29 maio, 2006
26 maio, 2006
25 maio, 2006
Caminho Suave.
Hoje, o computador da academia comandou, em letras garrafais, que eu procurasse meu professor. Completei 7 treinamentos [sic]. Série encerrada. Eu me senti ganhando uma estrelinha na lição de casa. Faltei bastante no começo e ainda teve a viagem imprevista.
Então comecei a 2a série, feliz como uma criança. Do primário.
Depois eu conto dos meus novos amiguinhos.
23 maio, 2006
19 maio, 2006
Body Balance.
O cartazete novo no painel de escada convidava para uma aula experimental grátis.
Em síntese, é uma modalidade híbrida de yoga + tai chi + pilates, que jura combater o stress, dores na coluna e todas aquelas coisas que fazem a gente sofrer.
As imagens mostram mulheres praticando contorcionismo bizarro, com sorriso plácido nos lábios. Impressionante.
Confesso que gerou uma certa curiosidade e pensei em me inscrever.
Desisti. Não tenho tamanha elevação de espírito.
Slowly.
Os ganhos na balança não seguem o ritmo animado que estava em São Paulo.
Por aqui houve um certo retrocesso. Culpa do coentro, meu eterno algoz.
Por outro lado, a academia tem sido a hora do recreio. Não preciso nem pousar de hamster por 30 minutos na esteira, pra poupar energia. A de pagar mico, inclusive.
Vou quando quero, ou seja: 2 vezes por semana.
Uma disciplina tibena praticamente.
Os aparelhos usados na temporada balofa 2005 eram mais legais. Os de agora são bem mais puxados [sem trocadilho]. Exigem mais esforço e concentração.
Faço a série completa, tomo banho e almoço por lá mesmo, vendo TV.
Não existe a ansiedade de perder. Só o esforço de ganhar.
Sem pressa.
Reformas internas.
O teto da varanda está quase são. A massa corrida, ainda em fase de secagem, cobre os rombos aparentes, o que dá um certo alívio. Não está perfeito, mas já posso olhar o céu e o horizonte sem aquela sensação horripilante de que o mundo tá desabando.
Duas demãos de tinta e tudo volta ao que era antes.
Devagar, as coisas vão indo.
Devagar também outras vão voltar.
[suspiros]
Amém.
17 maio, 2006
Diálogos internos I.
Superego, o ser bruto.
[São Paulo, noite fria no início de maio. Quase chegando em casa, surge a voz]
Super: - Por que você fez aquilo?
Eu: - O quê?
Super: - Aquilo.
Eu: - Ora, bobagem. Eu tava distraída.
Super: - Não pode ser assim, você tem que prestar mais atenção.
Eu:- Tá. Errei o caminho. Perdi a entrada certa. Fui até prudente. Parei no posto. O frentista me ensinou como sair de lá.
Super: - Você foi parar na Cupecê, Ana. Quase pegou o acesso pra Cidade Ademar. Sozinha. Tarde da noite. Sabe o que é isso? Queria virar assunto no Datena? Queria?
Eu: - Tá. Foi cagada. Obrigada por se preocupar. Meu pensamentos estavam distantes. Cabeça na lua.
Super:- Isso. Fica assim, com a cabeça a 13 andares do solo e, dia desses, vai acordar a 7 palmos da terra.
Eu:- [bocejos] Ignorante.
16 maio, 2006
Não foi nada fácil.
Ontem, passei o dia atrás de notícias, desde a hora que me levantei e vi as primeiras imagens nos noticários da manhã.
Na hora do almoço fui pra casa acompanhar os telejornais. Fiquei assustada ao ver que a Record tinha suspendido a programação e fazia cobertura ao vivo. Soube depois que a Globo fez o mesmo. Minha vontade era pegar o primeiro avião e ver as pessoas que eu amo. Fui covarde e fiquei.
No fim do dia, a coisa também tava braba por aqui. Trânsito caótico. Mais de 40 minutos para percorrer um trecho que não leva mais do que 15.
