22 dezembro, 2006

Eu odeio americanas.com.br
Odeio.
De morte.
Aliás, hoje é o dia perfeito para aniquilar os meus desafetos.
Com requintes de maldade.

21 dezembro, 2006

Às compras.
Pela primeira vez na semana, relaxei sem pensar em trabalho.
Junk food no Market Place e comprinhas meigas com 2 diretoras de arte.
Mais de uma hora na Livraria Cultura. Quase me aconcheguei na arquibancada fofa pra tirar uma soneca. Quase comprei agendinha, caderno de notas, DVDs, livros, livros.
Quase.
Finalmente comprei a sandália que eu tanto precisava, do jeito que eu queria.
Isso tem seu preço. No ano que vem eu penso nisso.
Isso aqui tá uma balbúrdia.
Saí às 3h da madruga, voltei às 11h e não tenho previsão de saída.
Tem neguinho por aqui que virou a noite, foi pra casa às 13h e tá voltando agora.
Sei lá como, eu superei a fase da exaustão. Sorvo café aos baldes.
Já estou entrando em fase de mania. Anjos-da-guarda talvez estejam redobrando o cuidado com a minha pessoa. Assim espero.

19 dezembro, 2006


Compressa de camomila.
Na segundona, acordei às 4h da madruga. Rodízio. Cheguei no trabalho às 7h e saí às 23h50.
Capotei às 2h, na terça, e caí da cama às 6h.
A previsão é que antes das 23h, nada de pijama.
Minhas olheiras me consomem.
Sou um Heródoto Barbeiro de saias.

18 dezembro, 2006

Domingo azul.

Manhã de compras no comércio do bairro.
Ordens expressas de Ciça-mãe para que eu não entrasse em determinada loja.
Segui saltitante e avoada. Comprei milhões de tranqueiras que não somaram 10 reá.
Faltava comprar a sandália que combinasse com o vestido da menina KC.
Vi na vitrine algo que me agradou. Eu tinha que raciocinar como uma menina de 15 anos, e eu estava sem minha assessora para esses assuntos.
Ignorando todas as recomendações, entrei.
Menino F. me atendeu com cortesia e ainda deu sábios palpites na escolha difícil.
Fiz negócio da China.

Eu tinha que comprar torta de mamona (!!) pra minha mãe, na loja mais bizarra do universo.
Eu, que passei 3 anos naquela comarca distante, já vi muita coisa esquisita, mas nada parecido com aquilo.
A disposição das mercadorias seguia critérios indecifráveis.
Quero voltar lá com mais tempo.
Vou descobrir o critério. Deve haver algum.
Já para a torta de mamona...

Voltei pela feira.
Ouvi algumas bobagens.
Conclusão da semana: é, eu engordei.

Cheguei em casa saltitante, avoada e um pouquinho exausta.
Levei bronca. Comprei sandália na loja proibida.
Eu confundi as informações.
Mas não entendo minha mãe.
F. é o cara.

Matei duas taças do vinho bom que estava vacilando na geladeira, enquanto eu preparava macarrão gostoso.
Vi o fofo do Nando Reis no programa da insuportável Fernanda e um pedacinho do Oi Mundo Afora. Nova York.
Capotei no meio da tarde. Sono profundo.

Tive o sonho do século.
Um jogo de sedução entre mim e um conhecido, com uma carga de erotismo jamais registrada pela Sétima Arte.
Meu superego foi surpreendentemente genoroso ao permitir que eu me recordasse dos detalhes. Sim, porque o jogo tinha histórinha. Uma trama complexa.
Não sei bem o motivo, mas quase 24 horas depois ainda me sinto assim, meio tonta. :O)



Anotei com cuidado o nome do frisante.
Só uma coisa é certa: já sei o que vou beber no reveillon. :D

04 dezembro, 2006

Cascao tem apenas 77.000 km.
Olhando, ninguem diz.
Carro bom, tratado no azulejo.
Precinho de ocasiao.
Efeito Zidane.
Tenho abusado do recurso.
Eu sei. Vai passar.
Chuva desnecessaria na cidade.
Mais de 95 minutos pra chegar em casa.
Sofrimento desnecessario.
O porco do George Clooney morreu.
Pobre Max.

30 novembro, 2006


Sonoterapia já! :O)
Fiz matrícula.
Voltei para os bancos da auto-escola.
Antes que eu seja chamada ao banco dos réus.
Erro estratégico.
Descobri que já conheci tudo quanto é tipo de mau-elemento.
Menos um advogado.
Mó azar
Problemas à vista.
Hoje fui tomar providências necessárias.
Descobri que a situação da minha carteira de motorista é bem grave do que eu imaginava.
A solução é só a longo prazo.

29 novembro, 2006


Sonoterapia já! :O)
Dois meses.
Dois meses de tormento e prejuízo. E eu quase entrando em parafuso.
Tudo por causa de um simples sensor de rotação.
Ah, sim, entrando na Berrini, Cascão ferveu.
Eu nem explodi.
Tudo resolvido.
Acho.

24 novembro, 2006

Enquanto isso, tudo vai bem.
Como se nada estivesse acontecendo.
Nada que justifique estas
adoráveis borboletas no estômago. O tal do frio.
Melhor eu me amasiar com meus sonhos. E deixar que o amor volte ser
apenas platônico, como era quando começou.
Nenhuma surpresa.
Quando o orgulho e a timidez resolvem se juntar em proporções boçais
dentro de uma pessoa como eu, só poderiam mesmo gerar a
solidão.
Depois do almoco, voltando pro batente.
Silêncio entre o trio de meninas, sempre tão decididas.
- E a academia, hein?
- A gente nem foi?
- Nem deu. Correria.
- Semana que vem?
- Isso, de segunda-feira não passa.
- Sei.
- Daqui a quatro semanas começam as coletivas...
Tudo começou em setembro.
Preciso de um BK sarado amanhã.
Minha naturebice repentina começa a atingir níveis preocupantes.
Só não abri o pote lacrado de umeboshi porque eu tinha
compromisso, logo cedo.
Desde o início da semana, o único ser morto que eu
ingeri foi um casquinho de siri Delicioso, mas nem valeu.
Haja soja.
No dia que alguém me vir comprando tofu, por favor, avisem
a família.
Frio na barriga.
Dentre os frios que me gelam, é o mais perigoso. :O)

20 novembro, 2006

Cascão tem prejudicado meu convívio em sociedade.
Porto Seguro, lá vou eu.
Ciça-mãe tem chamado Cascão de Sucatão.
Eis um belo exemplo de sabedoria materna.
Gambiarra.
E teclado funciona.
Domingo de manhã, comprinhas no supermercado. Antes, tenho que passar na manicure pra buscar minha encomenda, bem pertinho dali.
Saio do estacionamento e vou caminhando alegremente. Cigarro acesso.
Um mendigo franzino e barbudo, sentado na calçada pede: - Tia, me dá um cigarro?
- Dou, mas eu vou até ali e na volta eu te dou.
Poucos metros adiante constato minha suspeita: a manicure não esta e nem a minha encomenda. Odeio compras por catálogo.
Pego o cigarro pro rapaz e volto.
- Tó.
- Já tenho. Eu quero um real.
Noto que ele tem um cigarro aceso na mão.
- Um real eu não tenho. Mas fica com o cigarro.
- Não quero.
- Mais tarde você vai ficar com vontade. Guarda pra depois.
- Não, obrigado.
Fumante moderado. Tenho inveja disso.

18 novembro, 2006

Eu olho pra minha casa e não acredito.
Não tem por onde começar.
Ou tem: pela estaca zero.
Sei exatamente o que precisa ser feito.
Os esboços estão prontos.
Por onde eu começo?
Lidar com pedreiro me faz desistir.
Semana que vem, academia.
Puxar ferro.
Cheguei no peso certo, hora de criar músculo.
De turminha, que é mais bacaninha.
Precinho de ocasião.
Semana que vem.
Deixa quieto.
Que assim seja.
Vícios, vícios:
- Biscoito salgado de polvilho.
- Brigadeiro de chumbinho
- Mufin de castanha-do-pará com frutas secas, do Mosteiro que não é bento.
- Amendoim japonês com casquinha de salsa e cebola
- Malbec barato
- Comida natureba radical. Uma vez por semana. Ou duas
- Salada crua de abobrinha. Melhor no La Traviatta.
- Hamburguer com cheddar e cebola ao shoyu
- Açaí com banana e granola, de sobremesa
- Guioza cozido
- Pãozinho de parmesão meigo, do Pão de Açúcar
- Berinjela, sempre. Amo.
- Häagen-Dasz de tiramissu, todo sábado. E domingo
- Soá Brut.
- Cerveja com S. Se fosse possível.

15 novembro, 2006

Foi feriado, foi?
Sono, muito sono.
Dormi tarde e nem foi na balada.
Trabalho.
Acordei. Era mais de onze horas. Foi pouco.
Quase 16, conversei com Oli, Luiz, Cecilia.
Colo de mae por telefone. Adoro.
Preciso dormir. Ok.
Sono.
Sonhos lindos. Eu tive.[Olha nos meus olhos, esqueca o que passou - All I ask of you.].
Sonhei.
Tenho que comprar panela de pressao, samambaia, combinar almoco em restaurante.
Cecilia, minha mae lindona, pediu. Merece muito mais.
Mae??? Jura que vc quer uma samabaia nova??? Que tal uma blusa linda?
Tenho que ligar pro Wal, meu irmao e compadre querido.
Preciso de um ombro amigo.
O inferno astral ferve solto.
Aguardem.

13 novembro, 2006

Momento Petistil.
Conheci menino-moço com nome de arcanjo e lábios desenhados pelo 7 pele.
Não foi quimica nem dermatologicamente testado.
Quero nem encostar.
Deus me defenda.

08 novembro, 2006

Há,há,há.
Hoje, fui modelo fotográfico.
Amanhã, teremos nova sessåo de retratos.
Já avisei: Cindy Crawford não se deixa fotografar antes das 15 horas.
Tenho que fazer meu soninho da beleza. Dá licença.
Calote à vista.
O novo cartão ficou pronto e a conta tá desbloqueada.
Indaguei sobre o ressarcimento da minha pequena fortuna .
Até agora, ninguém sabe, ninguém viu.
Sei.
Momento Polyana.
O rapazinho do estacionamento não se conforma com a minha situação. Hoje, me aconselhou a comprar um santinho, levar chave e documento na igreja pra benzer e lavar o carro com sal grosso. ? ? Acho que as pessoas têm inveja da senhora?.
O mecânico já assumiu o paciente como se fosse dele. ? ? A sra. tem deixar que EU conserte. Agora é questão de honra descobrir qual é o problema.?
Note que existe toda uma rede de solidariedade ao meu redor.
Brigaderio de chumbinho para mim.
Fui uma boa menina.
Sete e quarenta e cinco da manhã, o guincho já estava estacionado diante do prédio.
Contrariando todas as orientações do mecânico, o técnico resolveu testar o carro.
Funcionou. Ninguém acredita em mim.
Pra minha sorte, descobri que o cara é meu vizinho.
Foi combinado que quando acontecer de novo, provavelmente amanhã, eu interfono e ele poderá flagrar o rebelde em pleno colapso matinal.
Na hora do almoço, eu consegui ir ao banco, lá longe.
E voltar pro tampo.
Só ainda não sei como vou chegar em casa.
Ou quando. A coisa por aqui vai longe.
Conforme o previsto: guincho.
Quer apostar quanto que chegando na oficina vai funcionar?
E ganha um brigadeiro com chumbinho (do bom) quem apostar que nao vai funcionar na hora do almoco, quando eu tenho que ir falar com a gerente do banco.
Ta facinho.

