20 abril, 2009

Dia de brigar contra a preguiça braba, hoje.
Uma briga boa, que durou rolou das 6h30 até às 13h.
Até que foi divertido. Mas.
Por volta das 6h30, o meu lado mulher adulta e responsável
me dizia que seria bastante razoável que eu me levantasse
às 9h, comesse algo saudável, tirasse a camisola
ridícula de ovelhinhas, vestisse roupa de gente, passasse
um pente no cabelo, começasse a trabalhar no frila e
cumprisse meu prazo combinado.
Meu lado criança birrenta, filha única queridinha do
vovô, de botinha ortopédica esperneava, gritando não,
não e não, e ameaçava ficar no sofá o dia inteiro,
de camisola ridícula de ovelhinhas, vendo reprises
inúteis na TV, infomerciais da Polishop se preciso fosse,
enquanto devorava todos os bombons da casa, os ovos de
Páscoa da própria filha e toda sorte de tranqueiras que
fosse capaz.
Tava impossível a coisa. E assim foi a manhã inteira.
Uma negociação interna sem um acordo razoável, a
médio prazo.
Por volta das 13 horas, o drama teve fim. Magicamente.
Ainda de camisola de ovelhinhas e com o cabelo amarfalhado,
peguei meu cadernão 27x32 e deitada no sofá, sob o
edredon dos 101 dálmatas, comecei a rabiscar meus
manuscritos.
E, incrível, às 13h29 (!!) eu liguei para o
escritório, avisando ter acabado de enviar doze (!)
opções para aprovação. E às 17h, a boa do dia: job
aprovado.
Agora eu pergunto: precisava tudo isso?

Um comentário:

Mi disse...

É o tal do "ócio criativo"!?