28 junho, 2006
[Eu devia me levar mais a sério]
Veja você como são as coisas.
Acordei às 6h da madruga, como sempre.
Enrolei o que deu, assisti Third Watch, Mais Você, Cartoon. Preparei sanduiche pra levar, tomei banho mais demorado do que de costume.
Algo me dizia pra não sair de casa, mas não havia o que alegar, a não ser a ausência total de vergonha na cara.
Chamei o táxi. Meu celular tocou. Não deu tempo de atender. Retornei a ligação. Interurbano. Difícil de completar. O carro já devia ter chegado há séculos e eu ainda tentando resolver o envio de documentação importante, naquele horário improvável.
Começou a chover forte. Meu lado torrão de açúcar implorava por permanecer no ócio seguro.
Fui madura. Resolvi encarar minhas obrigações.
Trânsito quase lento, apesar do adiantado da hora. O motorista mudou de faixa. Freou bruscamente.
Só lembro de ter sentido a porrada e uma dor desumana na cabeça. Não sei quanto tempo levou.
Chegou outro táxi para continuar a viagem. Lembro de ter visto o estrago no pára-choque da Ranger que bateu atrás.
Tive um impulso de pedir pro motorista parar no 28 (um PS fuleragem). Achei arriscado.
Narrei o acontecido no trampo. Os coleguinhas amargaram uma certa esperança de que, com a porrada, minhas idéias voltassem pro lugar. Não rolou.
Minha cabeça dói.
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