22 maio, 2003

Malditos disjuntores.
(...) O relacionamento rateou durante algum tempo, mas não adiantou juntar os caquinhos. Depois que meus olhos se abriram, não adiantava mais tentar fazer aquilo funcionar. Tudo antes se baseava no meu desejo de conquistá-lo, o que fazia todas as incoerências e crueldades dele parecerem obstáculos a serem vencidos, em vez de defeitos nada atraentes que agora eu via bem nitidamente. Fiquei horrorizada com o meu sangue-frio. Se tivesse sido menos radical, talvez tivesse pensado melhor no amor, que significa assumir tudo, o lado bom e o ruim. Que tinha sido culpa minha, também, deixar aquela dança peculiar começar e continuar como havia continuado, sem enfrentá-lo antes. Mas tudo agora estava preto no branco para mim. O disjuntor havia se desarmado.
Helen Fielding in Causa Nobre.

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