17 dezembro, 2001

No sábado, pela manhã, tínhamos planejado voltar ao Rio. Eu queria passar o final de semana em Nikiti, na nossa casa, com os cães. cozinhar, ir à aldeia de pescadores, a Camboinhas. Enfim, era quase uma despedida.
Sente só a encrenca: Marujo tinha a tarefa de levar para casa dois filhotes, de 50 dias de idade. Os filhotes iriam conosco, de avião, na caixa de transporte. Ok. Uma caixa de transporte pra dois filhotes tem que ser grande. Muuuito grande.
Tuuuudo bem. Então vamos nós, a minha mochila, a mala dele, e mais a caixa muuuuito grande, com os filhotinhos.
Tá. Só que o Marujo passou a tarde de sexta no shopping. Esse era o meu medo. Voltamos lá, à noite, pra fechar o negócio da China que ele descolou. Um conjunto completo de caixas de som pra DVD por 320 reá. Sim, do grande caralho. Era mesmo um negócio imperdível. Desde que o Marujo tivesse um aparelho de DVD, o que, até então, não era o caso. O cara da loja tava mesmo a fim de fazer negócio. Deu um descontaço no tal do aparelho de DVD. Até eu compraria.
Resumo: saímos do shopping, com uma caixa gigante que continha o conjunto das caixas de som e mais um pacote com o raio do aparelho de DVD. Tudo isso mal cabia no porta-mala do Cascão.
Confesso que eu tava meio agoniada porque a pergunta que não queria calara era: como vamos, nós dois, levar com paz e serenidade ao aeroporto nossa bagagem pessoal, o container com os filhotes, a caixa gigante das caixas de som e mais o pacote com o aparelho de DVD e ainda tentar embarcar pela VASP!!!!!!!!. Me diz? Como? Hã? Hã? Juro que pensei em alugar um carreto. Era muita, muita bagagem. Fui dormir sonhando com uma dose dupla de arsênico. O dia seguinte não seria nada fácil, intuí.

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