Cheguei em casa com tudo às escuras. Apagão em boa parte da cidade, sem previsão de volta. Localizei um maço de velas sobre o fogão. Acendi duas e as coloquei no cinzeiro que nunca uso. Fui pra varanda sentindo uma inquietação insuportável.
Chamei um táxi. Na recepção do prédio, os vizinhos se aglomeravam em volta da TV alimentada pelo gerador. No Jornal Nacional o assunto era futebol. Que saco!
Fui ao supermercado para compras rápidas. Esqueci dos cigarros.
De volta, as velas ainda ardiam na varanda. Aproveitei aquela luz pra escrever bobagens que me divertem. Impublicáveis.
O telefone tocou. Calma nessa hora.
Eram apenas as notícias que eu espera: apesar do susto e da tensão, todos estavam bem.
Continuei os registros dos meus diálogos internos e nem percebi quando a energia voltou.
Esperei as velas terminarem e só então liguei a TV.
Diazinho de merda.
Ontem, passei o dia atrás de notícias, desde a hora que me levantei e vi as primeiras imagens nos noticários da manhã.
Na hora do almoço fui pra casa acompanhar os telejornais. Fiquei assustada ao ver que a Record tinha suspendido a programação e fazia cobertura ao vivo. Soube depois que a Globo fez o mesmo. Minha vontade era pegar o primeiro avião e ver as pessoas que eu amo. Fui covarde e fiquei.
No fim do dia, a coisa também tava braba por aqui. Trânsito caótico. Mais de 40 minutos para percorrer um trecho que não leva mais do que 15.
Cheguei em casa com tudo às escuras. Apagão em boa parte da cidade, sem previsão de volta. Localizei um maço de velas sobre o fogão. Acendi duas e as coloquei no cinzeiro que nunca uso. Fui pra varanda sentindo uma inquietação insuportável.
Chamei um táxi. Na recepção do prédio, os vizinhos se aglomeravam em volta da TV alimentada pelo gerador. No Jornal Nacional o assunto era futebol. Que saco!
Fui ao supermercado para compras rápidas. Esqueci dos cigarros.
De volta, as velas ainda ardiam na varanda. Aproveitei aquela luz pra escrever bobagens que me divertem. Impublicáveis.
O telefone tocou. Calma nessa hora.
Eram apenas as notícias que eu espera: apesar do susto e da tensão, todos estavam bem.
Continuei os registros dos meus diálogos internos e nem percebi quando a energia voltou.
Esperei as velas terminarem e só então liguei a TV.
Diazinho de merda.
11 maio, 2006
10 maio, 2006
Zzz.
Trabalho hercúleo o de arrumar a cama.
Colcão pesado. Difícil de levantar.
Dei meu jeito. O edredon ainda é o antigo, de modo que lembra uma toalhinha sobre uma mesa de jantar.
Vesti camisola cheirosa e acendi incenso gostoso. Ficou bom.
Às 22h, já tava caindo de sono na sala. Não resisti e capotei.
Só fui despertar às 7h. Levantei sonolenta, mas disposta.
Voltei a me sentir um pouco mais em casa. Só um pouco.
Sono de boa qualidade pode fazer milagre.
Trabalho hercúleo o de arrumar a cama.
Colcão pesado. Difícil de levantar.
Dei meu jeito. O edredon ainda é o antigo, de modo que lembra uma toalhinha sobre uma mesa de jantar.
Vesti camisola cheirosa e acendi incenso gostoso. Ficou bom.
Às 22h, já tava caindo de sono na sala. Não resisti e capotei.
Só fui despertar às 7h. Levantei sonolenta, mas disposta.
Voltei a me sentir um pouco mais em casa. Só um pouco.
Sono de boa qualidade pode fazer milagre.
Again.
Embarque péssimo em Cumbica. Odeio aquele aeroporto que sempre me traz recordações péssimas,
Cheguei em Manaus no início da tarde de ontem, sob um forte temporal.
Fui direto pro trabalho, de mala e cuia. Nada de extraordinário aconteceu durante minha ausência.
Voltei pra casa com um nó na garganta.
Ao abrir a porta, encontrei uma casa limpa e quase arrumada, o que me deu uma sensação de alívio e aconchego.
