03 julho, 2001

A morte é feia. Sim, ela é. E ponto.
Ela dói e assusta. De um modo muito cruel, pra quem fica. Pobre de nós.
Porque traz o relembrar da boa e velha consciência de nossa finitude.
(Por favor, sejam delicados. Foi a minha primeira vez, como testemunha ocular.)
Enfim, uma pessoa muito querida se foi, sábado, do alto dos seus 91 anos, e sem cair do salto.
Ela deve ter, também a bordo do mais alto grau de sua grande sabedoria, negociado seu up-grade, por mais alguns ou tantos minutos.
Grande figura ela. Sempre adorável. Que soube, exatamente, quando e como se despedir de cada um que esteve ali presente.
E o fez do modo mais doce, firme e sereno. Sem dor, sem agonia. Partiu em paz.
E é a exemplo dessa paz que a vida deve seguir seu curso. A despeito de tudo.
Inté amanhã.





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