30 agosto, 2001

Depois de um dia duro de trabalho, saí pra jantar com a minha boa e velha amiga Ângela.
Ela foi minha dupla de criação, durante uma época deliciosa e produtiva da minha vida profissional e pessoal.
Criamos muitas campanhas legais, algumas memoráveis.
Ela tá de passagem pelo Brasil, apenas pra visitar a família. Ueba!
Jantamos na Casa Europa, como nos velhos tempos. Ê, saudade boa!
Ajuizadas, detonamos apenas uma garrafa de vinho e colocamos metade das conversas em dia.
É bom rir e beber com amigos queridos. O tempo passa rápido demais.
Tava com saudade daquela pateta.;O)

Hora de voltar pra casa. Tomar banhão, colocar um modelão mais adequado e seguir pro trabalho.
A meleca da pergunta recorrente era: onde foram parar as porras dos trocados que eu tinha separado, antes de sair de casa??
A resposta surgiu-me como uma faca enfiada no meu estômago, quando parei num farol. concentrei-me e re-vi a cena.
Reconstituição da jamantada: achei os trocados no bolso da calça usada na noite anterior, coloquei-os no bolso da calça que eu estava usando, vesti a jaqueta e... outro jeans.
Me-le-ca. Coloquei os trocados na calça do pijama, ora pois.
A pergunta que não quer calar é: quem foi o desgraçado que inventou uma calça de pijama com bolsos. Parece que não pensa, infeliz!
Com a tarefa mais ou menos cumprida, parei pra observar o cenário.
Crianças alegres, saltitantes, dentro do ônibus.
Pais, do lado de fora, acenando, avidamente. Um certo misto de orgulho pelo rebento crescido e já quase independente. Mas uma certa preocupação pela certeza de que o pior ainda está por vir: a aborrescência.
O ônibus partiu. Os pais ficaram se olhando, e, confesso, cada um ao seu modo, disfarçando sua própria lágrima no olho.
Coisa de filme. Do McDonalds.


Lá se foi mais uma quarta-feira, que começou meio atrapalhada, mas terminou bem. Muito bem, aliás.
Isso é raro, convenhamos.

Fui impiedosamente acordada pela pequena Olívia, ao telefone, às 5h45 da alta madrugada. Ela me ligou lembrando que eu deveria estar à porta da escola, às 6h30 da baixa madrugada, pra me despedir. Sim, ela estava de partida com os amigos da escola, rumo à uma aventura de 3 dias, na Serra de Itatiaia.
Lindo. É claro, eu tinha que estar lá, para dar um beijinho e recomendar muito juízo.
Mas era absolutamente necessário partirem, assim, tão cedo? Os organizadores não pensam que é uma crueldade desumana o-bri-gar uma criança a acordar à essa hora???
Grr.

Levantei como pude e tentei vestir algo. A primeira coisa que aparecesse.
O telefone tocou novamente. Ué? Às 6h15?
Era a avó da Oli. Aflita, na correria, ela esqueceu de colocar a caixinha de suco na lancheira e pediu pra eu levar.
Carinho de vó é mesmo uma coisa impagável, né não? :O)

Sim, então, às 6h15, eu tinha duas tarefas: ser capaz de me vestir e lembrar de pegar o dinheiro, os últimos trocados que eu tinha no bolso do jeans usado, no dia anterior.
Pelo antecipado da hora, posso dizer que tratava-se uma tarefa hercúlea. :/

Achei os trocados.
Coloquei-os em algum lugar, que me pareceu ser o bolso da jaqueta que eu tinha escolhido. Eu tava com sono. Dá um desconto.
Tirei a calça do pijama.
Vesti o primeiro jeans que encontrei pela frente.
Peguei o elevador e apertei o botão do térreo.
Comecei a procurar os trocados, pra comprar umas 3 caixinhas de suco. Dá de o trânsito estar ruim e a Oli sentir muita sede, no caminho. Mãe é mãe.

Não achei a porra dos trocados. Meleca! Juro que os coloquei no bolso.
Bosta. A hora tá passando.
Não, não estão no bolso da calça..
Meleca! Cheguei ao térreo.
Isto é uma emrgência!! Moedas! Sim, devo ter algumas jogadas pela bolsa.
Oli não pode viajar sem ter algumas caixinhas de suco, pra tomar no caminho. Não pode.

Achei algumas moedas. Pra ser mais exata, 5.
Será que com R$ 1,21 dá pra comprar UMA (buá) caixinha de suco de maçã, na padaria? - era a pergunta que não queria calar.

Foram duas quadras de intensa tortura psicológica.
Chego à padaria.
Ufa! Um suco de maçã e embrulha pra viagem, plizzz. ;O)


Em tempo recorde, cheguei à escola da Oli. O sinal tranqüilizador era de que tinha um ônibus de viagem, estacionado logo em frente.
Consegui entregar o suco de maçã à ela, dar beijinho e recomendar juízo. Coisa de mãe. Num enche. ;O)








28 agosto, 2001

É. Nem tudo é só desgraça.
Consegui me livrar do Bradesco, almocei no restaurante cubano - comi como uma condenada - e estilinguei minha visita à loja da Vasp, pra amanhã.
Meleca! Esqueci. Amanhã é quarta-feira.
Quer apostar quanto que não vai ter vaga no vôo que eu preciso pegar, no feriado??
Arre! O que aconteceu com o trânsito, nesta cidade, hoje?
Tá. Eu sei. Hoje foi o primeiro dia da Condex.
Mas, isso justifica a 23 de Maio saturada, às 9h da madrugada?
Na volta, quase 20h, o mesmo quadro.
Definitivamente, quem foi o maluco do Detran que liberou mais placas final 3 e 4, hein??? Hein???




27 agosto, 2001

Amanhã, não vai ter como fugir do Bradesco e da loja da Vasp.
Manhêêê!!!!!!!!!
Cheguei lá eram quase 11h30. Bosta.
E ninguém falou nada. Me senti pior ainda. :/

Vai mais uma:
P: Me diga, doutor... não é verdade que, ao morrer no sono, a pessoa só
saberá que morreu, na manhã seguinte?

E tem outra..

P: Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, ok? Que escola você frequenta?
R: Oral.

Juro que eu vou comprar esse livro, caso eu ainda esteja empregada, amanhã, é claro.

E a coisa ia piorando.
Quanto mais eu me aproximava do meu destino, mais tudo ia ficando sem explicação.
Cabelo ensopado, às 11h15 plena manhã de segunda-feira, é ruim, né?
Portanto, atenção, meninas de plantão, anotem a dica preciosa: o recurso "ar quente" que habita o painel de vossos carros tem uma função que vai além de, apenas, desembaçar os vidros e aquecer os nossos pezinhos, em dias gelados.
Sim, garotas! O recurso "ar quente" é um potente secador de cabelo portátil. :O)))
Acionei a função e dá-lhe escova, pra ajudar.
E num é que deu certo?

Ai, 10h45 e eu ainda saindo de casa. Isso ainda vai acabar mal.
Nova tentativa: atropelei um cachorro e ti-ve que levar o pobrezinho ao veterinário, tombou um caminhão na marginal, pane no sistema eletrônico dos portões do condomínio. (impossível sair de casa, com os portões em pane).
Hum... Meu repertório vai de mal a pior.
No caminho, lembrei de outra que eu tinha lido:
P: Sobre esta foto sua... o senhor estava presente quando ela foi tirada?
Resisti o quanto pude. Não sei o que tava acontecendo.
Uma preguiça enorme, à beira do patológico, de encarar a semana.
10h15. Não tinha jeito. Tinha que tomar banho.
Merda. Mais um fator de atraso.
Sob o chuveiro, começava a imaginar as desculpas para o meu atraso descomunal.
Opções cabíveis: passei mal, meu carro não pegou, tive que levar Gozila no veterinário porque ele engolei um ob, torci o pé.
Arre. Todas pésssimas.
Mas, essa é boa, olha só:
P: Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória?
R: Sim.
P: E de que modo ela afeta sua memória?
R: Eu esqueço das coisas.
P: Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?

Putz, é claro! Era só chegar lá, com cara de tonta e comentar: acreditam que acordei, hoje, achando que era sábado?
Me internem, please!!!!

Algo de muito estranho rolou por aqui, nesta manhã.
Não queria sair de casa. Bosta.
Preguiça braba. Daquelas de manual.
Incontrolável.
Em dia de rodízio, saio de casa às 10h, em ponto. Hum, mais ou menos.
Ontem, recebi uma mensagem que eu adorei. Frases tiradas de um livro chamado Desordem no Tribunal.
Não sei o nome do autor. Mas vou usar algumas delas, esta semana. Tá feita a citação.

26 agosto, 2001

Sim, sou filha única, morava em Jaçanã e minha mãe não dormia enquanto eu não chegasse em casa.
Aquilo deu nisso.
Aliás, eu tinha o CD. Onde foi parar? Deve estar por aqui.
Saí do supermercado, a bordo de minhas compras cotidianas, e do presente, atrasadérrimo, para o meu primo.
Mas, não pude resistir: dei uma volta, de carro, pelo meu bairro de nascimento e de coração.
Passei pelo Largo, que abrigou a estação do bom e velho trem de Jaçanã, tão bem cantada pelo Adoniran. O Largo continua lá. Mas a sorveteria fechou. :{
Buá. Eu adorava a sorveteria de lá.
Voltei pela avenida principal do bairro que abrigou minha infância. Vi que tudo continua, mais ou menos ali. O bazar onde eu comprava guache, lápis de cor e argila; a loja da Anita, onde eu comprava camisetas para ir à escola.... Ixeee.
Quase chegando, de volta, à casa da Cissa-Mãe, passei por outra esquina, e vi, de longe, um colega de infância.
Ele portava uma barba grisalha.
Meleca.
Me olhei, no espelho do retrovisor. Ai. Não posso falar nada. O tempo é impiedoso, mesmo, né?



Fui ao supermercado também em busca de um vinho muito especial, para dar de presente pro meu primo.
Eu podia jurar que o niver dele foi em 22 de agosto. Bosta, foi em julho. Me olvidei. :[
Mas, ele me entende. É o irmão que eu não tive. Dez anos mais véio que eu. Tá tudo em casa.
Achei um Evel Douro. Embrulha pra presente, plizzz.
;O))
Aproveitei a tarde ensolarada deste domingo, pra ir ao supermercado.
Fazer supermercado no Jaçanã é o tipo da coisa que eu aconselho, a todo mundo.
Indiscutivelmente, é muito mais barato.
Jama recomeiinda. ;O)
Hoje foi dia de almoçar na Cissa-Mãe.
Isso me faz odiar menos os domingos.
Dormi como um urso, acordei ao meio-dia, e comi como uma porca.
Domingo é mesmo um dia animal. ;O)
Adoro quando minha mãe prepara as comidinhas que eu gosto. Ô, vidão! :O)
Não fui almoçar com a trairona da Rê, que ficou no cabelereiro a tarde toda e depois se entupiu de bolinho de peixe.
:pp
Dormi a tarde toda.
Acordei famélica, lá pelas 21h.
Fui jantar na padaria. Lá na Ceci. Há séculos, não fazia isso.
A padaria Ceci é uma delícia. Me fez lembrar de uma fase punk da minha vida, já passou. Melhor esquecer. Sem traumas.
O sanduíche jamantáceo, aquele: pão-francês-na-chapa-com-manteiga-e-queijo-minas-frio continua sendo o melhor da cidade. Imbatível. Amo de paixão aquele chapeiro. ;O)

