16 abril, 2002

Tenho assistido à muita coisa na TV.
Muitos documentários-cabeça no GNT, as amenidades-cabeça no P&A, musicais, filmes, muitos filmes e seriados, haja seriados.
Mas o que está fora de qualquer classificação, são os programas vespertinos da TV aberta.
Estou pasmada. Levei um susto. Foi duro acreditar.

A aventura começa lá pela 1h da tarde, acho que na Gazeta.
Mulheres? Será? É aquele programa que tem o Huguinho, o boneco de espuma que tem alguma inspiração no Louro José, mas o resultado é o QI do Professor Barbosa (lembra da TV Pirata?)
Pois é. O primeiro quadro é o da Palmirinha.
A Palmirinha, coitada, é uma culinarista bem velhinha, superboa gente, muito simples que sempre ensina coisas que você pode vender, pra faturar um troco. Ela é, praticamente, um serviço de utilidade pública.
Aí, começam os cálculos: - Com essa receita, amigá, você gasta 9 reais. Dá pra vender cada pedaço, a R$ 1,50.
Então, entra o Huguinho: - A R$ 1,50...
Num falei que esse Huguinho é a reencarnação do Professor Barbosa?
E você ali, em casa, vendo aquilo tudo e começa a se imaginar velhinha, com vestido estampadinho de jersey, tríceps flácidos e enrugados, vendendo queijadinha em porta de escola. A R$ 1,50, é claro.
Medo!

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