
E não é que o Simba Safari se foi mesmo? Tenho boas lembranças de lá.
Pergunta da pequena Olívia: como os leões vão conseguir viver presos, depois de tanto tempo em liberdade?
Essa era a minha pergunta também. Meleca!
Há,há! Pensaram que tinham se livrado de mim, hã?
Na,na,ni,na!
Cá estou.
Entrei em recesso jamantal porque me dediquei às minhas funções maternas.
Feriadão inteiro por aqui, quietinha.
O que não quer dizer que eu não tenha cometido algumas jamantadas. A pequena Olívia que o diga.