07 novembro, 2006

Dá pra parar, por favor?
Hoje a coisa estourou feio.
Meu cartão de débito foi clonado, na semana passada. E o prejuízo não foi pouco.
Tomei todas as providências e agora só me resta aguardar o desbloqueio da conta.
Tá.
Hoje, tinha contas a pagar e transferências a fazer. Não rolou.
As dívidas se acumulam.
Tenho 40 reá na carteira e o Cascão continua na oficina.
Estou começando a ficar seriamente preocupada.
Acho que vou levar o carro agora pra casa, porque na frente do mecânico o bandido sempre funciona.
Amanhã cedo, eu sei que ele não vai funcionar. Então, eu ligo pro guincho. Economizo a grana do táxi e ainda ganho o lanchinho da seguradora.
Na hora do almoço, tenho que ir ao banco. A gerente quer falar comigo.
Mesmo esquema: o carro vai estar no mecânico, portanto vai funcionar, certo?
Pra voltar pro trampo, ligo pro guincho, de novo.
Simples.
Foram os caras da seguradora que disseram pra eu chamar sempre que necessário.
E, no caso, trata-se de uma emergência level 5.
Nada mais justo.
Grrr.

06 novembro, 2006

Cinema em casa.
- Mãe, o áudio é 2.0 ou 5.1??
- Faço a menor idéia.
- Vou colocar 2.0.
- Que falta de ambição, minha filha! Fosse comigo, eu já chutaria 5.1 logo de uma vez.
Sejamos práticos.
A oficina fica a poucos metros da agência. Cheguei de guincho, shure.
Vergonha.
Encontrei um colega na calçada,
Ele perguntou e eu contei toda minha história triste.
Ele deu a solução no mesmo instante: - Taca fogo.
Gostei da idéia.
A chave do mistério.
O carro maldito não ligou no feriado. Chamei o guincho. O desgraçado funcionou na frente do técnico. Passei por louca.
Nos demais dias, o infeliz funcionou direitinho.
Hoje de manhã, adivinha?
Chamei o guincho de novo e deixei o carro no mecânico, conforme o combinado.
Pois não é que o filha-da-puta [o carro, não o mecânico] funcionou como se nada tivesse acontecido?
Até então, eu estava levando tudo na esportiva, com uma serenidade jamais vista em algum ser humano normal. Agora eu me enfezei.
O desgraçado só volta pra casa quando apresentar o defeito pro moço poder arrumar.
Mas já existe um diagnóstico.
Depois eu conto.

01 novembro, 2006

A coisa é complicada. Assim como tudo que me diz respeito.
Cascão tá com um problema misterioso, que ninguém consegue descobrir.
O atual já é o terceiro mecânico, em menos de 3 semanas.
É assim, ó: eu acordo de manhã, saio pra trabalhar. Ligo o carro e ele funciona.
Beleza.
Fim do dia, vou no estacionamento, ligo e ele não liga.
Ou pega no tranco. Ou eu, um táxi.
No dia seguinte, ele funciona normalmente.
No outro também.
Nas manhãs de reunião logo cedo, no horário em que todas as oficinas do Brasil estão fechadas, táxi.
Note que não existe um comportamento padrão.
Segunda-feira à noite, não funcionou. Táxi.
Armei o plano perfeito: deixei a recomendação expressa de que ninguém tentasse dar partida. O problema tem rolar na frente do mecânico pra que ele possa identificar a causa de tamanho transtorno e prejuízo.
Terça-feira de manhã, ligou.
Saco.
Dormiu na oficina.
Amanheceu funcionando que é uma beleza.
Ordinário!
Cheguei.
De táxi.
Bosta.
Digo bom dia porque sou educada.
Estou prontinha pra sair. Acordei disposta pro meu segundo dia como feliz usuária do transporte coletivo.
Chove torrecialmente.
Guarda-chuva ficou no carro. Do outro lado da cidade.
O prognóstico nao é nada bom.
Ta bom pra ti?

31 outubro, 2006

Pobre mortal.
Eu me sinto plenamente identificada com as camadas menos favorecidas da população.
Usei meu bilhete único e quase comprei fritura pesada na barraquinha do terminal.
Fiquei admirada. Nunca vi tanta gente bonita e cheirosa dentro de um coletivo. Oba! Vou ter ?amiguinhos do ônibus?.
Acho que vou optar pelo transporte público diariamente. Muito mais legal.
É.
Cascão pifou.

27 outubro, 2006

O dia.
O carro quebrou.
O táxi era até Cotia.
Trânsito lento.
O caminho, quase errado
A reunião atrasou.
O recibo não valeu.
A alça da bolsa arrebentou.
A unha quebrou.
E eu nem caí do salto.
Ainda.
E foi assim que eu voltei a me sentir a mulher quase mais feliz do mundo.
Eu disse quase.
Foi um longo dia.
Amanha, vai ser tbm.
Melhor eu dormir.
Nao sei se consigo.

26 outubro, 2006

Na boa.
Hoje, após um belo insight, tive a sensação de que tudo vai se resolver a contento. Só que de um modo completamente diferente do que eu sonhava. Tenho apenas que aceitar que vai ser assim. E pronto.
Chega de sofrer.
Sei não.
Desconfio que meu novo corte requer vistas quinzenais ao cabelereiro.
Me ferrei.

24 outubro, 2006

Momento Gilmore Girls.
Noite de domingo passado, voltando de um dia feliz na casa da Ciça-mãe.
Em plena 23, quase no Ibira.
Do nada, surgiram lembranças remotas dos tempos da Oli, ainda na fase da Pré-Escola. Coisa muito cuti-cuti. Ela era uma fofa e escrevia muito bem. Tinha idéias geniais, embora me deixasse louca com a opção quase religiosa de sobreviver à base de uma dieta pouco recomendada pelos médicos e pelos dentistas.
Eu: - Legal mesmo foi quando você respondeu, numa prova de História, que os homens primatas alimentavam-se de caça e de salsicha.
Ela: - Eu escrevi isso?????
Eu: - Escreveu. Preciso achar onde guardei essa pérola.
Ela: - Onde eles achavam o porco pra fazer a salsicha? Que absurdo! Há, há!
Eu: - O porco é o de menos, fia. Com um pouco de boa vontade ou de sorte, talvez desse pra encontrar. Mutações eram muito freqüentes, naquela época. Duro mesmo devia ser descolar um jornal em condições. Porque, você sabe, salsicha sem jornal pra temperar, não fica a mesma coisa.

Eu juro que tento ser uma mãe exemplar. Juro. É a maldita influência de Greg House que tem me prejudicado. :O)
A Mesa das 7 Mulheres. - Episódio inédito.

Final de tarde de um outro, outro sábado nublado, quase frio, porém alegre. Churrascaria.
Mesa redonda.
Água Tônica à vontade, sem uma gota sequer de gim na parada, note bem.
Uma conversa fiada rolando, daquelas que invariavelmente terminam no assunto filmes, esquema ?cinema + combo pipoca-refri, eu fui!? ou ?DVD + chocolate, eu desabei!?.
Eu ando deveras desatualizada nesse quesito, confesso. Só tenho visto enlatados americanos, na casa da minha mãe. Prudente que sou, fiquei apenas de ouvinte atenta. Acompanhe a conversa.

- ... então, é aquele filme que tinha sido rogada uma praga. Lembram? A pessoa seria transformada em algum ser do mar...
- Sei, eu vi! Eu vi! Mas num lembro o nome.

Até aí, eu tava boiando. Mas continuava tentando entender o pressuposto.

- Sim, a pessoa podia ser transformada em qualquer coisa, até numa sereia. Eu assisti!
- Mas virar sereia não é praga! É lindo! Lindo!
- Também acho... Pensou? Eu quero ser seria!

Comecei a me preocupar profundamente com o rumo daquela prosa. Fiquei na minha, porque todo mundo sabe que eu não sou de falar besteira. E o assunto prosseguia.

- Não, não acho que ser transformada numa sereia é uma praga. Eu sempre quis ser uma sereia, desde pequenininha...

Uma onda sonhadora começou a inundar aquela mesa.
Xii.
Comecei a refletir sobre o aspecto prático da coisa, se é que você me entende.
Achei melhor entrar com um dado de realidade, mesmo não tendo assistido à tal da fita:
- Meninas, onde vocês estão com a cabeça?
- ???? (em uníssono)

Minha indagação não surtiu o efeito esperado. Era chegada a hora de partir pra ignorância:

- Uma mulher transformada em sereia está condenada à inatividade. Impossibilita o principal. Mó friaca!
- ???? (novo uníssono)
- Anatomicamente pensando, meninas!... Hello-ow!!!

As fichas finalmente caíram.

23 outubro, 2006

Inacreditavel.
Pela primeira vez, em quinze dias, consegui chegar em casa pouco depois das 20h30.
Desacostumei. Nem sei o que fazer com essa eternidade de tempo livre.

21 outubro, 2006

"Nao ha bala perdida. Apenas desencontros."
(Ivan Lessa - revista Piaui - outubro/06)
Cortei o cabelo.
Estou me sentindo nua.
Na ultima vez que fiz isso, Olivia ficou uma semana sem falar comigo. Ela tinha 4 anos de idade. :O)
Desta vez, ela adorou.
Quero a segunda opiniao.
Liga?

05 outubro, 2006

No iPod: Roam - B52
Pra garota Gilmore.
:O)

04 outubro, 2006

São Francisco, rogai.
Embora o problema seja na bateria e nao na ventuinha, vou vestir minha camiseta do ventilador.
Bosta.
Reuniao as 9h, sem hora pra acabar.
Sao pouco mais de 7h e quem tah acabada sou eu.
O Cascao nao quer pegar. Problema na bateria desde sexta-feira passada.
Mecanico soh abre as 8h e tem hora certa pra fechar.
Entao tah.

02 outubro, 2006

Frivolidades absolutamente necessarias.
- Tenho me comportado muito bem, me alimentado direitinho e nao vislumbro mais renovar meu guarda-roupa com a colecao Primavera-Verao na Petistil.
- Preciso daquela bolsa preta da Dior, que eu vi na Elle. AGORA.
- Comprei uma bota gelo, bico fino, cano alto, salto agulha 9 cm. Linda. No pe esquerdo, tava pegando um pouco. Na sexta-feira, fui trabalhar. Na rua, as pessoas olhavam. Nao sei bem se era pra beleza da bota, ou se estavam notando o meu andar manquitola. Tava doendo pra burro. Faltou-me um Chandler pra me carregar.(lembra do episodio de Friends, 8a temporada?)Pois eh.
- Se alguem souber como se faz pra remover hematoma sob a unha do pe, serei eternamente grata. A unha do dedao do pe direito ficou bastante prejudicada. E nem doeu. Tenho que voltar ao esmalte vermelho nos pes. Vermelho.
- Eu e Oli bem que tentamos, mas foi impossivel assistir O Diabo Veste Prada. Lotado. Nos acabamos de engordar na Parmalat, pra nao perder o passeio. :O)
- Compramos um vestido lindo,em sociedade,numa loja completamente improvavel. Essa eh a vantagem de ter filha adolescente, somada ao talento de uma mae boa no garimpo.:O)
- Oli escreveu um depoimento lindo pra mim, no Orkut. Chorei.
Eu sou uma besta quadrada.:O)
1907.
Lembro-me disso como se fosse hoje.
Arrepios.
Era início de abril. Eu, sentada na minha varanda ampla, com calendário e bloco de notas pessoais sobre a mesa, ouvindo Oasis. Tracei planos sobre os meus vôos futuros.
Uma vinda a São Paulo estava inclusa naquele pacote hipotético.
Justamente naquela sexta-feira, 29/09. Pra cumprir o tal do dever cívico, no domingo. E comemorar o aniversário da Olívia, no dia 5/10.
Muito provável que seria naquele vôo finado. Tudo iria depender apenas da melhor tarifa, conforme a indicacao da minha santa Izabel, o meu anjo manauara pra esses assuntos de deslocamentos.
Quis o destino que eu entrasse em rota de colisao bem antes. Voltei pra casa. Esse penaulti não era meu.
Sensação estranha.
Fiquei passada.

28 setembro, 2006

Seis coisas muito rápidas sobre mim.
1- Há jobs em tudo que eu vejo.
2- Há 5 dias não sei o que é TV. Sem reclamar, veja só.
3- Preciso urgentemente cortar o cabelo. Não sei como nem com quem. Nem quando.
4- Pediram o n. do meu RG, na entrada do prédio. Dei o da placa do carro.
[algumas coisas não mudam nunca].
5- Engordei 4 kg. Só faltam 2.
6- Estou quase feliz. Quase.

22 setembro, 2006

Sei lá.
Mil coisas.

