20 maio, 2002

É.
A coisa num anda nada fácil pros meus lados.
Uma saga.
No dia das Mães, amanheci um caco.
Um lixo. Sentindo-me muito, muito mal.
Fui pra casa da Cissa-mãe de taxi.
Sem condições de dirigir.
Bosta.
Cheguei a bordo do taxi, na casa de mom.
O almoção familiar já tinha rolado e eu me arrepiando ao pensar em comida.
Desabei meu detonado esqueleto no sofá e lá fiquei.
Lembro, vagamente, da minha querida mãe, oferecendo: - Filhinha, tem um franguinho grelhado. Quer que eu faça um pratinho pro cê, com arroz e caldinho de feijão??
- Buá. Quero água.
Duas horas depois: - Filha, quer um mingau de aveia?
- Quero água. E colo. Tô com frio.
Três horas depois: desmaiei no sofá. Capotei. Dormi muito, muito.
Cinco horas depois, acordei: já era noite. Hora de voltar pra casa, a bordo da pequena Oli de muletas - ela fez uma luxação no pé e estava com o pé esquerdo engessado. Mereço.
Eu estava muito mal.
Minha mãe sacou que a coisa tava feia mesmo e atravessou a cidade conosco. Pra cuidar de mim, ajudar a deixar a Oli na casa do pai e pra me levar ao Pronto Socorro.
Essa mulher é uma Santa, é o que eu sempre digo. Foi uma prova de amor e carinho dela por mim. Tava precisando disso. :O)
Cheguei em casa e dasabei.
O Pronto Socorro poderia ficar pro dia seguinte. Eu não tinha força pra descer de elevador e esperar um taxi.
Capotei.

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