17 dezembro, 2004

Peixaria Chapéu de Palha da Benção.

Almocei hoje lá. Aqui, eles chamam de -rodízio de peixe-. Imaginei que fosse uma espécie de churrascaria, onde os ex-seres das águas são servidos no espeto ou em badejas por garçons enlouquecidos, que não deixam você em paz um minuto. Chegando lá, descobri que é um cê-que-serve-se básico. Paga-se 15 reá e come até espocar. Tinha uns 5 ou 6 tipos de peixe e 4 ou 5 acompanhamentos. Examinei minuciosamente o baião-de-dois, que por obra e graça divina, não tinha coentro. Isso é raro. Acabei me deparando com um negócio que não dava pra sacar se era doce ou salgado. Me contaram que era salgado. A questão passou a ser outra: se tinha ou não coentro. Ó céus. Como o troço era bonito pra burro, arrisquei e mandei bem: não tinha coentro. Notem que está sendo meu dia de sorte. Era uma torta do deuses: uma camada de banana frita, outra de pirão de peixe que servia de apoio para lascas de filé de dourado. Repete a sequência de camadas até terminar com a banana e cobertura de queijo. De comer ajoelhada, rezando. Uma Cerpa geladinha acompanharia perfeitamente a combinação de baião-de-dois, filé de pirurucu à dorê e aquela torta de dourado. Mas a casa é de crentes. Só servem refri. ô, inferno.


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