20 setembro, 2006

Desejem Feliz 2006 pra mim!
O ano acabou de recomeçar. Foi em 13 de setembro.
Quem sabe, de agora em diante, 2006 deixe definitivamente de ser o ano do cão e volte a ser apenas o ano do cachorro. E nem precisa ser um labrador. Só cachorro, já tá bom.
Obrigada, viu?

19 setembro, 2006

Alê Totalmente Bridget mandou. Então, eu considero como uma ordem.
Mas calma, aí.
Ainda tô juntando as 6 coisiquinhas. :O)
Tá na bula, pra quem quiser ler.

"Contra-indicações: hipersensibilidade compravada a produtos originários de células de ovário de hamster chinês."
E eu não tô de sacanagem. Te juro.
Fiquei imaginando o diálogo entre médico e paciente.
- Tem alguma hipersensibilidade comprovada a produtos orignários de células de ovário de hamster chinês?
- Que eu me lembre, não, doutor. Tive problema com um hamster, uma vez. Mas não era chinês.
- Ótimo.

18 setembro, 2006

Cascao voltou pra oficina.

Sábado, eu conheci a ira em estado bruto. E bota bruto nisso.
O barulho voltou, como se nunca tivesse visto um mecânico.
Em Manaus, isso se resolveria facinho. A golpe de terçado.
Grr.

15 setembro, 2006

Dr. House, em eletrizante episódio inédito.
- Precisamos testar o limite da dor que está causando os delírios.
- Como se testa o limite da dor de uma pessoa?
- Simples. Machucando-a, responde House, dano de ombros e levantando uma sobrancelha só.
Ai.
Tamanho pragmatismo não é encantador? :O)

13 setembro, 2006

Pre-datado.
Tava eu fazendo minha ficha, na oficina do Lilico.

O assistente do chefe, um garoro de uns vinte e pouquissimos anos, diante do computador, fazia o inquerito. Me senti na 39a. DP.
- Data dde nascimento:
(Oba! Vou receber cartao de aniversario!)
- A sra. acredita que eu tive 3 namoradas que nasceram nesse dia?
- Tres? Duas, va la. Mas, tres?
- Tres, dona Ana.
- Rapaz, eu nunca vi isso na vida. E olha que eu ja vi um bocado de coisa. Vem ca: tres, na sequencia?
- Uma seguida da outra.
- Voce tem talento, cara. Nunca vi nada parecido.
- Eh, dona Ana. Talento pra arrumar encrenca. A sra. nem queira saber.
Melhor nao.
-
Momento E.R. II
Cascao foi deixado as pressas na UTI.
Aquele barulho tava se tornando insuportavel. Eu tava passando vergonha.
Ontem de manha, deixei o coitado na oficina do Lilico. VE se isso eh nome de mecanico.
Lilico, sujeito antigo no bairro, eh um negao de quase dois metros de altura. CAmiseta imunda, nao de graxa. Sei nao, me pareceu ser gordura de pastel.
Fomos dar uma volta no quarteirao, pra ele ouvir o barulho, tao dificil de explicar na base da onomatopeica.
Ele foi dirigindo e eu ja sabendo que isso nao iria funcionar.
- Dona Ana, essa imbriagi ta dura demais.
(dura vou ficar eu, na hora do orcamento, misifio)
- Pra mim ta normal. O lance eh o barulho. Nao vamos pensar na embreagem agora.
- Dona Ana, como a sra. consegue dirigir com a imbriagi dura desse jeito?
- E que eu sou Ninja, Lilico. Ninja.
Duas quadras depois, nada do lazarento do Cascao fazer o maldito barulho.
- Lilico, encosta esse carro agora. Eu dirijo.
Meia quadra adiante, bingo! Eis o barulho.
- Eh grave, doutor?
- Freio traseiro. Vai ter que trocar as panela. (sic) Mas a senhora reparou que eu abri uma loja de seminovos do lado da oficina?
O que ele quis dizer com isso?
Meia hora depois e muitas centenas de pratas mais pobre, deixei o Cascao internado.
Lilico me convenceu a fazer a tal da imbriagi.
Fica pronto na quinta.
Acho.
Momento E.R I
Segunda-feira. Dia raro de compromisso importante, marcado pras 17h30. Rodizio. Hora ruim. Esquema milimetricamente armado.
Inicio da tarde, toca do telefone: Olivia.
- Mae, nao se assusta. Err... Ta tudo bem.
Quando filha (o) liga e inicia a conversa com esse tipo de discurso, uma coisa eh certa: ou fez ou aconteceu alguma merda. E da boa.
- Tudo bem?, imaginando a natureza e o tamanho da encrenca.
- Mais ou menos. Eh que, ipo assim... Eu nao me senti bem.. Err... Eu desmaiei. To na enfermaria do Santa Cruz e nao posso sair daqui sem a autorizacao de um responsavel.
No caso, eu.
- EU VOU TE BUSCAR AGORA!!!!!
- Nao precisa. E soh falar com o moco da enfermaria e dizer pra ele que voce deixa eu sair. Tenho Ingles, as 2 horas. Conversa com ele.
- VOCE ALMOCOU?????
- Nao. Eu desmaiei antes.
Ai, meus sais.
Soube depois que juntou gente. Ela ouviu sermao do enfermeiro, do seguranca do shopping, do bombeiro que ajudou a carregar e de uma velhinha que tambem tinha passado mal e tava de repouso na enfermaria.
Outra que espertinha que tentou pular o almoco. Aposto.

11 setembro, 2006

E o Trofeu Vaselina da semana vai para...
Ricardo Lisias - escritor.
Em entrevista para o Caderno 2- Cultura, no Estadao de domingo.
Confira.
I love Dr. House.
Hugh Laurie, manja?
Casa, comida e roupa lavada pra ele.
O que me encanta eh o cinismo defensivo. :O).
(meu teclado continua não funcionando direito. Hunf!)
Feriadao.
Eu e Olivia, na casa da Cica-Mae.
Cica recolheu-se aos seus aposentos, pelo adiantado a hora.
Eu e Oli, diante da TV.
House no ar. (pelo Universal Channel)
- Mae, eu morro de curiosidade: o que Dr. House tem na perna????
- Filha, minha pergunta e outra: Dr. House TEM uma perna???
- :O)))
Go on.
A vida segue, a passos inusitados. Mas ta seguindo.
Meu carro.
Ai, o meu carro tao amado e incompreendido, o Cascao.
Continua com aquele barulho maldito.
E ninguem sabe do que se trata.

28 agosto, 2006

Todo mundo jah falou.
Mas eu ainda me pergunto: o que fazer com a merda da minha Lua em Escorpiao?
Me diga!
Bourbon Street Fest.
Eu fui.
Assisti apenas ao show do Little Freddie King.
Ele foi capaz de me fazer dancar. E eu dancei!
Little Freddie King eh irresistivel.
O eventou comecou a bombar.
Muita gente bonita, muita gente esquisita.
Foi divertido.
Finalmente, eu me senti de volta a Sao Paulo. :O)

25 agosto, 2006

Tudo vai de como você encara a coisa.
À mesa da cozinha da Cica-mãe, Olívia dá um longo e profundo suspiro.
- Não vejo a hora de fevereiro chegar...
E faz-se o silêncio. Eu já sacando do que se trata o assunto. Sempre aquele assunto.
Melhor interferir.
- Olívia, tenho experiência de sobra nessa parada. Procure facilitar as coisas pra você mesma. É para o seu bem. Assim, ó: estabeleça metas concretas e edificantes para sua vida. Por exemplo, "não vejo a hora da Semana da Pátria chegar".
- Semana da Pátria, manhê???!!!
- Acompanhe meu raciocínio, criatura. Depois que passar a Semana da Pátria, pense que você não vê a hora de comemorar o Dia da Árvore. Tremenda data comemorativa, concorda? Depois, tem o seu niver. A Proclamação da República tá logo aí. E assim por diante. Já é praticamente Natal, se a gente for analisar as ofertas nos jornais. Tem as férias, na seqüência. E, nossa! Veja só, fevereiro já chegou! Dãrr! Entendeu como funciona? Passa rápido.
- Ainda tem Häagen-Daaz no freezer?
A gente faz o que pode pra aliviar o sofrimento da pessoa.
Tudo faz lembrar.
Alguns dias depois, eu e Olívia, no supermercado. Comprinhas rápidas, tipo Häagen-Daaz, adaptador de tomada e demais tranqueiras necessárias.
Joguei um tablete de Diplomata no carrinho.
Olívia suspirou:
- Ai, mã-ã!. Maldade. Você me fez lembrar dele. V. quer ser diplomata.
- Porque ele quer prestígio, filha.
- Pára, mãe!
Serão 6 longos meses, de agora em diante. Garanto pra vocês.
Um dia, a gente vai rir disso.
O dia lamentável da morte da minha Cida tão querida coincidiu com o embarque de V., namorado da Olívia, para os Estados Unidos. Intercâmbio.
Duas despedidas num mesmo dia. Pura sacanagem do destino. Olívia estava inconsolável.
Me too. Mas alguém tinha que ser forte nessa hora. Assumi a função.
No inicio da noite, deixamos o velório e fomos, as duas, até Cumbica, para ela se despedir do seu imenso primeiro amor.
Encontramos V. e sua família gigante na Pizza Hut. Por alguns momentos, nos divertimos um pouco.
Pessoas adoráveis.
E, acreditem, eu me comportei como uma sogra exemplar.
Poses pra fotos, a maldita voz que chama para o embarque imediato, abraços, uma comoção contida em todos.
E Olívia segurando a onda, feito gente grande.
Com o rapaz já incomunicável na sala de embarque, nos despedimos da família e seguimos nosso rumo, a passos largos.
Foi então que Olívia desabou, ainda no aeroporto.
A menina chorava. Chorava. Chorava copiosamente. Soluçava. E alto. MUITO ALTO. Quase um escândalo.
Obvio, as pessoas olhavam. Com piedade pra ela. E com um certo ar de repreensão pra mim.
Notei que as coisas estavam começando a fugir do controle.
- Oli, chore, na boa, só que um pouco mais baixinho. Na boa.
- NÃO CONSIGO!!!! BUAAA!!!!!! ( e haja choro).
- Oli, procura se controlar.
- BUAAA!!!!!!!!
- Oli, negócio é o seguinte: você, chorando desse jeito e com esse corpão bonito, vão achar que eu sou uma cafetina te despachando pro mercado de escravas brancas, no exterior. Olha a situação.
- Pára, mãe! BUAAA!!!!!!!
Não teve acordo.
Papéis que se invertem.
Eu e Ciça-mãe, no supermercado.
Eu colocava os produtos na esteira, pra finalizar as compras.
Foi quando dei de cara com um Poleguinho de morango (eca!), jogado displicentemente no carrinho.
- Mãe.
- Sim?
- O que significa isso?
- Um Polenguinho de morango. Ganhei de brinde.
- Quantas vezes eu já te falei pra não aceitar doces de estranhos???
- Foi a moça do Polenguinho que me deu!!! Ö
- Mãe!!!!
- ;O)

23 agosto, 2006

Alerta de transito.
Venus em Leao.
Agora vai. :O)

15 agosto, 2006

Maria Aparecida Pedroso
* 13/05/1922
+ 14/08/2006

11 agosto, 2006

Andas a procura de carne de carne de cateto?
Em São Paulo, só tem no Porco Feliz, lá no Mercado Municipal. :O)
[Fonte: caderno Paladar, no Estadão]

09 agosto, 2006

Coisas que ainda não fiz:
Não dei atenção aos amigos nativos como se deve.
Não bebi o bom vinho que mereço, não fui ao cinema nem fui ver o mar.
Who cares?
Tudo tem sua hora.
E eu não tô com pressa. :O)
Em Sampa, três semanas e dois varanicos depois:
- Percebi que 31 graus pra mim é moleza. Força do hábito.
- Terminei a leitura de três livros, por obra e graça dos óculos novos. (justiça seja feita).
- Vivi na pele as coisas chatas do inverno: deitar na cama gelada, levantar da cama quentinha, entrar no banho, lavar o cabelo, sair do banho.
- Redescobri alguns encantos do inverno: ler o jornal inteiro na cozinha quentinha, preparar café da manhã reforçado e comer tudo, sopa forte de fabricação caseira e pãezinhos especiais no jantar, mantinha de bordo da Varig para se enrolar no sofá, banana fumegante com canela durante Páginas da Vida, sair pra bater perna no shopping usando bota de saltão (viva a elegância), usar pijama quentinho, daqueles com pezinhos, igual ao do irmão caçula da Wendy (esqueça a elegância nessa hora). *
- Revivi o barato de morar em casa, depois de quase duas décadas morando em ap.: fazer barulho moderadamente é permitido, as tarefas obrigatórias de manutenção do lar espantam o ócio e criam disciplina, ter travesseiros e cobertas arejados ao sol, ter salsinha e alecrim frescos na horta, não ter coentro na horta, ter sempre vaso com azaléias na mesa, ter quatrocentos e oitenta cinco preciosidades pra mexer no escritório do meu avô (uma Royal linda, implorando minha atenção, inclusive :O), deixar bacias com suas roupas brancas e meias quarando no quintal, ter duas escadas pra subir e descer a toda hora (com pernas e glúteos eternamente agradecidos por essa dádiva).
Se bobear, daqui a pouco, aprendo a passar roupa com maestria.

