03 agosto, 2003

Noites terríveis.
Tudo começou na noite de 5a.-feira passada.
Tava terminando um episódio de Seinfeld, quando começou a barulheira.
Um maldito show de pagode, a algumas quadras de casa. A maldição começou eram mais de 22h30. Notem que lei do silêncio não existe por aqui. Se existe, pelo menos às 5as-feiras está liberado. Pois a porra toda rolou até 2h30 da madruga.
O som parecia vir da minha sala.
Ninguém trabalha amanhã, não? Merda.
Cheguei na agência com um humor do cão. Os meninos foram logo me avisando que o pior ainda estava por vir. Ensaios de escola de samba também costumam rolar por alí. Além do que, na sexta-feira teria um show da Ivete Sangalo. Puta que me pariu. Assim não dá. E assim foi. Na noite de sexta-feira, logo depois do Seinfeld, começou a barulheira de novo. Sim, são pontuais os filhos da puta.
Eu estava tão exausta que capotei por volta da meia-noite.
Tive o sonho mais estranho dos últimos anos. Não foi um pesadelo. Foi um sonho. Um sonho inquietante. Angustiante é a palavra exata.
Acordei achando que já era de manhã. Bosta. Ainda era 1h30.
Vi o dia amanhecer, enquanto bitucas de cigarro se acumulavam no cinzeiro improvisado.
Bem feito. Quem mandou ouvir Velvet Morning durante a tarde? Quem Mandou? Bem feito.
E trate de comprar logo um cinzeiro de gente.

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