17 maio, 2006


Diálogos internos I.
Superego, o ser bruto.
[São Paulo, noite fria no início de maio. Quase chegando em casa, surge a voz]

Super: - Por que você fez aquilo?
Eu: - O quê?
Super: - Aquilo.
Eu: - Ora, bobagem. Eu tava distraída.
Super: - Não pode ser assim, você tem que prestar mais atenção.
Eu:- Tá. Errei o caminho. Perdi a entrada certa. Fui até prudente. Parei no posto. O frentista me ensinou como sair de lá.
Super: - Você foi parar na Cupecê, Ana. Quase pegou o acesso pra Cidade Ademar. Sozinha. Tarde da noite. Sabe o que é isso? Queria virar assunto no Datena? Queria?
Eu: - Tá. Foi cagada. Obrigada por se preocupar. Meu pensamentos estavam distantes. Cabeça na lua.
Super:- Isso. Fica assim, com a cabeça a 13 andares do solo e, dia desses, vai acordar a 7 palmos da terra.
Eu:- [bocejos] Ignorante.

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