Ontem, foi um dia pertubador, psicologicamente falando.
Antes de sair da agência, eu já imaginava que a barra seria pesada, mas nenhum portal online foi capaz de dar a exata dimensão dos estragos no trânsito.
Decidi não ir à academia. Eu tava cheia de sono, fome e cansaço. Queria chegar em casa, preparar algo gostoso para comer, ver TV e ler um pouco, antes de capotar nos braços de Morpheu.
Deu tudo mais ou menos errado:
1- Saí do trampo por volta das 20h. Pde Antonio travada, eu com o tanque na reserva e sem saber ao certo quais eram os pontos de lentidão no meu trajeto.
2- Notei que a coisa tava mesmo feia pro meu lado. Achei prudente cuidar da gasolina. Pinguei 10 reá no tanque* e vazei da Pde Antonio, porque aquilo não ia me levar a lugar nenhum.
3- Tentei escapar pelas travessinhas estreitas do Brooklin. Mais de 40 minutos para chegar na Bandeirantes, totalmente às escuras e mais 35 minutos para chegar ao meu bairro.
4- A poucos metros de casa, eu ainda amargava uma forte esperança de, com um pouco de sorte, haver energia elétrica na minha rua. Isso já me aconteceu antes.
5- Subi 9 andares pela escada mal-iluminada. Salto 11 cm. Isqueiros podem não salvar vidas, mas protegem tornozelos.
6- Sem eletricidade, nada de rango quente. De raiva, comi Elma Chips e ½ tablete de crunch.
7- Sem eletricidade, nada de TV. Ímpetos incontroláveis de sair para comprar um radinho de pilha.
8- Lia Veja da semana, à luz de vela.
9- Terminei um livro. Leitura inquietante. Morpheu cruzou os braços e me deu as costas. Comecei a ler outro, já com a segunda vela queimando.
10- Mais de 23h, a luz voltou. Vizinhos soltaram fogos de artifícios. Mas era alegria de pobre.
11- Novo apagão no bairro inteiro. Acendi a 3a e última vela. Quase terminei o segundo livro e nada do sono vingar.
12- Mais de 2 da madrugada, nova tempestade de boas proporções. Pensei: fodeu.
13- Noite difícil.
* soube de gente sofreu parado, com pane seca, porque os postos também ficaram sem energia elétrica.
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