23 fevereiro, 2003

Buá.
Acabei passando a tarde inteira com a minha mãe sobre os cães da família.
Foi divertido e comovente.
Chorei pra caraio.
Nasci numa família lotada de gente que gostava pra caramba de cães.
Pra complicar, morava em uma chácara. Ou seja, cães eram fundamentai.
Pra complicar mais ainda, os cães gostavam de mim. Eu era criancinha e eles subiam na minha cama. Pânico.
Traumatizei.
Eu morria de medo de cães.
Um belo dia, ao chegar da escola, minha tia estava me esperando com um "pacotinho" no colo.
A primeira pergunta: Ele morde?
A resposta: Olhe pro tamanho da criatura.
E lá foi o Brasinha habitar a nossa chácara.
Ele era um vira-latão. Dizem que ele era fruto de um cruzamento de fox com setter.
Eu tenho cá minhas dúvidas, mas deixa pra lá.
Eu amava o Brasinha, era meu companheirão, que roubava meus potinhos de iogurte. Era muito legal esse vira-lata. :O)
Adorova ele, e, claro, o grande respnsável por perder o medo e confiar em cães. :O)

Depois, veio o Lepper.
O Lepper era uma criatura com uma história cruel.
Era um vira-latão abandonado, literalmente jogado na rua.
A criançada da rua começou a judiar do cachorro. Foi feia a coisa.
Meu padrinho viu a cena e você já pode imaginar o final da história, né? Família de cachorreio sempre dá nisso.
Sem sacanagem, o Lepper foi o cão mais fiel, amigo, companheiro que a gente teve em casa.
Ele era feio como o capeta, mas muito fo-fo e de uma lealdade invejável. Na verdade, eu diria: de uma lealdade exemplar.

Depois veio o Pit. Que eu peguei abandonado na rua, numa condição de dar dó.
A gente cuidou dele, deu vacina, etc.
A criatura cresceu e arrebentou a mão do meu avô de uma forma imperdoável.
Eu já era grandinha. Quando eu vi a merda que a criatura fez, sugeri: manda matar.
A família não teve coragem, fazer o quê, nè?


Depois que o Pit se foi, eu não podia deixar a casa da minha mãe sem um cão de guarda.
E tá lá o Duque. Outro vira-latão que me fez subir o morro do Vista Alegre, no Embú.
Cada coisa que me aparece na vida, viu?
Eu falo pra ela: Mãe, vc é muito pateta.
E isso porque eu não contei pra vocês sobre o Eduardo. O primeiro teckel que eu tive na vida. :)))


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