30 janeiro, 2002

Passeamos pelas barraquinhas espremidas entre si. Buscávamos apenas uma entre elas que aparentasse ser mais confiável.
Confesso que isso levou um certo tempo. Mas finalmente, achamos: o plástico que forrava a barraca era limpinho, assim como os panos de prato que forravam o balcão do preparo da comida.
Nos empuleiramos no banco e pedimos, humildemente: - Tem Tacacá?
:O)
Um senhor nos atendeu. Ele olhou pra mim. Olhou pro Marujo.
Voltou a olhar pra mim.
Silêncio sepulcral.
Voltou a olhar pro Marujo.
Após mais um longo silêncio, respondeu: - Tem, mas vá ali naquela barraca. E apontou pro rumo.
À pouca distância, deu pra ver: era uma barraca comandada por uma velhinha que usava uma touca diferente, que parecia um pouco aquelas toucas que as enfermeiras usavam antigamente.
Aquele velhinho tinha uma certa docilidade no olhar e sem questionar nada, seguimos pra barraca da velhinha que usava aquela touca diferente.
Chegamos lá. Marujo pediu: - Tacacá? :O)))
A velhinha olhou pra mim. Olhou pra ele.
Silêncio. Longo silêncio.
Com uma voz baixa e com um sotaque que não consegui entender direito, ela fez alguns gestos. Fomos atrás dela.
Ela falava muito rápido. Difícil de entender.
Gentilmente, nos conduziu à uma plataforma, à beira do rio, onde havia um carrinho pronto pra preparar um Tacacá legal, com lugar pra sentar de costas pra um posto da Delegacia de Polícia e de frente pro rio.
Meleca! Claro, achei o atendimento nota 10!
Mas, porra, eu tenho tanta cara de turista nórdica assim? (Ö)

29 janeiro, 2002

Vale aqui um parênteses. Eu e o Marujo temos uma tradição, nesses anos todos, de realizar experiências gastronômicas, sem nenhum critério muito rígido.
Quem já foi capaz de enfrentar um caldinho de mocotó, num pé-sujaço ao lado do Lamas - RJ, não seria capaz de recusar uma aventura em plena Belém. Ara! Tão me estranhando?
Eu tinha em mãos duas opções: encarar um Tacacá ou avançar em território absolutamente desconhecido e arriscar um caldinho de carne em um mercadão sinistro, esse sim, suspeitíssimo da cidade.
Hum.. Já que é assim, vamos ao Tacacá.
Passado o sufoco, na manhã seguinte, era hora de explorar as novas paragens.
Consegui umas horinhas vagas pra enfrentar de frente a boa e famosa Belém. :O)
Roteiro traçado, ao acordar e antes de espreguiçar: Ver-o-Peso, Estação das Docas e a Igreja de Nossa Senhora do Nazaré, amém!
Foi tudo que eu consegui pensar.
E lá fomos nós:eu e meu bom e velho Marujo. ;O)
Desembarque 1: Mercado do Ver-o-Peso. (juro que eu não lembro se tem hífem mesmo)
Emoções fortes. Calor, muito calor.
Não sei qual o truque que os fotógrafos conseguem nas fotos jornalísticas, mas o que eu conhecia pelas matérias que eu li, o dito não era assim, tão digamos... Tá vamos aos fatos.
A parte renovada do Mercado tá bonitona. Banquinhas bonitas, ajeitadas, frutas, legumes, tipo uma feira-livre, ao redor.
O bicho começa a pegar mesmo na ala das barraquinhas de comida.
Como diria Luis Fernando Veríssimo, me pareceu algo que soa como o limite entre a vida inteligente e a vida orgânica.
Esqueça qualquer parâmetro normal de higiene ou qualquer outra regra.
Ora, bolas, relax! Nada que a visão de um churrasquinho grego com suco - tang sabor laranja - de grátis vc já não tenha visto na vida, em plena Av. São João. Larga a mão de frescura! ;O)

28 janeiro, 2002

Serviço de Utilidade Pública - ou de Futilidade Pública, se assim preferir. ;O)

