Hugh Laurie.
Hugh Laurie.
Hugh Laurie.
|tava escrevendo com a mente em outra coisa|
28 setembro, 2007
Diante da adversidade, a gente tem que tirar algumas
lições úteis para a vida.
Aprendi, por exemplo, que fazer auto-maquiagem em táxi
requer uma técnica muito diferente da auto-maquiagem à
direção.
É preciso também tomar alguns cuidados extras. A
probabilidade de você machucar o olho com a ponta do
kajal, acredite, triplica quando você está no táxi.
lições úteis para a vida.
Aprendi, por exemplo, que fazer auto-maquiagem em táxi
requer uma técnica muito diferente da auto-maquiagem à
direção.
É preciso também tomar alguns cuidados extras. A
probabilidade de você machucar o olho com a ponta do
kajal, acredite, triplica quando você está no táxi.
27 setembro, 2007
26 setembro, 2007
25 setembro, 2007
Cascão subiu no telhado.
E estou sem minhas pernas. :|
Vou ter que suspender os treinos na academia, até minha rotina se normalizar, sendo que seria altamente recomendável para o bem-estar e segurança de todos, que eu mantivesse estáveis os níveis de endorfinas no sangue, durante esta fase conturbada da minha vida.
Adormeci muito contrariada com tudo isso. A temperatura caiu e eu sonhei que era atendida por um dermato que praticava medicina ilegalmente, numa casa enorme, habitada por mulheres, muitas, muitas crianças de todas as idades, cães e duas baratas que se pareciam com tatus e se comportavam como saúvas.
Sim, eu tenho rezado antes de dormir.
O dia amanheceu medonho e eu tive que ir para o trabalho de táxi, numa circunstância em que eu deveria era estar comendo de favor na casa dos outros pra economizar ao máximo.
Trocar de carro constava nos meus planos de delicadezas para 2007. Mas ainda estava longe de ser a prioridade do momento. Então já que é assim, vou comprar um Niva. Vermelho.
E estou sem minhas pernas. :|
Vou ter que suspender os treinos na academia, até minha rotina se normalizar, sendo que seria altamente recomendável para o bem-estar e segurança de todos, que eu mantivesse estáveis os níveis de endorfinas no sangue, durante esta fase conturbada da minha vida.
Adormeci muito contrariada com tudo isso. A temperatura caiu e eu sonhei que era atendida por um dermato que praticava medicina ilegalmente, numa casa enorme, habitada por mulheres, muitas, muitas crianças de todas as idades, cães e duas baratas que se pareciam com tatus e se comportavam como saúvas.
Sim, eu tenho rezado antes de dormir.
O dia amanheceu medonho e eu tive que ir para o trabalho de táxi, numa circunstância em que eu deveria era estar comendo de favor na casa dos outros pra economizar ao máximo.
Trocar de carro constava nos meus planos de delicadezas para 2007. Mas ainda estava longe de ser a prioridade do momento. Então já que é assim, vou comprar um Niva. Vermelho.
24 setembro, 2007
Eu estava na minha mesa de trabalho, trabalhando como costumo fazer todos os dias.
E o fotógrafo oriundo do Leste Europeu chegou do nada perguntando se o café estava bom. Eu respondi, sem que ele me ouvisse, que pelo horário já devia estar café de velório e ninguém entendeu nada. Café de velório é uma piada interna que inventei há muitos anos e ninguém compreende bem o espírito da coisa. E é sem graça mesmo.
Então, Fotógrafo do Leste Europeu passou por mim com um copinho de café, e eu vi que estava café de velório, mas ele bebia mesmo assim e eu o perdi de vista em meio a multidão (?). Eu sentia muita, muita sede. Peguei minha caneca outra, porque roubaram a preta, e essa é branca e tem o tórax e ½ pescoço de uma girafa de um lado e o quadril de uma zebra numa sala de estar do outro lado. Eu fui até a cozinha me servir de água e na volta vi que Fotógrafo do Leste Europeu estava sentado no sofá da sala de vidro e ainda enrolava com o café de velório na mão direita. Nossos olhares se cruzaram e eu senti um baita frio na barriga e tenho certeza que me ruborizei, porque eu não sei mais paquerar. Eu voltei pro meu lugar, de onde podia ver a sala de vidro e Fotógrafo do Leste Europeu se comportava como um ilusionista e desaparecia a todo momento.
