30 janeiro, 2002

Passeamos pelas barraquinhas espremidas entre si. Buscávamos apenas uma entre elas que aparentasse ser mais confiável.
Confesso que isso levou um certo tempo. Mas finalmente, achamos: o plástico que forrava a barraca era limpinho, assim como os panos de prato que forravam o balcão do preparo da comida.
Nos empuleiramos no banco e pedimos, humildemente: - Tem Tacacá?
:O)
Um senhor nos atendeu. Ele olhou pra mim. Olhou pro Marujo.
Voltou a olhar pra mim.
Silêncio sepulcral.
Voltou a olhar pro Marujo.
Após mais um longo silêncio, respondeu: - Tem, mas vá ali naquela barraca. E apontou pro rumo.
À pouca distância, deu pra ver: era uma barraca comandada por uma velhinha que usava uma touca diferente, que parecia um pouco aquelas toucas que as enfermeiras usavam antigamente.
Aquele velhinho tinha uma certa docilidade no olhar e sem questionar nada, seguimos pra barraca da velhinha que usava aquela touca diferente.
Chegamos lá. Marujo pediu: - Tacacá? :O)))
A velhinha olhou pra mim. Olhou pra ele.
Silêncio. Longo silêncio.
Com uma voz baixa e com um sotaque que não consegui entender direito, ela fez alguns gestos. Fomos atrás dela.
Ela falava muito rápido. Difícil de entender.
Gentilmente, nos conduziu à uma plataforma, à beira do rio, onde havia um carrinho pronto pra preparar um Tacacá legal, com lugar pra sentar de costas pra um posto da Delegacia de Polícia e de frente pro rio.
Meleca! Claro, achei o atendimento nota 10!
Mas, porra, eu tenho tanta cara de turista nórdica assim? (Ö)

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