As malas, implorando para serem desfeitas e o corpo exausto, gritando pelo dolce far niente.
Não tinha por onde escapar. Muito a fazer. Uma cama nova pra arrumar. Roupas pra separar.
A Kipling azul deixou a função repentina de bagagem de mão e voltou a ser sacola de academia.
Tudo tem me obrigado a ser forte.
É melhor mesmo eu malhar.
Embarque péssimo em Cumbica. Odeio aquele aeroporto que sempre me traz recordações péssimas,
Cheguei em Manaus no início da tarde de ontem, sob um forte temporal.
Fui direto pro trabalho, de mala e cuia. Nada de extraordinário aconteceu durante minha ausência.
Voltei pra casa com um nó na garganta.
Ao abrir a porta, encontrei uma casa limpa e quase arrumada, o que me deu uma sensação de alívio e aconchego.
As malas, implorando para serem desfeitas e o corpo exausto, gritando pelo dolce far niente.
Não tinha por onde escapar. Muito a fazer. Uma cama nova pra arrumar. Roupas pra separar.
A Kipling azul deixou a função repentina de bagagem de mão e voltou a ser sacola de academia.
Tudo tem me obrigado a ser forte.
É melhor mesmo eu malhar.
09 maio, 2006
One Art
The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
-- Elizabeth Bishop
The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
-- Elizabeth Bishop
Probrema na logistica.
Quatro horas antes de embarcar pra Sampa, comprei um colchao. Pro ap. de Manaus, claro.
Eu fiz isso. Juro. Descontrol total. Não tente entender.
Quando eu deveria estar organizando a bagagem, triando roupas e livros, estava plantada na sofa, esperando a entrega da mercadoria.
Colchao bonito. Grandao. Uma beleza. Já ate paguei a primeira prestaçao.
O bicho eh grande mesmo, de modo que o enxoval teve que ser renovado como um todo. Precisa de protetor e lençois no tamanho adequado. Achei uma loja otima, perto da casa da minha mae.
E agora eu to aqui, olhando pros pacotes, tentando arquitetar como vou levar essa porra toda no aviao.
Na mala não cabe. Nem pense.
Vai ser mico na certa.
Acredita que ainda nem testei o dito? Entregaram em casa, sessao comedia, e pouco mais de duas horas depois, embarquei.
Foi o tempo de fazer as malas, na correria. E ca estou.
Ainda quero crer que foi um negocio da China.
Minha fe permanece inabalavel.
Quatro horas antes de embarcar pra Sampa, comprei um colchao. Pro ap. de Manaus, claro.
Eu fiz isso. Juro. Descontrol total. Não tente entender.
Quando eu deveria estar organizando a bagagem, triando roupas e livros, estava plantada na sofa, esperando a entrega da mercadoria.
Colchao bonito. Grandao. Uma beleza. Já ate paguei a primeira prestaçao.
O bicho eh grande mesmo, de modo que o enxoval teve que ser renovado como um todo. Precisa de protetor e lençois no tamanho adequado. Achei uma loja otima, perto da casa da minha mae.
E agora eu to aqui, olhando pros pacotes, tentando arquitetar como vou levar essa porra toda no aviao.
Na mala não cabe. Nem pense.
Vai ser mico na certa.
Acredita que ainda nem testei o dito? Entregaram em casa, sessao comedia, e pouco mais de duas horas depois, embarquei.
Foi o tempo de fazer as malas, na correria. E ca estou.
Ainda quero crer que foi um negocio da China.
Minha fe permanece inabalavel.
Novo vicio.
Comprar café na padaria do bairro, toda manha.. Pra viagem.
Enquanto o balconista prepara, voce fica de butuca na TV, vendo o noticiario. Rapidinho.
Entao voce volta pra casa, liga o radio, o computador, faz planos e a vida segue seu curso.
Ta certo que o café poderia ser de melhor qualidade. Bem melhor, diga-se. Mas dah um certo clima legal.
Não sei como passei esse tempo todo sem fazer isso.
E tambem não sei como vou viver.
