Fiquei lá na minha cadeira pensando onde é que eu iria desovar o cadáver. Pensei em deixar a natureza fazer seu trabalho e depois só recolher os ossos, mas desconfiei que os vizinhos iriam estranhar o cheiro e chamariam a polícia. Resolvi partir para a ação. Subi no sofá pra ver o estrago e descubri que a lesa ficou prensada entre a parede e o móvel, com a asa dobrada pra cima.
Era só o que me faltava: adotar um pássaro portador de necessidades especiais. Ninguém merece.
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