Só pode ser estafa.
Descansei na sexta passada, trabalhei feito gente grande no sábado.
Domingo foi dia de plantão à distância. Ou seja, no compasso de espera, eu não podia fazer muita coisa. Pelo menos não aquelas que as pessoas normais fazem, tipo beber com os amigos.
Fui ao supermercado comprar os víveres saudáveis pra semana. Desta vez, não perdi a chave mas perdi o juízo.
Já que eu não estava fazendo nada, a caminho de casa, decidi voltar a cozinhar como nos velhos tempos, mesmo sem fogão. (Outra hora eu falo da salada de abobrinha crua).
Comprei uva sem semente e morangos que precisavam ser lavados e secos naquela hora porque, durante a semana, não tenho tempo nem saco.
Ao chegar em casa, antes mesmo de tirar a sandália de salto, comecei a lavar as frutas. E, como todo mundo sabe, morangos e uvas devem ser lavados em água corrente.
Tirei os cabinhos dos morangos, que foram confortavelmente ajeitados no escorredor de arroz. Fiz o mesmo com as uvinhas, que ficaram no escorredor de macarrão. Abri a torneira e, enquanto os morangos tomavam banho de cachoeira, fui até o quarto a fim de vestir algo mais confortável.
Eu juro, isso não levou nem um minuto, eu uso pouca roupa em casa.
Voltei à cozinha e o cenário era desolador.
A pia transbordou, inundou o chão e a gaveta de talheres que estava aberta.
Enquanto tentava secar o estrago, pensava: nessas horas é que eu sinto falta de um companheiro gentil ao meu lado. Não para me ajudar a secar a cozinha ou enxugar os utensílios da gaveta. Não é isso.
Eu precisava apenas que o fofo me dissesse: - Tire a tampinha do ralo, ANTES, mô bem.
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