* Aviso aos navegantes: se você tem mais de 18 meses de idade, só use essa maravilha perto de pessoas muito, muito íntimas. Tipo mãe, filha (o) e, ainda assim, olhe lá.
Sexto sentido.
Até há alguns dias, eu achava que estava cega e surda.
Exames clínicos me comprovaram o contrário.
Diante de tudo que eu tenho lido e ouvido ultimamente, intuo que o melhor a fazer é continuar muda, sabe? Ö
Diagnóstico fechado:
Tenho um teclado bipolar.
E hoje ele num tá bom.

07 agosto, 2006

Quanta emoção!
Nem cheguei direito e já recomeçaram os ataques do PCC.

04 agosto, 2006

What?
Li hoje no Guia do Estadao (droga, teclado pifou de vez)
O Pandoro fechou mesmo?

31 julho, 2006

Motor, funilaria e pintura.
Foram dias produtivos por aqui, considerando que estou de volta há pouco tempo.
A semana passada, eu reservei para uma dar uma geral em mim e fazer jus aos milhares de reais gastos em plano de saúde, sem utilizar o serviço durante 3 anos. Decidi que era hora de pegar abuso.
Além de dar uma tremenda sorte nas escolhas aleatórias dos profissionais, eu me diverti um bocado.

O dr. Superbacana.
Eu sou obrigada a confessar que sempre fico meio nervosa em consultas médicas em geral. Isso é muito perigoso, porque as chances de eu falar merda nessas circunstâncias costumam triplicar. E assim foi.
Primeira consulta com doutor desconhecido e sem referências. Sujeito simpático e brincalhão.
- Nome?
- Ana.
- Data de nascimento?
- Tal, de tal, de tal.
- Temos a mesma idade, mas eu sou mais velho, por isso respeite meus cabelos brancos.
- Até aí, eu também tenho alguns, só que eu disfarço melhor.
- Mas eu sou mais velho.
- Sim, o sr. é mais velho.
- CEP
- Zero, xis, xis.
- Tá dando erro. Diga o endereço.
- Rua tal, número.... x. Não, não, número y. É isso, número y.
- Celular?
- Péra aí, tenho que conferir.
- ...
- Você deve estar achando que eu sou uma pessoa meio desorientada.
- Estou.
- Não sou. Cheguei de viagem há 4 dias, estou hospedada na casa da minha mãe e acabei de comprar uma linha nova pro celular. Ainda não decorei tudo.
- Sei.
- Profissão?
- Publicitária.
- Estado Civil?
- Divorciada.
- Por que toda publicitária é divorciada?
- Nem todas.
- Todas que eu conheço são.
Achei melhor não contrariar.
- Tá namorando?
- No momento, não.
- Por que não?
- História delicada, tem meia hora?
Ele prosseguiu com a anamnese e depois, fui para a mesa de exame.
- Eu tive uma namorada que era publicitária. Outro dia, eu a encontrei no Orkut.
- Xii - pensei.
- Depois eu achei melhor sair do Orkut, porque tava me causando problema.
- Orkut é o tipo de coisa que, mais cedo ou mais tarde, acaba dando problema. Ela era o quê?
- Publicitária e designer nas horas vagas.
- Diretora de arte?
- Atendimento. Nunca entendi direito o que faz um Atendimento.
- Não posso culpá-lo por isso. Nem quem é da área entende.
De volta à sala de consulta.
- Quando foi sua última mamo?
- Maio de 2003. Lembro que tava tudo beleza.
- Tem idéia de onde possa estar guardado o resultado?
- Claro que não.
- Tenta no móvel da TV. Tudo que a gente procura e não sabe onde tá, tá no móvel da TV.
- Sem chance. Lá eu tenho certeza que não tá.
- Então procura numa gaveta onde você guarda extratos e comprovantes de Imposto de Renda.
- Aí já pode ser.
- Leve o exame no dia. O resultado fica mais preciso quando comparado com o anterior.
- Entendi.
- Marque retorno pra daqui a 15 dias e, quando voltar, quero ouvir você me contar que tá namorando.
- Sim, claro. Ao terminar a leitura deste livro aqui, todos os homens estarão aos meus pés.
- Não acredito que você tá lendo isso.
- Sim, já tô na pág. 12! :)
- Ana?
- Tô te falando. É muito comédia.
- Você leva isso a sério?
- Claro que não! Dãrr!
- Assustei.
- Tenho um outro muito pior. Vou trazer na próxima consulta. Um verdadeiro caça-níquel. Impressionante.
- Quero ver. E quero que você faça uma pesquisa de campo, de cunho científico. Quero saber porque os publicitários vivem se separando. Pergunte aos seus colegas e me traga os dados.
- Eu tenho uma tese sobre isso.
- Qual?
- Todo (a) publicitário (a) é, por definição, um (a) mala. Quando não tá pensando em trabalho, tá sempre muito ocupado, admirando o esplendor do próprio umbigo. Eu me conheço. Tento me desculpar, mas o mundo não entende.
- Você vai parar de fumar.
- Uma coisa de cada vez, doutor.
- Se eu parei, você também consegue.
- Parou como?
- Parando.
- Nem vem. Chicletinho de nicotina? Adesivinho? Aposto.
- Nada. Parei e pronto.
- Hum.
- Teve uma época que eu voltei. Tava em crise. Voltei, mas foi por pouco tempo.
- Sabiiia!
- Mas depois, parei. Então, faça a mamo, pare de fumar, arrume um namorado e volte em 15 dias.
Muito figura, esse doutor.
Marquei a mamo. Achei o resultado da anterior. Tava na prateleira dos extratos antigos e variedades inclassificáveis. Como ele adivinhou?
Ainda não parei de fumar, mas mudei de marca, o que já posso considerar um grande avanço: o novo Free Flex. Que poderia perfeitamente chamar Free for Kids. Flex me dá impressão de que pode ser a álcool ou a gasolina.
Preciso fazer minhas lições de casa. Meu prazo já tá estourando. Mas, calma.
Uma coisa de cada vez.



O doutor Blasé.
No dia seguinte, fui ao oftalmo.
Minha situação era preocupante. Não estava enxergando um palmo diante do nariz. Literalmente.
Marquei consulta com um Professor Doutor, numa dessas torres esquema Medical Center, que estão super-na-moda.
Consultório cheio. Atrasou pra caramba.
Chegou minha hora. O cara até que era simpático, mas bastante polido.
Coisa de Professor Doutor, entende?
Eu estava apreensiva.
Contei minha história triste. Sentei naquela cadeira esquisita.
Doutor Blasé, indiferente ao meu ar de estranheza, pingou umas gotas cruéis nos meus olhos.
Apenas por curiosidade, pensei em perguntar se aquilo seria a versão líquida de spray de pimenta.
Ardeu pra burro.
- Doutor, arde assim mesmo?
- Sim, mas vai passar logo.
- Doutor, eu tô sozinha. O sr. tem certeza de que vou poder sair daqui dirigindo?
- Vai. Esse incômodo já vai passar.
INCÔMODO? COMO ASSIM? TENHO CACOS DE VIDRO NOS OLHOS!
Então, começou a pior parte.
- O que você consegue ler ali?
- Um borrão.
- E agora?
- Piorou.
- Melhorou?
- Médio.
- Agora?
- Err.. O sr. tá me confundindo.
E assim foi.
Sentei-me à espera do veredito.
- Fundão de garrafa, doutor?
- Como?
- Tô muito cega?
- Não, pra longe, coisa mínima. Pra perto, o normal pra idade.
Precisava jogar isso, assim, na minha cara?
Saí do consultório com a sentença anotada num receituário cheio de onda, quase elegante, e fui direto escolher os óculos.
Quase perdi a cabeça por um Guess! muito fofo, que ficou horas piscando pra mim.
Resolvi deixar a decisão pro dia seguinte. Pensei com frieza. Ele era lindo, mas uma extravagância irresponsável. Optei por um simpático e modesto Giorno, mais de acordo com as minhas posses.
Agora tô enxergando tudo. Uma maravilha. Consigo ler bula, texto legal, o diabo. Só não consigo ler o que está escrito na haste interna do Giorno. Mas deve estar em corpo 4.

O doutor Prodígio.
Eu queria também um dermato. Lembrei que a Oli tem um muito legal, mas ela tava viajando e não tinha como conseguir o telefone do cara.
Decidi continuar consultando o Oráculo, também conhecido como Manual de Orientação ao Usuário. Marquei, como de costume, aleatoriamente.
Consultório bacana, doutor novinho. Se tiver mais que 32 anos é exagero.
Eu tinha uma queixa que estava realmente me preocupando.
O rapaz matou de primeira, sem deixar sombra de dúvida: - Essa pinta na nuca é benigna, mas se quiser, eu tiro agora. Quer?
- Precisa?
- Não. Mas posso arrancar isso em dois minutos. Quer?
- Melhor deixar quieto. Até que ela é bonitinha. O cabelo cobre. :)


O dr. Comédia.
Otorrino. Doutor já na casa dos 60.
Dados pessoais. Nome, endereço, data de nascimento.
- Estado civil?
- Divorciada.
- Quantas vezes?
- Como?
- Vocês, dessa geração, costumam se divorciar a cada dois meses.
Não! De novo esse assunto, não!
- Oficialmente, uma vez só, doutor.
- Uma só? Que coisa antiga.
Hunf!
- Qual o seu problema?
Contei minha história triste.
- E esse zumbido, você percebe há quanto tempo?
- Há um tempão. Tanto que já até virou sonoplastia.
- Se é assim, então faz de conta que ele não existe.
WHAT???
Mais 10 minutos de conversa divertida jogada fora, depois do exame clínico, saí do consultório com uma pomadinha pra alergia e um pedido de audiometria.
Com a recomendação expressa: - Não tem pressa e marca retorno quando quiser, viu? Agora, me diga: qual é mesmo a música que fala de Jaçanã?
- Trem das 11, doutor. Adoniran, lembrou?
- Ah! Claro! A do filho único.
Ô, mô pai!

25 julho, 2006

O mico final.
Desembarcar em Cumbica me deu uma certa emoção e um inegável gostinho de vitória. Parei pra tomar um café, antes de seguir o caminho de casa.
Pela primeira vez, olhei pra caixa com mais atenção. Só então notei:
Sempre Livre - Noturno - Com abas.
Putz.
Nem tudo foi só desgraça.
Naquela correria doida de última hora, lembrei que as regras do envio de caixas como excesso de bagagem são diferentes das do envio pelo correio. O problema é que eu não lembrava dos detalhes. Aqueles que podem fazer a diferença entre você embarcar ou não.
Liguei pra Bel, a criatura iluminada pelo Divino, que sempre me socorreu nesses apuros. A santa não só me orientou, como também avisou que eu poderia fazer o check-in na loja Opção do aeroporto, sem precisar ficar na fila dos pobres mortais. O tipo de mordomia que eu estava merecendo. Pareceu que os caminhos estavam se abrindo.
Ao chegar no Edu Gomes, um carregador me ajudou com o carrinho e a mocinha da loja me apresentou a um senhor com nome engraçado.
Vamos chamá-lo de Padilha.
Pois o Padilha seguiu pelo portão da Gol para providenciar o despacho da bagagem, enquanto eu me acomodava confortavelmente no sofá para assistir aos momentos decisivos d´A Viagem.
Passaram-se mais de 20 minutos e nada do Padilha.
Segundo intervalo da novela e todo mundo na loja perguntando onde estaria o Padilha.
-Xi, sujou, pensei.
Comecei a pensar coisas estranhas. Tá certo que eu tinha uma certa culpa no cartório.
Estava tudo na conformidade da lei, veja bem. O som tava com nota fiscal e manual na valise vermelha. A camêra fotográfica é antigona e o Palm, de mil novecentos e tracajá. A única coisa que poderia pegar era que o DVD player tava sem nota fiscal, por isso eu o mimetizei entre algumas peças de roupa, no fundo do mochilão.
Fiquei imaginando o Padilha, um honrado pai de família, cercado por agentes federais e cães farejadores.
Alguns minutos depois, ele surge com ar cansado, dizendo que a mocinha do check-in queria alguns esclarecimentos a respeito da bagagem.
- Putz, sujou mesmo, pensei.
Meio trêmula, eu me aproximei do balcão. Para minha grata surpresa, a moça queria saber o que tinha na caixa.
- Barbitúricos, minha filha. Remédio controlado e tudo sem receita - deu vontade de dizer.
Francamente, isso é pergunta que se faça?
Contei que tinha uma bolsa linda de morrer, uma sandália que eu adoro, alguns bichinhos de pelúcia e umas miudezinhas de última hora.
Passou.
Enquanto ela me fincava a faca sem piedade, uma moça de voz atormentada gritava no alto-falante que a aeronave do vôo 646 já se encontrava em solo.
Ou seja, sem tempo nem pro café nem pro cigarro.
Deu apenas para comprar um pãozinho de queijo, quando a moça de voz atormentada começou a gritar de novo, convidando os passageiros do vôo 646, com destino a Cumbica, para o embarque imediato.
Engoli o pãozinho e o choro a seco.
Agora, sim. Tchau, Manaus.
Valeu. E desculpa alguma coisa.

23 julho, 2006

Hora de pedir socorro.
Exausta de carregar tudo sozinha nas costas, liguei pra portaria e implorei que alguem viesse me ajudar com a bagagem. Era o mochilao, a mala azul, a valise vermelha, uma caixa, aquela que ficou sobrando, com miudezas que não couberam em lugar nenhum, a já famosa sacola verde de bolotas, mais a kipling azul, que largou definitivamente a academia e voltou a ser bagagem de mao.
Sem condiçoes.
Chamei um taxi e o porteiro gentil levou tudo pra mim ate o terreo.
Fechei o apartamento cor-de-rosa com um certo aperto no coraçao.
Vou sentir falta daquela varanda.
Enquanto meus ajudantes ajeitavam tudo no carro, fiquei olhando pra recepçao do predio e me lembrando das visitas queridas e amadas de Sampa que recebi em casa.
Subi no carro meio anestesiada pela dor e pela exaustao.
Ao passar pelo Samambaias, esbocei um sorriso. Em seguida, veio o Carrefour de Flores. Inevitavel não lembrar da Liginha com saudades.
Fui observando as barracas de frutas da Torquato. Bons momentos por ali.
Quando dei por mim, tava no Eduardo Gomes.
Tchau, Manaus.
Aperta que cabe.
A noite que antecedeu minha partida tambem foi completamente insone. Eu estava tao dolorida, que tinha medo de adormecer e acordar com a musculatura travada. Optei pela vigilia, embora não conseguisse fazer nada durante a madrugada a não ser pensar, pensar, pensar.
A terça -feira da partida chegou. A tarefa era arrumar as roupas limpas no mochilao e as roupas usadas e os poucos sapatos que restaram na maldita mala azul.
Coisa simples.
Foi quando me vi engolida por uma arapuca: um armario de 6 portas e 6 gavetas. Ali havia roupas que eu nem lembrava mais que existiam. E eram muitas. Começou a corrida contra o tempo. O mochilao era grande, daqueles estilo coraçao de mae. Mas não era dois. Foi o meu segundo erro: subestimar o inimigo.
Desci ate o terreo e pedi sacos de lixo. Daqueles de 100 litros. Transtornada, avisei o zelador que iria desovar tudo na porta da lixeira. Ele falou de uma senhora conhecida que costuma passar la em busca de donativos. Foi o que me salvou. A ideia de que tudo aquilo seria doado foi um estimulo a me de desfazer de um monte de coisas que eu sabia que nunca iria usar. Num ato de puro desapego, foram doados 3 sacos de 100 litros, lotados ate a boca de roupas e sapatos. Apenas pedi para que fossem buscar em casa. Não tinha mais força pra nada.
Mas ainda tinha muita coisa dentro daquele armario, das quais eu não queria me desfazer de jeito nenhum. Dava impressao que brotavam das prateleiras. E o tempo passando.
Separei roupa, lingerie e sapato para a viagem e comecei a colocar o restante na mochila. E o espaço acabando. Desespero.
Deixei as prediletas por ultimo e percebi que não iriam caber. Não havia mais tempo de pegar um taxi para comprar outra mochila.
Lembrei-me da Heidi. As meninas devem se lembrar dela. Aquela menininha orfa, nomade, que não tinha mala, por isso vestia uma roupa em cima da outra. Lembram?
Eu tava decidida a lançar mao desse recurso caso não coubesse tudo. Tava mesmo.
Entao, fiz caber, com muito esforço, suor e, logico, muita oraçao para o ziper não arrebentar. Fechou.
Aliviada, comecei a me ajeitar para o banho. Foi quando descobri que tinha esquecido de separar uma blusa. Olhei pra mochila. Respirei fundo. Abri. As roupas, amotinadas, pularam todas pra fora. Peguei a primeira blusa que vi e reiniciei o trabalho de doma-las para dentro. Foi uma luta insana. Elas comportavam-se como aliens indomaveis. Novo esforço. Novas oraçoes. Consegui. Fechou. Mas não convem abusar da sorte novamente.
E o que seria o meu ultimo banho relaxante e prolongado no meu apartamento cor-de-rosa, acabou sendo apenas uma chuveirada rapida e sem glamour.
Ao me vestir, faltava outra peça: calcinha. Olhei novamente pra mochila. Exausta, conclui: quer saber? Fui.
O acerto final .
Pouco mais de 10h da manha, o corretor chegou para a vistoria do ap., no meio de toda aquela confusao.
Houve uma quebra contratual da minha parte, portanto eu teria que pagar o equivalente ao valor de um aluguel.
Fiz minha proposta: deixo a TV, o colchao novinho em folha, a cozinha equipada com pratos, talheres, panelas, topeuere, copos, taças, canecas e o diabo. Um imovel limpo e pronto para ser habitado amanha, se houver algum interessado.
Considerando meu comportamento impecavel como inquilina, eu me safei da multa.
Estou aprendendo a negociar. Fiquei orgulhosa de mim. :O)
Esqueletos no armario.
Na manha do dia 05/07 ficou decidido que minha jornada amazonica estava oficialmente encerrada.
A noite, teve inicio a grande maratona, que duraria exatos 12 dias.
Ao chegar da agencia, tomei consciencia do que me esperava. Uma casa inteira pra desmontar, num trabalho braçal e solitario de escolher o que vai e o que fica.
Foram 5 dias apenas para esvaziar o movel da sala, abarrotado de documentos importantes, papeis inuteis, fotos, lembranças queridas, historias e pequenos mimos que espalhados pelo chao e pela mesa.
Foi quando ficou escancarada a minha dificuldade de estabelecer um metodo de trabalho. Eu bem que tentei. Mas o pensamento recorrente era: não vai caber na valise vermelha, que sempre foi a transportadora oficial da papelada. Tive que repensar todos os esquemas ate entao utilizados com sucesso durante 3 anos.
Passemos entao para a cozinha. Com o coraçao partido em pedacinhos, decidi que não iria levar nada dali. Nem a bomboniere de tampa cor-de-rosa. Nem o pote de florzinhas com tampa amarela. Uma decisao dolorida, mas que me rendeu bons dividendos no final. Melhor doer no coraçao do que no bolso. No desespero, este passou a ser o criterio.
Voltemos a sala, já no sexto dia. O que fazer com o que vai?
Caixas. Isso. Vou precisar de muitas caixas. E o fantasma do excesso de bagagem pela Gol me assombrando: 0,5% da tarifa cheia cada quilo. Isso doi.
Um telefonema a minha mana Ligia e fez-se a luz: Correio. Encomenda normal. Bem mais barato: R$ 12,40 o quilo, com descontos progressivos. Adoro descontos progressivos.
Eu olhava para o armario do quarto e pensava: esse ta safo. Em meia hora resolvo isso.
Pedi caixas la no mercadinho da Rita. Não deu nem pro cheiro. Muito pequenas.
Comecei a entrar em agonia. Os livros. Eram muitos deles.
Lembrei da famigerada mala azul, que estava esquecida há mais de dois anos debaixo da cadeira do quarto. Era a minha chance de me livrar dela, não sem antes lhe dar uma funçao realmente edificante. Sem avaliar nada, dispensei as roupas que vieram de Belem e acomodei todos os livros. Um problema a menos. Note como as coisas vao tomando um certo contorno. Ta certo que ilusorio, mas ainda assim um contorno.
Pedi mais caixas pra Rita. So pra embalar a bagagem da sala, foram 4 de bom tamanho.
Mais uma caixa gigante para o enxoval. Outra para bolsas e sapatos. Sobrou uma.
Na segunda-feira passada, meu prazo estava estourando. E o saco tambem.
Não dormia há duas noites, tentando equacionar como eu iria levar tudo aquilo sozinha pro correio. Contratei o entregador do mercadinho pra me acompanhar ate o shopping, que, obvio, não apareceu na hora combinada. A exaustao começava a me dominar. Com a ajuda de um carrinho de supermercado, transportei todas as caixas e a mala de livros para o terreo. Temperatura local: 36 graus Celsius.
O porteiro e o taxista colocaram as coisas no carro. Ao chegar no shopping, um outro taxista conhecido veio nos ajudar a levar tudo ate o correio e pela primeira vez, em 11 dias, tive uma ajuda efetiva.
Ao chegar no correio, nova trapalhada: não se despacha mala por encomenda. So caixa. E la vou eu zanzar pelo shopping, mendicando caixas no Carrefour. Não tinha. Na livraria tambem não. So fui encontrar uma no deposito de lixo. A única limpinha que achei parecia um basset gigante. Passei os livros da mala para a caixa basset. Depois de pesada [18,4Kg] e lacrada, a funcionaria do correio descobriu que não poderia despachar: cubagem fora do padrao. La fui eu de novo. Achei uma alma caridosa numa loja de sapatos, que me cedeu uma caixa no tamanho adequado.
Quase duas horas depois, parte da minha bagagem tomou rumo de casa. Peso total: 53,8Kg. Pesava mais que eu.
Voltei pro ap. me sentindo um pouco mais leve e com a maldita mala azul debaixo do braço.
Disso tudo sobrou uma liçao: tenho que libertar a Dona Violeta que habita o meu ser. Nunca mais vou juntar tanta tralha na vida. Senti na pele o trabalho e a dor que isso traz.

06 julho, 2006


Calma nessa hora.
- Paciência de Jó com a Telemar
- Triar roupas e sapatos com critério
- Juntar os livros
- Providenciar caixas
- Comprar plástico bolha
- Embalar os tesouros
- Jogar papelada sem função no lixo
- Ficar apenas com o essencial
- Não carregar peso desnecessário
- A louça fica

29 junho, 2006


[Isso não vai funcionar]
Na falta de uma mala, no caso, a Luana, colocaram mais duas: Ana Carolina e, putz, Maitê Proença, no Saia Justa.
A galera do GNT surtou, foi?

[The day after]
Tive uma noite esquisita. Sono agitado e intermitente. Só consegui adormecer mesmo quase com o dia clareando. Sonho esquisito com Mr. Ghost. Procurávamos pelo meu carro no estacionamento de um shopping bizarro.
Despertei sentindo a dimensão real do acidente. Um galo na cabeça, o pescoço doendo além do normal e o pulso direito meio seqüelado.
Não fui malhar. Eu me sentia frágil e desanimada.
Vai passar.

