02 julho, 2009

Roubaram a antena do rádio do meu carro.
Aproveitaram também para forçar o vidro esquerdo, cujo
sistema de acionamento ficou bem danificado.
Choveu pra dedéu hoje, não? Foi lindo, eu sei, eu senti.
Semana passada, marquei com uma instituição para buscar
em casa, HOJE, uma doação que eu não tenho como
transportar no meu carro. Os ingratos, óbvio, não
vieram. A doação ficou o dia todo alojada numa área
comum do meu prédio e o zelador ralhou comigo, quando
voltei pra casa.
Estou desde segunda-feira tentando resolver um problema
absurdamente banal com uma prestadora de serviço de
primeira necessidade. Oito protocolos de atendimentos e 485
pulsos telefônicos depois, permaneço na estaca zero. Eu
devo ter aprendido a falar em grego enquanto dormia e o
domínio involuntário deste idioma não está me
levando a lugar algum, desconfio muito.
Minha intuição feminina experiente assopra que esta
novela não vai terminar tão cedo. Oremos para que não
haja sangue.
Ah, sim. A frente fria chegou e, sem motivo aparente, a
resistência do chuveiro queimou. Tomei um banho digno,
porém de canequinha. E quando eu estava pronta pra sair de
casa, de salto alto, trench coat, bolsona pesando 2,5 kg e a
nove andares do solo, a energia elétrica, puff!, acabou.
Na Sibéria não tem nada disso. Aposto.
...........
Cheguei no trabalho debaixo de chuva e exatos 23 minutos
atrasada.
Colega Não-Tem-Tempo-Feio-Nunca sorriu e disse - Booom
diiia!, enquanto esperava seu cappuccino ficar pronto.
- Podemos considerar que, hoje, bom dia é modo de dizer,
não é?, vociferei enquanto acomodava o meu guarda-chuva
ensopado em algum canto.
- Por que?
- Porque, no caso, é.
E eram apenas 9h23 da manhã.
..............
Foi apenas um daqueles dias com caráter zombeteiro, em que
você pode morrer de enfarto, de derrame, de morte morrida,
de desgosto ou de raiva.
De tédio, nunca.
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Amanhã vou almoçar no restaurante China (tchaina) local.
Segundo informações que colhi previamente, vai ser
divertido.

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