Eu estava brincando de ser Adriana Falcão e tentava definir diversos tipos de dores (!), quando ouvi a mais linda voz que já ouvi na minha vida, sussurrar algo ininteligível no meu ouvido esquerdo e me virei, instintivamente, e era Fotógrafo do Leste Europeu desejando minhas coxas enquanto jogava o copinho de café de velório no meu cesto de lixo e aqueles olhos profundamente azuis brilhavam de uma maneira que eu nunca vi.
Eu senti de novo aquele delicioso frio na barriga e balbuciei algo ininteligível e, se eu bem me conheço, algo de conteúdo estúpido e eu e ele ficamos perplexos com o tom delicado e sensual da minha voz.
Ele fez alguma outra coisa que eu não lembro, depois voltou, disse adeus e minha voz não saiu quando tentei dizer algo novamente estúpido, tipo tchau.
Tudo isso me faz crer que devo mesmo seguir os sábios conselhos da Alê e tomar a tal substância pro resto da vida. Passar a ter sonhos recorrentes com Fotógrafo do Leste Europeu, 3 vezes por semana, é tudo que minha pele precisa pra ficar sempre boa.
E o fotógrafo oriundo do Leste Europeu chegou do nada perguntando se o café estava bom. Eu respondi, sem que ele me ouvisse, que pelo horário já devia estar café de velório e ninguém entendeu nada. Café de velório é uma piada interna que inventei há muitos anos e ninguém compreende bem o espírito da coisa. E é sem graça mesmo.
Então, Fotógrafo do Leste Europeu passou por mim com um copinho de café, e eu vi que estava café de velório, mas ele bebia mesmo assim e eu o perdi de vista em meio a multidão (?). Eu sentia muita, muita sede. Peguei minha caneca outra, porque roubaram a preta, e essa é branca e tem o tórax e ½ pescoço de uma girafa de um lado e o quadril de uma zebra numa sala de estar do outro lado. Eu fui até a cozinha me servir de água e na volta vi que Fotógrafo do Leste Europeu estava sentado no sofá da sala de vidro e ainda enrolava com o café de velório na mão direita. Nossos olhares se cruzaram e eu senti um baita frio na barriga e tenho certeza que me ruborizei, porque eu não sei mais paquerar. Eu voltei pro meu lugar, de onde podia ver a sala de vidro e Fotógrafo do Leste Europeu se comportava como um ilusionista e desaparecia a todo momento.
Eu estava brincando de ser Adriana Falcão e tentava definir diversos tipos de dores (!), quando ouvi a mais linda voz que já ouvi na minha vida, sussurrar algo ininteligível no meu ouvido esquerdo e me virei, instintivamente, e era Fotógrafo do Leste Europeu desejando minhas coxas enquanto jogava o copinho de café de velório no meu cesto de lixo e aqueles olhos profundamente azuis brilhavam de uma maneira que eu nunca vi.
Eu senti de novo aquele delicioso frio na barriga e balbuciei algo ininteligível e, se eu bem me conheço, algo de conteúdo estúpido e eu e ele ficamos perplexos com o tom delicado e sensual da minha voz.
Ele fez alguma outra coisa que eu não lembro, depois voltou, disse adeus e minha voz não saiu quando tentei dizer algo novamente estúpido, tipo tchau.
Tudo isso me faz crer que devo mesmo seguir os sábios conselhos da Alê e tomar a tal substância pro resto da vida. Passar a ter sonhos recorrentes com Fotógrafo do Leste Europeu, 3 vezes por semana, é tudo que minha pele precisa pra ficar sempre boa.
21 setembro, 2007
Estou a exatos 10 dias do final do tratamento antitabaco, medicamentosamente falando, e eu já começo a sentir falta dos meus sonhos.
A Alê escreveu sugerindo que eu continue tomando o remédio regularmente pro resto da vida, porque a tal substância tem feito muito bem ao meu blog.
Já a Paty escreveu apostando que eu inventei de parar de fumar porque meu objetivo real era tomar a tal substância e ter sonhos muito doidos, mas tudo conformdade da lei e sem precisar correr da polícia.
Não são umas fofas? :O)
A Alê escreveu sugerindo que eu continue tomando o remédio regularmente pro resto da vida, porque a tal substância tem feito muito bem ao meu blog.
Já a Paty escreveu apostando que eu inventei de parar de fumar porque meu objetivo real era tomar a tal substância e ter sonhos muito doidos, mas tudo conformdade da lei e sem precisar correr da polícia.
Não são umas fofas? :O)
Encontrei C., o mecânico sherlock, no estacionamento, na manhã de quarta-feira.
Ele, lógico, perguntou de sua fonte de renda fixa. Contei que Cascão tem estado meio temperamental e que a última gracinha foi começar a consumir desenfreadamente o óleo do motor.
C. deu um trago profundo no cigarro e sentenciou: motor cansado.
Pela cara dele, deu pra imaginar que isso é algo muito grave, tipo férias não resolvem.
Em franco processo de negação do problema, ignorei a informação por dois dias.
Hoje, tomei consciência da gravidade da coisa.
Parei no mecânico. Cascão ficou internado, em observação.
C. avisou que precisava examinar o cabeçote e os anéis com calma.
Isso me soou meio pornográfico.
Ele, lógico, perguntou de sua fonte de renda fixa. Contei que Cascão tem estado meio temperamental e que a última gracinha foi começar a consumir desenfreadamente o óleo do motor.
C. deu um trago profundo no cigarro e sentenciou: motor cansado.
Pela cara dele, deu pra imaginar que isso é algo muito grave, tipo férias não resolvem.
Em franco processo de negação do problema, ignorei a informação por dois dias.
Hoje, tomei consciência da gravidade da coisa.
Parei no mecânico. Cascão ficou internado, em observação.
C. avisou que precisava examinar o cabeçote e os anéis com calma.
Isso me soou meio pornográfico.
20 setembro, 2007
Chiclete novo:
Comin' down the world turned over
And angels fall without you there
And I go on as you grow colder
All because I'm
Comin' down the years turn over
And angels fall without you there
And I'll go on now i need you hold me
All because I'm
All because I'm
And I'll become
What you became to me
Daí eu durmo e os sonhos me perseguem de uma forma avassaladora.
Sonho recorrente e com trilha é uma coisa muito nova para mim.
E daí eu acordo e fico com isso na cabeça o dia in-tei-ro-ô.
Comin' down the world turned over
And angels fall without you there
And I go on as you grow colder
All because I'm
Comin' down the years turn over
And angels fall without you there
And I'll go on now i need you hold me
All because I'm
All because I'm
And I'll become
What you became to me
Daí eu durmo e os sonhos me perseguem de uma forma avassaladora.
Sonho recorrente e com trilha é uma coisa muito nova para mim.
E daí eu acordo e fico com isso na cabeça o dia in-tei-ro-ô.
19 setembro, 2007
18 setembro, 2007
17 setembro, 2007
14 setembro, 2007
Saí da academia, por volta das 21h30. Hora perfeita pra comprinha fast que eu precisava fazer numa loja de eletrodomésticos. Pesquisei muito e era um negócio da china: pelo preço do secador de cabelo fodão que eu queria, dava pra comprar um bom e, com o troco, uma sanduicheira linda, com placa removível. Um sonho.
Cheguei na loja 21h35. Fechei a compra por volta de 21h45, nunca vi isso.
Lembrei que eu estava usando mochila. A bolsa ficou no carro.
Desci 3 escadas, peguei a bolsa, deixei a mochila, subi 3 escadas e voltei pra loja.
Vendedor avisou que o secador, só o do mostruário.
Não quero. *
Ele jurou que entregaria um novinho, no sábado.