28 junho, 2006


[Eu devia me levar mais a sério]
Veja você como são as coisas.
Acordei às 6h da madruga, como sempre.
Enrolei o que deu, assisti Third Watch, Mais Você, Cartoon. Preparei sanduiche pra levar, tomei banho mais demorado do que de costume.
Algo me dizia pra não sair de casa, mas não havia o que alegar, a não ser a ausência total de vergonha na cara.
Chamei o táxi. Meu celular tocou. Não deu tempo de atender. Retornei a ligação. Interurbano. Difícil de completar. O carro já devia ter chegado há séculos e eu ainda tentando resolver o envio de documentação importante, naquele horário improvável.
Começou a chover forte. Meu lado torrão de açúcar implorava por permanecer no ócio seguro.
Fui madura. Resolvi encarar minhas obrigações.
Trânsito quase lento, apesar do adiantado da hora. O motorista mudou de faixa. Freou bruscamente.
Só lembro de ter sentido a porrada e uma dor desumana na cabeça. Não sei quanto tempo levou.
Chegou outro táxi para continuar a viagem. Lembro de ter visto o estrago no pára-choque da Ranger que bateu atrás.
Tive um impulso de pedir pro motorista parar no 28 (um PS fuleragem). Achei arriscado.
Narrei o acontecido no trampo. Os coleguinhas amargaram uma certa esperança de que, com a porrada, minhas idéias voltassem pro lugar. Não rolou.
Minha cabeça dói.

26 junho, 2006


[Tudo tem seu lado bom]
Amanhã não vai ter expediente na firma.

[Hu,huu]
Já são 2,5kg em dois meses.
Obedecendo religiosamente as orientações competentes, não tô pulando nada.
Nem corda nem refeição.
Tá funcionando.
Voltando a fazer som-bra!
Voltando a fazer som-bra! :p

21 junho, 2006


Momento iTunes.
Don t look back in anger > Oasis.
Essa vai pra Olívia. Ela sabe porquê. :O)
[Pra comer com os olhos]
Sábado, meio da tarde. Final de compras no shopping, sempre bate aquela fominha. Saímos sem destino, eu e Oli. Decidi ir a um lugar que há muito eu adorava, mas que por razões insanas, passei a evitar. Bobagem. Ela topou na hora.
Outback.
Tava com saudade daquilo. Decoração bacaninha, música boa, gente bonita. Tudo que eu tenho precisado ultimamente.
Sentamos naquelas mesas com banco de metrô, só que de madeira, e lustre pendurado na altura do nariz.
- Boa tarde, meninas!
Taí uma frase que atingiu em cheio o público pagante. No caso, eu.
Fê, o maitre Carninha Tenra, disse que iria cuidar da gente. Uau.
Quem me conhece, sabe que essa faixa etária não é exatamente o meu target. Tratava-se apenas de uma mera apreciação estética. E que estética.
Escolhemos nossos sanduíches e o fofo se encarregou de manter nossas canecas de refrigerante abastecidas a todo minuto. Era um momento para saborear a comida com calma, apreciar a paisagem, enquanto entre nós, as meninas, rolava uma conversa fiada da melhor qualidade.
Carninha Tenra, sempre atento ao exercício de sua função, cuidava de garantir que tudo estivesse certinho.
- E aí, meninas? O sanduíche de vocês tá legal?
- Ferfeitu..
- Quer mais Coca-Cola?
- Hum, hum.
Por que Carninha Tenra tinha que perguntar logo quando eu estava de boca cheia? Menino mau.
De sobremesa, derrubamos uma torre gigante de brownie, sorvete de creme, chantili e calda de chocolate. O café, a conta e a alma lavada de tanto rir, em 1h40 de pura diversão.
E, quer mesmo saber? Comi um Mad Max. Carninha Tenra que serviu :O)
[Mamãe não tem noção II]
Meu celular e o da Oli são gêmeos idênticos. Ambos repusavam inertes sobre o mesmo móvel. Foi quando eu vi Oli pegar o meu por engano. Alertei sobre o risco da merda que isso poderia dar.
Ela tentou diferenciar os dois. Avisei:
- A careta do seu bonequinho é mais meiga.
- Deixa eu ver a diferença de peso?.. Hum, o seu é mais pesado.
- Óbvio. O meu tem 38 mensagens acumuladas na caixa de entrada, fia.
- Mãã-ee!!!
- ;O)))
[Mamãe não tem noção I]
Olívia começou a ler O Diabo Veste Prada. A devorar, pra ser mais exata.
- Oli, em que página você está?
- 45.
- Então, Andrea e Alex já voltaram da Índia, né?
- Já.
Meia hora depois?
- Que página?
- 92.
- O Alex já morreu?
- Mãã-ee ???!!!
- :O)))
[Três gerações]
Depois de muitos e muitos anos, saímos eu, Ciça-mãe e Oli pra almoçar. Só nóises. :O)
Galetto?s do Kino. Comida boa e espumante gostoso pra brindar, porque a ocasião merecia.
Aproveitamos pra rir das próprias desgraças. E rimos muito. Mas muito mesmo. Haja desgraça.
Sorvete na Parmalat. Cappuccino na padoca cor-de-rosa pra fechar.
Tarde perfeita.

Diário de Bordo - Transcrições

[Cadê a frente fria que estava aqui?]
Voei compactada na poltrona 13 F, entre um obeso e um hiperativo.
Li boa parte do A Era do Escândalo. Primeiro capítulo: a queda do Foker 100, da TAM, em Congonhas. Gosto de emoções fortes.
Aterrisei em Sampa de noitão.
Frio confortável. Nada assustador.
Minha mãe, preocupadíssima, tinha separado 1 pijama de flanela, 2 cobertores e 2 colchas. Só pra mim.
E me obrigou a usar tudo.
Possuída pela exaustão, obedeci.
Acordei suando em bicas.

20 junho, 2006


[Só pra constar. ]
Então eu fui.
Mas já voltei.

09 junho, 2006


Momento iTunes
...so don't go away
say what you say
but say that you'll stay
forever and a day in the time of my life
cause i need more time
yes, i need more time just to make things right.
[Don't Go Away - Oasis :]

08 junho, 2006


Conclusão brilhante.
Há semanas, venho ruminando o que tá se passando comigo.
Durante o filme, descobri: ateísmo romântico.
Sim. Estou padecendo desse mal.
Voltemos à vaca fria.

Alguém Como Você.
Passou quarta-feira, na Fox. Já vi umas 8 vezes.
A teoria da vaca nova e da vaca velha é muito legal. E a inferência sobre o narcisismo masculino e vaca nova, bárbara.
Final feliz. Muito fofo.

Já chega.
Eu não agüento mais ouvir falar em Copa. Escalação. Castelo alemão. Chucrute.
Cerveja (veja a que ponto cheguei). Receitas de docinhos pigmentados com anilina verde e amarela. Ou sanduiches com recheios alternados de espinafre e molho ao curry.
Não agüento mais ouvir piadinha de loira vendo jogo.
Nem notícias dos pés do Ronaldinho, o bolha. E agora também tem Ronaldinho, o bunda.
Não vou nem falar o que estou pensando. Imagino que vocês tenham chutado o que é.

29 maio, 2006

26 maio, 2006

Momento iTunes
Amor, sinto a sua falta.
E a falta é a morte da esperança.
Por onde andei - Nando Reis.
[Já disse que esse cara devia ser proibido de compor. :]

25 maio, 2006


Caminho Suave.
Hoje, o computador da academia comandou, em letras garrafais, que eu procurasse meu professor. Completei 7 treinamentos [sic]. Série encerrada. Eu me senti ganhando uma estrelinha na lição de casa. Faltei bastante no começo e ainda teve a viagem imprevista.
Então comecei a 2a série, feliz como uma criança. Do primário.
Depois eu conto dos meus novos amiguinhos.

23 maio, 2006


Damura.
Comprei um quando estive em São Paulo. Permanece intacto sobre o sofá.
Eu olho pra ele. Ele evidentemente não olha pra mim.
Não sei o que desejar. Também nunca tive muito jeito pras artes gráficas. Estagnei na fase da garatuja.
Fico com receio de desenhar um olho gordo.

19 maio, 2006


Body Balance.
O cartazete novo no painel de escada convidava para uma aula experimental grátis.
Em síntese, é uma modalidade híbrida de yoga + tai chi + pilates, que jura combater o stress, dores na coluna e todas aquelas coisas que fazem a gente sofrer.
As imagens mostram mulheres praticando contorcionismo bizarro, com sorriso plácido nos lábios. Impressionante.
Confesso que gerou uma certa curiosidade e pensei em me inscrever.
Desisti. Não tenho tamanha elevação de espírito.

Slowly.
Os ganhos na balança não seguem o ritmo animado que estava em São Paulo.
Por aqui houve um certo retrocesso. Culpa do coentro, meu eterno algoz.
Por outro lado, a academia tem sido a hora do recreio. Não preciso nem pousar de hamster por 30 minutos na esteira, pra poupar energia. A de pagar mico, inclusive.
Vou quando quero, ou seja: 2 vezes por semana.
Uma disciplina tibena praticamente.
Os aparelhos usados na temporada balofa 2005 eram mais legais. Os de agora são bem mais puxados [sem trocadilho]. Exigem mais esforço e concentração.
Faço a série completa, tomo banho e almoço por lá mesmo, vendo TV.
Não existe a ansiedade de perder. Só o esforço de ganhar.
Sem pressa.

Reformas internas.
O teto da varanda está quase são. A massa corrida, ainda em fase de secagem, cobre os rombos aparentes, o que dá um certo alívio. Não está perfeito, mas já posso olhar o céu e o horizonte sem aquela sensação horripilante de que o mundo tá desabando.
Duas demãos de tinta e tudo volta ao que era antes.
Devagar, as coisas vão indo.
Devagar também outras vão voltar.
[suspiros]
Amém.

Previsões para o futuro.
Escrevam o que eu digo: dia 06/06/06 será um dia besta.
Cuidado pra não fazer nenhuma cagada, senão sua vida vai virar um inferno.

17 maio, 2006


Diálogos internos I.
Superego, o ser bruto.
[São Paulo, noite fria no início de maio. Quase chegando em casa, surge a voz]

Super: - Por que você fez aquilo?
Eu: - O quê?
Super: - Aquilo.
Eu: - Ora, bobagem. Eu tava distraída.
Super: - Não pode ser assim, você tem que prestar mais atenção.
Eu:- Tá. Errei o caminho. Perdi a entrada certa. Fui até prudente. Parei no posto. O frentista me ensinou como sair de lá.
Super: - Você foi parar na Cupecê, Ana. Quase pegou o acesso pra Cidade Ademar. Sozinha. Tarde da noite. Sabe o que é isso? Queria virar assunto no Datena? Queria?
Eu: - Tá. Foi cagada. Obrigada por se preocupar. Meu pensamentos estavam distantes. Cabeça na lua.
Super:- Isso. Fica assim, com a cabeça a 13 andares do solo e, dia desses, vai acordar a 7 palmos da terra.
Eu:- [bocejos] Ignorante.

16 maio, 2006

Não foi nada fácil.
Ontem, passei o dia atrás de notícias, desde a hora que me levantei e vi as primeiras imagens nos noticários da manhã.
Na hora do almoço fui pra casa acompanhar os telejornais. Fiquei assustada ao ver que a Record tinha suspendido a programação e fazia cobertura ao vivo. Soube depois que a Globo fez o mesmo. Minha vontade era pegar o primeiro avião e ver as pessoas que eu amo. Fui covarde e fiquei.
No fim do dia, a coisa também tava braba por aqui. Trânsito caótico. Mais de 40 minutos para percorrer um trecho que não leva mais do que 15.
Cheguei em casa com tudo às escuras. Apagão em boa parte da cidade, sem previsão de volta. Localizei um maço de velas sobre o fogão. Acendi duas e as coloquei no cinzeiro que nunca uso. Fui pra varanda sentindo uma inquietação insuportável.
Chamei um táxi. Na recepção do prédio, os vizinhos se aglomeravam em volta da TV alimentada pelo gerador. No Jornal Nacional o assunto era futebol. Que saco!
Fui ao supermercado para compras rápidas. Esqueci dos cigarros.
De volta, as velas ainda ardiam na varanda. Aproveitei aquela luz pra escrever bobagens que me divertem. Impublicáveis.
O telefone tocou. Calma nessa hora.
Eram apenas as notícias que eu espera: apesar do susto e da tensão, todos estavam bem.
Continuei os registros dos meus diálogos internos e nem percebi quando a energia voltou.
Esperei as velas terminarem e só então liguei a TV.
Diazinho de merda.

11 maio, 2006

Ctrl + alt + del.
Definitivamente o bimestre março/abril não existiu.
Apaga.
Passa a borracha.
Começa de novo.
Volta.

10 maio, 2006

Na balança.
Engordei 610 gramas, em 11 dias.
Boa menina, não pulei nenhuma refeição.
Ninguém notou. Mas eu sei que eles estão aqui. Eu sinto que estão.
Zzz.
Trabalho hercúleo o de arrumar a cama.
Colcão pesado. Difícil de levantar.
Dei meu jeito. O edredon ainda é o antigo, de modo que lembra uma toalhinha sobre uma mesa de jantar.
Vesti camisola cheirosa e acendi incenso gostoso. Ficou bom.
Às 22h, já tava caindo de sono na sala. Não resisti e capotei.
Só fui despertar às 7h. Levantei sonolenta, mas disposta.
Voltei a me sentir um pouco mais em casa. Só um pouco.
Sono de boa qualidade pode fazer milagre.
Again.
Embarque péssimo em Cumbica. Odeio aquele aeroporto que sempre me traz recordações péssimas,
Cheguei em Manaus no início da tarde de ontem, sob um forte temporal.
Fui direto pro trabalho, de mala e cuia. Nada de extraordinário aconteceu durante minha ausência.
Voltei pra casa com um nó na garganta.
Ao abrir a porta, encontrei uma casa limpa e quase arrumada, o que me deu uma sensação de alívio e aconchego.
As malas, implorando para serem desfeitas e o corpo exausto, gritando pelo dolce far niente.
Não tinha por onde escapar. Muito a fazer. Uma cama nova pra arrumar. Roupas pra separar.
A Kipling azul deixou a função repentina de bagagem de mão e voltou a ser sacola de academia.
Tudo tem me obrigado a ser forte.
É melhor mesmo eu malhar.

09 maio, 2006

One Art

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
-- Elizabeth Bishop
Duelo de gigantes.
Preciso registrar os dialogos internos. Nas andanças pela cidade, estabeleci papos impagaveis com meu Superego.
Faço isso no aviao, aproveitando que o voo eh direto.
Metade das malas prontas.
A operaçao vai ser de guerra, nesta manha de terça.
E eu aqui, enviando fotos/reliquias do meu travado Outlook pro webmail, aguardando a boa vontade do Yahoo.
Certos habitos não mudam nunca. Talvez ai que esteja a graça
Eu bem que tentei evitar.
Vou deixar - Skank.
Samuel Rosa era assunto proibido. Acordo interno.
Burlei
Despedidas.
Almoço meigo no America. Passagem obrigatoria pela Fnac.
Tarde e inicio de noite perfeitas. Sofa, edredon e 4a temporada de Friends, embalada pra presente
Insight.
A gente soh perde por esperar.
Ana Almgren
Termostato.
Que friaca, hein?
Probrema na logistica.
Quatro horas antes de embarcar pra Sampa, comprei um colchao. Pro ap. de Manaus, claro.
Eu fiz isso. Juro. Descontrol total. Não tente entender.
Quando eu deveria estar organizando a bagagem, triando roupas e livros, estava plantada na sofa, esperando a entrega da mercadoria.
Colchao bonito. Grandao. Uma beleza. Já ate paguei a primeira prestaçao.
O bicho eh grande mesmo, de modo que o enxoval teve que ser renovado como um todo. Precisa de protetor e lençois no tamanho adequado. Achei uma loja otima, perto da casa da minha mae.
E agora eu to aqui, olhando pros pacotes, tentando arquitetar como vou levar essa porra toda no aviao.
Na mala não cabe. Nem pense.
Vai ser mico na certa.
Acredita que ainda nem testei o dito? Entregaram em casa, sessao comedia, e pouco mais de duas horas depois, embarquei.
Foi o tempo de fazer as malas, na correria. E ca estou.
Ainda quero crer que foi um negocio da China.
Minha fe permanece inabalavel.
Momento 89 FM.
Don´t stop dancing - Creed.
Ta, I can fly, alway, eu sei.Mas da pra parar?
Coisa!
Novo vicio.
Comprar café na padaria do bairro, toda manha.. Pra viagem.
Enquanto o balconista prepara, voce fica de butuca na TV, vendo o noticiario. Rapidinho.
Entao voce volta pra casa, liga o radio, o computador, faz planos e a vida segue seu curso.
Ta certo que o café poderia ser de melhor qualidade. Bem melhor, diga-se. Mas dah um certo clima legal.
Não sei como passei esse tempo todo sem fazer isso.
E tambem não sei como vou viver.
Misterio
Momento 89 FM
Candy.
Queria ter o timbre de voz da Kate Pierson.
A dupla Kate & Iggy Pop comete milagres sobre minha alma.
Ponta de estoque.
Eu e Oli fomos comprar sapato que combine com o vestido poderoso.
Loja manjada em Moema.
Lotaçao cruel de mulheres histericas.
Preciso de uma sandalia nova. Urgente. Não encontrei nenhuma.
Meu grau de exigencia anda insuportavel.
Oli garimpou um scarpin lindo. Preço idem.
Ela sabe das coisas.
Momento 89 FM.
Cassia Eller canta Nando Reis e Coldplay, na sequencia.
Isso foi um ataque covarde.
Desse jeito vou acabar puxando um gato da TV a cabo do vizinho.
Abstinencia.
Quase não vejo TV, há 8 dias.
Sinto falta.
Saudade do Jake. Perdi dois episodios.
Alias, vi um sosia dele, no McDonald´s. Quase pedi autografo.
O moleque não iria entender nada.
Two and a half men não eh coisa pra criança.
Momento Becky Bloom.
Orientei a Oli na compra de um vestido para uma festa importante.
Um tomara-que-caia que beira a perfeiçao. Da Mercearia. Marrom, na altura do joelho. De renda. Um classico.
Dei de presente um colar totalmente vintage.
Com toda cara de herança da bisavo. Lindo.
Mae eh pra essas coisas.
Se bem que minhas intençoes sao as piores possiveis. :)
Huhuuu!
Me enganei quanto as datas.
Ainda tenho mais um dia por aqui.
Conferi a passagem. So volto na terça, pela manha.
Vai dar pra assistir a mais um capitulo inteiro de A Viagem.
[rascunhos finais das noites de domingo e segunda-feira]

Momento 89 FM.
One Last Breath - Creed.
Xii. Isso doi.
Num sabe brincar, num brinca.

07 maio, 2006

Momento Gilmore Girls - Juntas, enfim, na padoca cor-de-rosa.
Ela, de capuccino trufado e pao na chapa.
Eu, de moka e pao na chapa.
Tem inicio a sessao comedia.
Eu: - Eh, a gente não pode dizer ``nossa, que pao lindo, mas eh um pao aceitavel.``
Ela: - O café ta bom.
Eu- Tah bonito.
Ela: - A gente acabou perdendo a novela [A Viagem - Vale a Pena ver de Novo]
Eu- Puta merda. Meu ultimo dia util por aqui. E perdemos a novela!
Ela:- Odeio voce. Voce e a manicure contaram o final.
Eu: - Todo mundo sabe como acaba. E na manicure, soh se fala sobre novela mesmo.
Ela: - Voce não vai ver mais, ne?
Eu:- Acho que voltando pra Manaus, vou na manicure todo dia, na hora do almoço. Viciei.La tem TV.
Ela: - Gargalhadas.
Eu:- Simples: segunda-feira, faço a mao direita. Na terça, a esquerda. Na quarta, o pe direito e assim por diante.
Ela, gargalhando: - Tah, entendi, mas e na sexta?
Eu: - Depilaçao, ue. A gente sempre tem coisa pra fazer num salao de beleza. :D
Voltamos pra casa e assistimos Crash, sob o edredom, no sofa da sala.
Mas a historia na padoca cor-de-rosa continua.
Momento Gilmore Girls - Em busca dos minissonhos perdidos.
Deixamos o hospital e todas as recordaçoes decorrentes.
Sigo sozinha, com meu carro, atras de uma padoca bacana.
Paro na padoca cor-de-rosa. Dali soh pode sair coisa boa, mesmo que o pao seja uma bosta e o suco, de caixinha.
Minissonho? Nem pra remedio.
Saio de la com a sensaçao de que esse mundo ta mesmo perdido.
Os melhores minissonhos do universo, ou os melhores sonhos gigantes do planeta deveriam ser fabricados justamente numa padaria cor-de-rosa.
Não eh bem assim.
Encontrei minissonhos bem fresquinhos, em outro lugar. Mas não com o mesmo encanto. Faltava baunilha. Existe coisa mais cor-de-rosa do que o sabor de baunilha?
Vamos combinar?
Nando Reis deveria ser uma criatura proibida de existir. Ou, no minimo, de compor.
Foda, o ruivinho.
Momento Gilmore Girls - Noite quase fria de domingo, vespera de feriado.
Deixo o quarto do hospital perguntando se ela queria alguma coisa.
Saio em busca da encomenda.
Padaria da esquina fechada. Como pode? Antes das 20h? Jura que estou em Sampa?
Paro pra jantar no Shopping Paulista.
Como um pao de batata, sem graça e sem sabor.
Paro pra tomar café. [note que meu teclado acentua quando bem entende]
Café sem graça e sem aquela espuma que faz toim-oim-oim. Shit.
Compro cigarros e uma pequena surpresa, pra não voltar de maos abanando.
Caminho pela rua sentindo a brisa fria, maos no bolso, surpresa na bolsa, pensando na vida.
Volto pro quarto do hospital, decepcionada pela derrota no desempenho da tarefa tao simples.
O desejo era apenas minissonhos, que não consegui encontrar.
- Como voce adivinhou? Adoro brigadeiro de colher!
Eh. Sem querer, a gente acerta
O Salvador da Patria. [meu teclado continua sem acento. Sorry]
Minha casa viveu sob um silencio sepulcral ate quinta-feira.
TV a cabo desligada, sem som, sem esperança de vida inteligente. Isso estava me enchendo de tedio.
A noite, achei um aparelho veeelho, datado do inicio da decada de 90. Um paraibao empoeirado, duplo deck. Com AM e FM.
Por um milagre dos Ceus, sem ter sido necessario recorrer ao expediente de São Longuinho, localizei o cabo de conexao, em meio a zona sem criterio que virou isso daqui.
Passei a ouvir vozes, e não eram as da minha cabeça. J
Resultado: 89 FM na veia. Dia e noite. E tambem nas horas vagas.
Um ato de bravura, devo reconhecer meu merito e coragem.
Red Hot, Oasis, R.E.M., James You´´re Beatyfull Blunt, Pearl Jam, Jack Johnson (o fo-fo mor do planeta Terra). Tudo que eu julgava não ser mais capaz de ouvir, rolou.
Sem sangue.
O bicho soh pegou numa certa cançao do Coldplay. Aquela.
Eh pedir demais, tambem. Um desconto, plizz.

04 maio, 2006

Revisao dos 80.000.
Meu micro começa a dar sinais visiveis de senilidade.
Ta caindo aos pedaços, o pobrezinho.
Desconfio que ele nao sobreviveria ao tratamento de choque do Dr. Lalau.
Melhor deixar a natureza fazer seu trabalho.
Calça justa.
Na falta de uma, agora tenho seis, graças a Oli.Thanks.
Definitavemente usar calças um manequim e meio acima do meu nao estava me fazendo uma pessoa melhor.

Dia gentil comigo

Noite anterior em paz, apesar da rotina punk.
Estou revisitando minha cidade. Do meu jeito, conforme a demanda. Nao vim a passeio.
Os caminhos podem ser os mais longos ou os mais congestionados, desde que sejam os mais bonitos. Preciso disso.
Tarde empanturrada de paezinhos de queijo, minissonhos da Ceci e filme tolo com Oli, no Paraiso. Delicia.
Passei, no inicio da noite, pelo acesso para a Republica do Libano. Ibira.
O transito cruel me fez lembrar recomendaçoes de Ferreira Santos: paradas estrategicas.
Comprei isqueiros, salada de frutas e vitamina de clorofila. Agora sim, a passeio.
Fazendo as pazes com a minha casa.

