Até Deus tem dia de cabelo ruim.
Há pouco mais de duas décadas, Deus, todo atrasado nas costuras pra entregar, inventou de fazer a 8a revisão da humanidade. Tudo estaria muito bem, não fosse o fato Dele ter acordado com o pé esquerdo.
Sabe-se lá por que, baixou-Lhe um espírito de porco. E daquele dos bons: feio, sujo, malvado e zombeteiro.
Então, Ele, ainda possuído, resolveu criar um ser para testar o limite da escrotidão humana. Um protótipo. Tinha que ser um homem, é claro. Escolheu Fortaleza como cidade natal (caso não desse certo, seria facinho desovar a criatura no mar. É, Deus pensa em tudo). Para nossa sorte, Ele escolheu um casal de origem humilde, porém com caráter e bom senso para ser pai e mãe.
E, então, no ano de (sei lá), aos (hã?) de algum mês, nasceu Alessandro. Escroto até a tampa, desde criancinha. Seus pais bem que notaram, deram-lhe uma educação rígida, mas, vocês sabem, contra a vontade divina não há porrada que dê jeito.
Um belo dia, Deus, aliviado do encosto, caiu em si e viu que tinha exagerado um pouco. Concluiu que 20% daquela escrotidão toda já tava na marca pra recriar um Haggar, o terrível e ainda tinha uma reculhamba pro Angeli com seu Bob Cusp e, claro, Os Escrotinhos.
Tendo concluído seus experimentos, Ele pensou em descartar a criatura. Mas era tarde demais. Ele já havia se apegado ao menino (achava o cabra engraçado pra caralho).
Resolveu escondê-lo no mato.
Reza a lenda local que foi assim que o Alessandro desabou em terras manauaras: obra da piedade divina.
Até aí, tudo bem. Mas ele precisava dividir a estação de trabalho comigo, lá na agência, porra!
Ô, inferno.
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