21 janeiro, 2004

O Processo Involutivo.

Nesta agência ocorre um fenômeno interessante com todo mundo que chega, especificamente neste departamento.
A tese parece complexa, mas hoje entendo que é bastante simples. Elementar.
As pessoas começam a trabalhar aqui como diamantes lapidados: finas, educadas, intelectualmente requintadas e com um vocabulário de gente do bem. Com o passar do tempo, sabe-se lá a razão, começam a deslapidar-se (perdão pelo neologismo).
O diamante começa a ficar embaçado. Vai embaçando, embaçando, involuindo, involuindo e quando a gente se dá conta, virou um toco de carvão. E, dizem, é irreversível.
Veja o meu caso, por exemplo. Ontem, passei por uma avaliação. A equipe concluiu que já estou em avançado processo de involução: uma metade, apenas um diamante tosco. A outra, já é um carvão da melhor qualidade.
Eu tô vendo acontecer o mesmo com a revisora, que está conosco há 5 meses. É verdade.
Você pode pensar que estou imaginando coisas. Não, são essas vozes na minha cabeça.

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