Meninas, atenção!
Num coquetel formal, evitem as empadas.
A todo custo.
Sei que isso é um sacrifício descomunal. Eu sei. Mas, pensem bem: salto alto, calor, sem ar condicionado, pés doendo. Sim, existe coisa pior. Você é capaz de resistir ao apelo de uma empada.
Fé, irmãs.
Pensem bem.
Não existe armadilha pior na vida social de uma mulher do que uma simples e inocente empadinha na bandeja.
Você olha pra ela, ela olha pra você. Você imagina aquela massa macia, esfarelenta, recheio cremoso, provavelmente de camarão ou de palmito. (se for de frango, fuja da festa. Empada de frango não está à sua altura. Você não gastou horas planejando o vestido e se maquiando pra dar de cara com uma empada de frango com milho. Hunf! )
Pensa noutra coisa que passa. Seja forte.
Lembre que aquela massa macia irá se derreter na sua boca. E vai se alojar, incomodamente, naquele espaço que existe entre seus dentes, por menor que ele seja.
Pior do que isso: Lei de Murphy existe e costuma entrar em ação exatamente nessas horas. Por exemplo, na primeira abocanhada, alguém vai dirigir a palavra a você. E você estará com aquela massa disforme, dissolvendo na sua boca e se alojando confortavelmente naqueles malditos espacinhos que existem entre seus dentes.
Constrangida, você será obrigada a grunir: Féra aí.. (enquanto, difarçadamente, tenta dar conta daquela massaroca que se formou na sua boca)
Não se iluda: não só você terá uma massaroca alojada entre seus dentes, como também um rastro constrangedor poderá ter escorrido entre a sua boca e seu queixo, sem perceber. Empadinhas são sorrateiras. Todos os guardanapos do mundo não seriam capazes de dar conta de tamanha fúria.
Pior do que isso, elas deixam marcas em sua roupa. Inocentes poeirinhas da massa podem se alojar em sua roupa. Você, desavisada, pode tentar dar um pitaco nelas. E aí, o caráter traiçoeiro da inocente empada se revela: deixa um rastro de poeira e gordura na sua roupa novinha em folha.
Sim, aceite esse fato cruel: empadinhas de buffet são traiçoeiras e podem acabar com a sua imagem.
Fujam delas.
Recuse. Resista bravamente.
Se você usa aparelho e o garçom insistir, chame a polícia. Você estará coberta de razão. ;O)
Chegou a hora do indefectível coquetel. Só para os oficiais e poucos convidados.
Calor. Sede. Meus pezinhos. Ai.
Ufa! Sofá, bebida, comida e ar condicionado.
Era tudo que eu precisava.
Um pouco mais relaxada, comecei a entender um pouco o meu novo papel.
A esposa do comandante é mesmo uma espécie de primeira-dama da Vila. Promove chás, reuniões entre as esposas dos comandantes. Eu jurava que essas coisas só existiam em novela.
A mulherada ficou surpresa ao saber que eu não iria morar lá. Disse que iria mensalmente visitar, aproveitar os feriados prolongados.
Confesso que achei tudo muito divertido e fui muito bem recebida. Óbvio que cometi algumas gafes protocolares, mas foda-se. É o meu jeitinho. :O)
Começou a cerimônia.
Tudo muito objetivo: uma passagem comando.
Discurso do Almirante. Discurso do Comandante que está saindo e discurso do Comandante que está assumindo.
Coisa rápida. No discurso do Marujo, a minha surpresa. Ele falou da dor de se separar da família e do meu apoio irrestrito à sua decisão de assumir esse comando. Referiu-se a mim como sua esposa.
Uia! Eu casei! :O))
Fiquei extremamente comovida. De verdade. Mas tive que conter minhas lágrimas.
Eu não podia borrar a porra do meu rímel depois daquela trabalheira toda. :pp
Cheguei no local da cerimônia. Oficiais e a marujada toda com farda de festa: todos de branco.
Alguns convidados, uns 50. Calor, muito calor. Minha amiga me apresentou, informalmente, à algumas pessoas, como a esposa do Comandante. E num é que essa coisa de primeira-dama existe mesmo, rapaz? Eu achava que era brincadeira do Marujo.
Calor. Bosta. Num tem cadeira. Vai ser tudo de pé.
Meleca.
Procurei o Marujo. Achei.
Sim, quase desmaiei. Ele estava lin-do!
Nesses anos todos, eu nunca o tinha visto fardado, acredita?
Lin-do!!!!! Ele me viu. Veio falar comigo. Cochichou ao meu ouvido que eu estava linda. (ele é um gentleman ;O)
A pergunta que não queria calar era: pra que as luvas? É estranho ver o Marujo de luvas brancas. :O)
O calor era dos diabos.
E úmido, muito úmido.
A impressão era que eu tinha caído num grande caldeirão de sopa.
Meleca. Minha pressão costuma cair nesses casos.
Não. Eu não vou dar esse vexame. Não esse.
Por volta das 9h15, minha amiga passou em casa com a esposa de outro oficial pra seguirmos pra bendita cerimônia.
Comecei a achar que minha roupa estava básica demais, mas era tarde demais. Foda-se. Eu tava no meu estilo. Eu era a primeira-dama. Estava lançando o estilo jamanteano de se vestir. Ueba. Até que isso é divertido. ;O)
O dia tão temido e esperado chegou.
Fui me arrumar onde seria a nossa nova casa.
Minha cara tava um lixo e levou deu um certo trabalho para que minha maquiagem perpetrasse algum milagre. Meleca.
Eu estava um pouco nervosa, não sei bem como me comportar nessas cerimônias lotadas de formalidades protocolares. Um pouco antes, Marujo me deu uns toques básicos, do tipo: se eu te apresentar a um oficial, por exemplo - comandante fulano e sua esposa, dona fulana. Você, necessariamente, vai se dirigir à criatura como comandante fulano e à sua esposa, como dona fulana. Você a chamará de DONA fulana, até que ela libere ser chamada pelo nome. Certo?
Certo.
Pra minha sorte, eu conhecia a esposa de uns dos oficiais. Ela me deu a maior força. Eu tava sozinha e ela passou lá pra ver se eu precisava de alguma coisa. Agradeci a atenção e disse que tava dando pra me virar sozinha. Antes de sair, virou-se pra mim e solidária perguntou: quer que eu chame um maquiador pra você? Ele vem em casa. Dá tempo. Quer?
Puta merda. Eu devia estar pior do que o espelho me mostrava. (Ö) .
Quinta-feira passada, véspera de feriadão, estava eu de malas prontas pra bendita cerimônia de posse do Marujo, em Belém.
Pra tornar tudo mais divertido, caiu uma tempestade no final da tarde. Não foi uma grande tragédia. Choveu apenas o suficiente pra interditar o aeroporto de Congonhas. Básico.
A Vasp, pra variar, manteve a tradição de fazer lambança. A aeronave que seguiria pra Belém pousou em Cumbica, de modess que houve um atraso de quase 3 horas. Se você pensar que meu vôo estava marcado pras 19h38 (piada). Eram quase 22h15 e ainda não tinham chamado para o embarque. Congonhas fecha às 23h. Se o vôo fosse cancelado, eu iria perder a meleca da cerimônia.
Que nerbios!
Embarquei às 22h30 e cheguei a Belém mais de 2h (horário local - lá não tem horário de verão). Isso significa que meu relógio biológico apontava pras 3 da matina.
Estava exausta e sem teto. O Marujo ainda estava num abrigo provisório, na Marinha.
Dormimos num motel. Na verdade, capotamos. Acordei 3 horas depois, pra me aprontar pra cerimônia.
Sinceramente, eu daria meu braço direito por mais 5 horas de sono. (Ö)
Óia só: eu voltei! :O)
Aconteceram tantas coisas, nestes últimos 4 dias, que nem sei por onde começar.
Vou ver se consigo escrever tudo por aqui, até pra poder lembrar de tudo depois. Minha memória anda péssima. E não sei onde anda minha cartela de Ginko Biloba. :p

