16 fevereiro, 2008

Fui ver o Caçador de Pipas, sábado passado. Acidentalmente, mas fui.
Estava na dúvida. Faltavam poucas páginas para o final do livro, que comecei a ler em meados de 2007.
Quase ao sair do shopping, deparei-me com um temporal de bom tamanho.
Achei prudente largar a mão de ser fresca e entrar logo no cinema, até a coisa melhorar.
Eu estava com dó de assistir, antes de terminar a leitura que tanto tem me encantado. Mas em determinadas passagens, o impacto emocional era tão forte que eu travava e não conseguia prosseguir. Nem por Hugh Laurie, perceba o tamanho do estrago.
Eu gostei muito da narrativa de Khaled Housseini, são raros os autores que me levam às lágrimas e Khaled me fez passar vergonha na praia várias vezes. Vou ler A Cidade do Sol.
Como eu entrei no cinema sem o menor planejamento, não tinha lencinhos de alta absorção na minha handbag fofa-desencanada de ir ao shopping.Restou-me treinar autocontrole. Foi uma tentativa válida.
Começou o filme.
Estrutura da narrativa fiel ao livro. Começou bem e sem firulas.
Algumas passagens que na leitura me soaram irrelevantes, a direção e a fotografia sensível me deixaram sem fala.
Momento owmm + choro abafado + risinho: Midnight Oil.
Beds are burnning.
Nunca imaginei ser possível. E não é que funcionou?
Midnight Oil no Caçador de Pipas, quem poderia imaginar? :).
Amei de paixão Baba, pai do Amir. O cabra é bom, me lembrou um pouco Alexandre Borges.
Alguém?
Menino Hassan, lindo, bom pra caramba. Senti falta da cicatriz no lábio leporino, mas, menino Hassan sempre me fez chorar. Menino Hassan não corre atrás de pipas. Corre apenas até certo ponto. Menino Hassan apenas sabe.
Menino Hassan sabe onde as pipas caem.
Coisa mais linda. E isso eu nunca vou esquecer.
Por mais que eu tenha treinado autocontrole, em algumas cenas chorei feito gente grande.
Não teve como, foi durante a carta de Hassan, puta merda.
Assim como não tem como evitar a conclusão, em determinado momento da história: Afeganistão não deve mesmo ser um lugar muito aprazívelvel para se viver.
Coisa impressionante.
O filme acabou lindo como imaginei no livro e sei que isso não afetou em nada minha leitura que ainda permaneceinacabada. Falta tão pouquinho.
`A pergunta inevitável, eu respondo: o livro é tão bom quanto o filme e vice-versa. Uma boa história comporta qualquer formato e esse é bem o caso.
Vai ver, depois me conta.
Ou vai ler, e a gente conversa.

Antes de voltar pra casa, parei no supermercado.
Fome, precisava de algo leve para o jantar.
Comprei queijo, frutas e sorvete light de baunilha com calda de maracujá.

Tinha parado de chover. E de ventar.

2 comentários:

Anônimo disse...

que saudades de ir ao cinema :(((((

Anônimo disse...

É uma pena que na comarca distante não haja salas de cinema.
Mas vc sabia disso, né?
Em breve, deve haver DVD.
Enquanto isso, leia o livro.
Mudar de assunto canino deve lhe fazer bem, ampliar horizontes e estilo narrativo.
O Caçador de Pipas é lindo.
Beijo e boa semana