25 agosto, 2001

Eu ia almoçar com a Rê, pra jogar um pouco de conversa fora.
Pelo adiantado da hora, acho que dancei.
Se bem que ela ainda deve estar no cabelereiro, se eu bem conheço a peça.
A merda é que, se eu não sair, vou ter que encarar um miojão de frente. Tem nada de bom por aqui.
É. Cabeça falha, corpo padece, como dizia meu avô. :/
Cacete. Duas e meia da tarde e o Adelino continua lá, consertando a geladeira.
Deve tá feia, a coisa.
Por falar em piranha...
Essa história da geladeira me fez lembrar muitas coisas. Entre elas, um episódio, digamos, sei lá. Melhor eu me abster de adjetivações.
Foi lá pelos idos de dezembro passado.
Marujo estava em São Paulo, em homenagem ao meu aniversário.
Ele me deixou no trabalho e parou no Extra. O Marujo sozinho no supermercado é um perigo. ;O)
À noite, foi me buscar no trabalho. Contou sobre a porrada de coisas que tinha comprado. Entre elas, 5 piranhas.
- Hum, hum. Legal. Mas, o que elas comem??? :/
Chegamos em casa e lá estavam elas, para o meu alívio, estavam devidamente congeladas, repousando no freezer.
Juro que eu não tinha a menor noção do que fazer com aquilo. Nunca comi piranha e confesso que não tinha a menor curiosidade.
Dois dias depois...
Era de noite. Quase madrugada. Eu estava na sala, escrevendo minhas bobagens diárias. Marujo assistia a um filme. Foi pra cozinha e abriu a geladeira.
Da cozinha, gritou: - Jamantaaaaa!!!!! A geladeira está com cheiro de buceta.
Indiferente, continuei digitando, e respondi: - Dá uma olhadinha nas piranhas. Podem ser elas..
Fico até hoje pensando: o que dirão os vizinhos?????


É... Nisso, eu melhorei muito.
Não batizei nenhum filhote da ninhada da Lina. (tem foto deles no www.rfk.eti.br - não tô conseguindo postar o link, droga!)
Aprendi com a experiência. Dar nome pra filhote que vai ser vendido só causa sofrimento. E o filhote demora a ser vendido. É uruca.
Foi assim com o Galak, o Cherokee, o Buá, o Biafra, com a finada Jasmim e a Lula (que perdeu um dedinho da pata dianteira, com um mês de idade).
Parei.
Tive notícias que o Cherokee tá lindo, morando com uma grande família e divide o quintal com 2 poodles. Sei que um dia, isso ainda vai dá merda, mas meu São Francisco de plantão deve estar de olho. Há de protegê-lo contra os poodles assassinos. :p
Cherokee, filho da Orca, era o meu predileto. Vi esse menino crescer. Ele tinha uma pelagem que parecia uma pintura: branco e marrom, com as orelhas cheia de bolotas também marrons. Lembrava aqueles cavalos de filme de farveste. Daí surgiu o nome.
Foi embora da casa do Marujo com mais de 9 meses. Eu adorava ele. E ele gostava de mim. :O)
Deu saudade do Cherokee. Meleca!
O Biafra, tá lá em Belém, brincando e cuidando de duas meninas gêmeas, de 5 anos de idade. O Biafra, aos 2 meses, comeu demais e teve uma intoxicação alimentar. Quase morreu. Ficou pele e osso. Ninguém queria comprar. Doado pra um amigo do Marujo, foi re-batizado. As meninas prefiraram chamá-lo de Brutus. O Biafra é mesmo um sujeito meio atrapalhado. Faz sentido. Bendita sabedoria infantil. ;O)
Quem eu não perdoo mesmo é a bunduda que comprou o Buá. Batizou-o de Brad. Arggh! Brad.. de Brad Pit. Sacou o trocadilho da infeliz? O Buá era lindo. Carente. Pidão. Adorava colo. Caía na vasilha de comida e não conseguia sair. Pedia socorro. Choraaava. Depois, mergulhava na vasilha de água. De novo, choraaaaava. Buá era o nome perfeito pra ele, sua piranha.. Grrrr...
Eu tinha planejado tanta coisa, pra este final de semana.
Eu tinha que cuidar do meu pescoço, com o bom e velho Falcão. A fisioterapia do Falcão faz bem pra alma. Fico outra pessoa.
Tinha um churrasco na casa de um amigo do Marujo. Gosto daquela família.
Saudade da Orca. (a Orca é minha, embora o Marujo negue isso até a morte). Dia desses, vou tentar colocar uma foto dela, por aqui.
Estava curiosa pra ver como estão os filhotinhos da Lina. Eles são tão bonitinhos. Malinhas, é claro. Mas, é mais forte do que eu...
Meleca. Perdi o vôo.
A essa hora, era pra eu estar desembarcando no Santos Dumont.
O Adão ficou de vir consertar a bosta da minha geladeira bege às 10h da madrugada e o Adelino chegou só agora, meio-dia e meia da manhã.Grrr..
O Adelino deve ser o irmão do Adão, pela lógica.
Aliás, qual é a lógica? GRRRRRRRRR......
Godzila tá trancado no banheiro, latindo como um condenado, querendo morder o tal do Adelino e eu vou jogar esse mala, pela janela. Aliás, vou jogar os dois. O Godzila e o tal do Adelino. Pensando melhor, os 3. A geladeira bege vai também. Grr..

23 agosto, 2001

A pergunta que não quer calar é: 180 conto por um simples termostato, mais a troca da prateleira interna e do puxador externo, não tá de doer a costela, não? Puta facada!
E antes que eu "se esqueça": consegui fazer a porra do Palm funcionar.
Pensando, de novo, era só o que me faltava.
Acabo de dar conta do pobrema da geladeira e, em seguida, entro em outra fria.
Ok. Chega de trocadilhos, por hoje.
Antes de sair de casa, liguei pro Adão, o da geladeira.
Tudo confirmado, com a Rose, a filha do Adão.
Sim, tudo confirmado: o Adão viria. Deus é Pai! (trocadilho barato é um truque podre, Jamanta!!!! Pára com isso. Pelamordedeus!)
A porra da geladeira despirocada estourou a minha meta de consumo de energia, este mês. Não podia mais adiar isso, afinal.
Trinta segundos depois, toca o telefone.
Sem brincadeira, era a Eva.
Caraio.. esqueci da Eva, a moça do GRAAC. Ela ligou só pra me lembrar de que, hoje, era dia de eu fazer minha doação sagrada pras criancinhas do GRAAC.:O)
Cheguei no trabalho relativamente tranqüila. Deixei a chave pra Nice, o cheque pra Eva e esperando a sentença do Adão.
Ô, vida dura! É grave, doutor???



E num é que o dia até que foi tranqüilo, hoje?
Nada muito para se estranhar. Quinta-feira é um dia civilizado, por definição. É o que eu sempre digo.
Acordei cedo, fiz tudo com calma - se é que é possível fazer algo com calma às 7h30 da madrugada.
Mas, acordei em paz. Supreendente. Aliás, era uma paz quase divina. Estranhei. Isso acontece, por estas bandas, uma vez a cada morte de bispo, como dizia a Verônica, uma amiga sumida, diretora de arte que duplou comigo.
Eu tava tão em paz, mas tão em paz, que até lembrei de: passar condicionador, após lavar o cabelo; ligar pro Adão (o da geladeira); deixar o dinheiro sagrado da Nice; dar ração pro Godzila; passar hidrante no rosto e delineador nos olhos. Tudo isso em 40 minutos. Não é lindo?
Pensando bem, era o prenúncio de um dia quase bíblico.
A saideira. A pergunta que não quer calar é: quanto será que custa um termostato de uma geladeira 86, modelo 86, cabine dupla, bege?
Bosta!
Pelo adiantado da hora, posso dizer que, daqui a pouco, o Adão deve chegar por aqui, pra dar a minha senteça fatídica.
Meeeda!
Engraçado. Sempre achei que todo Adão fosse pai de meninos. De dois, no mínimo.
Esquece.. Xá pra lá.

No início da tarde, liguei pro tal do Adão. Notaram a disciplina militar??? :O)
O Adão não tava, mas a filha dele me atendeu.
Contei pra Rose, a filha do Adão, a minha história triste. Ela, com um tom compreensivo e tranqüilizador, respondeu:
- Sim, é o termostato.. Mas, sobre a máquina de lavar roupa.... O que ela tem?
Errr... Hum.. (Eu me sentia participando, ao vivo, do "Fala que eu te escuto".)
Meleca, a Nice só me falou que a lava-roupa não tava funcionando, e isso já foi há mais de mês. Cês acham que eu fui lá ver o que tava acontecendo? Se a tomada tava ligada ou detalhes do gênero?
- Ela num tá batento, respondi. (Notem que tentei manter pleno domínio da situação.)
- Sabe me dizer o ano de fabricação dessa máquina??? (Hum... esse "sabe me dizer" me incomodou, de certa forma.Claro que eu sei.)
- É bem velhinha.. Mas é Brastemp, disse, orgulhosa.
- Hum, hum... ele vai aí, amanhã, ver. Sabe me dar o endereço?
(Ai, ai, ai.. Grrr...;O)


Como toda quarta-feira clássica, a manhã transcorreu como uma... bah!!!! quarta-feira.
Mas estou dando um rumo novo à minha vida.
Tenho jogado os meus piores desafios cotidianos para serem resolvidos numa quarta-feira.
Pode parecer uma espécie de masoquismo, mas não é, não. Já que a merda é grande, que venha toda num dia só.
Num faz sentido?
Conforme o previsto, o depertador tocou, religiosamente, às 6h30, daquela recém-finada quarta-feira.
Olhei pela janela.
Brrrrr... Dia cinzento. Tá cedinho e hoje nem é dia de lavar os cabelos.
Só mais 5 minutos e deixa eu acabar esse sonho aqui, que tá legal..
Bosta!!!!!!!! 7h50.
Tuuudo de novo!
Arre. 0h20 por aqui. Isso significa que ela se foi. A quarta-feira.
Daqui a pouco vai ter outra, mas o importante é que ela se foi, chuvosa e tudo.
Que volte apenas na próxima semana e não queira dar uma de engraçadinha, disfarçando-se de domingo.
Grr..

22 agosto, 2001

Outra que eu esqueci de postar: tava eu, por volta das 9h da madrugada, tentando driblar o congestionamento monstruoso desta manhã, quando toca o celular.
Sim. Era ele, o Marujo. Ueba!
-E aí, consegui fazer o Palm funcionar???
- grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
(não pude conter minha irritação, ao ouvir as gargalhadas, do outro lado da linha)
- E aí, qual é a marca é mesmo???
- Palm, acho!?
- Tá, vc tá me falando, então, que comprou um automóvel. E aí um pergunto a marca, e vc responde: a marca é automóvel.
- Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
Pergunto, de novo: eu mereço isso????? Mereço? ;O)

21 agosto, 2001

No domingo passado, levei uma dura desgraçada da Cissa-Mãe, pelo modo insano como tenho cuidado dos meus entraves domésticos.
Fui obrigada a ouvir, caladinha e de orelha baixa, noções elementares sobre como conduzir as coisas.
Fui, novamente, obrigada a reconhecer que abandonei a geladeira despirocada, deixei a máquina de lavar roupa quebrada há meses e que alguns papéis e tralhas voltaram a se acumular pela casa. Ora: uma parte é preguiça, a outra, é cansaço.
E, fazendo uso de uma argumentação racional, estabeleci ordem de prioridades, por aqui, ué! Eu mando nessa porra, afinal.
Hum... Não colou. Não, não com a Cissa-Mãe. Ela tá sempre certa. :[

Bosta. Odeio isso. Odeio. Odeio. Odeio.
Mas rendi-me frente à sabedoria inquestionável da minha mãe.
Interfonei pra uma amiga minha, aqui do prédio, e, finalmente, consegui o telefone de um técnico de confiança, pra consertar a porra da geladeira e a máquina de lavar roupa. Resolvi, definitivamente, esquecer que existe uma lava-louça por aqui. Esquece. Estou treinando Godzila pra dar conta disso. :p
Amanhã, vou ligar pro Adão.
Agora, eu pergunto: eu mereço isso?
Já posso até ver a cena: eu, presa no trânsito, às 9h50, ligando pro Adão, e falando: Adão, tudo bem? O pobrema é seguinte, rapaz:
além da geladeira e da lava-roupa, você manja alguma coisa de software de Palm??? Sim, eu coloquei a pilha, mas não funciona.
Grrr...
Nada como ter uma quarta-feira pra encarar de frente. Adoro emoções fortes.

Ai.
Tenho que sair, amanhã, pontualmente, às 8h da madrugada.
Prometi estar na agência, às 9h, mesmo que morra o Papa, o FHC, que o Cascão funda o motor e tenha rebelião no Carandirú. Tudo ao mesmo tempo.
Num tem como escapar. Sem desculpas.
Está chovendo, agora. Ai.
A previsão do tempo afirma que o quadro permacerá o mesmo, amanhã. Sei disso: o trânsito vai estar um rebosteio.
Danou-se. Já vi tudo.
Amanhã é quarta-feira. Historicamente, quarta-feira é o dia de eu me foder.
Ok. Foi muito bom ter conhecido vocês, viu? :O)
Mas, não custa tentar, né? Cascão, promete pra mim que vai pegar e andar bonitinho? Livra essa pra mamãe, aqui, vá?! Prometo trocar seus freios, esta semana. Feito???
O Papa poderia esperar mais um pouco pra fechar o paletó e FHC é vaso ruim. Acho que por esse lado, tá safo.
Grrr... Bosta. Por que diabos justo na noite que tenho que desabar cedinho, fico sem sono??

20 agosto, 2001

Meu amigo Sergio Faria, lá do Catarro Verde, link na coluna da esquerda, plizz, tem postado uns jingles antigos, muito legais. Daqueles com bafo de naftalina. Tem até do cobertores Paraíba e tudo :O).
Pessoalmente, achei um desaforo ter o jingle da Vasp, lá. Mas, zuuudo bem.
Dia desses, eu descubro por onde anda o jingle da Fanta Uva. Xá comigo. :p
Já não posso dizer o mesmo sobre a saraiva.com
Me fodi.
Suspendi o pedido do livro, que eles tavam demorando pra entregar.
Realmente, não entregaram.
Mas, claro, faturaram.
Grrr.
Reclamei, por e-mail.
Nisso, eles são rápidos, novamente, justiça seja feita.
Mas, a pergunta que não quer calar é: como se faz estorno em fatura de cartão de crédito.
Juro, que essa eu, literalmente, tô pagando pra ver.

Por falar nisso, justiça seja feita: o serviço do Submarino é mesmo irretocável.
Prazo, atendimento e preço.
Tô virando fã de carteirinha.
ELE CHEGOU!!!!
Meleca! Definitivamente, não sei onde que eu estava com a minha pobre cabeça, quando decidi comprar a porra do Palm.
Domingo é sempre uma caca, é o que eu sempre digo.
Agora, ele tá aqui. E me olhando com uma cara esquisita. Grrr...
Ele até que é bonitinho. Levinho e tudo. Tem estilo, o rapaz. Mas o manuel é uma merda. Não explica nada direito.
Sim, eu li a versão em português, tá?
Tá certo que descobri, sozinha, onde fica guardada aquela canetinha fofa (que eu sei que vou perder depois de amanhã, é craaaro). O manuel não explica isso.
Hum.. Até que não estou tão mal assim. Alguns neurônios continuam fazendo sinapses satisfatórias.
Também consegui instalar as pilhas. Grande progresso.
Mas, putaquemepariu! Como se faz pra esta merda dialogar comigo?????????
Tem mesmo que instalar o software no PC, e aí conectar no Palm pra fazer num sei o quê?
Que burocracia. Parece o Bradesco.
Achei que era botar pilha e sair anotando.
Quero meu dinheiro de volta.

Ontem, domingo, chutei o balde: comprei um Palm.
Preciso mesmo organizar melhor a minha vida, vocês sabem disso.
Sim, sim, foi um bom investimento.
Pensando bem, será que vou conseguir usar aquele treco?
Meleca! Eu deveria ter comprado uns 4 duendes. Um que desse conta da manutenção da casa, outro que cuidasse das contas a pagar, outro pra lavar a louça, limpar o xixi do Godzila, consertar a geladeira e apurrinhações gerais, e mais um pra me levar pro aeroporto sempre que eu quisesse.
É isso! Troco um Palm novinho por 4 duendes, mesmo que já meio rodados. Topas???
Sim, eu acredito em duendes!
Uma Absolut dupla, plizzzzzz!!!!!
Ai, meu caraio.
É segunda-feira. Dia de rodízio por aqui.
Eu tinha que estar na agência, pontualmente, às 9h.
Tô sem talão de cheque pro taxi.
Fodeu. Acho que vou virar estatística, de novo.
Não fou culpa minha. Vocês são testemunhas.

19 agosto, 2001

Cheguei em casa muito feliz.
Minha filha tem um grupo de amigos maravilhoso. Uma garotada linda, centrada.
Olhando de longe, pareceu-me que todos estão bem encaminhados na vida. Ufa! Minha parte eu fiz! ;O)
Do meu lado, senti-me segura ao lado dos pais dos amigos da minha filha: temos afinidades, porra. Um passado em comum. Somos solidários, com as agruras e com os contra-tempos da vida. Estamos juntos há mais de 8 anos, afinal.
Meleca! É tão bom estar com eles! Por que eu fico tão à toa por aqui??? ;O)
Tá bom, tá BOM.
Confesso que ando preguiçosa demais.
Blasfemei o quanto pude, resisti um bocado, mas fui. Peguei estrada. Medaaaa!!!!!
Superei alguns medos infundados, aqueles que têm surgido por esta mente insana que vos tecla.
Reencontrei os pais dos amigos da minha filha (pessoas muito especiais, que eu amo de paixão, aliás) , ri pra caraio, comi uma porrada de coisas gostosas. Ainda bem que eu fui! ;O)
Ontem, sábado, cheguei morta em casa.
Saí por volta de 10h da madrugada e cheguei lá pelas 21h.
Tinha que levar a pequena Olivia a uma festa de aniversário de uma amiga, num sítio, em Atibaia.
Meleca. Com tanto Buffet em Sampa... Grrrrr...
Tive uma conversa 10 com a Cissa-Mãe, hoje.
Resgatamos muitas coisas do passado. Meleca! Quase choramos.
Mas, fomos fortes. Eram duas mulheres adultas conversando, afinal.
Senti-me importante. ;O)))
É noite de domingo. Num tem jeito, né? Semana braba pela frente..
Mas, pelo menos, hoje, fui ver minha Cissa-Mãe!
Sempre morro de saudade dela. Do macarrão sagrado, do capuccino, da minha marca predileta e do pãozinho de queijo, obrigatório, antes de tomar caminho de casa. Adoro minha mãe. ;O)

16 agosto, 2001

Então, vamos lá.
Banho GAP é uma técnica milenar, criada muito antes dessa trolha de metas de economia de energia elétrica. (haja preposições, sem trocadilhos.)
De inspiração notadamente francesa, o banho GAP é o básico, é a síntese da existência social, o essencial.
Funciona muito bem em casos de falta de energia elétrica ou de chuveiro quente, em acampamentos, episódios esporádicos de preguiça braba e também naqueles malditos dias em que o despertador insiste em não tocar.
E o que é melhor: os dermatologistas de todas as crenças e credos recomendam não abusar do sabonete.
Ou seja: o banho GAP tem um aval científico, sim.
Portanto, anota aí: glúteos (e,obv, inclua os anexos fundamentais), axilas e pés.
Lavou tudo direitinho?
Então, tá safo! :O)

Recebi uma mensagem da minha dileta amiga Drine, a mãe da Maria Eduarda, cobrando algumas repostas que fiquei devendo, em post antigos.
Mais especificamente, sobre o banho GAP e sobre como lavar calcinhas no chuveiro, em tempos de apagão.
Agora há pouco, ela me escreveu, novamente, revelando que descobriu o mistério da sigla banho GAP.
Parabéns, DRINE! Tinha pensado em premiar o primeiro acertador com um fusca 0km. Mas, isso seria um retrocesso. Voltar aos tempos do Itamar, em clima de apagão, é deprimente demais. Não, isso não é nada bom.
Portanto, DRINE, você é a feliz ganhadora de um legítimo Godzila, teckel marron perolizado com marcações canela, ano 97, modelo 98, revisões em dia, baixo consumo. Única dona. É pegar ou largar.
Parabéns, mulé! Maria Eduarda vai a-do-rar!
Despacho por Sedex, ok? :O))))
Pelo jeito as coisas começam a se normalizar por aqui.
Ok, melhor não falar muito. Nunca se sabe... Aliás, se eu for parar pra pensar..
Bosta. A geladeira continua despirocada e num tive tempo de chamar o técnico. O controle remoto não anda lá muito católico. O freio do Cascão tá fazendo um barulho desgraçado e acho que vou ter que trabalhar no sábado e no domingo. Portanto, vou rodar sem freio por mais uma semana. Acabo de receber uma advertência do condomínio, alertando sobre a proibição de circular com cães, nas áreas comuns do prédio. Merda!!!!!!! Minha vaga na garagem do meu Cascão não é área comum. A vaga da garagem é minha, tá na escritura e meu Godzila pode mijar na roda do meu carro o quanto eu quiser ou o quanto ele agüentar, tá??!!! :pppp,síndica babaca!
Pronto, passou.
É. Eu quero a minha mãe! :[

15 agosto, 2001

Vasculhei o que pude por aqui, mas não achei o link. Fico devendo esse, pra vocês. ;O)
Mas o Prof. Rubens Falcão, um Fisioterapeuta de primeira, é um dos entrevistados da matéria de capa, da revista Cães &Cia, a de agosto. Um grande profissional, na sua área de conhecimento, manja tudo sobre Cadeias Musculares e, acima de tudo, é um amigo muito querido.
O seu cão que aparece na reportagem, é filhote da minha amigona/filhota, a Orca.
Quem diria, Falcão? Aquele moleque que eu carreguei no colo ficou daquele tamanho? ;O)



14 agosto, 2001

Arre!
Fazia tempo que isso não me acontecia, desde a semana passada: hoje, cheguei cedo em casa. No lo creo.
Tá certo, foi força de expressão. Mas desde quinta-feira passada, eu não chegava às 20h30 em casa. Tô achando lindo.


E pra não perder o costume, adivinhe.
Sim, você acertou: no final de semana passado, fui pra lá, de novo. E de Vasp. (questão de necessidade, já disso isso)
Desta vez, acho que eu consegui superar a Vasp, na sucessão de trapalhadas e estou me recuperando disso, até este exausto momento. (hum... foi mal)

Sexta-feira - 19h00. - passagem marcada pras 20h45 (pra não perder a piada :p)
Tudo mais ou menos certo, durante o dia. Eu guardava uma vaga ilusão de que, às 19h30, daria jeito de eu vazar da agência, na boa.
Não deu. Obvs.

20h00.
E eu ainda na agência. Meleca. Esquece. Embarcarei amanhã, pensei. Paciência. (aliás, tem de saldo, quer comprar?)

20h30 e eu ainda lá.
Fodeu. Só amanhã, mesmo. Bosta. E se eu conseguir acordar cedo. Tô morta!

21h15 e eu lá, sim, ainda na agência. Tá certo que com a mochila no carro, mas já estava, psicologicamente, abortando a operação
"Na VASP você é 10" da quinzena.
Fazer o que? Ossos do Ofídio, como dizia um finado amigo meu.

21h16, me deu a louca. Do nada, soltei - Se eu sair daqui, agora, juro que consigo pegar o vôo das 22h. Posso???
Eles me liberaram pra tentar o impossível: sair de Pinheiros às 21h20, passar em casa pra deixar o Cascão na garagem, seguir pro aeroporto de táxi, e ainda pegar o vôo das 22h20. (o último)
Se tem uma coisa que me deixa feliz da vida é perceber que ainda resta alguma solidariedade romântica nesta vida. Eles ficaram lá trabalhando e me ainda desejaram boa viagem. No fundo, ainda creio na humanidade. ;O)
E também fica mais fácil de entender porque meu pescoço dói tanto.
Faz sentido.

07 agosto, 2001

Tá bom, tá bom. Nem tudo é só desgraça por aqui: Godzila continua sendo aquele companheirão cinicamente divertido (como todo teckel), a Santa Nice prometeu que voltará na quinta, apesar de eu ter esquecido de deixar a chave pra ela, semana passada, e acabo de descobrir que posso almoçar, de grátis, no quilão básico, amanhã, com direito à sobremesa e tudo.
Tá reclamando de que, Jamanta??? :p .
Definitivamente, acho que estou cansada. Meu pescoço dói. Muito :[
Não tô dando conta.
Na hora do almoço, tive que ir à loja da Vasp, pra retirar o bilhete do vôo 4032. Tudo de novo???? Argh!
A vida também não colabora. Veja só: saí de casa quase no horário.
Tá certo que minha margem de segurança tendia a zero. Mas, cacete, descobri um caminho tão legal, pro trabalho, em julho.
Passo pelo Ibirapuera, atravesso o Jardim Europa por dentro e chego rapidinho à Rebouças. Lindo!
Ok. Esqueci que as férias escolares já se foram pelo ralo.
Mas, péra aí: 9h15 da manhã já era hora das crianças estarem nas suas respectivas escolas, os empresários em seus escritórios e as peruas no cabeleleiro. Portanto, meu novo caminho deveria estar livrezinho da silva.
Então, quer dizer que todo mundo resolveu perder a hora hoje, foi? Hunf! Coisa feia.
Me-le-ca!
De novo, um dia cheio de ansiedade.
Num gosto disso não. Não me veste bem, esse número. Argh!

06 agosto, 2001

No início da tarde, marquei, novamente, meu vôo.
Sim, aquele. O fatídico 4032. Não tem jeito.
Não consigo chegar ao aeroporto antes das 20h. Danou-se. Vai começar tuuuuuuuu-do de novo. :p
Hum.. Pensando bem, melhor não.
Santa Edwiges deve ter errado o endereço.
Isso ainda vai dar merda. :[
Como nem tudo é só desgraça por aqui, apareceram, do nada, quinhentos contos na minha conta corrente.
Eu, hein???
Acho que Santa Edwiges, finalmente, ouviu minhas preces. Vou comprar uma geladeira nova.
Será que tem no Submarino? ;O)))
Dia meio desprezível, hoje.
Acordei cedo, mas logo começou a rolar uma crise de angústia básica, apesar de tudo estar sob controle.
Não fiz nada de criativo.
Blaaag. Odeio quando isso acontece.

05 agosto, 2001

Hoje é dia de tirar a barriga da miséria.
Vou almoçar na casa da Cissa-mãe. Ueba!
Sardade dela!
Godzila também vai.
Engraçado... Ao telefone, ontem, ela me perguntou o que Godzila quer comer.
Ei! E eu???? Hunf!
Acordar cedo, em pleno domingo é um treco meio esquisito.
A paisagem pela janela fica diferente.
Só agora me dei conta de que construíram novos prédios por aqui.
Meleca. Tem um tampando minha vista pra torre da igrejinha antiga de São Judas.
Buá.
Isso não é justo. Vou mandar soltar uma bomba naquele desgraçado.
Moro aqui há mais tempo. Tenho uso capião da paisagem. :p
A pergunta que não quer calar é: quiche é um substantivo masculino ou feminino?
Meu francês é tosco. Só sei falar bon jour e croisant. Hunf!
Serviço de utilidade pública.
Receita exclusiva de quiche de shitake. Anota aí.

Compre 2 saquinhos de preciosos shitakes desidratados e os coloque de molho, numa vasilha com água, por uma hora.
Eles vão inchar , ficar gorduchos e suculentos. Ueba!!!
Se a grana tiver sobrando, pode ser shitake em conserva. . Mas eu acho que custam uma fortuna. Não valem o investimento ;O)


Para a massa:
250g de farinha de trigo
150g de margarina
1 gema grande
um tico de sal

Misture tudo e mãos à massa. Sorry!! Não tem outro jeito.
Faça uma bolota e leve à geladeira, por uma meia hora, pra coitada descansar um pouco.