Eu tinha sono, fome e queria ver House, era quinta-feira.
Fui pra fila do caixa, que pelo adiantado da hora, não deveria estar ali.
Tinha um ogro na minha frente que falava muito alto e fazia piada idiota.
O infeliz fez uma compra de mil e tantos reais. Pagou à vista.
Cash. Te juro. Em notas de 10 e de 20 reá. Deu trabalho.
Cheguei em casa 22h55. House estava começando.
* Hoje, minha chefa, muito da sabida, me fez acordar: eu devia ter chorado um desconto enorme no secador do mostruário. Eu fui mesmo muito inocente.
Cheguei na loja 21h35. Fechei a compra por volta de 21h45, nunca vi isso.
Lembrei que eu estava usando mochila. A bolsa ficou no carro.
Desci 3 escadas, peguei a bolsa, deixei a mochila, subi 3 escadas e voltei pra loja.
Vendedor avisou que o secador, só o do mostruário.
Não quero. *
Ele jurou que entregaria um novinho, no sábado.
Eu tinha sono, fome e queria ver House, era quinta-feira.
Fui pra fila do caixa, que pelo adiantado da hora, não deveria estar ali.
Tinha um ogro na minha frente que falava muito alto e fazia piada idiota.
O infeliz fez uma compra de mil e tantos reais. Pagou à vista.
Cash. Te juro. Em notas de 10 e de 20 reá. Deu trabalho.
Cheguei em casa 22h55. House estava começando.
* Hoje, minha chefa, muito da sabida, me fez acordar: eu devia ter chorado um desconto enorme no secador do mostruário. Eu fui mesmo muito inocente.
Era de manhã cedo. Eu estava com sono, preguiça e 15 minutos atrasada.
Parada no sinal, observei o cara que vende Halls a 1 reá se aproximando.
Ele usava camiseta preta com frase em letras brancas.
Na frente dizia: Eu tive [reticências]
E nas costas: [reticências] cara-a-cara com Jesus.
Deu vontade de puxar assunto: - Vem cá, cê que viu mais recentemente, conta: Ele ainda tá de barba, hein?
Pena que o sinal abriu.
Parada no sinal, observei o cara que vende Halls a 1 reá se aproximando.
Ele usava camiseta preta com frase em letras brancas.
Na frente dizia: Eu tive [reticências]
E nas costas: [reticências] cara-a-cara com Jesus.
Deu vontade de puxar assunto: - Vem cá, cê que viu mais recentemente, conta: Ele ainda tá de barba, hein?
Pena que o sinal abriu.
13 setembro, 2007
Só pode ser estafa.
Descansei na sexta passada, trabalhei feito gente grande no sábado.
Domingo foi dia de plantão à distância. Ou seja, no compasso de espera, eu não podia fazer muita coisa. Pelo menos não aquelas que as pessoas normais fazem, tipo beber com os amigos.
Fui ao supermercado comprar os víveres saudáveis pra semana. Desta vez, não perdi a chave mas perdi o juízo.
Já que eu não estava fazendo nada, a caminho de casa, decidi voltar a cozinhar como nos velhos tempos, mesmo sem fogão. (Outra hora eu falo da salada de abobrinha crua).
Comprei uva sem semente e morangos que precisavam ser lavados e secos naquela hora porque, durante a semana, não tenho tempo nem saco.
Ao chegar em casa, antes mesmo de tirar a sandália de salto, comecei a lavar as frutas. E, como todo mundo sabe, morangos e uvas devem ser lavados em água corrente.
Tirei os cabinhos dos morangos, que foram confortavelmente ajeitados no escorredor de arroz. Fiz o mesmo com as uvinhas, que ficaram no escorredor de macarrão. Abri a torneira e, enquanto os morangos tomavam banho de cachoeira, fui até o quarto a fim de vestir algo mais confortável.
Eu juro, isso não levou nem um minuto, eu uso pouca roupa em casa.
Voltei à cozinha e o cenário era desolador.
A pia transbordou, inundou o chão e a gaveta de talheres que estava aberta.
