22 julho, 2004

O confessionário.
Notei um silêncio meio constragido no grupo.
Aqueles dois casais separatistas não contam, porque eles nunca abriam a boca mesmo, a não ser pra se beijar e olhe lá.
Mas todo mundo tava quieto. Eu só pensando na porra da grana que eu esqueci de pegar e aquele monte de cerveja olhando pra mim. Isso não é justo.
Até que o pai daqueles adolescentes deu a mão à palmatória: esqueci a carteira no hotel. Era o que precisávamos ouvir, porque todos confessaram o que, até então, era inconfessável. Só os filhos da puta daqueles dois casais levaram grana, se fizeram de mortos e ficaram nos esnobando e se exibindo com suas garrafas de coca-cola e água mineral geladas. Manés.


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