21 janeiro, 2002

Um dia quase perfeito.

Acordei cedo. Cedo o suficiente para assistir ao Bom Dia São Paulo.
(mas, tarde o suficiente pra não assistir à aula de Química do Telecurso 2000, he,he)
Triste. Muito triste os fatos. Celso Daniel era uma grande figura. Adormeci ontem e acordei hoje ainda meio estarrecida com o fato.
Enfim.
Dia de rodízio.
Ueba! Dá pra ficar até mais tarde em casinha.
Segui pro trabalho sentindo uma paz que há muito eu não lembrava.
Chefe voltando de férias. Medo.
Até que ele voltou de bom humor. Mal pude acreditar.

Na hora do almoço, fui retirar meus bilhetes pra viagem a Belém. Loja da Vasp, obvs.
Eu sei. Eu sei. Eu num aprendo.
Mas, dá um desconto: eu tinha direito a um trecho de grátis. Num ia perder essa. ;O)
A operação toda durou uns 40 minutos. Vasp é Vasp também em terra, pensa o que? :p
Foi coisa do anjo da guarda. Tudo resolvido, a trapaiada que fizeram com a minha reserva foi toda acertada, paguei parte do trecho, assinei a porra do comprovante, a impressora acabou de cuspir a meleca da passagem e.. acaba a luz.
Peguei meus bilhetes (com conexão em Brasília. Isso ainda vai dar merda.. anota aí) e segui de volta pra agência.
Juro que eu achei que a energia elétrica tinha sido cortada na loja da Vasp. Não me culpe por isso. ;P
Chegando ao sagüão do prédio da agência, tá o povo todo lá. Coisa bonita. Todo mundo voltando do almoção e sem elevador.
São 15 andares pra subir.
Até então, ninguém sabendo de nada.
Fumamos um cigarrinho na área de fumantes do térreo e lá ficamos.
Chega uma hora em que a consciência começa a pesar. Melhor subir de escada, né?
É!
Legal. A iluminação de emergência estava apagada. (Ö)
Praticamente, um crime. Se um fiscal da prefeitura aparece por lá, pode interditar o prédio. (hu,huuu!!! :O)
Esquece.
O Segurança do prédio se ofereceu pra nos acompanhar até lá em cima, a bordo de uma lanterna.
Meleca! São 15 andares. No escuro, de salto alto, eu não vou conseguir.
E não é que eu consegui, rapá!?? :O)


O pior ainda estava por vir.
E a porra da energia elétrica não voltava..
Comecei a imaginar o pior: sim, err..., dia de rodízio, tanque de gasolina do carro no talo da reserva.
Soube que postos de gasolina não funcionam com falta de energia elétrica.
Grande! Como não pensei nisso antes?
Lembrei que eu tinha R$12,35 na carteira, saldo insuficiente pra voltar pra casa de táxi, se fosse o caso. E desconta-se desse montante o R$ 1,40 sagrado para o maço de cigarro.
Danou-se: caixas eletrônicos também estavam fora de cogitação, pela mesma razão.
Mãe? Manhê??
Esquece, deixa mon em paz, Jamanta! Te vira!
Por volta das 17h40, a luz voltou.
Ueba! :O))
E apagou de novo, cinco minutos depois. (Ö)
Comecei a olhar em volta e pensei: vou dormir aqui. Isso! Não tem outro jeito.
Resumo: às 19h00 a luz já tinha voltado. Voltei pra casa, sem pegar trânsito. Foi lindo. Voltei cantando pra casa.
Até pensei, no elevador: lesgal, vai dar tempo de pegar o finalzinho primeiro capítulo da novela e assistir ao filme do Tela Quente. Era tudo que eu precisava. Juro.
Chego em casa e.. e.. e..? Sim, vc acertou: a Net está fora do ar. Sem sinal e sem previsão de volta.
Grrrr...






Marujo ficou sem dar notícias por dois dias, semana passada, porque estava hospitalizado.
Bosta.
A longa viagem desencadeou uma crise de dor na coluna e, sem trocadilhos, teve que ir pro estaleiro.
Morri de dó. Ele lá, sozinho e eu aqui, nem sabendo de nada.
Vou fazer babaganuch pra ele, quando eu chegar a Belém.
Ele deve estar com saudade. ;O)

20 janeiro, 2002

Já mandou alguém pentear a gengiva, hoje?
Eu mandei! ;O)
Hoje, fui assistir Harry Potter..
Pequena Oli me arrastou. Bosta.
Tá, confesso: chorei no final.
Gostei da fita. :O)
E o garoto é gente boa.
Tá certo que o mirim é uma caricatura de Bill Gates, aos 11 anos: cara redonda, óculos idem e cabelo tijelinha.
Tá certo também que aquela cena da fuga do cão de 3 cabeças lembra um pouco Indiana Jones.
Mas vamos dar um desconto? Vamos? ;O)
Finalmente, o Marujo chegou a Belém, quarta-feira passada.
As ligações telefônicas são meio, digamos, difíceis. A linha cai toda hora. Ódio mortal.
Descobri que em Belém não tem horário de verão, de modess que eu vou ter que fazer uma adaptação rápida de fuso horário.
Mas, o que a gente não faz por amor, não é?
Hunf!
Fui ao dentista, semana passada.
Dr. Anselmo, do alto de sua candura, foi categórico: - Você precisa aprender a pentear a gengiva.
- Errrr.. (Ö) .. Como assim, dr. ? (Ö)
- Pentear a gengiva, como se você estive escovando seu cabelo.
- Sei.
Pentear a gengiva..
Legal. Claro que vou fazer isso. Confio muito no Dr. Anselmo, afinal.
Mas, foi inevitável: enquanto ele falava, saquei que o "pentear a gengiva" pode ser um xingamento duca!
Na mesma categoria do " vá pentear macaco", ou "vá plantar batata".
Adorei! E adotei! :O)
Olá. Sei que eu sumi.
Mas estou firme e forte por aqui.
Forte?
Hum, menos Jamanta!

16 janeiro, 2002

Telecurso 2000 dá um soninho...
Pra quebrar o galho, estou me afogando num balde de chá de camomila. Acho que já tomei uns 820ml.
Mas acho que é meio tarde demais. São 6h10 e tá começando a dar soninho.
Daqui a pouco é hora de pegar caminho da roça.
Quer apostar quanto que vai dar merda e eu vou acordar às 11h40?
Melhor jogar o chá de camomila no ralo e preparar um capuccino. Pra acordar. :´/
Há alguns anos, eu tomava um chazinho pra dormir que era o bicho. Tinham uns ursinhos supermeigos na latinha. Se eu não me engano chamava Sleep Time.
Eu chamava de Chá de Ursinho. Eu tomava uma dose e dormia que era uma beleza.
Se alguém souber onde vende essa porra, pelamordedeus, dá um berro.
Tô comprando 5 caixas. Ou um lote fechado, pra garantir o estoque. (Ö)
Definitivamente, estou precisando ir ao médico.
Dormi pouco mais da meia-noite, acordei às 3h40 e não consegui adormecer de novo.
Talvez seja algum plano inconsciente de mudar de profissão. Vender pastel na feira, talvez.
Bocejos.