01 maio, 2006

Everything is gonna be allright.
Trust me.

27 abril, 2006

Tô indo na paz.
Só pra ti lembrar.
Momento iTunes: Paralamas
? Aonde quer que vá, levo você no olhar.

12 abril, 2006

Indagação da semana. Quiçá do trimestre.
[abre aspas] Já que a gente tá aqui, o que é mais uma flecha pra São Sebastião? [fecha aspas]
Louro José.
Coisas do nada.
Manhã de sábado, eu estava na cama lendo, quando me deu vontade de comer algo diferente.
Foi quando me lembrei de um episódio ocorrido há mais de 10 anos, no trabalho.
Um diretor de arte safado, notório comedor de gente, tinha uma namorada.
Uma candura de pessoa. Viviam brigando.
Quando a coisa era feia, a inocente mandava doces, no melhor esquema [abre aspas] volta, amor [fecha aspas]. Só coisa fina.
Numa tarde corriqueira, senti fome. Saí de baia em baia buscando algo mastigável.
- E aí? Tudo certinho? Tudo bem com a patroa? Resolveram aquele lance?
- Tudo na santa paz.
- Cê não quer ligar pra ela e puxar uma briga boa?
- ????
- Tô com fome. Liga lá, vá.
Não que eu torcesse pela desarmonia entre o casal e, todos sabem, nem sou de doce. Mas ela sempre mandava docinhos da Cristallo, pô.
Novidade na geladeira.
Queijo Minas frescal de leite de búfala.
Melhor que mussarela.
Não vivo sem.
O que você tem por dentro?.
Recebi por e-mail: oferta de uma balança que mede gordura e líquido.
O texto é um primor.
[abre aspas, reticências] Com o sistema de bioimpedância, que emite uma corrente elétrica pelos pés para aferir taxas corporais de gordura e líquido, você visualiza com detalhes o que realmente compõe seu corpo. [reticências] É seu espelho por dentro.[fecha aspas]
Não vou nem falar o que eu pensei na hora.
Agora vai.
Ontem, eu fui. Primeiro dia pra valer. Circuito completo. Trabalho pesado. Animador recomeçar com a mesma carga de quando eu parei, em agosto passado.
Incrível como melhora a qualidade de sono.
Dormi como uma rocha.
Acordei como uma pedra: dura. Sem conseguir dobrar os braços.
Hoje, faltei. O dever me chamou e tive que ficar de plantão. Antes assim.
Em vez de carregar, fui ganhar peso. Almocei bem.
Incrível como a qualidade do apetite também melhora.
Pra noite, a previsão é chá de ursinho. Na veia.
Amanhã eu vou.
É só pra vê?
Alex Atala, na Trip.
[suspiros] :O)

07 abril, 2006

Redescobrindo o supino.
Instrutor seleciona 30 kg.
- Puxa pra você.
- [grunidos]
- Muito pesado?
- Táaaaaaaargh.
Instrutor alivia. Deixa por 15kg.
- Melhorou?
- Agora tá moleza.
- Ajeita o cotovelo.
Eu ajeito o cotovelo.
- Isso! Impõe uma postura.
Taí. Impõe uma postura. Gostei. Virou lema. ;O)
Fitness ? Terceira temporada.
Comecei a academia na hora do almoço.
Acho essa coisa de começar na 2a é o princípio da derrota.
Primeiro dia é sempre chato. Instrutor analisa sua ficha, analisa seu corpo pra conferir o tamanho do estrago e fica mais de meia hora escrevendo sua sentença, enquanto você fica na bicicleta, assisitindo à TV sem som.
Hoje fiz uma série reduzida, depois de 8 meses e ócio. Incrível como a musculatura volta a responder rápido. Parece que tem memória.
Desta vez, vou até o fim. Só largo a academia quando voltar definitivamente pra casa.
Não é uma promessa. É um propósito.

Abra a boca e feche os olhos.
Fiz avaliação na academia, logo cedo.
Fiquei de dp em física, é claro.
Preciso ganhar 6 e não 5 kg de massa magra. O apelido Bandeira de Pirata procede.
Isso não quer dizer que eu deva sair por aí comendo o que quiser. Eu não quero massa gorda. Tenho, sim, que abusar do consumo de proteínas magras. Equilibrar a dieta, não estressar e malhar. Vai dar trabalho.
Hoje penso que planejar a perda de 5kg, em 2004, foi mais fácil. Boca fechada. Em dois meses de malhação, ficou tudo no jeito.
Perder é mais fácil do que ganhar. Como tudo na vida, sem trocadilho.
É de cortar.
Você chega no trabalho e tem uma dupla cantando Fio de Cabelo, Nuvem de Lágrimas e vasto repertório do gênero.
É mesmo de cortar. As cordas vocais.
Dos dois.

06 abril, 2006

Coisa feita.
Acordei saltitante. Tirei alguns objetos da varanda e deixei tudo no jeito.
Fui entregar a chave pro Cosme (o Damião tava atrasado) e a casa caiu: a empregada do andar de cima faltou ontem, de modo que eles não puderam realizar o serviço na unidade. Sem isso, não adianta consertar meu teto. Só semana que vem.
Eu que tinha feito tantos planos.
Isso já tá parecendo piada. Ou virando novela.
Frase a calhar.
Não fica muito magrinho senão perde a importância.
[Luciana Gimenez para Ronaldo Esper]
:O)

Só pano e osso, não!
Lá vou eu de novo. Minha Kipling sai dos aposentos e volta a exercer sua função original, embora já tenha feito frilas inesquecíveis como bagagem de mão.
De agora em diante, a tarefa é descansar carregando pedra, entre 13 e 14h.
Puxar ferro para tornear a carne, desopilar as vísceras e relaxar o coração. A meta é resgatar
os 5 kg de massa muscular que tão em falta.Voltarei a fazer sombra.
Minha alma tá muito agradecida. :O)

05 abril, 2006


Quero a empregada da casa do Jake!
Gorda, despachada, senso crítico feroz, senso de humor idem. Não deixa passar nada. Dá palite. E tá sempre certa.
Uma semana lá em casa e ela iria colocar a minha vida pessoal nos eixos.
Aposto.
Eu amo o Jake.
Ambientação: pai, empregada e avó discutindo se o tio está usando drogas, já que tem apresentado comportamentos estranhos.
Avó despirocada: - O ecstase causa efeitos afrodisíacos incríveis.
Todos: = 0
Avó despirocada emenda: - Me disseram.
Jake: Você tem que dizer efeitos afro-americanos-disíacos. É o correto hoje em dia.
:O)
Laundry day.
Pronto. As roupas foram.
A blusa ficou. :O)

04 abril, 2006

Hoje tem.
Vou sair do trabalho em cima da hora. Rezar pra não ter trânsito.
É dia de ver o Jake. O fofo mais escroto do planeta.
Deu no Globo Online
SÃO PAULO - A temperatura mínima registrada na madrugada desta terça-feira foi a menor do ano. Segundo a Climatempo, o Mirante de Santana marcou 15,7 graus.
É, Deus sabe o que faz. :O)
Objeto transicional.
As roupas ainda não foram pra lavanderia, mas já estão separadas e devidamente ensacadas. Apenas uma blusa, ainda impregnada com notas de incenso, suor e óleo de buriti ficou de fora. Assim como Mônica tem o seu Sansão e Linus, o seu cobertorzinho, aquela blusa está sob meus travesseiros para eu relembrar aquele aroma nos momentos de saudade.
Boas sensações ele me traz ;O).
Carapanãs diários.
Apurrinhações domésticas sempre vão existir. Eu sei. Não tem pra onde correr.
Mas na briga com os leões, deixei escapar algumas obrigações básicas, como lembrar de pagar conta de luz, IPTU, mandar as roupas pra lavanderia, etc, etc. E a burra foi ao banco, ao lado da lotérica, ontem e esqueceu de levar os boletos. Fui hoje, de novo. Não adianta dizer: débito automático, internet e as demais facilidades da tecnologia moderna. Meu banco não aceita, Só lotérica.
Calma. Nem doeu. Se bem que uma secretária particular pra tratar desses assuntos não seria nada mau. Prometo que eu nem iria bater nela com o telefone e ir parar na delegacia.
A matança dos leões ? A batalha final.
1- Documentos por sedex: chegaram. Tá morto.
2- Lance da Caixa: tá na conta. Já era.
3- Reforma na varanda: agendada pra quinta-feira. Aceita seu destino, felino.
4- Hospedagem de Godzila: tá quase. Dorme mais um pouquinho, Simba.
Sinto-me outra pessoa.

03 abril, 2006


Voltei a ler no domingo chuvoso.
É triste. Muito triste.
Já sei como termina, mas não tenho coragem de chegar na última página.
Declaração pública.
Eu amo a Varig.
Eu amo a Izabel, a fada madrinha. :O)
Mistérios oníricos.
Sonhei que comprava uma barra de chocolate Nestlé classico, outra coisa gostosa que não lembro e uma escova de dentes em forma de coração. Pra presente.
Retrocesso aparente.
Tava indo tudo tão bem.
Tarefas agendadas para o sábado: chamar Cosme e Damião para reforma na varanda, conversar com o cara da nova hospedagem de Godzila à tarde, colocar as leituras em dia, escrever um pouco e terminar a arrumação do armário da sala.
Só que na quinta-feira, minha agente de viagem, no caso, fada madrinha me ligou.
Descontos nas passagens aéreas de até 84%, válidos apenas para sábado e domingo.
Meu olho cresceu.
Com um descontaço desse seria o caso de pegar cadeira de praia, garrafa térmica, pacote de Cheetos, palavras cruzadas e amanhecer na porta da loja.
No sábado, acordei tardão. Tava cansada. Porém, às 14h30 eu já tinha minha senha em mãos.
Tarefa ninja. Quase 4 horas na fila dos pobres. Uma espécie de SUS dos turistas nacionais.
Suponha que você pague habitualmente pela ida (note, só pela ida) R$100,00. Pois, na promoção, a passagem de ida e volta custou R$ 30,00.
Por esse preço dava pra fazer estoque para o calendário anual de feriados prolongados. Não é mais o caso.
Optei pelo que me pareceu mais sensato e as tarefas agendadas ficaram pra depois.
O que você faria no meu lugar?
Ficaria em casa vigiando pedreiro?

31 março, 2006

Horizontes ampliados.
Ontem, ao chegar em casa, encontrei o chefe de Cosme e Damião no elevador. Foi dado o veredito: a responsa é do morador do andar de cima. O cara vai comprar tinta e rejunte, e o condomínio vai bancar a mão-de-obra. É só marcar o dia e reservar 10 reå pra Cosme e Damião porque eles são gente boa pra caramba.
Minha varanda vai voltar a ser transitável e, cá entre nós, aquele teto tava precisando de uma geral faz tempo.
Esse leão tá com os dias contados.
31 ao contrário. Bingo!
Em menos de 15 minutos, tudo resolvido.
A mocinha da Caixa nem quis conferir a averbação. E olha que eu insisti em apresentar o documento.
A merreca foi transferida.
E esse leão tá morto e enterrado.

Thiago de Mello. Hoje, 80 anos.

Arte de amar

Não faço poemas como quem chora,
nem faço versos como quem morre.
Quem teve esse gosto foi o bardo Bandeira
quando muito moço; achava que tinha
os dias contados pela tísica
e até se acanhava de namorar.
Faço poemas como quem faz amor.
É a mesma luta suave e desvairada
enquanto a rosa orvalhada
se vai entreabrindo devagar.
A gente nem se dá conta, até acha bom,
o imenso trabalho que amor dá para fazer.

Perdão, amor não se faz.
Quando muito, se desfaz.
Fazer amor é um dizer
(a metáfora é falaz)
de quem pretende vestir
com roupa austera a beleza
do corpo da primavera.
O verbo exato é foder.
A palavra fica nua
para todo mundo ver
o corpo amante cantando
a glória do seu poder.