Recadinhos:
Capreta e Silvinha,
Tenho tido muita sorte. Transporte coletivo é mesmo uma
coisa interessante. Salvo quando os dias amanhecem
carrancudos.
Meu ânimo costuma se dissolver sob nuvens densas.
Caminhar é uma prática que me induz ao vício. Quando
sou obrigada a ir de carro, eu já começo a me odiar.
Considero isso um progresso.
Ainda estou em busca do calçado perfeito. Tarefa árdua,
diga-se.
Hoje, por exemplo, me ferrei. Perdi a hora.
Vou de carro.
Eu me odeio.
Auki,
Recomendo cautela ao experimentar sorvete sabor Negresco,
viu?
Estou irremediavelmente viciada.
Outro dia, enquanto eu esperava a água do meu ban-chá
matinal ferver, abri o freezer e detonei uma bolota e meia,
assim, glump.
Antes das 7h30.
Foi mais forte do que eu.
É. Depois não diga que eu não avisei.
:)
Rubia,
Bad hair days se perpetuam por aqui, freqüência semanal.
Confesso, sob a chuva tudo fica mais difícil.
Né?
Aquela segunda-feira não foi fácil.
Semana passada, o cão rosnou foi na quarta-feira.
Os finais de semana me salvam, sempre.
Klein,
Eu descobri a solução para minha solteirice crônica.
Poucas pessoas sabem, eu tenho um namorado imaginário e
é assim que minha vida afetiva sobrevive.
Desde que eu comecei esse lance, todas as lâmpadas de casa
funcionam, ele aprendeu a cozinhar com Jeff Smith e fez
curso de massagem quando foi pra Índia.
O cara não veio ao mundo a passeio.
Não reclama dos meus horários bizarros, nem dos meus
enlatados americanos.
Tem uma casinha modesta em Paúba e é pra lá que eu
vou, quando a barra pesa.
Não entende nada de chuveiros e eletricidade em geral, mas
não se pode querer tudo na vida.
Domingo, de manhã, por exemplo, ele me acordou com
morangos e champanhe.
Um fofo.