21 junho, 2001

De certa forma, foi mais fácil pq eu lembrei de pedir um cobertor pra enfermeira e já conhecia o roteiro:
1- Passar por uma forte luminosidade.
2- Ouvir um barulho chato.
3- Longo silêncio sepulcral.
4- Novo barulho, como se fosse uma metralhadora. (Jogue Quake, Jamanta, jogue Quake!)
5- Barulho contínuo como se fosse uma turbina. (Você está na Ponte Aérea, Jamanta! )
6- Silêncio sepulcral. (Pensa noutra coisa que passa, Jamanta!!)
7- Barulho de tic-tac de relógio (esse é infernal. :p)
8- Novamente as metralhadoras entram em cena. (Jogar Quake nessas horas, funciona que é uma coisa)
9- Hora de voltar a rezar pra essa porra acabar logo, pq você num agüenta mais e aquela tumba lacrada faz vc perder a noção do tempo.
10- A maca começa a andar, e, finalmente, a tortura chega ao fim. Ueba! (Você sobreviveu, Jamanta! :O)

Anotaram o passo-a-passo? He, he..
Tá certo que eu sou Jamanta, mas não sou uma anta. Notei que tinha alguma coisa errada que num tava certa, ao me meterem naquela porra sem falar nada sobre o motivo que me levou de volta lá: a tal misteriosa aplicação do contraste.
Aos sair da máquina, logo pude notar que eu tinha caído numa arapuca.
Eu estava pronta para fugir, e nunca mais voltar, quando a enfermeira dispara: - Nâo, não.. Ainda não acabamos. Agora vamos aplicar o contraste. Não vai doer..... É só mais um poquinho. O pior já foi, viu?

Havia um misto de docilidade e sadismo naquele tom de voz que acabou me fazendo rir e achando que o melhor era encarar na boa.Num tinha como escapar.
Fazer o que? Já que estou aqui,,, - uma Absolut, plizz! Ok, um copinho de água e não se fala mais nisso, certo?
Não, num teve acordo. A enfermeira estava irredutível.
Tive que deitar e encarar a tumba, as etapas de 1 a 10, quietinha, sem pular nenhuminha.
Eu mereço. :p


Nenhum comentário: