18 março, 2001

Acho que estou levando essa coisa de ano novo a sério demais.
Acordei cedo. 5h30.
Meleca. Em pleno domingo?
Tá bom. Se eu fosse feirante, teria acordado tarde.

15 março, 2001

Tá bom. Faz de conta que o ano tá começando mesmo agora.
Prometo que vou escrever todo dia e dar algum rumo coerente pra esta meleca.
Agora, a pergunta que não quer calar é: pq diabos não inventaram um bloquinho de rascunho pra anotações e depois postar tudo de uma vez só.
Aos espertinhos de plantão aviso: já patenteei a idéia, tá?
Hunf! Meleca!
Onde foi que eu errei?

05 março, 2001

Meleca!
Não voltei ao shopping no domingo.
Confesso, não tava com um grão de saco pra essa tarefa insana.
Como uma paulistana renegada, odeio shopping.
Não, não. Na verdade, odeio fazer compras, apenas porque é época de liquidação.
Hunf! Minha auto-crítica vai bem, obrigada!
Tá certo que falta de grana também ajuda na falta de saco, craaro.
Sim, isso explica tudo.
Ok, você pode pensar: estou ficando uma coroa mesquinha. Ou exigente demais.
Sim, concordo. Mas, enquanto a mediocridade imperar na moda, eu se recuso a sair à compras.
Pronto.
Estilo é tudo. Eu se recuso a sucumbir meus suados trocados a favor da pasteurização descartável.
(uau!!! E não é que estou conseguindo voltar a ser rebelde!? Isso é ótimo! Bom sinal, bom sinal! Hu, huuu ;O)

04 março, 2001

Meleca!
Conforme o prometido, fui ao shopping hoje.
Sinal de que eu tô melhorando, hã, hã?
Tô mesmo levando a sério essa coisa de ano novo.
Mas, bosta, o povo não colabora.
Comprovem.
Liquidação de verão. Tudo a precinho camarada.
Hu, huuuu! Xá comigo!
Ok, vamos garimpar. Olho clínico. Costumo ser boa nisso.
Blusa transparente, com babadinho a 15 reá. Não uso. Eu se recuso.
Shortinho popozuda a 9 reá. Não uso. É mico federal.
Calça preta básica, cintura baixa. A princípio, me pareceu legal. Entre nós, eu diria, era de cintura pubiana, a 20 reá. Sinceramente, não dá pra usar isso, sem depilação completa. Tô fora. É vulgar. Muito over.
Top de paetê, a 5 reá. Mas, tipo assim, errr, o Carnaval, de novo, é só no ano que vem, né? Hunf!
Blaser de microfibra preto, basiquérrimo. Coisa da melhor qualidade. Era a minha cara e o meu número. A 389 reá. Buá. Num tô podendo. :/
Calça de crepe linda, básica, a 29 reá. Yeeeessss!!!!! Linda!!! Mas, err, é, tipo assim, só tem roxa?
Sim, só tinha roxa e uma magenta! Voltamos à estaca zero, portanto. Buá:/
Cês viram que eu tentei.
Amanhã, voltarei ao Shopping, de novo. E depois, garimpar algo legal lá no Rio de Janeiro. Sem estereótipos e cara de vitrine.
Hei de conseguir!!!!! Hei de conseguir!
Aguardem! Vem aí uma Jamanta repaginada!


03 março, 2001

Estou no clima de ano novo.
Amanhã, sábado, vou às compras.
Foda-se.
Tenho que comprar roupas novas, elegantes e mais condizentes com a minha idade.
Bosta.
Jeans, Hering e Keds são tão mais práticos, pra uma criatura que sempre acorda atrasada como eu.
Vou tentar, vou tentar.
Essa vai em homenagem à minha grande amiga Rosana, que mora lá na Praia Grande.
Receitinha elementar de microondas. Essa até Godzila é capaz de fazer, com o pé nas costas.
E num tem frescura não. Um pouco de glamour faz bem à pele e à alma. ;O)
Anota aí:
Compre no supermercado um teco de queijo gorgonzola.
Tá, eu sei, ele é meio nojentão e tem um cheiro de chulé de dois dias, com o mesmo tênis, sem tomar banho. Faz de conta que não é com você. Se estiver dentro do prazo de validade, (costuma ter uma etiqueta no rótulo, nas boas casas do ramo) pode usar, ou melhor, consumir, sem pânico.
Gorgonzola tem uma cara mal ajambrada, mas é um queijão do bem. Aliás, hum, ele é muito bom.
Sejamos objetivas: a tarefa é simples.
Basta pegar um refratário pequeninho, superprático, pirequinho-de-servir-sorvete-em-casa, aquele do tipo lavou-tá-novo, e mandar duas colheres de sopa do gorgonzola nele, sem medo.
Microondas em potência média, ou em média alta. Tudo depende do humor do rapaz. Pode ser por 1,5 ou dois minutos.
Apenas o tempo suficiente pra que o queijo comece a borbulhar. Daí, não tem jeito e nem como ensinar. Tem que ficar de olho. Borbulhou, ferveu, anule a operação. Sorrateiramente, aperte o botão "desligar", assim que vc conseguir localizá-lo.
Rápida como uma flecha, despeje (blaaag, que imperativo estranho.. ;/_) , duas ou três colheres de requeijão cremoso. (daqueles normais, que a gente encontra em qualquer supermercado, padaria ou lojas de conveniência 24h.)
Misture bem até formar um creme homogêneo e sirva imediatamente, com torradas e/ou com saudáveis palitinhos de cenoura crua, ou com raminhos brócolis ou de couve-flor. (eu costumo usar aqueles maravilhosos pacotinhos de legumes congelados, que eu descongelo em 30 segundos, no próprio microondas).
É dos deuses. E, pasmem, não engorda tanto! ;O)

