03 janeiro, 2007

Eu amo minhas férias.

Prometi que em 2007 eu seria mais delicada comigo. E isso inclui minha casa, que tem um monte de detalhes estruturais a serem cuidados.

Ontem, tive um dia paralisado pela gripe.
Ainda possuída pela gripe, acordei decidida que, de hoje, não passaria.
Trabalho pra gente grande.
Estava esperando a faxineira, desde as 8h30.
Às 9h, comecei a ficar preocupada. Nada da mocinha chegar.
Talvez, problema na condução.

Pedi ao zelador que abrisse o registro de água na área de serviço, fechado há mais de 3 anos.
Por isso, sem água na cozinha, sem máquina de lavar roupa, sem água no tanque.
Coisa triste.

Em pouco mais de 10 minutos, foi dada a minha sentença. O meu inferno estava apenas começando.
E a mocinha não chegava. A bronquite atacou o filho menorzinho, talvez.
O registro foi aberto. Liguei a máquina e, milagre, funcionou.
- Hoje, posso dizer que tenho como eu mesma lavar minha trouxa de roupa, pensei.
E eu me senti feliz.

Só que ela foi enchendo, enchendo, claro, o botão travou e tudo transbordou.
Em, poucos segundos, recebi a água fria que eu precisava para refrescar minha memória.
Era este o problema da maquina. Lembrei.

Enquanto tentava arrastar a poça gigante que inundou a área e a cozinha toda, eu me perguntava: o que aconteceu com a mocinha, aquela vaca, que não apareceu até agora??

O zelador me deu o telefone de um técnico desconhecido, sem referências no prédio.
O sujeito muito esquisito chegou em menos de 15 minutos e comecei a acreditar que as coisas iriam se resolver.
Ele avaliou a situação e, num primeiro momento, não era tão grave assim.
Num primeiro momento.

A máquina precisava ser desmontada. E os parafusos estavam emperrados pela falta de manutenção.
Depois de muita porrada, havia um desmanche na área de serviço, com peças e poças pra todo lado. Cenário bruto.
O sujeito muito esquisito avisou que iria sair pra comprar peças. E foi.

Desencanei das poças.
Liguei pra minha mãe, pra jogar um pouco de conversa fora.
Descobri que a mocinha estava trabalhando na casa dela, porque o dia combiando pra mim foi quinta-feira.
Oh, isso explica tudo. A mocinha sempre foi mesmo uma fofa.

E o tempo passava.
E nada do sujeito muito esquisito voltar.
Comecei a acreditar que as coisas não iam nada bem.

E o tempo continuou passando, até que o telefone tocou:
- Olha, desculpa a demora, é que minha moto foi apreendida pela polícia, mas eu vou pegar um carro e já volto com as peças.
=0| .

Nenhum comentário: