25 janeiro, 2008

Consegui sair numa hora boa do trabalho e resolvi ir ao
cinema, tipo pegar sessão das 19h10.
Praticamente milagre.
Peguei baita congestionamento no caminho e fila gigante na
bilheteria do cinema. Não foi uma hora tão boa assim,
pensando bem. De marra, resolvi esperar a sessão das 22h.
Então, o jeito era fazer hora. Aproveitei pra refletir e
fazer as contas: o último filme que vi no cinema foi A
Menina de Ouro, no Amazonas Shopping, em 2004. =|
Perceba o meu grau de preguiça de ir ao cinema. E, que
coisa, perceba a coincidência, outro filme com Hillary
Swank.*

Na livraria, tomei duas xícaras de chá de frutas,
comprei um livro que eu tava querendo e que Olívia vai
amar.
Aquela vontade adiada de tomar missoshiro voltou.
Necessário levar em conta que, quando o corpo fica
debilitado por um importante desequilíbrio eletrolítico
causado pela desidratação, o organismo trata de avisar o
dono, no caso, o cérebro, qual o tipo de nutriente mais
urgente para a pronta recuperação.
E meu organismo como um todo cismou com o tal missoshiro,
desde às 17h. Melhor atender, né?
Já que eu não tava fazendo nada mesmo, tomei dose
medicinal de missoshiro e aproveitei pra comer um temaki de
salmão bem basiquinho e inocente, sem maionese, pq ainda
não seria bom abusar, mas eu tava era verde de fome. Meu
organismo como um todo ficou eternamente grato, apenas por
alguns breves instantes.
Comprei o ingresso pro cinema, sem fila, voltei pra praça
de alimentação e li meu livro novo, sonhando com 3
bolotas de sorvete de maracujá, pistache e crocante, sem
cobertura, mas não seria bom abusar. Apenas sonhei.
Até que deu minha hora, mandei meu organismo como um todo
calar a boca, abstrair e se concentrar no filme.
Entrei na sala 1, Cinemark.


Fui ver P.S. I Love You, dando ouvidos às forte
recomendações de Alê Totalmente Bridget.
Também atenta às sempre sábias recomendações da
minha dileta amiga, antes de começar o filme, localizei o
pacotinho individual que contém 16 lencinhos de papel de
alta absorção, que carrego habitualmente na minha bolsa.
Agora aviso eu: foi pouco, fica esperto(a) quando vc for ver
P.S. I Love You.
Coisa mais linda do mundo, viu?
Mulheres, não ousem usar rimel nesse dia, tá? Se bobear,
nem batom.
Nem sei se já falaram isso, tipo em jornal importante ou
em algum blog de gente enturmadinha, mas o enredo me remeteu
imensamente ao livro O Mundo de Sofia, só que se refere ao
mundo encantado do coração, perdas e mazelas.
Não se trata de um filme exatamente triste.
É apenas um filme muito comovente. E se vc é do tipo que
chama filme comovente de piegas ou de apelativo, toma todo
seu leitinho e vá cedinho pra cama. Fica em casa, porque a
porrada é seca.
Chorei, chorei e chorei. Não foi pouco. Mas o tipo do
choro bom, entende?
Tapei o nariz, numa tentativa inválida de parar de chorar,
em determinado momento, engasguei.
E eu tossia enquanto chorava.
A cena do karaokê, aquela que Holly canta música linda,
essa foi a mais difícil pra mim.
Foi nessa hora que eu tossia enquanto chorava. E, enquanto
eu chorava, so queria o nome do filho da puta que escreveu
essa historia. Inveja branda, socialmente aceitavel.
Lisa Kudrow, fazendo Denise, me pareceu viciada demais em
Phoebe. Isso é detalhe.
Se bem que o acerto de contas entre Holly com Denise, sobre
a coisa de ir em frente, foi o golpe de misericórdia para
mim. Mas isso não vem ao caso agora. Prometo escrever
sobre isso um dia, ainda não dá.

Em síntese, aconselho: se vc, assim como eu, é do tipo
que percebe alguma mensagem e se comove até com comercial
do guarana Dolly , espera P.S. I love you sair em DVD.
Vai por mim. : )
Compra dois potes de sorvete do bom, só pra vc, tipo
Häggen-Dazs de tiramisu ou outro sabor de sua
preferência, pacotes de lencinhos de papel de alta
absorção no atacado, assista ao filme de pijama e/ou
penhoir, enxugue as lágrimas e do nariz no penhoirzinho
mesmo ou em rolos de papel, caso acabem os lencinhos de
papel de alta absorção.
Não se trata de um filme pra iniciantes emocionais. Não
mesmo.
Amei.

Alê, minha flor, adorei o filme e tudo.
Mas quando a gente se encontrar e espero que seja em breve,
me lembre de eu te dar uma garrafada na cabeça, sim? :O)


* Eu nem acho a Hillary grande coisa, odiei Menina de Ouro.

6 comentários:

Anônimo disse...

aqui não tem cinema.
é torcer pra ter pirata logo :)))

Anônimo disse...

Pensa: janeiro, praticamente ja foi.
Fevereiro, chega logo.
Mando P.S. I love You, por Sedex, assim que chegar ao mercado, com selo holografico e tudo.
Presente de niver. :O)
Certo?
Bjs saudosos

stella disse...

a última vez que chorei de morder o nó do dedo para não dar vexame foi ao assistir a peça "A história do amor de romeu e julieta", versão para cordel de ariano suassuna. os versos que eles diziam na noite de núpcias me destroçam até agora. eu soluçava na platéia, saí com olhos empapuçados...

Romeu:
Eu tirei minha gravata,
Ela tirou o vestido.
Eu, o cinto com revólver,
Ela, seus quatro corpinhos.
As anáguas engomadas
Soavam nos meus ouvidos
Como um tecido de seda
Por vinte facas rompido.
Eu toquei seus belos peitos
Que estavam adormecidos,
E eles se ergueram, de súbito,
Como ramos de jacinto.
Naquela noite eu passei
Pelo melhor dos caminhos,
Montado em potrinha branca,
Mas sem sela e sem estribos.
Suas coxas me escapavam,
Como Peixes surpreendidos,
Metade cheias de fogo,
Metade cheias de frio.

Julieta:
Ele tirou a gravata,
Eu tirei o meu vestido.
Ele, o cinto, com revólver,
E eu, meus quatro corpinhos.
As anáguas engomadas
Soavam nos meus ouvidos
Como um tecido de seda
Por vinte facas rompido.
Ele tocou nos meus seios,
Que estavam adormecidos,
E eles se ergueram de súbito,
Como ramos de jacinto.
Naquela noite passeei
Pelo melhor dos caminhos,
Montada por bravo ginete,
Mas sem sela e sem estribos.
Minhas coxas lhe escapavam,
Como peixes surpreendidos,
Metade cheias de fogo,
Metade mortas de frio.

Anônimo disse...

Que coisa mais linda, Telinha.
:..)
Thanks!

Ale Ber disse...

poxa, tanto tempo cansada de vc dar o cano na Arca de Moisés e vc me vem com uma garrafada?

Anônimo disse...

Por falar nisso, a gente vai no Arca de Moisés quando, mesmo? :O))