Enquanto tentava secar o estrago, pensava: nessas horas é que eu sinto falta de um companheiro gentil ao meu lado. Não para me ajudar a secar a cozinha ou enxugar os utensílios da gaveta. Não é isso.
Eu precisava apenas que o fofo me dissesse: - Tire a tampinha do ralo, ANTES, mô bem.
Descansei na sexta passada, trabalhei feito gente grande no sábado.
Domingo foi dia de plantão à distância. Ou seja, no compasso de espera, eu não podia fazer muita coisa. Pelo menos não aquelas que as pessoas normais fazem, tipo beber com os amigos.
Fui ao supermercado comprar os víveres saudáveis pra semana. Desta vez, não perdi a chave mas perdi o juízo.
Já que eu não estava fazendo nada, a caminho de casa, decidi voltar a cozinhar como nos velhos tempos, mesmo sem fogão. (Outra hora eu falo da salada de abobrinha crua).
Comprei uva sem semente e morangos que precisavam ser lavados e secos naquela hora porque, durante a semana, não tenho tempo nem saco.
Ao chegar em casa, antes mesmo de tirar a sandália de salto, comecei a lavar as frutas. E, como todo mundo sabe, morangos e uvas devem ser lavados em água corrente.
Tirei os cabinhos dos morangos, que foram confortavelmente ajeitados no escorredor de arroz. Fiz o mesmo com as uvinhas, que ficaram no escorredor de macarrão. Abri a torneira e, enquanto os morangos tomavam banho de cachoeira, fui até o quarto a fim de vestir algo mais confortável.
Eu juro, isso não levou nem um minuto, eu uso pouca roupa em casa.
Voltei à cozinha e o cenário era desolador.
A pia transbordou, inundou o chão e a gaveta de talheres que estava aberta.
Enquanto tentava secar o estrago, pensava: nessas horas é que eu sinto falta de um companheiro gentil ao meu lado. Não para me ajudar a secar a cozinha ou enxugar os utensílios da gaveta. Não é isso.
Eu precisava apenas que o fofo me dissesse: - Tire a tampinha do ralo, ANTES, mô bem.
12 setembro, 2007
Semana passada, eu sofri um bocado.
Na quarta-feira, fiz a primeira pequena gengivectomia com Dr. S.
Apesar de eu ter seguido direitinho todos procedimentos pré-cirúrgicos, a gengiva ainda estava um pouco inflamada, de modo que aquela compressinha de xilo que o dentista costuma fazer só serviu pra adormecer minha língua.
Vi estrelas durante a anestesia e Dr. S. fazia cara de paisagem, diante do meu olhar de súplica.
Doutor S. é um cavalo.
Sexta-feira, eu tenho nova visita ao Dr. Horse.
A gengiva está praticamente nova, mas eu sei que vou sangrar e sofrer de novo.
Melhor atualizar estoque de Häagen-Dazs em casa.
Na quarta-feira, fiz a primeira pequena gengivectomia com Dr. S.
Apesar de eu ter seguido direitinho todos procedimentos pré-cirúrgicos, a gengiva ainda estava um pouco inflamada, de modo que aquela compressinha de xilo que o dentista costuma fazer só serviu pra adormecer minha língua.
Vi estrelas durante a anestesia e Dr. S. fazia cara de paisagem, diante do meu olhar de súplica.
Doutor S. é um cavalo.
Sexta-feira, eu tenho nova visita ao Dr. Horse.
A gengiva está praticamente nova, mas eu sei que vou sangrar e sofrer de novo.
Melhor atualizar estoque de Häagen-Dazs em casa.
11 setembro, 2007
04 setembro, 2007
As madrugadas têm sido cada vez mais produtivas.
Vi uma comédia, cujo nome eu não lembro. O protagonista, cujo nome eu também não lembro, contracenava com Jack Lemmon, bem velhinho lindo, e comia a Bonnie Hunt nas horas vagas.
Jack Lemmon era, supostamente, o pior entre os mais cruéis carrascos nazistas, durante a Segunda Guerra, e vizinho do protagonista, a quem vamos chamar de Jake.
Jake era um professor de Ética, solitário e um tanto problemático, logo vocês vão notar.
Então teve uma festa na casa do Carrasco e Jake foi. Contrariado mas foi. E deu briga feia. Saiu no braço com dois caras, apanhou pra caramba, foi atendido no hospital por uma médica fofa (Bonnie) e rolou uma safadeza branda entre os dois.
Bem branda, uma vez que Jake vivia broxando, porque não parava de pensar em tanta maldade que o Carrasco fez na vida.
Pra encurtar a história, Jake matou Carrasco. De uma maneira ridícula mas matou.
Jake, além de solitário e um tanto problemático, era também muito azarado.
Como Carrasco foi assassinado por envenenamento, a polícia considerou todas evidências como suicídio e ficou tudo por isso mesmo.
Só que, como já disse, Jake tem problemas. O fato de Carrasco ter passado para a história como um suicida o deixou deveras abalado.
Então eu cochilei um pouquinho porque já passava das cinco e tive um sonho sinistro.
Quando acordei, o Jake tinha inventado de fazer terapia, essa parte foi legal. Um dia, a imprensa descobriu que houve uma troca de identidade, que Carrasco era um simples cozinheiro e o carrasco de verdade ainda tava vivo, em algum lugar do planeta.
Jake se sentiu muito culpado. Jake era um cara sensível. Matou um velhinho inocente.
Optou, então, pela auto-punição. (Come on, Jake!)
Embora fosse um broxa e num desse à fofa a atenção merecida, ele a amava, havia marcadado casamento, de aliança e tudo. Jake decidiu romper a relação com a fofa, sem alguma explicação. Nada além da boa e velha pataquada “eu não mereço você” .
Percebam que Jake, além de burro, também pode ser muito mau quando decide se auto-punir.
Fofa ficou a sofrer e Jake continuou se aprimorando no seu novo esporte.
Passou a freqüentar a casa do Carrasco, cuja filha, mãe dos gêmeos, tava passando necessidade. Compadecido com a situação, envolveu-se com a baranga. E bota baranga nisso.
Jake casou-se com Baranga, levando os gêmeos e o cachorro mala no pacote.
Na noite de núpcias, ele constata um fato e descobre um segredo. O fato é que Baranga era frígida. (Ora, isso tava na cara, Jake!). O segredo eu não conto, porque vai que vocês resolvem assistir à fita.
Só sei que isso tudo me levou a pensar numa série de coisas, parte delas muito sérias. A única que posso contar é a mais conclusiva: não posso continuar assim, tenho que voltar a dormir direitinho.
As outras, morrem comigo.
Vi uma comédia, cujo nome eu não lembro. O protagonista, cujo nome eu também não lembro, contracenava com Jack Lemmon, bem velhinho lindo, e comia a Bonnie Hunt nas horas vagas.
Jack Lemmon era, supostamente, o pior entre os mais cruéis carrascos nazistas, durante a Segunda Guerra, e vizinho do protagonista, a quem vamos chamar de Jake.
Jake era um professor de Ética, solitário e um tanto problemático, logo vocês vão notar.
Então teve uma festa na casa do Carrasco e Jake foi. Contrariado mas foi. E deu briga feia. Saiu no braço com dois caras, apanhou pra caramba, foi atendido no hospital por uma médica fofa (Bonnie) e rolou uma safadeza branda entre os dois.
Bem branda, uma vez que Jake vivia broxando, porque não parava de pensar em tanta maldade que o Carrasco fez na vida.
Pra encurtar a história, Jake matou Carrasco. De uma maneira ridícula mas matou.
Jake, além de solitário e um tanto problemático, era também muito azarado.
Como Carrasco foi assassinado por envenenamento, a polícia considerou todas evidências como suicídio e ficou tudo por isso mesmo.
Só que, como já disse, Jake tem problemas. O fato de Carrasco ter passado para a história como um suicida o deixou deveras abalado.
Então eu cochilei um pouquinho porque já passava das cinco e tive um sonho sinistro.
