02 outubro, 2007

Pequeno atraso no cronograma.
Quando iniciei o tratamento antitabaco, em 01/07, a meta seria a alta em 01/10, de modo a comemorar o niver da Oli com pele linda. Ocorre que eu andei esquecendo de tomar o medicamento, vez ou outra. Note que isso nem pegou nada. Desconfio que eu fui sorteada pra integrar grupo dos otários do placebo, no estudo duplo-cego :). Consegui cumprir a parada definitiva no dia marcado e assim vou seguindo, atravessando provas de fogo diversas, sem lembrar que cigarro existe. Para alegria dos leitores, ainda teremos mais 8 ou 10 dias/noites de sonhos anormais pela frente. Ainda nao sei bem como vou viver sem eles. Mas parar de fumar foi a melhor coisa que eu consegui fazer por mim, nos últimos 15 anos.

E eu não vi setembro passar. Nem a primavera chegar.

Estou insone e vou me ferrar se eu não dormir exatamente agora.

Eu e Oli estamos numa cruzada insana, em busca de adesivos, bonecos e/ou camisetas do Pocoyo.
Nada consta no mercado nacional. :/
Dri, minha chefa, grávida de 4 meses, esteve em NY, semana passada. Não encontrou nada. Está atualmente em Miami, onde também nada consta. O mundo ainda nao descobriu o verdadeiro valor de Pocoyo. :/
Pocoyo eh consumo secreto de muito marmanjo, eu sei. Poucos têm coragem de assumir publicamente. Sem querer, apenas jogando verde, eu já flagrei 3 diretores de arte fazerem carinha meiga, apenas quando eu cito: POCOYO! (pronuncia-se po-co-yô (com circunflexo no último o)
Ok, os d.as. têm filhotes pequenos, o mais velhinho deles tá no Maternal II. Mas todo mundo em casa assiste e ama. Né? Numa tarde dessas, descemos todo mundo pra tomar café no Café, como a gente faz sempre que dá jeito, e surgiu o assunto. Diretor de arte, pai do garotinho do Maternal II, bem apontou a genialidade do cenário, ou seja, a ausência de.
Isso é mesmo genial. Os elementos vão surgindo, conforme a história evolui. O cenário, em tese, é branco e o episódio termina numa grande festa de elementos coloridos. A redatora, no caso, eu, apontou para a genialidade da narrativa. Pocoyo é o garotinho mais expressivo do mundo. Tem 3, no máximo, 4 anos de idade. Pouco fala. É quase monossilábico. Tem amigos imaginários: o pato chamado (buh!) Pato e uma elefanta cor-de-rosa de mochila azul chamada Elly. Tem uma cachorrinha filhotona chamada Lolla e um passarinho que só dorme, chamado errr... Sonequita. Eles brincam todos juntos, mas Sonequita sempre dorme. E os elementos da brincadeira vão entrando no cenário, conforme eu já falei. E se a imaginação os mandar para outras paragens, eles têm uma Pokonave, que, por sinal, é muito mais legal e tem muito mais opcionais que o meu Cascão. Só que tem também um narrador, acompanhado de uma platéia imaginária de crianças um pouquinho mais experientes, tipo 5 ou 6 anos de idade, que ensinam coisas bacanas ao Pocoyo. As histórias sempre se encaminham pra aquela coisa de que o mundo sempre pode ser melhor, que é sempre bom fazer amigos e todo aquele universo do discurso edificante, tendendo pra PNL. (confesso que no episódio do aniversário da baleia eu chorei no fim).
Tem dias também que eu fico de saco cheio, porque essa merda passa às 6h30 da manhã. E nao é todo dia que você acorda achando que o mundo pode e deve ser melhor, muito pelo contrário. Eu assisto aquilo e penso: esses três roteiristas estão tentando criar toda uma geração de frouxos e despreparados para a vida. Depois eu mudo de idéia. Porque aposto que você não viu no dia que Pocoyo e Elly inventaram de criar um restaurante de mentirinha e convidam o Pato pra jantar. E o Pato chegou ao estabelecimento morrendo de fome e ficou puto da vida porque a comida era fake.
Foi do caralho. :O)
Passa todo dia, às 6h30 e reprisa às 16h, no Discovery Kids. Você vai ficar com cara de retardado, vai emitir sons regredidos, tipo Ohn, tchuco!, ohnnnnnn! Pocoyo! (com circunflexo no último o;). Acontece com todo mundo.
Assista e depois me conta.




2h15, agora, e eu vou me ferrar.

3 comentários:

Anônimo disse...

Já pensou na possibilidade, ainda que remota, de que os sonhos sejam frutos EXATAMENTE da falta de nicotina, e não do remedinho?
Hein, hein!!!

Anônimo disse...

Procede sim, Mi. Pode ser os niveis de oxigenacao normalizados, que embelezam a pele, dao mais brilho aos cabelos e proporcionam sonhos anormais. :O)
Sei de gente que largou o cigarro pelo metodo da reposicao de nicotina, tipo chiclete ou adesivo, e tambem relata sonhos alucinantes.
Rezo para que a mente nao se acostume com a oxigenacao. :O)

Anônimo disse...

hehe!