Enquanto isso.........

Para o recheio:
Desafogue os pobres shitakes da bacia e corte-os em lâminas finíssimas. Notou como estão macios, agora? :O)
Corte uma cebola imensa em pequenos quadradinhos.
Separe uma pequena porção de manteiga e jogue na frigideira.
Refogue, generosamente, os shitakes, com a cebola na margarina e uma jogue uma porção generosérrima de saquê.
(eu uso aquele saquê culinário, que vc compra baratinho, no supermercado)
Espere o saquê evaporar um pouco e desligue o fogo
Deixe os shitakes esfriarem.

Tire a massa da geladeira.
A bordo de uma forma de aro removível, estique a massa. Divirta-se. É uma terapia fazer isso. Lembra quando a gente brincava de massinha, no colégio??? :O))
Coloque-a no forno, com uma lâmina de papel manteiga por cima e alguns grãos de feijões pra fazer peso, e não deixar que a massa delicada se quebre. Coisa de 10 minutos.



Enquanto isso, vamos ao que interessa, certo?
Numa tigela, bata 4 ovos inteiros (nem precisa de batedeira. Bater ovos exercitam os trícepes, em tempo de apagão :O)
Junte uma lata ou uma caixinha de creme de leite. (eu uso o light, pra poder abusar do vinho, no jantar :O)
Misture tudo. Avante!!!
Mais um tico de sal, um dedo de queijo parmesão ralado, umas três cebolinhas verdes picadas e um pouco de pimenta, pra vida ficar mais animada :O)

A hora H:
Despeje, sem dó nem piedade, o shitake refogado e aquele creme por cima.
Volte ao forno e só retire o quiche usando o truque do palito, conhece?
É assim, ó: pra testar, espete um palito de fósforo ou de dente, sobre o creme e só desligue o forno quando ele sair sequinho. É fácil ;O)


Você pode estar se perguntando: por que essa louca está postando isso???
Eu respondo.: falta de assunto é uma merda, né? Acordei às 5h da manhã. E com fome.
Adoro essa receita.











04 agosto, 2001

Perdi a hora. Tinha prometido pra mim que eu ia levar o Cascão ao mecânico pra resolver aquele barulho maldito nos freios. E cortar o meu cabelo com o meu bom e velho Ivã. E, já que o Ivã mora ao lado, aproveitaria a viagem pra levar o Godzila tomar banho, vacina, e dar um check-up anual, . Ueba!
Bah! Deixa quieto. Tá tão gostoso ficar coçando em casa.
Pelo adiantado da hora, acho que vou tirar uma soneca ;O)




Num é que o sábado chegou?
Acordei assustada, com o telefone tocando. Deu a impressão de que já era segunda-feira. Grr..
Era um infeliz, de um telemarketing.
Se tem um a coisa na vida que me deixa puta nas calças é a chamada "ação de telemarketing". Porra, às 10 da madrugada, em pleno sábado, é sacanagem. Tá certo que a criatura tá trabalhando, tem metas a cumprir, mas.. Aos sábados, isso deveria ser proibido.
Voltei pra cama, um pouco culpada por ter desligado o telefone na cara do sujeito. Ele há de entender....

01 agosto, 2001

E por falar em quarta-feira, hoje fui obrigada a ir ao Bradesco, pra pagar uma conta.
Não pude crer.
Precavida que sou, fui com dinheiro vivo pra não dar xabú.
Mas, o Bradesco da R. dos Pinheiros se superou no requinte de crueldade.
Conseguiram inventaram um novo conceito na filosofia do atendendimento moderno: a metafila. Inédito!
É assim, ó: antes de você enfrentar a fila kilométrica de praxe nos caixas, você tem que, obrigatoriamente, passar pela fila do chamado Pré-Atendimento.
Deve ser algum tipo de provação, que meu intelecto pouco evoluído ainda não foi capaz de entender a lógica.
Eu chego lá. Grr.
Ah! sim. Claro. Como pude me esquecer?
Hoje é quarta-feira. Isso explica tudo.
Alô, som.. Padre Quevedo tá na escuta??? Alô?? Puf. :[
ESSA NÃO!!!
Agora, foi a minha TV que despirocou.
Fui tentar assistir ao Show do Milhão (não reparem, sou viciada no Show do Milhão) e a porra do controle remoto pula do canal 16 pro 18.
Quer ver?
Oia só: 15, 16, 18!
Viu?
Me-le-caaa!!!!!
É. Definitivamente, acho que minha geladeira não tem mais jeito.
O truque que eu tava usando não funciona mais.
A despirocada se amotinou. Recusa-se a ser desligada.
Vou ser obrigada a partir pra ignorância. Vou chamar o técnico, amanhã.
:/
Pra não perder o costume, dei uma passadinha lá no Catarro pra saber como anda a vida inteligente lá fora.
Soube que hoje é dia de quebrar os copos de requeijão e de geléia que estão estocados (hum...) em casa.
Cacete! Tem um copo da Turma da Mônica, com o Horácio olhando pra mim, agora.
Vá de retro!!!!!
Merda. Tô sem sono.
Liguei novamente a TV e tá passando filme na Grobo.
Filmaço com o Nicholas Cage.
O cabra é bom. Gosto dele.
Mas por que diabos Nicholas Cage me deixa tão deprimida, sempre?
Uma Absolut dupla, plizzz.
Cheguei do trabalho pouco mais de meia-noite.
Um pouco cansada, mas longe de estar exausta.
Fiquei aqui, cuidando da minhas coisas e nada do sono chegar.
Até que foi uma noite doméstica relativamente útil. Soube, no pograma do Jô, que só existem 16 cães Labradores guias de cegos no Brasil. Ainda bem que não tinha ido dormir. Grr.