15 janeiro, 2002

Pra falar a verdade, tudo que eu preciso na vida é dormir por 3 dias seguidos.
Tenho tomado cada cruzado de direita que o Popó teria pena.
Dá um desconto, vá?
Confesso que deu uma certa dor na consciência por ter violado uma correspondência alheia. Mas você viu que foi sem querer.
Foi culpa do incompetente do zelador.
Fico aqui, olhando pra carta do Bradesco e, juro, tenho dó do meu vizinho anônimo, viu? Acho que vou poupá-lo desse desgosto.
E, pensando bem, com que cara vou devolver na portaria uma correspondência aberta?
Isso! Melhor ir dormir.
Amanhã eu penso nisso. Ou esqueço disso. Sei lá.
Merda. O envelope do cartão de crédito era mesmo pra mim.
Uma Absolut dupla, plizz!
E sem gelo. Estou com dor de garganta.
Logo ao chegar em casa, tinha uma correspondência à minha porta.
Do Bradesco.
Medo... :/
O golpe de misericórdia foi encontrar um envelope com a fatura do cartão de crédito, sob a porta.
Ok. Respira. Pensa noutra coisa que passa.
Comecemos pelo menos doloroso: abri o envelope do Bradesco.
Caraios. Isso não pode estar acontecendo comigo. Não comigo.
Hunf! Desculpe, foi engano. O incompetente do zelador do prédio entregou o envelope do Bradesco em ap.errado.
Sim, tudo que eu preciso na vida é de emoções fortes.
Thanks.
Foi um dia meio duro hoje.
Pra variar.
Hei de descobrir uma fórmula caseira pro raio do Prozac.
Fé, irmãos.

14 janeiro, 2002

É claro, esqueci de teclar: preciso voltar a assistir Friends.
Básico. ;O)
Basta apenas eu conseguir chegar antes das 20h30 em casa.
Bosta.
Todo mundo me pergunta se eu já fui assistir ao Senhor dos Anéis.
E também se eu já vi Harry Potter ou Os Monstros.
Meleca! Não, não vi.
Nem li a porra da trilogia do O Senhor dos Anéis, e confesso que não consegui passar da pág. 20 do mala do Harry Potter.
Hunf!
Meu braço direito por um Wood Allen ou pela coletânea compretaça do Monty Python - Em Busca do Cálice Sagrado. - plizz
Shrek também. I love Shrek. ;O)
Toppo Gigio.
Garibaldo. Enio e o Beto.
Sartre. Jeff Smith. Faith Popcorn.
Louro José. Baby, o porquinho atrapalhado. Freud.
Caco - o Sapo, Animal, Pernalonga.
Tazz, Harold Loyd, Os Três Patetas.
Patolino, Mary Tyller Morre, A Mulher Biônica.
Starsk e Hucht (é assim???), Chaplin, A Bela e a Fera.
O Rei Leão, Carl Gustav Jung, Sob o Céu que nos Protege - Bertolucci, amém.
Polanski, Muppet Show.
Meleca. Acho que eu preciso dormir.
E de um pouco de paz, imploro!. ;O)


Na noite de sábado, assistimos ao Luau MTV.
Eu, a pequena Oli e o mala do Godzila.
Um Especial com a Cássia Eller.
Só então me dei conta do que aconteceu. (falei pro cês que a vida tá muito corrida por aqui.)
Ou melhor teclando, só então me dei conta de que foi mesmo uma puta perda.
Foi também uma oportunidade de ter, praticamente, uma conversa de mulher pra mulher com minha pequena Oli.
Falamos sobre homossexualismo, drogas, enfim, ainda bem que Cissa-mãe estava na casinha dela. Provavelmente, ela teria enfartado. ;O)
Mas, pensando bem, pequena Oli tá crescendo muito e será uma linda mulher. ;O)
(este foi mais um episódio da série "Mamãe Jamanta é uma mãe-coruja insuportável" ;O)
Meu humor tá do cão, a saúde anda meio frágil e não é TPM.
Melecão! Quero minha paz de volta. Ela deve estar em algum lugar, que a porra dessa correria não está me deixando encontrar.
Hunf!
É. A vida não tá nada fácil por aqui.
Meleca.
Vou exorcisar, vou exorcisar.

13 janeiro, 2002

Conforme o previsto, o vestido chegou pelo Sedex.
TÔ quase pronta pra chegar lá! :O)
Cissa-mãe tá superperocupada com a viagem dele.
Tadinha. (Ö)
Eu também. :/
Marujo ligou agora há pouco.
Tá em Goiás. :O)
Confesso: estou em pânico. Não seria mais fácil ele ter vendido a porra da Saveiro e ter seguido de avião, caraio?
Homens, bah! :p

12 janeiro, 2002

Num repara, não.
Tô meio deprimidinha.
Marujo está seguindo viagem. Neste exato momento está seguindo, rumo a Vitória e vai dormir na casa do irmão dele, o Edu.
Tô meio sem saber o que escrever. Parece que estou catatônica.
Esquece.
Já volto.
Mas, relax, Godziladen ainda não virou sabão. Note bem, eu teclei AINDA.
Dei um desconto pro maleta, que, hoje pela manhã, tentou quebrar meu cinzeiro.
Eu quero a minha mâe! (Ö)

08 janeiro, 2002

Decisão tomada: Godziladen vai virar sabão.
Centro de Zoonoses, Carrocinha, antes do dia clarear.
Hunf!
Não prometo que a primeira imagem que vou postar por aqui, assim que eu for pra Belém buscar o scanner que eu herdei, será do Godziladen, porque estou com ódio mortal daquele infeliz.
Grrrr.
Eu tinha comprado um auto-bronzeante carésimo e o dito estava sobre a pia do banheiro.
Acredita que o terrorista desgraçado, durante a madrugada, deu um salto duplo, alcançou o frasco e teve o requinte de apenas destruir o bico do spray? Acredita que o monstro fez isso?
A porra do auto-bronzeante está completamente inutilizado. Meleca! O frasco e o conteúdo estão intactos. Mas o spray não funciona, nem a poder de feitiço.
Eu mato. Juro que eu mato!
Até onde tenho notícias, Marujo ainda não seguiu pra Belém.
Liguei pra lá, à tarde, e o pessoal da mudança tava empacotando as tralhas.
Ueba! Herdei uma impressora e um scanner.
Lesgal. Vou aprender a postar imagens no Ventilador.
Prometo que a primeira será da Orca, combinado?
Bosta. Saudades da Orca. (Ö)
Bosta.
Foi uma noite insone.
Adormeci lá pelas 4h30 da madrugada e acordei às 6h30.
Tô um caco.

07 janeiro, 2002

Meleca!
Amanhã o Marujo pegará estrada, rumo a Belém.
São Cristovão, dá um jeito, vá!? Segura essa, mano, plizzz! ;O)

06 janeiro, 2002

Hum. Acho que preciso almoçar e dormir um pouco.
Já vorto! ;O)
O meu último dia por lá chegou.
Inevitável, eu sei.
Marujo sugeriu a programação: vamos ao shopping procurar a roupa pra cerimônia de posse.
NÃO, NÃO, NÃO!!!!!
Sou, confesso e não nego, uma paulistana atípica: o-dei-o shoppings.
Por volta das 14h, estávamos nós entrando no Barra Shopping.
Well, já que estamos aqui...
Foi uma maratona que durou exatas 8 horas. Praticamente, uma jornada de trabalho.
Mas tudo foi resolvido. Pasme você, consegui comprar um modelão legal pra bosta da cerimônia de posse, com sandália nova e tudo.
Jama vai ficar elegantérrima. Não é nada do que eu tinha imaginado. Mas até que eu gostei.
Tá certo que o vestido ficou para alguns ajustes e a moça da loja vai enviar o dito cujo por Sedex.
He,he. Quer apostar quanto que isso vai dar merda? ;O)