Quando acordei, o Jake tinha inventado de fazer terapia, essa parte foi legal. Um dia, a imprensa descobriu que houve uma troca de identidade, que Carrasco era um simples cozinheiro e o carrasco de verdade ainda tava vivo, em algum lugar do planeta.
Jake se sentiu muito culpado. Jake era um cara sensível. Matou um velhinho inocente.
Optou, então, pela auto-punição. (Come on, Jake!)
Embora fosse um broxa e num desse à fofa a atenção merecida, ele a amava, havia marcadado casamento, de aliança e tudo. Jake decidiu romper a relação com a fofa, sem alguma explicação. Nada além da boa e velha pataquada “eu não mereço você” .
Percebam que Jake, além de burro, também pode ser muito mau quando decide se auto-punir.
Fofa ficou a sofrer e Jake continuou se aprimorando no seu novo esporte.
Passou a freqüentar a casa do Carrasco, cuja filha, mãe dos gêmeos, tava passando necessidade. Compadecido com a situação, envolveu-se com a baranga. E bota baranga nisso.
Jake casou-se com Baranga, levando os gêmeos e o cachorro mala no pacote.
Na noite de núpcias, ele constata um fato e descobre um segredo. O fato é que Baranga era frígida. (Ora, isso tava na cara, Jake!). O segredo eu não conto, porque vai que vocês resolvem assistir à fita.
Só sei que isso tudo me levou a pensar numa série de coisas, parte delas muito sérias. A única que posso contar é a mais conclusiva: não posso continuar assim, tenho que voltar a dormir direitinho.
As outras, morrem comigo.
Chegou o dia, da sempre tão temida visita anual ao dentista.
A do ano passado foi tranqüila, porque Dr. Pokemon é um doce. Conseguiu até restaurar um dente meu sem anestesia, onde já se viu? Tenho pavor.
Só que Dr. Pokemon fica do outro da cidade e não atende o convênio da firma. :/
A amiga do Leste Europeu que trabalha comigo descobriu uma clínica bem legal, praticamente do outro lado da rua. Ela foi lá e aprovou o serviço.
Fui na confiança, porque amiga do Leste Europeu consegue ser mais cagona do que eu.
E foi assim que fui cair nas garras temível do Dr. S. (preciso de mais algumas consultas pra criar um apelido legal)
- Dói algum dente?
- Não, mas minha gengiva tá muito, muito sensível. Sangra só de olhar. Quando eu fumava não tinha esse problema.
- Casada ou solteira?
- Divorciada.
- O que vai acontecer é que na primeira vez que o ex esquecer de pagar a pensão, você vai estressar e voltar de fumar.
- Não recebo pensão.
- Então vamos fazer limpeza e clareamento…
(achei legal a idéia do clareamento, mas fiquei com medo dos meus dentes ficarem brilhando no escuro, que nem os do Ross*. :O))
… mas antes vamos ter que fazer duas gengivectomias.
(puta merda, tava indo tudo tão bem).
- Vai doer?
- Na hora, não.
- Tá querendo me dizer que eu vou sofrer é no pós?
- Vai.
- Você conseguiu me apavorar.
(nessa hora, jurei vingança)
Dr. S. recomeçou o exame clínico. Contou que tem uma filha de 15 anos. Outro dia, a garota chegou em casa com as unhas pintadas de marrom. E que é difícil pra ele aceitar que filha sua pinte as unhas de marrom.
(huh! Era a vingança começando a se desenhar)
Eu acho a relação dentista/paciente muito desigual. O cara enche a tua boa de algodão, bota aquele sugador que faz barulhão e fica o tempo falando coisas sem noção e você, vítima, sem chance de revidar. Chega a ser uma humilhante.
Ele me perguntou se minha filha estudava.
Repondi, monossilábica e com voz de cadeira de dentista.
Na hora, pensei: não, Dr. S. Ela costuma promover pequenos espetáculos de pirofagia, no farol da Rebouças. Aliás, isso me deixa muito preocupada com esmalte dos dentes dela.