Misterio
Comprar café na padaria do bairro, toda manha.. Pra viagem.
Enquanto o balconista prepara, voce fica de butuca na TV, vendo o noticiario. Rapidinho.
Entao voce volta pra casa, liga o radio, o computador, faz planos e a vida segue seu curso.
Ta certo que o café poderia ser de melhor qualidade. Bem melhor, diga-se. Mas dah um certo clima legal.
Não sei como passei esse tempo todo sem fazer isso.
E tambem não sei como vou viver.
Misterio
Ponta de estoque.
Eu e Oli fomos comprar sapato que combine com o vestido poderoso.
Loja manjada em Moema.
Lotaçao cruel de mulheres histericas.
Preciso de uma sandalia nova. Urgente. Não encontrei nenhuma.
Meu grau de exigencia anda insuportavel.
Oli garimpou um scarpin lindo. Preço idem.
Ela sabe das coisas.
Eu e Oli fomos comprar sapato que combine com o vestido poderoso.
Loja manjada em Moema.
Lotaçao cruel de mulheres histericas.
Preciso de uma sandalia nova. Urgente. Não encontrei nenhuma.
Meu grau de exigencia anda insuportavel.
Oli garimpou um scarpin lindo. Preço idem.
Ela sabe das coisas.
Momento Becky Bloom.
Orientei a Oli na compra de um vestido para uma festa importante.
Um tomara-que-caia que beira a perfeiçao. Da Mercearia. Marrom, na altura do joelho. De renda. Um classico.
Dei de presente um colar totalmente vintage.
Com toda cara de herança da bisavo. Lindo.
Mae eh pra essas coisas.
Se bem que minhas intençoes sao as piores possiveis. :)
Orientei a Oli na compra de um vestido para uma festa importante.
Um tomara-que-caia que beira a perfeiçao. Da Mercearia. Marrom, na altura do joelho. De renda. Um classico.
Dei de presente um colar totalmente vintage.
Com toda cara de herança da bisavo. Lindo.
Mae eh pra essas coisas.
Se bem que minhas intençoes sao as piores possiveis. :)
07 maio, 2006
Momento Gilmore Girls - Juntas, enfim, na padoca cor-de-rosa.
Ela, de capuccino trufado e pao na chapa.
Eu, de moka e pao na chapa.
Tem inicio a sessao comedia.
Eu: - Eh, a gente não pode dizer ``nossa, que pao lindo, mas eh um pao aceitavel.``
Ela: - O café ta bom.
Eu- Tah bonito.
Ela: - A gente acabou perdendo a novela [A Viagem - Vale a Pena ver de Novo]
Eu- Puta merda. Meu ultimo dia util por aqui. E perdemos a novela!
Ela:- Odeio voce. Voce e a manicure contaram o final.
Eu: - Todo mundo sabe como acaba. E na manicure, soh se fala sobre novela mesmo.
Ela: - Voce não vai ver mais, ne?
Eu:- Acho que voltando pra Manaus, vou na manicure todo dia, na hora do almoço. Viciei.La tem TV.
Ela: - Gargalhadas.
Eu:- Simples: segunda-feira, faço a mao direita. Na terça, a esquerda. Na quarta, o pe direito e assim por diante.
Ela, gargalhando: - Tah, entendi, mas e na sexta?
Eu: - Depilaçao, ue. A gente sempre tem coisa pra fazer num salao de beleza. :D
Voltamos pra casa e assistimos Crash, sob o edredom, no sofa da sala.
Mas a historia na padoca cor-de-rosa continua.
Ela, de capuccino trufado e pao na chapa.
Eu, de moka e pao na chapa.
Tem inicio a sessao comedia.
Eu: - Eh, a gente não pode dizer ``nossa, que pao lindo, mas eh um pao aceitavel.``
Ela: - O café ta bom.
Eu- Tah bonito.
Ela: - A gente acabou perdendo a novela [A Viagem - Vale a Pena ver de Novo]
Eu- Puta merda. Meu ultimo dia util por aqui. E perdemos a novela!
Ela:- Odeio voce. Voce e a manicure contaram o final.
Eu: - Todo mundo sabe como acaba. E na manicure, soh se fala sobre novela mesmo.
Ela: - Voce não vai ver mais, ne?
Eu:- Acho que voltando pra Manaus, vou na manicure todo dia, na hora do almoço. Viciei.La tem TV.
Ela: - Gargalhadas.
Eu:- Simples: segunda-feira, faço a mao direita. Na terça, a esquerda. Na quarta, o pe direito e assim por diante.
Ela, gargalhando: - Tah, entendi, mas e na sexta?
Eu: - Depilaçao, ue. A gente sempre tem coisa pra fazer num salao de beleza. :D
Voltamos pra casa e assistimos Crash, sob o edredom, no sofa da sala.
Mas a historia na padoca cor-de-rosa continua.
Momento Gilmore Girls - Em busca dos minissonhos perdidos.
Deixamos o hospital e todas as recordaçoes decorrentes.
Sigo sozinha, com meu carro, atras de uma padoca bacana.
Paro na padoca cor-de-rosa. Dali soh pode sair coisa boa, mesmo que o pao seja uma bosta e o suco, de caixinha.
Minissonho? Nem pra remedio.
Saio de la com a sensaçao de que esse mundo ta mesmo perdido.
Os melhores minissonhos do universo, ou os melhores sonhos gigantes do planeta deveriam ser fabricados justamente numa padaria cor-de-rosa.
Não eh bem assim.
Encontrei minissonhos bem fresquinhos, em outro lugar. Mas não com o mesmo encanto. Faltava baunilha. Existe coisa mais cor-de-rosa do que o sabor de baunilha?
Deixamos o hospital e todas as recordaçoes decorrentes.
Sigo sozinha, com meu carro, atras de uma padoca bacana.
Paro na padoca cor-de-rosa. Dali soh pode sair coisa boa, mesmo que o pao seja uma bosta e o suco, de caixinha.
Minissonho? Nem pra remedio.
Saio de la com a sensaçao de que esse mundo ta mesmo perdido.
Os melhores minissonhos do universo, ou os melhores sonhos gigantes do planeta deveriam ser fabricados justamente numa padaria cor-de-rosa.
Não eh bem assim.
Encontrei minissonhos bem fresquinhos, em outro lugar. Mas não com o mesmo encanto. Faltava baunilha. Existe coisa mais cor-de-rosa do que o sabor de baunilha?
Momento Gilmore Girls - Noite quase fria de domingo, vespera de feriado.
Deixo o quarto do hospital perguntando se ela queria alguma coisa.
Saio em busca da encomenda.
Padaria da esquina fechada. Como pode? Antes das 20h? Jura que estou em Sampa?
Paro pra jantar no Shopping Paulista.
Como um pao de batata, sem graça e sem sabor.
Paro pra tomar café. [note que meu teclado acentua quando bem entende]
Café sem graça e sem aquela espuma que faz toim-oim-oim. Shit.
Compro cigarros e uma pequena surpresa, pra não voltar de maos abanando.
Caminho pela rua sentindo a brisa fria, maos no bolso, surpresa na bolsa, pensando na vida.
Volto pro quarto do hospital, decepcionada pela derrota no desempenho da tarefa tao simples.
O desejo era apenas minissonhos, que não consegui encontrar.
- Como voce adivinhou? Adoro brigadeiro de colher!
Eh. Sem querer, a gente acerta
Deixo o quarto do hospital perguntando se ela queria alguma coisa.
Saio em busca da encomenda.
Padaria da esquina fechada. Como pode? Antes das 20h? Jura que estou em Sampa?
Paro pra jantar no Shopping Paulista.
Como um pao de batata, sem graça e sem sabor.
Paro pra tomar café. [note que meu teclado acentua quando bem entende]
Café sem graça e sem aquela espuma que faz toim-oim-oim. Shit.
Compro cigarros e uma pequena surpresa, pra não voltar de maos abanando.
Caminho pela rua sentindo a brisa fria, maos no bolso, surpresa na bolsa, pensando na vida.