Dicas da Jamanta: se o patê, depois de esfriar, começar a ficar com uma consistência meio melequenta, não entre em pânico.
Nada que 30 segundos, em potência média não faça o manjar dos deuses voltar ao que era antes.
Divirtam-se! ;O)



02 março, 2001

Pra não perder o costume, segue mais uma conversa. Na verdade, quase uma conferência.(não cabem adjetivações, neste caso)
Foi assim, ó: ( NT: Atenção! Isso foi ao vivo. Não, não era um chat pelo ICQ.)

Sexta-feira, calor dos diabos, por volta das 17h. Entenda-se: ninguém mais a fim de nada, a não ser ir embora pra casa, pro bar, pra casa do chapéu ou do caraio, Enfim. Final de dia morto.
Tô eu lá, matando tempo na web, porque informação é tudo, certo?
Acesso o UOL On Line. Tá bom. Nada é perfeito. Mas é sexta-feira! Dá um desconto!

A. (eu) - Xiiih! Os "taobãs" atiraram mesmo no Buda. Meleca!
B. - Hã? O Guga perdeu?
Eu - Não, no Buda.
M. - Hã? Atiraram no Duda?
D. (o Duda) - Não. O Guga ganhou do Meligen.
M. - E o que tem o Buda?
B. - Mas não era o Duda?
D. ( o Duda) - Eu tô aqui.
A. (eu) - Não, os caras deram um tiro de canhão na estátua do BUUUUDAAAA! Bu-da!
(entra o produtor gráfico na sala)
R. (o produtor gráfico, num ato falho hilariante) - Deram um tiro de caminhão no Buda, né? Eu li!
M - Um caminhão atropelou o Duda?
D. ( o Duda) - Não, o Guga atropelou o Meligem
N. - Quem foi atropelado?
M. - O Duda....
D. (o Duda) - Não, o tiro foi de canhão.
N. - No Duda?
M - Bah! Foi no Buda! Mas ele tá bem?
B. - Quem?
N. - De onde veio o caminhão?
D (o Duda). - Foi o R. que falou. Eu num sei de nada.
Eu - Meninos, parou!: Os "taobãs" deram uma porrada de tiros de canhão no BU-Da!
M - E a Hebe, tá bem?
N. - Não, quem tava na Web era a Ana (eu)

Eu, do alto de minha extrema sensibilidade, notei que aquela conversa tava tomando um rumo meio insano.
Já que é sexta-feira, resolvi chutar o balde:
A. (eu) - A gente podia aproveitar que os iaobã tão no veneno e mandar a estátua do Borba Gato pra eles aproveitarem que o canhão tá na ativa, né?
M. - É. A Hebe é um canhão.
B.- Tá. Mas como é que a gente iria mandar o Borba Gato pra lá?
N.- De caminhão, ué?

Não é simples?!
Pensando bem, até que as sextas-feiras são divertidas.

(Esta foi uma história baseada em fatos reais. Os nomes foram omitidos para preservar a integridade moral dos protagonistas.)
(B. foi beber, ali mesmo, no bar da agência. N. voltou pra casa. R. (o produtor gráfico, ficou lá esperando o cara do fotolito), D. (o Duda- nome fictício) ficou lá pra pagar o banco de horas, A. (eu) voltou pra casa e M. ficou sem carona. )
(Até agora ninguém sabe se o Guga derrotou mesmo o Meligen)
(Ninguém sabe também qual é a rota segura, de São Paulo ao Afeganistão, de caminhão)
(A estátua do Borba Gato continua plantada na Av. Santo Amaro, quase lá perto da ponte João Dias)
Tá bom, tá bom! Não quis fazer um trocaldilho. Foi sem querer.
Refazendo: Como estará Herbert Vianna?
Melhorou assim?
A pergunta que não quer calar é: como andará Herbert Vianna?
Definitivamente, acho que é mais notório do que público que eu não tenho a menor disciplina pra essa coisa de escrever todo dia.
Eu escrevo todo dia, tá certo, mas esqueço de mandar pro ventilador. Coisas de Jamanta.
Mas eu tô melhorando.