Impossibilitada de qualquer outra forma de verbalização, fui obrigada a me calar.
No final da consulta, marcamos o cronograma do tratamento.
Mas antes de sair, não resisti: - Dr. S., como mãe de adolescente eu tenho dois anos a mais experiência. Pensa que, não vai demorar muito, cê vai ter saudades do tempo que sua maior preocupação era com a cor do esmalte da sua filha. Vai por mim.
- Não fala isso. Agora você me assustou.
Próxima consulta, amanhã. Isso tá começando a ficar divertido.
* Ross, em episódio de alguma temporada de Friends, tinha um encontro com uma garota linda e decidiu fazer clareramento dos dentes em casa. Deixou o negócio agir além do indicado e seus dentes ficaram assustadoramente brancos. A ponto de brilharem mesmo no escuro. Medo.
A do ano passado foi tranqüila, porque Dr. Pokemon é um doce. Conseguiu até restaurar um dente meu sem anestesia, onde já se viu? Tenho pavor.
Só que Dr. Pokemon fica do outro da cidade e não atende o convênio da firma. :/
A amiga do Leste Europeu que trabalha comigo descobriu uma clínica bem legal, praticamente do outro lado da rua. Ela foi lá e aprovou o serviço.
Fui na confiança, porque amiga do Leste Europeu consegue ser mais cagona do que eu.
E foi assim que fui cair nas garras temível do Dr. S. (preciso de mais algumas consultas pra criar um apelido legal)
- Dói algum dente?
- Não, mas minha gengiva tá muito, muito sensível. Sangra só de olhar. Quando eu fumava não tinha esse problema.
- Casada ou solteira?
- Divorciada.
- O que vai acontecer é que na primeira vez que o ex esquecer de pagar a pensão, você vai estressar e voltar de fumar.
- Não recebo pensão.
- Então vamos fazer limpeza e clareamento…
(achei legal a idéia do clareamento, mas fiquei com medo dos meus dentes ficarem brilhando no escuro, que nem os do Ross*. :O))
… mas antes vamos ter que fazer duas gengivectomias.
(puta merda, tava indo tudo tão bem).
- Vai doer?
- Na hora, não.
- Tá querendo me dizer que eu vou sofrer é no pós?
- Vai.
- Você conseguiu me apavorar.
(nessa hora, jurei vingança)
Dr. S. recomeçou o exame clínico. Contou que tem uma filha de 15 anos. Outro dia, a garota chegou em casa com as unhas pintadas de marrom. E que é difícil pra ele aceitar que filha sua pinte as unhas de marrom.
(huh! Era a vingança começando a se desenhar)
Eu acho a relação dentista/paciente muito desigual. O cara enche a tua boa de algodão, bota aquele sugador que faz barulhão e fica o tempo falando coisas sem noção e você, vítima, sem chance de revidar. Chega a ser uma humilhante.
Ele me perguntou se minha filha estudava.
Repondi, monossilábica e com voz de cadeira de dentista.
Na hora, pensei: não, Dr. S. Ela costuma promover pequenos espetáculos de pirofagia, no farol da Rebouças. Aliás, isso me deixa muito preocupada com esmalte dos dentes dela.
Impossibilitada de qualquer outra forma de verbalização, fui obrigada a me calar.
No final da consulta, marcamos o cronograma do tratamento.
Mas antes de sair, não resisti: - Dr. S., como mãe de adolescente eu tenho dois anos a mais experiência. Pensa que, não vai demorar muito, cê vai ter saudades do tempo que sua maior preocupação era com a cor do esmalte da sua filha. Vai por mim.
- Não fala isso. Agora você me assustou.
Próxima consulta, amanhã. Isso tá começando a ficar divertido.
* Ross, em episódio de alguma temporada de Friends, tinha um encontro com uma garota linda e decidiu fazer clareramento dos dentes em casa. Deixou o negócio agir além do indicado e seus dentes ficaram assustadoramente brancos. A ponto de brilharem mesmo no escuro. Medo.
Assinar:
Postagens (Atom)