07 maio, 2003

A tesoura assassina.
LIVICA, MINHA FILHA, FIQUE LONGE DESTE POST, SIM?
Não sei o que deu em mim. Enquanto assistia a Mulheres Apaixonadas, deu-me uma vontade incontrolável de cortar a franja. Impulso em estado bruto. Estado troglodita, eu diria.
Pois de posse de minha tesoura, iniciei o massacre, com requintes de crueldade. Não só tosei a franja, como repiquei o cabelo. Sou uma mulher muito observadora. Eu vejo como os cabelereiros fazem.
Procurei uns grampos daqueles profissionais para separar as mechas do cabelo. Não achei. Depois lembrei que usei alguns deles para vedar pacotes de biscoitos e de ração do Godzila. É verdade, os objetos aqui em casa sempre foram muito versáteis.
Achei uns dois ou três, no fundo da gaveta do banheiro. Daí eu comecei a cortar. A princípio, cautelosamente. Depois, sabe como é, a gente acaba se empolgando.
Não dá ainda pra saber exatamente a qualidade do resultado. Ou a dimensão do surto, se preferir.
Cometi a loucura de cortar as madeixas secas. Preguiça mata, eu sei.
O jeito é esperar amanhã chegar. Agora tá muito frio pra lavar e conferi o tamanho do estrago.
O que me consola é que com telefone e internet, hoje em dia a gente pode resolver a vida em casa mesmo. Cabelo é o tipo da coisa que cresce rapidamente. Nada de pânico.
Se eu tiver que sair, acho que posso usar um turbante. Sei lá.

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