Acho que foi no dia 2, consegui marcar um encontro com os meus amigos, na Lagoa.
Era uma espécie de despedida. Afinal, por uns 2 anos vou ficar sem vê-los.
Chamada geral: Bia, Ana Ice, Liginha, Dani Prado, Mau e Amália e Claudia "Lord Cão" Pizzolato.
Meleca! Claudia, Mau e Amália declinaram. Desertores! :p
Não vou nem falar que a perua da Liginha não mandou notícias. Hunf! (sua batata está assando, fofa! :pp)
Foi um encontro divertido: eu, Marujo, Ana Ice, Dani e a Bia, a bordo da Chica, a poodle-rastafari mais boa gente do planeta. ;O)
Bebemos moderadamente, comemos muto bem, tiramos muitas fotos, falamos o diabo de muita gente (é uma delícia fofocar, fala a verdade ;O).
Despedi-me das meninas com uma certa melancolia. Eu as conheci na Lagoa, afinal, e foi lá que a gente teve encontros memoráveis.
Sei que a gente vai se encontrar sempre, independentemente do Marujo estar em Belém.
Antes de seguir o caminho da roça, eu e o Marujo paramos no deck, pra ver a árvore de Natal.
Fotos, fotos, muitas fotos. A árvore de Natal da Lagoa estava especialmente bonita, neste ano.
Meleca. Vou sentir saudades.
A pergunta que não queria calar era: por que Majid???
Ele não tem cara de Majid.
Ouvi uma longa explicação sobre o Majid, que era um navegador que estava na expedição do descobrimento do Brasil, etc, etc..
Ok. entendi.
- Kibe, vem cá! Tó um biscrock.
Marujo quase me matou. :p
O Marujo é um sujeito completamente sem juízo.
Quando cheguei lá, tinha um filhote novo na casa: o Majid.
Majid? Hum.. nominho estranho. Não gostei. Me aguarde.
Majid é um pit bull importado do Texas. Lindo, chocolate.
Nunca tivemos um cão chocolate em casa.
Majid tava ainda meio de ressaca. O pobrezinho enfrentou muitas horas de vôo e umas 8 horas de espera no aeroporto, até que a burocracia toda da Receita Federal liberasse a carga, no dia anterior.
Uma figuraça, ele. Deitou-se comigo no sofá. Aos poucos, foi folgando e aninhou a cabeça na almofada onde eu estava.
Cinco minutos depois, apoiou a pata imensa no meu pescoço. Dormiu abraçado comigo. E ronca, o desgraçado.
Hunf!
Mudei meu sonho de consumo: troquei a Mavica 75 por uma Ranger a diesel.
Pensando bem, isso é um delírio de consumo.
Esquece. Pensa noutra coisa que passa.
O Marujo trocou de carro. Comprou uma pick-up.
Verde. Lindona. Amei.
Marujo ficou, praticamente, 7 dias sem dirigir o próprio carro.
Tomei posse do caminhão. ;O)
Uma Jamanta como eu dirigindo um trambolho daquele tamanho, cê pode imaginar que as emoções foram fortes.
No dia 31, esqueci de passar o filtro solar.
Não tenho por hábito, quando vou à praia, me estirar na areia para me bronzear. No máximo, dou uma caminhada para queimar a bunda. Costumo mesmo sentar na cadeira, à sombra, e me divertir observando as pessoas.
O pobrema foi que o sol tava brabo. Castigou, sem dó nem piedade.
Resultado: voltei pra casa parecendo um quadro de Mondrian, em magenta e branco.
Meleca.
Sejamos otimistas: passei o ano, literalmente, vestida de vermelho. Reza a lenda que o vermelho traz boa sorte para as paixões.
Custa nada acreditar, né?
Bosta.
Pensando bem, eu lavei a égua: fui 4 dias à praia e me empanturrei de empada, de queijo coalho grelhado e de cerveja gelada, obvs.
Descobri que a Empada do Barbudo é incrivelmente superior à Empada da Praia.
Tá certo que é meio aflitivo comer a Empada do Barbudo. Dá a impressão de que a qualquer momento você pode dar de cara com um pêlo no creme de camarão. Mas a massa é fininha e o vendedor apostou comigo que o recheio era honesto. E não é que era mesmo? Tinham 9 camarões na minha empada. E a azeitona era sem caroço.
A Empada do Barbudo é mesmo um must. Pena que eu tenha feito essa descoberta tarde demais. (Ö)
Fiquei 7 dias no Rio.
Há muito eu não ficava lá por tanto tempo. Até que foi divertido. Teve uns episódios meio chatos, mas o saldo geral foi positivo. Não sei se me despedir da casa e dos cães tem algo de positivo.
Vai saber...
E não é que eu voltei?
Cheguei na sexta-feria, fui direto pro trabalho e ontem fiquei aqui, curtindo uma ressaca existencial.
Ah! Antes que eu me esqueça: UM 2002 DESCOMUNAL PRA VOCÊ!