31 julho, 2003

Dia de cão.
Todo mundo tem um. E o meu primeiro dia de cão em Manaus foi ontem.
Eu tinha que ir a um Banco 24h para efetuar um depósito, na hora do almoço. Coisa simples: pegar um ônibus, chegar lá, depositar, pegar outro ônibus de volta. E com um pouco de sorte, ainda daria tempo de comer alguma coisa.
Então, eu fui. Peguei o ônibus certinho. Desci no hipermercado onde tem um 24h. Descobri que aquele equipamento não aceita depósitos. Voltei para o ponto do ônibus. Um calor também do cão. Nada do ônibus passar.
Consegui chegar ao Caixa Eletrônico, dentro de um posto de gasolina.
Tentei mandar o doc. Não sabia o n. do banco. Esqueci o celular na agência. Entrei no Select pra comprar cartão telefônico. Andei até o orelhão. Liguei pra São Paulo. Anotei o n. do banco. Voltei ao Caixa Eletrônico. Consegui mandar bendito o doc. Voltei ao Select, comprei cigarros a preço de tabela (isso é raríssimo por aqui) e tomei um copo de iogurte. Caminhei uns 200 metros até o ponto de ônibus, sob uma temperatura de 36 graus. Peguei um ônibus errado, que me deixou a uns 300 metros da agência. Cheguei com a camisa grudada no corpo e os cabelos ensopados. Eu era puro suor e blasfêmias. Temperatura da sala: 19 graus. Ainda vou morrer disso.

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