Volto pro quarto do hospital, decepcionada pela derrota no desempenho da tarefa tao simples.
O desejo era apenas minissonhos, que não consegui encontrar.
- Como voce adivinhou? Adoro brigadeiro de colher!
Eh. Sem querer, a gente acerta
O Salvador da Patria. [meu teclado continua sem acento. Sorry]
Minha casa viveu sob um silencio sepulcral ate quinta-feira.
TV a cabo desligada, sem som, sem esperança de vida inteligente. Isso estava me enchendo de tedio.
A noite, achei um aparelho veeelho, datado do inicio da decada de 90. Um paraibao empoeirado, duplo deck. Com AM e FM.
Por um milagre dos Ceus, sem ter sido necessario recorrer ao expediente de São Longuinho, localizei o cabo de conexao, em meio a zona sem criterio que virou isso daqui.
Passei a ouvir vozes, e não eram as da minha cabeça. J
Resultado: 89 FM na veia. Dia e noite. E tambem nas horas vagas.
Um ato de bravura, devo reconhecer meu merito e coragem.
Red Hot, Oasis, R.E.M., James You´´re Beatyfull Blunt, Pearl Jam, Jack Johnson (o fo-fo mor do planeta Terra). Tudo que eu julgava não ser mais capaz de ouvir, rolou.
Sem sangue.
O bicho soh pegou numa certa cançao do Coldplay. Aquela.
Eh pedir demais, tambem. Um desconto, plizz.
Minha casa viveu sob um silencio sepulcral ate quinta-feira.
TV a cabo desligada, sem som, sem esperança de vida inteligente. Isso estava me enchendo de tedio.
A noite, achei um aparelho veeelho, datado do inicio da decada de 90. Um paraibao empoeirado, duplo deck. Com AM e FM.
Por um milagre dos Ceus, sem ter sido necessario recorrer ao expediente de São Longuinho, localizei o cabo de conexao, em meio a zona sem criterio que virou isso daqui.
Passei a ouvir vozes, e não eram as da minha cabeça. J
Resultado: 89 FM na veia. Dia e noite. E tambem nas horas vagas.
Um ato de bravura, devo reconhecer meu merito e coragem.
Red Hot, Oasis, R.E.M., James You´´re Beatyfull Blunt, Pearl Jam, Jack Johnson (o fo-fo mor do planeta Terra). Tudo que eu julgava não ser mais capaz de ouvir, rolou.
Sem sangue.
O bicho soh pegou numa certa cançao do Coldplay. Aquela.
Eh pedir demais, tambem. Um desconto, plizz.
04 maio, 2006
Dia gentil comigo
Noite anterior em paz, apesar da rotina punk.
Estou revisitando minha cidade. Do meu jeito, conforme a demanda. Nao vim a passeio.
Os caminhos podem ser os mais longos ou os mais congestionados, desde que sejam os mais bonitos. Preciso disso.
Tarde empanturrada de paezinhos de queijo, minissonhos da Ceci e filme tolo com Oli, no Paraiso. Delicia.
Passei, no inicio da noite, pelo acesso para a Republica do Libano. Ibira.
O transito cruel me fez lembrar recomendaçoes de Ferreira Santos: paradas estrategicas.
Comprei isqueiros, salada de frutas e vitamina de clorofila. Agora sim, a passeio.
Fazendo as pazes com a minha casa.
Estou revisitando minha cidade. Do meu jeito, conforme a demanda. Nao vim a passeio.
Os caminhos podem ser os mais longos ou os mais congestionados, desde que sejam os mais bonitos. Preciso disso.
Tarde empanturrada de paezinhos de queijo, minissonhos da Ceci e filme tolo com Oli, no Paraiso. Delicia.
Passei, no inicio da noite, pelo acesso para a Republica do Libano. Ibira.
O transito cruel me fez lembrar recomendaçoes de Ferreira Santos: paradas estrategicas.
Comprei isqueiros, salada de frutas e vitamina de clorofila. Agora sim, a passeio.
Fazendo as pazes com a minha casa.
01 maio, 2006
Assinar:
Postagens (Atom)